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História Meu Querido Sr. Sem Noção - Capítulo Um


Escrita por: TatNascimento

Notas do Autor


Oii gente... Voces estão bem? Espero que sim
Então, aqui vai mais um capítulo para vcs, iria postar ontem, mas eu não tive outra coisa para pensar a não ser no acidente aéreo que aconteceu com a Chape :'( eu amo futebol e esse time me conquistou de uma maneira tão grande que foi como se eu tivesse perdido alguém muito próximo
Bom, mas enfim... quero agradecer imensamente aqueles que visualizaram, comentaram, favoritaram... Gente, muito obrigada mesmo, saibam que fizeram uma pessoa muito feliz.
Continuem opinando, deixando seus comentários, críticas, elogios (se eu merecer rsrs). Preciso saber se estou no caminho certo...
Certo, deixa eu parar por aqui :D Vamos ao capítulo que por enquanto ainda está bem pequeno rsrs
Boa Leitura!

Capítulo 2 - Capítulo Um


- Eles não se cansam? Caramba! Agora eu não posso nem comer em paz. – cruzei os braços em cima da mesa do restaurante em que eu e Rob estávamos.

- Isso que dá querer namorar o maior astro do futebol. – Rob disse com um sorrisinho irritante nos lábios. Estreitei meus olhos.

- Eu não estou namorando ninguém, Rob. Muito menos o Cristiano Ronaldo. Pelo amor de Deus! – bufei, irritada, e passei a mão por meu cabelo. – Acho que eu não falei nem mais de dez frases com ele.

- Não é isso que as revistas estão dizendo. – olhei para meu querido tio com vontade de esganá-lo para não ver mais seu sorrisinho zombeteiro. Ele bem sabia que eu não suportava esse tipo de atenção exagerada. – Leen, vocês foram flagrados saindo de uma boate no final da semana, sozinhos e pelas portas do fundo. – abri minha boca para explicar meus motivos, mas ele continuou falando. – E ainda teve meu aniversário há duas semanas em que várias fotos de vocês conversando foram tiradas e Malu até postou uma de vocês três.

Eu vou matar a Malu, na verdade, era para eu tê-la matado assim que vi a postagem dela no Instagram. Ela não tinha nada que postar uma foto minha com o Cristiano Ronaldo mesmo ela estando junto. Bom, mas eu não posso culpa-la, afinal, ninguém sabia que a repercussão seria tão grande e que no dia seguinte as matérias seriam:

“Sobrinha do ex-jogador Riviere, Eileen Riviere, curte ‘festinha’ do tio ao lado da maior estrela do futebol”

“Cristiano Ronaldo não desgrudou da sobrinha do ex-jogador Riviere durante festa”

“Novo affair de Cristiano Ronaldo é sobrinha de famoso ex-jogador do futebol brasileiro”

Affair? Affair de Cristiano Ronaldo? Por Deus! Eu não tinha passado nem cinco minutos ao lado do cara e posso dizer que não foi um dos melhores momentos da festa do meu tio. Eu não tenho nada contra o cara, longe de mim, até sou fã do futebol dele e sempre torci por ele nas finais da Bola de Ouro, mas era só isso. Eu conhecia bem o lado B dos jogadores de futebol. Sou sobrinha de um dos maiores, inclusive. E é por conhece-los que eu quero distância deles. Tenho alguns amigos no meio, porém nada além disso. Nunca me envolvi com nenhum deles nem nos meus tempos da adolescência em que os hormônios estavam à flor da pele e a minha casa vivia cheia de amigos do Rob. E mesmo assim, agora, esses boatos surgiram?

Olhei para fora do restaurante e fiz uma careta ao ver o tanto de fotógrafos com suas máquinas apontadas para mim e meu tio.

- Não tinha uma mesa reservada para você escolher? – perguntei, olhando para o Rob que ainda me encarava, talvez esperando que eu rebatesse seus comentários.

- Estavam ocupadas. – ele deu de ombros. – Você já deveria estar acostumada com isso, Leen.

Deveria? Não, eu não deveria. Não era porque eu tinha um tio famoso e uma mãe tanto quanto que eu teria que viver conformada com pessoas me fotografando onde quer que eu fosse. Esse era até um dos motivos para que eu fosse tão caseira. Acho que tinha puxado ao meu pai nesse quesito.

- Eu não nasci com uma veia para a fama, Rob. Eu não gosto das pessoas opinando sobre mim, criando um estereótipo que nada tem a ver comigo. Isso é para você e para mamãe.

- Você tem razão. – meu tio piscou seus grandes olhos verdes para mim. – E mesmo você odiando tudo isso, foi sair logo com o maior astro do futebol.

Eu queria, mas eu queria muito saber em qual momento foi que meu tio ficou tão debochado. E os ciúmes exagerados dele? Que não me deixava nem olhar para os caras nas ruas. Sinceramente, o universo estava conspirando contra mim.

- Eu não quero ter que explicar tudo novamente. Mas vou fazer mesmo assim, querido tio. – inclinei-me sobre a mesa e sorri. – Eu não saí com o Cristiano Ronaldo. Eu fui numa boate com a Malu e coincidentemente ele estava lá e nos esbarramos. Depois, a Malu encontrou um carinha e foi-se embora com ele, me deixando sozinha e sem carro. Eu estava com a maior cara de merda no camarote quando, não sei como, ele apareceu do meu lado e ficou me perturbando até eu falar que a minha querida prima tinha ido embora e me deixado, e ele, como um príncipe dos contos de fadas que é, foi muito solícito ao me oferecer uma carona em sua humilde carruagem. – bebi um pouco da água deixada na mesa pelo garçom e me recostei na cadeira.

- Seu sarcasmo me comove. – Rob levou a mão ao peito. – E na festa? – suas sobrancelhas loiras se arquearam. Balancei minha cabeça em sinal de reprovação. Rob só estava fazendo isso para me provocar, só pode. Ele já tinha me ouvido falar tudo que havia conversado com o jogador assim que os boatos surgiram. Então, por que que ele estava querendo que eu repetisse? Ele duvidava de mim? Só estava esperando um deslize?

- Você bem sabe o que houve na festa. Eu estava na mesa dos petiscos e ele chegou falando o quanto eu não pareço nem um pouco com você. Apesar dos meus 23 anos, eu não sou boba, ?! Sei quando um idiota está flertando. – pisquei para ele.

- Talvez ele não estivesse flertando. – Rob me olhou por cima da taça de vinho que tomava.

- Tá. – olhei para os lados e depois pra ele novamente. – Quando um cara elogia seus olhos de duas, uma. – levantei o indicador. – Ou ele está querendo levar você para a cama. – levantei o dedo médio. – Ou ele está querendo ser oftalmologista. E todos nós sabemos que o grande CR7 já é do futebol.

Rob largou a taça de vinho sobre a mesa e soltou uma gargalhada atraindo a atenção das outras pessoas do restaurante. Tive a leve impressão de que se ele não fosse quem fosse, o maitre iria pedir para nos retirarmos por estar perturbando os clientes.

- Você é uma figura, querida sobrinha. – ele bebeu um pouco de água. – Você me convenceu. Mas... – quando ele ia falar não sei o quê, o garçom chegou com nossos pratos. Chicharrón. Por mais distante do Brasil que eu estivesse iria sempre procurar comer algo que lembrasse a nossa culinária. Rob voltou a falar quando o garçom se afastou. – Bom, como eu estava falando, você não deveria ser tão arisca com ele. Cris é uma cara legal.

Eu estava levando um pedaço do bife à boca, mas ao ouvir tais palavras saírem da boca do meu tio protetor, minha mão parou no meio do caminho. Larguei o garfo no prato e olhei para a figura grande e loira sentada à minha frente.

- Você só pode estar brincando. – nem pareceu que eu falei algo, pois Rob continuou comendo na maior tranquilidade.

- Não estou, não. – ele pegou a taça de vinho. – Ele já passou dos trinta, tem um filho, é responsável, muito profissional, tem... – interrompi-o antes que ele dissesse que eu deveria marcar o casamento na próxima vez que visse o Cristiano.

- Chega disso, tio! – abanei as mãos no ar. – Não quero mais falar sobre isso. – apontei para fora do restaurante. – Chega deles também.

Será que esses paparazzi não tem alguém mais famoso cometendo alguma polêmica para perseguir?

- Tudo bem. – ele levantou as mãos em sinal de rendição. – Não vamos mais falar sobre seu namoro com o Cristiano Ronaldo.

Tudo bem. Eu desisto!

 

~°~°~°~

 

- Tudo isso é culpa sua, Malu! – saí do banheiro e me joguei na minha cama. – Se você não tivesse postado aquela foto, se você não tivesse ido embora com aquele cara insuportável que você mesma disse que foi uma perda de tempo, eu não estaria tão ferrada como estou agora. – soltei um grunhido e enfiei minha cabeça no travesseiro.

- Você não está ferrada! – uma baixinha de cabelos curtos e ondulados que é mais conhecida como minha prima, se jogou na cama ao meu lado. – Você está perto de pegar um dos homens mais lindos e cobiçados do planeta.

- Menos, Malu. – rolei os olhos enquanto me sentava. – E quem disse que quero pegar ele? Aliás, que palavreado feio. – soltei um muxoxo e sacudi a cabeça.

Depois de passar o dia com o meu irmão e ser seguida por onde quer que andássemos, ele me deixou em casa perto do anoitecer para ir à casa de um amigo – que eu duvidava ser verdade – e foi onde encontrei minha adorável prima em meu quarto como se fosse a dona dele. Enquanto eu tomava banho, contei para ela sobre meu maravilhoso dia e meus perseguidores, esperava contar com a compreensão e apoio dela nas minhas reclamações, mas tudo que ela fez foi rir e falar que tudo que eu odiava estava acontecendo: ser reconhecida em todo lugar.

- Não me venha com essa de “menos, Malu” porque você sabe e já disse que Cris é lindo.

Virei-me para ela com as sobrancelhas arqueadas.

- Cris? Já está assim, é?

- Você nem imagina, querida. – ela riu. – Mas, falando sério, Leen... – Malu sentou ao meu lado com as pernas dobradas igual as minhas. – Se ele chegasse em você numa boa, você daria uma chance?

- Eu não sei. – respondi sinceramente, até porque Malu além de ser minha prima, era minha amiga desde sempre e me conhecia como poucas pessoas. – Eu não sei. – repeti pensando na pergunta dela.

Eu daria uma chance a Ronaldo se ele fosse sincero em querer ficar comigo? Eu realmente não sabia. Nas poucas vezes que trocamos algumas frases, percebi que ele fazia o típico cara conquistador e que eu tanto odiava. Quer dizer, passei a odiar depois de certa experiência. Ele era lindo? Era. Mas eu não queria me envolver com um homem que só queria me levar para cama como fazia com as várias mulheres que babavam por ele. Nunca fui desse tipo.

Foi pensando nisso que desci para jantar com Malu e encontrei uma cabeleireira loira correndo pela sala com uma Yorkshire Terrier em seu encalço.

- Ei, mocinha! Aonde pensa que vai? – peguei-a no colo.

- Estou brincando com a Lulu. – minha pequena sereia falou. Sophia. Filha e cópia perfeita do Rob. Mesmo tendo seis anos, eu ainda a tratava como se tivesse três. Nunca iria me conformar que a criança que eu troquei fraldas estava crescendo tão rápido.

- Chega de brincadeiras por agora. – caminhei com ela para a cozinha onde Malu já estava abrindo as panelas e recebendo tapas de Lourdes.

Diferente de outras casas, quando nos reuníamos para jantar era uma conversação tão grande que por diversas vezes, meu pai tinha que pedir para que nos calássemos. E Sophia carregava esse gene da falação com ela. Por Deus! A garota não parava um segundo. E depois que ela fez um amiguinho na escola – acreditem ou não – chamado Cristiano foi que a coisa aumentou. Era todo dia a mesma coisa. “Eu e o Cris brincamos hoje”, “o Cris me falou que tem um cachorrão enorme na casa dele”, “vou pedir ao papai do Cris para deixar ele vim aqui em casa”.

- O papai do Cris deixou ele vim amanhã, Tilim. – Tilim, era assim que Soph me chamava desde que aprendeu a falar. Uma mistura de tia mais Leen.

- Jura? – preguntei e ela balançou a cabeça para cima e para baixo incontáveis vezes. – Até que enfim vou conhecer esse rapazinho. – Soph abriu um sorriso banguela e eu baguncei seus cabelos dourados como fios de ouro.

Terminamos de jantar, e enquanto Malu via algum desenho na tevê com Sophia, eu ajudei Lourdes com a louça.

- Odeio essa geringonça. – ela respondeu quando perguntei o motivo dela sempre desprezar a máquina de lavar. – Daqui a pouco as máquinas vão dominar o mundo se deixarmos que elas façam tudo pela gente.

Ok. Isso é uma teoria dela. Então, contive a risada e fiquei quieta.

Já no meu quarto, vestida com uma blusa velha do meu irmão e devidamente pronta para dormir, recebi uma mensagem de um número desconhecido.

“Desculpa pelos paparazzi. Soube que você não gosta muito deles.”

Franzi a testa enquanto lia a mensagem mais uma vez. Eu não tinha passado meu novo número para mais ninguém, além das pessoas mais próximas, depois que me mudei do Brasil. E todos sabiam o quanto eu odiava que dessem meu número sem a minha permissão. Então, quem o tinha conseguido? E como? E quem é que se desculpa por paparazzi?

“Você está se desculpando pelo que exatamente? E quem deu meu número a você? E, principalmente, QUEM É VOCÊ?”

Seja lá quem fosse o idiota, me respondeu com um emoji com lágrimas nos olhos de tanto rir. Estava pronta para xingá-lo mais vi que ele estava digitando alguma coisa.

“Calma lá, mocinha. Uma pergunta de cada vez.”

Mas que audácia! Pelo jeito de falar, a pessoa desconhecida era um homem.

“Você é algum pervertido? Por que se for, está perdendo seu tempo, sou uma mulher horrível.”

“Posso dizer, sinceramente, que de horrível você não tem nada. E respondendo suas perguntas: estou me desculpando porque me sinto culpado de alguma forma. Quem me deu seu número foi um passarinho verde. E eu acho que pela primeira resposta você já deve fazer uma ideia de quem sou eu.”

Sim. Eu tinha uma ideia de quem ele era.

“Só quero saber quem foi o passarinho verde para prendê-lo(a) numa gaiola.”

“kkkk você não faria isso. Então, já sabe quem sou?”

“Sei. Mas preferia não saber.”

E era a mais pura verdade. Eu só queria saber quem foi que dera meu número a ele. Larguei o celular ao meu lado na cama e fitei o céu estrelado através das portas de vidro que dava acesso a sacada do meu quarto. Lembrei-me das palavras da Malu mais cedo e tive que me conter para não ir até o quarto em que ela estava. Apesar do Rob ser amigo do Cristiano e estar em contato com ele quase todos os dias por trabalhar no Real Madrid, eu duvidava que fosse meu tio. Ele sempre foi de respeitar minhas decisões, certo que tentava muda-las, mas ele me respeitava quando eu fazia uma escolha. E a minha escolha ultimamente era não me deixar envolver pelo astro do futebol madrileño. Então, tinha sido a Malu. Quando aquela garota colocava uma coisa na cabeça, ninguém conseguia tirar.

Vi que a tela do celular voltava a brilhar. Bufei enquanto o pegava para ver duas mensagens do número nem mais tão desconhecido assim.

“Você é sempre educada assim?”

“Não vai me responder? Vai me deixar no vácuo?”

Isso até que não seria má ideia. Ele não tinha nada importante para fazer, não? Tipo, dormir?

“Uso a minha educação com as pessoas que não me importunam, meu caro senhor. Tenha uma péssima noite e bons pesadelos. xoxo”

Larguei o celular no criado-mudo e me cobri com lençóis quentinhos. Eu precisava dormir e graças aos céus meu cérebro trabalhou junto com meu corpo para isso.


Notas Finais


Espero que cês tenham gostado ;)
Obrigada por acompanhar mais esse pedacinho da história.
Até mais!
OBS: Eu não tenho previsão de quando sairá o próximo capítulo pq não tenho ele todo pronto ainda, mas espero que a inspiração esteja comigo esta semana
xx


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