História Meu porto seguro. - Beijo?

P.O.V de Nana.

A semana se passou voando e logo chegou o dia do acampamento. Fomos acampar em uma floresta que era bem distante da cidade. Havíamos acabado de chegar no local, e tinham casinhas de madeira que eram nossos dormitórios, tinham seis casinhas de meninos e seis de meninas. Eu fiquei no mesmo dormitório que Rosa, Priya e a Violette, como nosso dormitório era o menos só tinham apenas duas beliches. Eu e as meninas adentramos a casinha de madeira e nos acomodamos.

― Vamos passar três dias sem internet e celular, eu deveria ter pensado duas vezes antes de vir ― reclamou Rosa.

― Não é tão ruim assim. ― eu disse.

― Você diz isso porque o garoto que você gosta está aqui também. Mas o meu não, a escola poderia abrir uma exceção para o Leigh vir ― ela fez beicinho.

― Como assim o garoto que a Nana gosta? ― perguntou Priya olhando maliciosamente para mim ― É da nossa turma?

― Sim! ― disse Rosa.

― Não... Quero dizer, a Rosa fala de mais, eu não gosto de ninguém.

Priya continuou a me olhar maliciosamente, acho que ela não está acreditando em mim.

― Eu tenho uma leve ideia de quem seja! ― disse Priya ignorando completamente o que eu disse sobre não gostar de ninguém ― É o Castiel certo?

― Não! ― falou Rosa com um sorriso largo ― É o Lys-fofo.

― Lysandre? Sério? ― disse Priya boquiaberta ― Sempre pensei que fosse o Castiel eles vivem brigando. Acho que ela faria um par melhor com ele.

― Claro que não. ― Falou Rosa.

Eu mereço.

― Ei Violette vamos dar uma volta enquanto as duas decidem a minha vida amorosa? ― eu perguntei.

― S... Sinto muito Nana eu estou com um pouco de dor de cabeça, acho que vou dormir um pouco ― ela disse baixinho com um tom meigo como sempre.

― Tudo bem fica pra depois. ― eu disse me levantando e saindo para caminhar.

Nossa, mas que deserto que está aqui fora, também cinco horas de viagem deve estar todo mundo cansado. Bom mas eu vou caminhar não quero descansar. Eu dei alguns passos até que eu ouvi uma voz familiar me chamar, era Lysandre que veio caminhando até mim.

― Vai caminhar também? ― ele perguntou.

― Sim, não quero ficar descansando. Estou cheia de energia ― eu disse aquilo entusiasmada ― Quer vir comigo?

Ele sorriu e assentiu com a cabeça e assim fomos, adentramos a mata e ficamos olhando ao redor.

― Ei Nana veja isso ― ele apontou para um ninho de passarinhos dentro do tronco.

― Que fofo! ― eu cheguei mais perto para ver, eram dois filhotes de passarinhos sendo alimentados pela mãe, eu me virei e Lysandre estava me olhando com um sorriso e eu fiquei um pouco envergonhada ― O... O que?

― Seu jeito de reagir a coisas simples me cativa ― ele falou isso e logo mudou de assunto ― Vamos indo?

Eu assenti com a cabeça e continuamos caminhando... Após andarmos por um bom tempo percebemos que estávamos completamente perdidos e para melhorar um tempestade parecia se aproximar. Fora que o Lysandre estava um pouco estranho com o rosto bem vermelho e respirando ofegantemente. Ele não me parecia nada bem, caminhamos um pouco mais e nos deparamos com uma caverna e decidimos ir para lá pois a tempestade já esta chegando.

Foi tempo de chegarmos à caverna e pronto a chuva começou a cair, ficamos olhando redor da caverna para ver se não tinha nem um bicho por ali. Para nossa sorte não vimos nem um. De repente Lysandre cambaleou um pouco e caiu sentado no chão.

― Lysandre o que foi? ― eu corri até ele, ele estava suando e bem vermelho, me sentei no chão também e coloquei minha mão em sua testa ― meu Deus você está queimando em febre, se deite aqui eu vou cuidar de você ― eu repousei a cabeça dele em meu colo.

O que eu faço? Ele está super quente, ele deveria ter me dito que não estava se sentindo bem. Por que tínhamos que nos perder? Que droga, eu estou com medo que algo aconteça com ele.

― Nana ― disse ele se sentando.

― Você precisa descansar ― eu tentei sorrir para ele, mas estava tão preocupada que nem isso eu consegui.

Ele ficou me encarando por um tempo e depois aproximou seu rosto do meu. O... O que é isso? Nossos lábios se tocaram e ele me beijou com seus lábios que estavam um pouco quentes, mas depois ele caiu desmaiado no meu colo. O que foi isso? Ele me... Me... Me beijou? Por quê? Será que a febre o fez delirar?

Meu coração está batendo sem parar, estou com as bochechas queimando... Foi meu primeiro beijo, ele não me beijou de língua e é por isso que eu tenho certeza de que ele delirou, é isso. Mas mesmo assim, ele me beijou, que vergonha que eu estou.

[...]

Um tempo se passou, já estava bem escuro e a tempestade parou e Lysandre começará a piorar, ele tremia enquanto suava e ele ficou um pouco mais quente. Eu já nem me incomodava mais com o beijo.

― Ei vocês dois! ― gritou alguém colocando a lanterna no nosso rosto, essa voz era do Castiel e ele parecia estar com mais alguém.

― Castiel o Lysandre está passando mal ― eu gritei de volta.

Nesse momento vi que era realmente Castiel e com ele estava Nathaniel, Kentin e Armin.

― O que houve com ele? ― perguntou Castiel esboçando estar surpreso ao ver Lysandre naquele estado.

― Ele está com febre, está suando e tremendo ― eu comecei a chorar ― eu não sabia o que fazer, nós nos perdemos e estava chovendo.

― Fique tranquila! ― falou Kentin ― Nós vamos leva-lo, se bem que o Lysandre é bem grande e parece ser bem pesado.

― Você foi pro exercito para que franguinho? ― Castiel o provocou.

― Ora seu...

― Por favor parem de brigar, pelo menos agora olha o estado dele e da Nana. ― disse Nathaniel ― eu o carrego primeiro e depois vamos revezando.

Kentin e Castiel se olharam e suspiraram concordando com a ideia. Nunca pensei que o Castiel fosse obedecer o Nathaniel, isso é sinal de que ele se preocupa com o amigo.

[...]

Após andarmos muito chegamos até o acampamento, Rosa estava do lado de fora do dormitório e parecia estar preocupada. Quando elas nos viu ela foi correndo até nós.

― O aconteceu? ― ela perguntou.

― O Lysandre desmaiou de febre ― disse Castiel que estava carregando ele ― eu vou coloca-lo na cama e falar com enfermeira... E você Nana procure descansar.

― Mas...

― Ele vai ficar bem! ― disse Castiel.

Os rapazes continuaram a carregar ele até o dormitório. Eu estava tão angustiada, porém só de saber que alguém vai cuidar dele eu já fico mais tranquila. Mas não sei como irei olhar ele depois do beijo. Rosa me abraçou e depois disse para irmos dormir e que amanhã visitaríamos ele e assim eu o fiz.