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História Meu Primeiro amor - Garotos...


Escrita por: Everton1308

Notas do Autor


desculpem a demora, mas vou tentar postar outro capitulo mais a noite.

Capítulo 10 - Garotos...


Passou uma semana desde a morte de minha mãe, meu namorado ficou o tempo todo comigo, sem reclamar de eu estar chorando ou brigando com ele o tempo todo, ele dizia que sabia como eu me sentia e por fim decidimos vender a casa que eu morava e ir para o Rio com ele. Depositei tudo que ganhamos em uma conta conjunta que abrimos e com muita insistência fiz com ele pegasse o que faltava para ele pagar a dívida do irmão e pagar o dono lá da boca. Com o tempo que a gente ficou fora a mãe dele foi embora e disse que não voltaria mais para o “desgosto” dela, disse que era culpa minha o filho dela está daquele jeito.

- É culpa desse moleque você está desse jeito comigo, faz de inocente, mas no fundo só quer destruir uma família.

- Você acha que foi o Erick que destruiu essa família? Você saiu de casa logo que papai morreu foi viver como uma vadia e você coloca culpa no meu namorado? Eu nunca te disse isso, mas você é uma vergonha como mãe. Não quero ver você nunca mais, meu irmão morreu por sua causa.

- Quer saber de uma coisa?

- O que? Fala e some daqui!

- Seu pai não tinha problema de coração, como ele fumava aqueles cigarros fedorentos dele eu arrumei um jeito de misturar umas drogas para ele morrer e ainda bem que funcionou. Já o seu irmão eu mandei matarem ele, só que levou mais tempo que eu pretendia. Você seria o próximo, mas não tinha dinheiro suficiente para pagar o dono do morro e ele só foi te “dar um susto”.

- Você o que? Matou meu pai e meu irmão e tento me matar?

- Exatamente, estava de saco cheio dessa família de merda, agora que eu tenho uma família melhor não ligo para nada do que você e esse merda do seu namorado acha.

- Você é um monstro! – Gritou Everaldo com lagrimas.

- Amor esquece ela, ela vai pagar por tudo isso mais cedo ou mais tarde, vamos embora.

Com isso segurei a mão dele e fomos para casa, eu estava ainda processando tudo aquilo e vendo meu namorado daquele jeito me partia o coração. O que eu poderia fazer? Comecei a conforta-lo do mesmo jeito que ele fez comigo, ele chorava e eu dizia “coloca tudo para fora, amor”. Aquele momento em nossas vidas estava para nos testar, apesar de tudo de ruim que estava acontecendo, nos dois passaríamos por tudo junto, nada vai destruir nosso amor, nada vai nos separar, ficaremos juntos para o que der e vier.

Dois meses depois...

Nossos amigos nos visitavam todos os dias, eu voltei a trabalhar na biblioteca, eu e Bruno viramos amigos e minha vida e de Everaldo estava começado a se acertar e ficar tudo bem de novo. Agora eu estava me preocupando com uma coisa, o aniversário de Everaldo está chegando. Eu estava pensando de fazer uma festa surpresa para ele e iria precisar da ajuda de nossos amigos e o mais importante achar um local para a festa.

Faltava uma semana para o aniversário dele, hoje é 27 de fevereiro, por sorte nossa o aniversário dele vai cair no sábado e o pior já é sábado que vem. Eu voltei a estudar, pedi transferência para uma faculdade aqui perto e bom não é nada de diferente da outra a não ser pela falta dos meus amigos, agora que é mais difícil da gente se ver só conversamos por zap ou face. Não reclamo de ter vindo morar com Everaldo eu amo muito ele, mas as vezes os amigos fazem falta.

Nós tínhamos marcado com o Pedro e o Marcos de assistirmos um filme no cinema e por escolha unanime decidimos ver Deadpool, estávamos na fila para entrar e Everaldo foi ao banheiro.

- Nossa pensei que não conseguiria falar com você aqui. - Disse Pedro.

- O que?

- Nos dois conseguimos um salão, não é grande mas dá para fazer uma festa legal.

- Serio e onde que é? Me conta os detalhes.

- Não é muito longe da nossa casa, ele é bem espaçoso e pelo número de pessoas que você disse que poderiam ir dá para montar mesas e ainda sobra espaço para uma pista pequena de dança. Ele já tem um buffet próprio e não é caro e é bom, tem um som muito bom lá também.

- Ok, e quando que está o aluguel?

- Bom se você quiser com o buffet sai a dez mil, e sem o buffet é oito mil.

- Compensa mais com o buffet, mas que salão caro.

- É porque além de ser um pouco em cima da hora, para contratar o pessoal e tal e do jeito que você disse que quer vai sair um pouco caro.

- Então sem problema, eu pago com o dinheiro que minha mãe deixou, mas vou querer exatamente do jeito que pensei.

- Vamos falar depois então porque seu namorado já está chegando.

- Oi príncipe, aconteceu algo?

- Não por que?

- Você está me olhando espantado, com coisa que viu um fantasma.

- Não...er... nada não, só imaginei ter visto alguém que eu conheço, mas me enganei.

- Ata, vamos entrar então porque a fila já está andando.

Sou muito idiota, não sei nem disfarçar. Assistimos o filme e depois fomos direto para casa, com minha volta aos estudos e trabalhando na biblioteca à tarde, praticamente só ficávamos juntos durante os finais de semana, então sempre procurávamos fazer uma coisa de casal ou chamávamos os meninos para saírem com a gente. Na vida de um casal morando junto às vezes é aquela farra que você sempre faz sozinho, só que duas vezes melhor, uma porque é sua casa e você faz o que quiser e outra que você faz junto com alguém que ama. Chegamos em casa após o filme, e Everaldo estava com um fogo, não queria esperar nem entrar em casa.

- Calma amor, tenho que pegar a chave na carteira.

- Esquece essa porta e faz aqui mesmo comigo.

- Fazer o que? – Disse fingindo não saber.

- Amor! Quero fazer amor com você aqui fora.

- Safado, mas já disse que aqui fora é perigoso, vamos então lá para o quintal dos fundos.

- Serio, mesmo meu príncipe?

- Sim, vamos.

Pequei ele pela gola da camisa e fomos beijando na boca até na parte de trás de casa, chegando lá, ele me encostou na parede e abaixou minha calça e cueca de uma vez, abaixou na minha frente e começou a me chupar, nossa ele estava me fazendo delirar, logo depois foi minha vez, empurrei ele para parede e comecei a chupa-lo, ele fodia minha boca colocando até na minha garganta, nunca tínhamos feito aquilo e eu adorei. Depois ele me levantou e começou a me beijar, chupar meu pescoço e morder minha orelha, passou para trás de mim me colocou de quatro no chão e me fudeu muito.

No outro dia, acordamos totalmente pelados na cama, a noite anterior foi magica e não sei como chegamos no quarto, tenho uma pequena lembrança de que viemos transando lá de fora até no quarto e então depois dormimos. Tomamos banho juntos porque se não íamos atrasar e tomamos café correndo para pegar o ônibus. Nos despedimos no ponto quando chegamos em frente a biblioteca e ele foi para a loja e eu entrei.

- Bom dia Leticia!

- Nossa que felicidade está hoje, pelo visto deve ter dormido bem.

- Nem fala, dormi muito bem. O Bruno não chegou?

- Chegou sim, ele está lá atrás.

- Vou lá nele então.

...

- Oi Bruno.

- Oi Erick, como está?

- Bem, e você?

- Estou também, quer dizer mais ou menos, posso te perguntar uma coisa?

- Bom, se eu puder ajudar. Fale.

- Você e o Everaldo são namorados não são?

- Sim, e você sabe disso há um mês.

- Eu sei, eu sei, mas não era essa a pergunta.

- Você quer saber como a gente faz, ou alguma coisa do tipo?

- Não! Eu queria saber como e quando você descobriu que gostava de homem.

- Bom, isso não foi tão difícil, apesar de que não me aceitava assim. Tudo começou com meus 13 anos, eu estava no nono ano do fundamental, e tinha um menino da minha sala que era muito bonito, mas ele não tinha namorada e as meninas corriam atrás dele, bem mas antes disso, quando comecei a entender meu corpo e as coisas, eu sentia um certa diferença entre as mulheres e os homens, quando estava perto de alguma menina me sentia normal, sem constrangimento que os meninos sentiam e quando eu estava com os meninos, seja dentro do banheiro ou não eu ficava um pouco excitado, foi ai que percebi que eu era gay, mas ninguém sabia disso. Voltando ao menino, a gente não se falava, não sei porque, eu conversava com todo mundo e ele também, só que não conseguíamos conversar um com outro. Até que um dia estava na hora da saída da escola, mas um colega meu me chamou para ir no banheiro com ele, dizia ele não se sentir muito bem, aí por boa vontade fui, só que ao chegar lá esse menino estava lá e o tal do meu colega me empurrou para dentro do banheiro e nos fechou lá. Eu comecei a bater na porta e mandar ele abrir, só que ele disse que era para gente conversar e parar com nossa briguinha. Aí eu cumprimentei o menino e ele falou pela primeira vez comigo, a voz dele era linda e seu sorriso também, suas palavras me acalmaram, porque eu estava estressado e aí virei para ele e do nada disse que era gay, a mesma hora que disse aquilo eu pedi desculpa para ele e disse não saber porque falei aquilo, só que ele disse que não tinha problema que me achava bonito e me beijou. Depois daquele dia a gente vivia se falando e resolvi pedir ele em namoro, porque a gente sempre marcava em algum lugar para se beijar. Ele dizia que não que ele não podia.

- Mas por que? – Me interrompeu Bruno.

- Calma. Eu fiquei muito triste e comecei a me afastar, até que um dia antes das férias de julho ele me chamou para conversar e disse que gostava muito de mim, mas que não podia me namorar para que eu não sofresse, foi aí que ele me disse que estava com câncer, eu dizia que não ligava que independente do que ele tivesse eu gostava dele, não por ele ser bonito, mas por ele ser tudo que era. Eu dei esperança para ele e então ele aceitou me namorar, nas férias ele me chamou para ficar na casa dele, eu fui e os pais dele me trataram super bem e eles sabiam da sexualidade dele e me apresentou como namorado, a gente ficou muito feliz de estar juntos e fazíamos várias coisas juntos, só sexo que a gente não tinha feito. E fomos assim até o final do ano, quando os pais dele decidiram mudar e ir para os Estados Unidos, nossa despedida foi muito triste e depois disso comecei a me afastar das pessoas e um dia recebi uma carta dele.

Peguei a carta que estava no meu bolso e mostrei ao Bruno.

- Você tem a carta até hoje?

- Sim e eu ainda não tive coragem de mostrar ao Everaldo. Vou ler:

-“Olá Erick, escrevi essa carta há uns dois dias atrás, porque meu câncer se agravou e vou ter que ser internado, queria poder falar tudo com você pessoalmente, sinto muito a sua falta, queria poder ter sido trancado naquele banheiro antes, talvez estaríamos juntos hoje, ou não, eu pedi a minha mãe para mandar essa carta caso alguma coisa aconteça ( sei que não deveria falar mas se você estiver lendo é porque eu não existo mais), mas enfim queria te dizer que tudo que eu vivi, você foi a melhor coisa na minha vida, quando descobri que meu estado se agravou o médico falou que eu só estava vivo ali até hoje porque eu tinha recebido esperança de alguém, segundo ele eu já deveria ter morrido ano passado, então apesar de ter ficado vivo até mais um ano, gostaria de agradecer a você por tudo que você me proporcionou, e junto dessa carta vai estar uma foto nossa, quando você estava lá em casa”. Desculpa Bruno não consigo ler mais, mas ele diz tudo o que passamos e que me amou muito – falei no fim com lagrimas nos olhos.

- Que isso não tem problema, mas eu queria te falar uma coisa, eu acho que sou gay.

- Por que você acha isso?

- Bom, ontem mudou um menino novo para o lado de casa e eu senti uma coisa por ele que eu nunca tinha sentido, uma espécie de formigamento e felicidade e eu fiquei excitado.

- Mas, você tem medo de alguma coisa? De ir falar com ele ou...?

- Não, não é isso eu sei que ele é porque, na nossa conversa de ontem ele me falou, para o caso de eu ter algum problema com isso, me deu vontade de falar que eu gostei dele, só que meu pai me chamou para dentro de casa e...

Aí ele me mostrou as marcas, por isso ele estava de calça, o pai bate nele, para ele não ser realmente quem ele é. Eu abracei ele e o reconfortei, disse que não precisava se preocupar, eu iria falar com o menino e tentaríamos achar um jeito deles se falarem.

 


Notas Finais


espero que gostem


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