Enquanto aguardavam eles mesmos do passado se afastarem, Draco e Hermione saíram de seu esconderijo.
- Vamos segui-los - disse Hermione.
Os dois então começaram a seguir de forma sorrateira escondendo-se atrás de paredes e mobílias, até que finalmente puderam dar uma pausa assim que Draco e Hermione - do passado - pararam em meio a um corredor.
Draco e Hermione sentaram no chão e se encostaram em uma parede que havia ali perto.
- Draco posso te fazer uma pergunta? - perguntou Hermione.
- É claro - respondeu acariciando o cabelo da castanha.
- Por que você me chama de Granger? - perguntou curiosa.
Draco sorriu.
- Eu gosto de Granger - disse.
- Her-mi-o-ne, é apenas uma palavra Draco - falou em tom sarcástico.
- Eu sei, e Granger também é - respondeu da mesma maneira.
Hermione revirou os olhos e deitou no ombro do loiro.
- Eu te amo Granger - disse.
Hermione levantou a cabeça e se inclinou para dar um selinho em Draco.
- Eu te amo também - disse voltando para seu aconchego.
O loiro voltou a acariciar o cabelo de Hermione.
- Sabe, para um bad boy você é sincero com seus sentimentos - disse Hermione.
Draco removeu sua mão do cabelo da castanha e o dirigiu até as suas costas, seguindo até sua bunda.
- AI DRACO! - gritou Hermione com o beliscão que Draco lhe dera.
- Calma, calma... - dizia o loiro aos risos com os tapas que Hermione lhe dava em seu braço.
- Seu safado - chingava Hermione.
- Bad boy ué - respondeu sarcástico.
Cedendo os tapas, Hermione voltou a deitar em seu ombro bufando de raiva. Draco riu.
- Você fica linda bravinha - disse.
- E você é um pervertido - resmungou.
- Sou Draco Malfoy baby - disse sarcástico.
Hermione riu.
- Tá eu te perdoo, mas na próxima... - dizia em tom de ameaça.
- Ok, Ok - disse acariciando seu cabelo pela terceira vez.
Draco e Hermione começaram então a prestar atenção em seus "eus" do passado.
- A professora Minerva deve tê-lo levado, afinal ela estava com nós quando você o derrubou - dizia o outro Draco.
- Ah é mesmo - respondeu Hermione olhando admirada para o loiro.
- Sabe, foi aí que me apaixonei por você - disse Hermione.
- Agora tá explicado - falou.
Hermione franziu o cenho.
- Explicado o que? - perguntou confusa.
- Sua cara, estava muito engraçada - disse rindo.
Hermione olhou para si mesma não contendo o riso.
- Eu acho que está na hora de irmos - disse Draco apontando para eles do passado que sumiam de vista - Vamos lá.
Draco ajudou Hermione a levantar e sem pensar duas vezes, correram em disparada.
Passados alguns minutos, Draco e Hermione chegaram até a gárgula que levava á sala do diretor.
- Torrões de Caramelo - murmurou Draco para a gárgula que se moveu deixando á vista uma longa escadaria. Eles então subiram.
Quando já se encontravam em frente á porta da sala, Hermione parou.
- O que foi? - perguntou o loiro preocupado.
- Draco preciso te confessar uma coisa - disse soltando um longo suspiro.
- O que? - perguntou sério.
- Eu... eu...
Hermione exitou olhando para o loiro que a observava seriamente.
- Eu... eu...
- Granger, pode me dizer - disse esboçando um sorriso torto.
Ela soltou mais um suspiro.
- Draco, eu... eu dei meu primeiro beijo em você, pronto - falou abaixando a cabeça.
Draco gargalhou.
- Ai Granger, chama isto de "confissão"? - disse aos risos.
- Não está com raiva de mim? - perguntou tristonha.
- E por que eu ficaria com raiva? - falou ainda aos risos.
- Bom você é um...
- Bad boy? Sim, e daí? Você é amor da minha vida e isso nunca vai mudar - Draco colocou as mãos no rosto da castanha - Você será para sempre única para mim.
Hermione sorriu enquanto aproximava do loiro para lhe retribuir com um beijo porém, exitou assim que a porta se abriu.
- Sr. Malfoy, Srta. Granger - falou uma voz grossa.
Hermione engoliu em seco, em sua frente o professor Snape os encarava com um olhar de puro ódio.
- Por favor Severo - dizia Dumbledore - Entrem por gentileza.
- Herrmione! - exclamaram Harry e Rony ao mesmo tempo.
- Harry! Rony! - disse correndo aos braços dos amigos.
- Ficamos preocupados com você fomos até a enfermagem, mas você não estava lá então viemos aqui para perguntar ao professor Dumbledore onde você estava - dizia Harry - E ele também não sabia.
- Onde estava Hermione? - perguntou Rony curioso.
- Comigo - respondeu Draco precipitadamente.
Harry e Rony arregalaram os olhos.
- Malfoy? - perguntaram em uníssono.
- É-é... Draco, vem comigo - disse Hermione puxando o loiro pelo braço para o canto de uma parede - Vamos com calma ok? Eu quero contar na hora certa.
Harry e Rony os observava desconfiados.
- Ta, mas eu também não sou obrigado a ver minha namorada de abraçinho com os outros - resmungou.
Hermione riu.
- Ai Draco, eles são meus amigos e...
- Lamento atrapalhar, mas temos um assunto a tratar - falou Snape apontando para um garoto sentado na cadeira em frente á mesa de Dumbledore.
- Goyle - murmurou Draco cerrando os punhos.
- Draco, por favor não faça nenh...
Draco enfiou a mão na jaqueta de Hermione e arrancou a faca de suas vestes.
- Professor Dumbledore nós temos a prova de que esse imundo violentou a Granger - dizia Draco colocando a faca na mesa do professor com agressividade.
Dumbledore se levantou de sua cadeira ajeitando seu óculos meia-lua.
- Sr. Malfoy como uma faca pode provar tal ato do Sr. Gregory? - perguntou.
- "Essa não" - pensou Hermione.
Goyle riu fazendo Draco cerrar os punhos mais fortemente ainda.
- Acalme-se Sr. Malfoy acalme-se, nós já sabemos que foi ele.
Draco e Hermione congelaram.
- Como? - perguntaram.
- Veritaserum - respondeu Snape.
- Só um segundo, não foi o Malfoy? - perguntou Rony sarcástico.
- Não Sr. Weasley - respondeu Dumbledore calmamente.
- Essa é boa - disse no mesmo tom - Ainda assim não explica...
- O que? O fato de estarmos juntos? Nós estamos namorando Weasley - disse Draco.
- DRACO! - gritou Hermione.
Rony e Harry se entreolharam.
- Mas, como? Hermione é o Malfoy! - disse Rony perplexo.
- Olha eu ia contar na hora certa - disse exibindo um olhar ameaçador para o loiro - Eu sei que é difícil acreditar, mas eu o amo.
Antes que Rony pudesse retrucar, Goyle se pusera na frente de Draco com a faca em punho.
- É uma pena Malfoyzinho parece que o Romeu morreu - disse direcionando a faca no peito de Draco.
- NÃO! - berrou Hermione colocando-se na frente de Draco.
- HERMIONE - exclamaram Harry e Rony juntos.
- GRANGER - gritou Draco agaixando-se para abraçar Hermione que desmaiara com a facada de Goyle - NÃO NÃO NÃO, GRANGER FALE COMIGO POR FAVOR!
- Estupefaça! - exclamou Snape sem sucesso assim que Goyle desaparatou a tempo.
- Severo chame a Sra. Pomfrey imediatamente - ordenou Dumbledore para o professor que saiu ás pressas.
- GRANGER, ACORDE GRANGER - berrava Draco aos prantos.
- Draco - disse Hermione com a voz tão fraca que só ele podia ouvi-la.
- Estou aqui meu amor, estou aqui - disse acariciando seu rosto - Oh Hermione que besteira você fez.
- Draco, me faça um favor - disse com a voz falha.
- Qualquer coisa meu amor - falou não contendo as lágrimas.
- Me chame de Granger - disse esforçando-se para sorrir.
Draco deu uma risada curta.
- Quantos filhos? - perguntou Hermione apertando a mão de Draco.
- Dois - respondeu aos soluços.
- Quais os nomes? - disse enquanto lutava para manter os olhos abertos.
- Scorpius e Rosa - respondeu com um sorriso torto.
- Me prometa uma coisa, Draco - Hermione deu uma pausa - Prometa que vai se casar, ter filhos, ter uma linda esposa e amá-la imensamente assim como você me amou.
Draco chorou.
- Nenhuma beleza pode ultrapassar a sua - disse apertando sua mão gélida.
- Ela está aqui - falou Dumbledore para a Sra. Pomfrey que acabara de chegar.
- Apenas prometa - disse em um sussurro.
- Céus o ferimento foi causado por um objeto de trouxa? - perguntava a Sra. Pomfrey.
- Hermione não... - Cochichou Harry.
- Eu prometo - disse Draco fungando o nariz.
- Eu te amo Draco - falou a castanha.
- Eu te amo Granger - murmurou Draco.
Então tudo escureceu, Draco observava o corpo de sua amada sem vida em suas mãos.
- NÃÃÃOOOOOOO - berrou pegando Hermione em seu colo - VOLTE PARA MIM, VOLTE PARA MIM GRANGER.
Dumbledore abaixou a cabeça, a Sra. Pomfrey dava pequenos soluços, Harry e Rony choravam abraçados e o professor Snape observava inquieto.
A garota de cabelos crespos não respondia, não respirava, não gargalhava, não atendia a chamada de seu amado. Era o fim, ela se foi.
MESES DEPOIS
Draco agaixou-se para trocar a rosa que já murchara no túmulo de Hermione, se inclinando para ler as pequenas letras: "Aqui jaz Hermione Jean Granger, a bruxa mais inteligente que Hogwarts já teve".
- Eu sinto muito Granger - cochichou.
O loiro ajeitou o mesmo casaco que usou no dia do acidente puxando o Profeta Diário, na qual em sua capa estampava-se a imagem de Goyle.
- "Gregory Goyle, aluno de Hogwarts responsável pela morte de Hermione Jean Granger escapa de Azkaban..." - leu em seus pensamentos - Desgraçado! - resmungou atirando o jornal para longe.
Observando o túmulo de Hermione pela última - e quarentagésima - vez, ele enfiou as mãos no bolso.
- Até logo - disse erguendo-se.
Contudo, antes que partisse, um tinir de melhada chamou sua atenção.
- O vira-tempo - murmurou - Deve ter caído do meu bolso e.... espera aí!
De repente um flashback passava em sua mente: "- Eu te amo Draco" dizia Hermione que colocava seu vira-tempo no bolso de Draco, onde se encontrava distraído enquanto chorava com a castanha em seus braços".
Draco congelou, agaixou-se para recolher seu vira-tempo voltando seu olhar para a lápide:
- Ah Granger, sua irritante sabe tudo...
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