História Meu Presente de Missão! - Aquela briga feia...

-Você está mesmo confiante de que ela vai ficar aqui?Colocando em risco nossa família?Não consegue perceber a iditice em questão?

Raphael suspirou,deitado no chão do laboratório de Donnie com ar entediado. Cinco minutos. Havia cinco minutos que Leonardo o tinha arrastado para lá,com o objetivo só de encher a paciência. Para tagarelar sobre o quê? Rise,como sempre,que Raph tinha deixado na cozinha com Mickey para ouvir mais umas das reclamaçõezinhas. Leo já ia falar de novo,quando seu irmão o cortou,dizendo:

-Argh, já chega,senhor marica!Caramba, Leo!Fala logo,porque você me chamou aqui?!

Leonardo o olhou de olhos arregalados, até perceber que,de fato,havia enchido muito o saco . Ele suspirou.

-Ok-disse ele,baixinho,se acalmando. -Donnie-chamou ele,e Donatello saiu de sua barreira contra brigas, atrás de sua mesa. -Mostre ao Raph os dados novos que você conseguiu. Se isso não entrar nessa cabeça teimosa,eu não sei mais o que fazer.

Donnie concordou com a cabeça,e começou a teclar em seu computador,ligado por vários fios no Orbe dos Kraang.A bola branca começou a brilhar em tom alertante de rosa,mas se Donatello percebeu,ignorou. Continuou mexendo no eletrônico, até o som de  indiscutível bip soar.

Ele virou a tela em direção a Raph,que pôs-se a frente dela e começar a ler.

Nome:Indefinido.

Idade:5 anos.

Força:Indefinida.

Inteligência:Ignorância reforçada por segurança;Mínima.

Data de fabricação:10 de abril de 2011.

Observações: É de suma importância a obediência total desse instrumento. O tamanho da força é desconhecida,mais uma advertência quanto a isso.

Raphael piscou, incrédulo quanto a uma informação.

-A Rise -balbuciou ele,de olhos esbugalhados. -A Rise tem cinco anos?

Leonardo o encarou,alertado. Já ia falar algo quando Donnie ficou à sua frente com ar de sabedoria, então falou:

-Não necessariamente. Sim,ela tem cinco anos que foi,hã,"fabricada",mas o organismo dela é de uma adolescente normal de quinze anos.

-Ah!-Exclamou Raph,aliviado. -Quem bom.

-É com isso que você se preocupa?-Leonardo estava pasmo. -Nossa,me desculpe atrapalhar sua relação amorosa com aquilo,mas você realmente não está preocupado com a possibilidade dela "surtar" do nada, não?

-O nome dela é Rise -rosnou seu irmão. -Não "aquilo".

Leo jogou as mãos para o alto.

-Dane-se!Ela pode ser até o capitão Brian,eu não me importo!Que droga,Raph!

-Você vive dizendo em ser um grande herói igual a esse imbecil,mas não está nem tentando dar uma chance a ela!

-Hã...Acho que eu vou meditar com o mestre Splinter -disse Donnie,saindo de fininho. -Se não se importam...

Leonardo se calou, ligeiramente surpreso ,refletindo por um segundo enquanto ao mesmo tempo sorria. Ele comprimiu o olhar de Raphael,dando uma risadinha malvada.

-É-disse ele,ainda sorrindo daquele jeito estranho que fez Raph sentir um calafrio pelo casco.-Vamos lá,Donnie. Também fiquei com vontade. Vamos lá,meditar um pouco com o sensei.

Raphael engoliu em seco.

-Você... não se atreveria...

Antes que ele pudesse completar a frase,Leo saiu correndo para fora dali,deixando Donnie confuso. Mas Raph sabia muito bem o que ele ia fazer, então começou a correr também,tentando impedi-lo.

-Leo!-gritou ele,furioso.

Quando chegou na sala,viu seu irmão já em direção ao que queria:o dojō de Splinter estava a centímetros dele. Leonardo abriu a porta-corrimão com violência,sem medo da chance de levar uma surra lá dentro.

Raphael parou de correr. Desistindo,ele sentou-se em um dos sofás dá sala,ouvindo pequenos murmúrios lá dentro. Esperou com paciência,e como se estivesse escrito,fechou os olhos com pena de si mesmo quando um grito rompeu o cômodo.

-Raphael!

Ah,droga.

(*****************)

As tartarugas observavam caladas a cena à sua frente:Splinter,com seu cajado de madeira nas mãos,sentado em posição de lótus,enquanto Rise,com uma coragem surpreendente(e tola) o encarava de uma forma doce,enquanto o mesmo a olhava de uma forma fria,como se refletindo se deveria esmagá-la ali mesmo ou não.

Ele suspirou e fechou os olhos,e Raphael,sentado ao lado de seus irmãos,ficou apavorado na mesma hora. Finalmente,Splinter falou.

-Disse-sussurrou ele lentamente,com calma -,que seu nome era Rise.

Ela afirmou com a cabeça,mas refletiu por um momento,então disse:

-Agora é,senhor. -Rise sorriu com tristeza. -Há pouco tempo,não tinha nenhum...

O sensei abriu seus olhos,avaliando-a.

-Não sabe de alguma coisa,mesmo que seja insignificante,sobre você?

-Não, não -confirmou ela novamente,sem tirar os olhos dele. -Não sei...

Raphael viu pelo canto do olhar que Leonardo sorria,confiante. Ele cerrou as mãos em punhos,furioso. No entanto, não tardou a voltar sua atenção para seu mestre e a garota .

Splinter se levantou,e começou a alisar sua barba,pensante. Olhava para Rise com sabedoria mútua, então suspirou de novo.

-Quero que entenda uma coisa. Não sei ao certo se você é uma inimiga. Não sei nem se você deveria ficar aqui. Devido às circunstâncias,eu poderia mandá-la ir embora agora mesmo.

De novo,Raph viu Leo sorrir,dessa vez mais prolongado.

-Mas -continuou Splinter,sorrindo,para a surpresa dos filhos. -Apesar de seus planos para nós serem completamente desconhecidos para mim,vejo em você uma bondade que eu poderia ver em uma criança. E,ainda que não confie completamente em você, não poderia simplesmente enxota-la. 

Rise se levantou lentamente,confusa. Com uma determinação que Raphael considerava impossível para muitos. Ela disse:

-Então,por favor,me diga como ganhá-la.

-Ganhar o quê,garota?

Ela piscou.

-A sua confiança. -Ela encarou Leonardo. -A de todos vocês.

Leo deixou sumir seu sorriso,dando a chance para Raph o fazê-lo,com muito gosto.

-Muito bem!-gritou Splinter,pondo-se na frente dos filhos.-Não sabemos nada sobre essa menina. E é por isso que devemos espulsá-la? Não!-exclamou ele,na frente do filho de faixa azul,que baixava a cabeça. -Sabedoria é responsabilidade, e responsabilidade é sabedoria!-dessa vez,estava falando com Raphael. -Por isso,tenho algo perfeito para descobrirmos se Rise é de fato nossa aliada ou não. Todos!-gritou novamente,e quando os adolescentes não entenderam,ele revirou os olhos e disse: -Hajime!

Os meninos se levantaram na hora,esperando uma nova ordem do mestre. Enfim,o rato gigante disse:

-Quero que a ataquem!Quero que a ataquem, então assim teremos nossa resposta.

-O quê?!-disseram três deles, incrédulos. Leonardo pareceu bem a vontade com a idéia.

-Hai,sensei!-gritou ele.

-Não posso fazer isso!-disse Donnie,tremendo.

-Ela é uma garota,onde é que eu ponho as mãos?!-questionou Michelangelo.

-Como é?!- falou Raphael. -Sensei,acha mesmo que machucar a Rise pode ser um boa solução?!

-É minha palavra final -respondeu o mestre. -Michelangelo!

-Por quê eu?-sussurrou o caçula,choramingando,mas indo obediente ao tatame de lutas. Raphael deu um último olhar à menina linda que estava ali: sem medo,e com o olhar corajoso. Ele queria saber onde isso ia chegar. Porém...

-Hajime!