História Meu príncipe patriota. - Parece que o jogo virou, não é mesmo?

Eu não estava sentindo nadinha. Nadinha, mesmo. Por que tudo estava tão escuro?

Eu tinha medo. Onde estava meu príncipe patriota? Oh Deus! Será que eu tinha batido as botas? E nem tinha dado umas alisadas no corpinho do meu Capitão? Sequer, tinha tirado a virgindade dele? Mundo injusto! Comecei a sentir alguém acariciando meu cabelo. E segurando minha mão. Porque agora, eu sentia que um caminhão tinha passado por cima de mim? Estava melhor sem sentir nada, não gostava de dor.

 Abri os olhos, tentando ver onde eu estava. Cadê o meu príncipe patriota? Será que ele se machucou? Gemi, sentindo a dor se espalhar pelo meu corpinho divo. 

- Não se mexa, pequena. Ouvi a voz do meu amorzinho, tão preocupada e carinhosa. Mano do céu! O que rolou aqui? Eu estava em universo paralelo? Lembrei daquele belíssimo filho da puta que jogou a granada no meu príncipe e consequentemente, em mim. Deusa do Nilo! Abri meus olhos lentamente. Alguém tinha acendido um holofote aqui? Porque, parecia.

Olhei em volta, assim que conseguir. Steve estava de pé ao meu lado, me olhando quase emocionado. Seus lindos olhos azuis me encarando, como se eu fosse uma deusa. Suas mãos segurando as minhas. Será que ele estava bêbado? Mas, meu príncipe patriota não podia ficar bêbado. O que está acontecendo aqui?

Oh cara! Foi a batida. Eu tinha certeza. A treta foi tão forte que eu estou alucinando.

- Está tudo bem com você? Perguntei, minha voz lenta e arrastada.  Falando a primeira coisa que passou na minha mente. Minha voz estava rouca e estranha, como se eu tivesse vivendo no deserto.

- Você está internada. Ferida e me pergunta se eu estou bem, pequena? Disse Steve, sorrindo pequeno para mim. Não pude conter o sorriso que me fez quase chorar de dor em seguida. Eu me lembrava da granada e de estar ferida. Meu príncipe super gostoso me chamando de amor... O calor até sobe aqui. Qual é? Estou ferida, não morta. 

- Oh porra. Eu tomei um sacode violento, não foi? Perguntei, chateada. Típico! A azarada aqui saí em um missão com seu boy super hot que é o Capitão América e é atingida por uma granada. Lembrei do motivo daquilo... A granada era para o meu amorzinho!  Sorri, maliciosa... Com o plano infalível que se formou em minha pequena cabeça. – Sabe, Steve. Aquela granada era para você... Insinuei. Não era uma atitude digna, mas aquele homem era muito difícil. E como minha velha vozinha dizia ‘’ Filha, sempre coma frutas no café da manhã...’’ Acho que não é essa. E também dizia ‘’ Nunca deixe o seu homem escapar da suas mãos.’’ É...Essa é a certa mesmo.

- Eu sei, pequena. E não sabe, quanto eu agradeço... Porém, não faça isso nunca mais. Disse, acariciando meu rosto. Bem... O que eu dizer agora mesmo?  Meu príncipe patriota me deu um lento e delicado beijo no rosto. Pelo amor de Deus! Será que esse homem não entendia que eu estava bolando um plano para tirar vantagem da situação e seduzi-lo?

- Claro que não, amor. Eu faria isso, quantas vezes fossem necessárias. Você curte mulheres com cicatrizes? Enfim, você está em dívida comigo. Não se engane, eu fiz aquilo. Porque te amo. Mas, você é difícil e não me deu escolhas... Além de jogar na sua cara, que salvei sua vida e você ser meu namorado agora em troca disso. Terminei, esclarecendo a situação. Se esse era o único jeito que eu teria aquele homem para mim. E eu sou Brasileira e não desisto nunca.

Na verdade, minha mãe é Brasileira. Então, sou metadinha. Isso me faz ter direitos aos ditados brasileiros.

- Você fala demais, Ísis. Disse, meu capitão sexy. Mas, olha só a ousadia desse homem! Você oferece seu amor e ele quer seu corpo.  A gente quer isso mesmo, queridinha. Minha consciência me alertou. Sim, era verdade. – Deve ser uns dos motivos que fizeram eu me apaixonar por você. Sussurrou, me olhando.

Como?

Que? Meu Capitão falou isso mesmo?

Ouvi os bipes irritantes das maquinas ficarem mais altos e mais pronunciados. Ótimo! Agora, eu ia enfartar. Deus me ajude! Meu príncipe estava se declarando... É isso mesmo, produção?

- Meu amor, você falou o que mesmo? Desculpa, mas acho que alguma coisa na minha cabeça saiu do lugar e você está se declarando para mim...Disse, o olhando assustada. Meu amorzinho estava doido. Eu sabia que muito tempo de convivência comigo dava nisso. Eu enlouqueci o meu amado capitão.

- Exatamente, pequena. Eu estou apaixonado por você. Em parte, a culpa é sua. Você não me deu muita escolha. Minha pequena força da natureza. Ísis, se você soubesse o que faz comigo... Todos os dias, eu me apaixonava por você mais um pouco. Você entrou no meu coração, na minha mente e na minha vida. Me deixa entrar no seu coração, assim como você está no meu. Não faz ideia do quanto sofri ao ver você ferida. Não quero sentir aquilo outra vez.  Nunca iria me perdoar, eu não me perdoo pelo o que aconteceu. Eu falhei.  Disse, me olhando emocionado e apaixonado. Como se respira mesmo?  Meu capitão, meu príncipe patriota, meu amorzinho, o pai dos meus filhos e futuro marido está apaixonado por mim.

- Então, essa é a sensação de quem ganha na loteria. Sussurrei, baixinho. Não consigo conter o sorriso escandaloso que aparece em meu divino rosto. – Meu coração já é seu, baby. Sempre foi! Não deu para perceber? Eu já dei muitos sinais de que quero mais do que seu corpo nu. E não se culpe, você não faz a menor ideia do que eu faria para te proteger. Pegar granadas é moleza. Foi por isso que me chamou de amor?  Disse, encantada e esclarecendo qualquer engano. Claro, que o meu jeito insano não é um certificado de seriedade. Mas, eu amava demais o meu doce Steven.

 Meu lindo capitão ficou vermelho na hora. Não sabe de nada, inocente! Eu tenho muitos fetiches e irei realiza-los todos com ele. Mas, isso não é hora de falar sobre essas coisinhas. Ainda!

- Então, você gosta de mim? Sim, eu chamei você de amor. Disse Steve, tímido. Oh Deus! Eu vou colocá-lo em um pote.

- Meu príncipe, eu gosto de chocolate. O que eu sinto por você, ainda não achei um nome certinho. Esclareci, convicta. Eu pegaria muitas outras granadas, só para ver aquele rostinho perfeito sorrir para mim. Se isso não é amor, o que pode ser? – É agora que você me dá um beijo tipo aquelas fanfics de Vingadores +18? Eu leio várias e elas me dão umas ideias muito boas com você. Sorri, maliciosa. A necessidade por aquele homem era minha melhor amiga.

E por incrível, seu rosto se achegou ao meu. O bipe da máquina cada vez mais alto. Então, seus lábios pressionaram os meus, com calma e delicadeza. No começo, era algo tímido e desajeitado. Que tinha uma pureza, aquele beijo era tão Steve. Minha mão acariciou seu rosto, eu estava sedenta de mais contato e precisava de todo o meu controle. Não queria assusta-lo, queria mostrar como é bom amar alguém. Sentir alguém...

Envolvi minhas mãos no seus cabelos, eu queria fazer isso a tanto tempo... Que agora, eu sequer acreditava que eu tinha aquele homem em minhas mãos.  Aprofundei o beijo calmamente, ele me seguiu. Contive o gemido de prazer ao sentir seu hálito e suas mãos presas em minha nuca.

Ora, o beijo tímido e delicado. Repletos de sentimentos desconhecidos.

E em outra, tornou intenso e profundo. Me fazendo gemer, entre seus lábios. Steve parecia descobrir o próprio desejo e prazer. Suas mãos foram para minha cintura, me fazendo soltar um gemido de dor. Porra de ferimento! Steve me soltou, olhando para mim preocupado.

- Oh meu príncipe patriota. Você não faz ideia do quanto esperei por esse beijo. E que beijo! Se eu não estivesse nessa cama... Disse, ansiosa por sair daqui. Se um beijo havia feito isso comigo, imagine outras coisas. E faríamos, todas elas. O encarei ofegante, percebendo que seus olhos azuis brilhavam de desejo. Ele ofegava, assim como eu. Mesmo, que ainda houvesse certa timidez nele.

- Me perdoe. Eu me excedi. Explicou Steve, tentando gesticular com as mãos. Abaixando a cabeça logo em seguida.

- Amor, se exceda sempre que quiser e puder, até quando não pode. Agora, vem aqui e me dê outro beijinho desses. Pedi outra vez, eu definitivamente tiraria todo o atraso. Ah meu amorzinho, se você soubesse meus planos para nós.

E lá estava meu doce capitão, se inclinando para me beijar outra vez. Já falei como eu estava adorando, como o jogo virou?