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História Meu Querido Sr. Sem Noção - Prólogo


Escrita por: TatNascimento

Notas do Autor


Oi, gente! Essa é uma história que venho trabalhando já tem algum tempinho, só que sou muito medrosa com relação a mostrar o que escrevo para os outros, maaas em um surto de coragerm cá estou. Espero que vocês sejam bonzinhos comigo e relevem os erros (eles sempre aparecem) na minha primeira fic. E, sinceramente, espero que vocês gostem.
Vamos lá então!

Capítulo 1 - Prólogo


Carrões. Muitas bebidas. Mulheres Bonitas. Muitos famosos. Música alta. 

Seria assim que as revistas de fofoca classificariam o aniversário do meu tio no dia seguinte. Já eu a classificaria como um porre. No meio em que cresci ver as famosas Maria-chuteiras era corriqueiro, mas ver tantas reunidas num só lugar era só quando Rob dava suas festas de aniversário. O que eu mais odiava não eram as mulheres todas trabalhadas na sensualidade – ou vulgaridade –, e sim, ser sempre confundida como uma delas. E quando isso acontecia a minha vontade era de esganar o bendito que chegava perto de mim com as cantadas baratas.

- Muda essa cara, mulher, sorria! – Malu chegou do meu lado com uma taça de coquetel na mão. Revirei os olhos. Se eu odiava estar no meio de tanta gente não poderia dizer o mesmo da baixinha ao meu lado.

- Essa é a minha cara desde que nasci. – pesquei um canapé da mesa em que estava encostada. Quando fui pegar outro, Malu me deu um tapa na mão fazendo com que o salgado caísse de volta no lugar. Arregalei meus olhos e olhei para ela. – Será que dá para você parar de me importunar? Vai caçar um jogador por aí, opções são o que não faltam. – virei-me para o centro da festa, onde o ocorria o ápice da flertação. A pista de dança. Estrategicamente armada no meio do jardim.

- Você está muito razinza hoje. – ela ignorou meu comentário e jogou um petisco na boca. – Não adianta nada estar tão gostosa e atrair a atenção dos homens da festa se você não tem intenção de pegar nenhum deles.

Respirei fundo. Essa era a Malu, afinal.

- Você viu o Rob por aí? – perguntei tentando desviar do assunto “homens+pegação” e voltei a olhar os petiscos disposto na mesa.

- Da última vez que o vi ele estava conversando com o Marcelo e o James.

- Hum. – murmurei de boca cheia. Tinha que parabenizar o Rob pela escolha do buffet, as coisas estavam deliciosas.

Enquanto eu enchia minha barriga como se não houvesse amanhã, Malu reclamava comigo por não ter saído de perto das mesas de petiscos e bebidas. Queria dizer a ela que só estava ali porque meu tio iria me importunar até o próximo aniversário dele se eu não comparecesse, mas optei por continuar comendo. Não iria fazer como ela: reclamar de barriga cheia.

- Caramba, Eileen, essa é a sua chance de achar um cara para sufocar as decepções. Nunca ouviu dizer que uma ressaca você cura com outra? Então, é a mesma coisa em relação a vida amorosa. Para curar um amor você tem que arrumar outro. Seu ex-namorado foi um idiota, mas você tem que esquecê-lo e partir para outra. Isso é a vida.

Agora Malu tinha conseguido minha atenção. E pela expressão em seu rosto quando encontrou meu olhar, acho que ela preferia não tê-la conseguido.

O canapé que eu estava mastigando desceu pela minha garganta como se fosse alfinetes. Ex-namorado. Um arrepio angustiante percorreu minha coluna ao repetir esse adjetivo em meu pensamento. Cenas, que até então estavam guardadas numa caixinha no fundo da memória, começaram a ressurgir.

É, eu já tive uma desilusão amorosa. Quer dizer, não só uma. Mas a que mais me marcou era a que Malu estava se referindo. E eu bem gostaria de esquecer tudo, como ela queria que eu fizesse, mas já inventaram um botão de liga/desliga para decepções amorosas? Não, ainda não.

- Isso é a vida. – repeti, forçando um meio sorriso.

Malu colocou sua taça vazia sobre a mesa e pôs as duas mãos no meu ombro.

- Desculpa, Leen. Eu não queria dizer isso. – ela soltou uma risada esganiçada. – Você sabe quando fico bêbada, começo a falar bobagens.

Abanei as mãos em gesto de descaso.

- Tudo bem, Malu. Já faz tanto tempo mesmo.

E fazia mesmo. Cinco meses. Fazia cinco meses que eu estava tentando colar os pedaços de um coração despedaçado. O meu. Não estava sendo fácil, mas eu tinha certeza que já estava para terminar minha tarefa. Muitos falam sobre deixar o coração aberto, mas muitos se esquecem de nos alertar sobre quem deixar entrar nele. Agora estou mais tranquila porque meu coração em pedaços está protegido por um muro. E não acho que alguém vai transpô-lo tão cedo.

- Desculpa, de novo. – ela pôs a cabeça em meu ombro. – Pode fazer o que você quiser. Pode pegar todo mundo. Mas pode não pegar ninguém também. Pode dançar até o chão como aquelas garotas da pista de dança estão fazendo... – ela ergueu a cabeça e apontou com o queixo para a pista de dança. Acompanhei seu olhar e gargalhei junto com ela ao ver as meninas dançando. – ou você pode ficar aqui só comendo. Sei que não vai engordar mesmo.

- É, então vou ficar aqui comendo mesmo. – sorri.

- Ótimo. É bom que eu posso andar sozinha por aí e quando perceber um olhar na minha direção sei que vai ser para mim e não para a gostosa do meu lado. – ela gargalhou quando fiz careta e deu um tapa em minha bunda antes de sair.

Fiquei sozinha. Sozinha não. Fiquei com a mesa de petiscos só para mim. Quer dizer, algumas pessoas chegavam e saíam do meu lado constantemente, mas preferi não encarar nenhuma delas.

Ouvi um pigarro atrás de mim e ergui o olhar do meu celular para dar atenção a quem quer que fosse. Pelo tanto de tempo que estava sem ver o Rob, só poderia ser ele para chegar de mansinho assim.

- Até quando vai ignorar sua sobrinha, heim? – vire-me pronta para dar um soco no ombro dele, mas não era ele. Meu punho fechado parou no meio do caminho. – Ah... Desculpe. Achei que fosse outra pessoa. – prensei meus lábios e juntei meu punho, ainda fechado, ao lado do meu corpo.

- Não achei que Riviere pudesse ter uma sobrinha tão bonita. – o ser bendito à minha frente soltou um sorriso maroto e estendeu a mão para mim. Ele só podia estar de brincadeira. Ele iria mesmo ser todo formal e se apresentar para mim quando todo mundo sabia quem ele era? Apertei sua mão por educação. Ele sorriu mais uma vez antes de dizer: – Cristiano Ronaldo, a seu dispor.

Juro que eu pensei até na morte do meu cachorrinho – que os céus dos bichos o tenha – para não soltar uma sonora gargalhada quando até mesura o bendito fez. Ele já deveria ter tomado todas.

- Eileen. – retorci os lábios num pequeno sorriso e puxei minha mão, que ele ainda mantinha em cativo, dentre as suas.

- Eileen. – repetiu ele, levando uma mão ao queixo. – Nome bonito. Combina com você.

Soltei um suspiro cansado e revirei os olhos. Ótimo. O famoso jogador de futebol estava me cantando. Sorri ao pensar no que a Malu diria. Ela, com certeza, se atracaria a ele no momento em que percebesse isso.

- Obrigada. – sorri, toda cordial. Rob e meus pais se orgulhariam de mim. Na opinião deles eu era uma pessoa que não possuía boas maneiras. Revirei os olhos. Sorri. Eles reprovariam essa mania minha com certeza.

Dei as costas ao todo-poderoso Cristiano Ronaldo. Era incrível como nunca tínhamos nos encontrado em outras oportunidades, mesmo frequentando jogos do Real Madrid sempre que possível. Mas, também, nunca fui de visitar os vestiários como Malu insistia fazer toda vez que estava com o Rob.

Sou uma amante do futebol, tanto que discuto constantemente com meu pai e tio sobre os jogos que assistimos e quem seria uma boa contratação para nossos times do coração. Minha mãe não suporta ficar no mesmo lugar que nós quando tem futebol no meio. Em contrapartida, eu não suporto a maioria dos jogadores fora de campo. Só alguns que se salvavam, meu tio era um deles. Mas acho que ele não conta já que se aposentou. Não posso dizer o mesmo do homem que agora experimentava uns petiscos ao meu lado.

- Você não parece muito com seu tio. – ele comentou mordendo um mini sanduíche e se recostando na mesa.

- Pois é. – murmurei enquanto olhava as mensagens no meu celular.

- Ouvi dizer que vai morar aqui agora... É verdade? – percebi que ele olhava para mim, esperando uma resposta, e ergui meu olhar.

- Sim. É verdade.

Nossos olhos se encontraram, e eu desviei o meu no mesmo instante. Apesar do barulho de pessoas rindo, conversando e da música alta, um silêncio estranho se instalou entre nós.

- Seus olhos são bonitos. – Cristiano voltou a falar. Sua voz saiu num murmúrio que eu não sei se era um pensamento que saiu sem sua permissão ou se ele estava constrangido como eu estava.

Antes que eu pudesse agradecer, Malu surgiu como um raio ao nosso lado.

- Cristiano Ronaldo! – ela gritou se atirando nos braços dele, e só me restou revirar os olhos e enfiar um canapé goela a baixo.


Notas Finais


:D entaaao... fui bem??? tomara que tenha agradado vocês. até a próxima! xoxo


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