-Você quer ser minha namorada?
-O QUE?
-Calma! Me Deixa explicar!
- Eu estou calma. Apenas surpresa, não é por nada não, mas porquê eu não posso ter uma vida normal? Chegar na escola sem ser assediada, encontrar gente normal, é tão difícil assim?! Ah, eu desisto. Por que desse pedido tão de repente? – Astrid estava ofegante, alguns poucos fios grudados na cabeça, virava o rosto de vez em quando para ver ser alguém passava, para pedir ajuda.
Soluço já a estava incomodando, ele colocava força nos joelhos para não ficar muito pesado para a princesa. Esperou ela termina de desabafa, e ficou admirando a garota, ela era realmente muito bonita, se ela concordasse com aquela ideia maluca, ele tinha muita sorte.
- Olha, eu realmente sinto muito pelo seu péssimo primeiro dia, e pela horrível recepção que te dei. Mas graças a essa confusão todo eu acabei me metendo em uma situação nem um pouco agradável e que a envolve.
- hhum, o que aconteceu?
- Supomos que, o lesado do jack, aquele branquelo que encontramos ainda pouco, fez o lindo favor de ligar pro meu pai, rei Stóico, falando que eu tinha uma namorada – começou o ruivo explicando – e bem, essa namorada que ele falou…. É você! – Terminou de falar dando um sorriso sem graça para a princesa dos Hofferson
- Que merda, só porque eu achei que eles iriam me ajudar – murmurou.
- Que?
- Nada, você pode por favor sair de cima de mim?
- Ah, claro, desculpa! - se levantou dando a mão para ajudar a princesa - você está bem?
- Sim, obrigada.
Eles se encostaram na parede se escondendo mais, tendo a construção como apoio e se escondendo do vento.
- Então voltando ao assunto, você quer que eu seja sua namorada?
- Bem, … é tipo isso!
- Como assim sua namorada?
- Achei que a gente já tinha falado sobre isso - a princesa revirou os olhos.
- Eu sei, digamos que eu concorde com isso. Como seria esse namoro? Porque não é por nada não, mas eu nem te conheço! E você quer que eu seja sua namorada?
- Ah, eu entendo. Mas seria um namoro normal, eu vou apresentar você para os meus pais, tudo bem que a culpa é do Jack. Mas eu não vou apresentar alguém apenas para me livrar do meu pai, eu levo muito a sério essa “coisa” de relacionamento, eu vou te beijar e te abraçar a hora que eu quiser, e não se preocupe não vou te trair. Quem sabe no final não acabamos gostando um do outro e casamos? - deu um sorriso de lado, um pouco brincalhão, malicioso e sincero .
As bochechas da princesa se tornaram vermelha, e ela mudou de lugar, para que o vento batesse melhor nela, fazendo o calor que de repente começou a sentir, ir embora aos poucos.
-Talvez, apenas talvez… eu aceite. Vou pensar nisso - Abrindo um grande sorriso o ruivo deu a mão para a dama. Esperou ela pegar sua mão e fez uma reverência dando um beijo.
- Então agradeço imensamente a milady, e peço desculpas por meu comportamento. Podemos voltar para que a senhorita esteja confortável para pensar sobre o assunto?
Lhe deu seu braço esperando que ela aceitasse e começou a conduzir ela de volta para o quarto. Ao chegar no quarto Astrid foi em direção ao banheiro, que segundo o Príncipe haddock pertencia a ela. Ele era bem grande, tinha uma pia perto da entrada com várias armários, um box com chuveiro e uma banheira, o vaso, estava decorado com flores.
Se olhou no espelho, as bochechas estavam um pouco vermelhas, os cabelos loiros estavam uma bagunça e a roupa estava amarrotada. Suspirou saindo do banheiro, abriu uma de suas malas, que foi colocada encostada perto da cama. Abriu, e tirou de lá um vestido soltinho, leve, azul claro, quase branco. Calcinha e sutiã, um casaco um pouco mais escuro do que o vestido, de mangas longas, a parte de trás ia até os joelhos. Uma sapatilha da outra mala e foi tomar um banho.
Entrando no banheiro foi em direção a banheira, abrindo a torneira deixando que a água caísse, pegou uma toalha,e começou a se despir. Ergueu os braços fazendo um coque no cabelo, predendo com uma prensilha dourada com algumas pedrinhas. (Provavelmente valia mais que a casa de muita gente) Abriu um dos armários tirando de lá um pote com pétalas de rosas e alguns frascos, onde viu de relance escrito, sabão, colônia, hidratante e mais algumas coisas que ela ignorou. Derramou todos os líquidos dentro da banheira, que começou a espumar, e depois jogou as pétalas. Guardou os produtos de volta, desligou a torneira, e entrou devagar, sentido a água quente a molhar aos poucos, se deitou, deixando apenas a cabeça de fora.
Ligou a massagem, e Fechou os olhos para apreciar o banho, sentindo o sono a engulir aos poucos.
Astrid abriu os olhos incomodada com a dor que sentia pelo corpo, colocou ambas as mãos na lateral da banheira e tomando impulso para erguer um pouco o corpo. Olhou ao redor percebendo apenas naquele momento que ainda estava no banheiro. Mexeu a cabeça procurando por um relógio para saber a hora, não encontrou. Suspirou frustrada se levantando, saiu da banheira, desligou a massagem. Andou poucos passos até o roupão , percebeu sua pele enrugada denunciado que um bom tempo já havia se passado. Tirou as pétalas que tinham em sua pele, e vestiu o roupão. Estava prestes a sair do banheiro indo para o quarto quando lembrou que agora não tinha um só para si. Suspirou novamente, sentido a preguiça impregnada no corpo. Se vestiu e saiu do banheiro.
O quarto estava vazio. Deitou na cama, pois a preguiça era maior. Fechou os olhos e a imagem de um ruivo com um sorriso de lado pervertido , safado e atrevido apareceu em seus pensamentos.
Se perguntou onde ele poderia estar? Será que percebeu que ela passou muito tempo trancada no banheiro e não se preocupou?
Revirou os olhos- o que a fez lembrar da mãe, que sempre reclamava quando fazia isso- por que ele devia se preocupar ? Não eram nada! Ou quase nada afinal se ela aceitasse aquela proposta-maluca por sinal- se tornariam namorados. Balançou a cabeça indignada com os pensamentos, por que estava pensando nisso? Para que tanta pergunta? Respirou fundo iria aceitar ou não? no final o problema era do ruivo. E ele só se meteu naquilo - por que pelo pouco tempo que tinham convividos juntos ela ja havia percebido- que era um canalha! E se ela aceitasse e ele não fosse fiel? Bem não importa. Talvez aceitasse, afinal ele não Era tão mal e ainda poderia dar uns pegas naquele pedaço de mal caminho.
A porta do quarto abriu e ela viu o dono de seus pensamentos passando por lá- Talvez tenha exagerado
-Finalmente a senhorita saiu de lá, fiquei preocupado
-Não parece, não bateu na porta ou nada do tipo
-Realmente não bati, eu invadi
-como assim invadiu?
-você não saia, nem respondia, então eu dei um jeito de entrar
-Você entrou no banheiro? - falou sentido a voz um pouco mais alta
-sim, e devo dizer que foi uma cena muito boa de se apreciar -sorriu lembrando do ocorrido.
Fazia um bom tempo que a loira estava dentro do banheiro, mas não se importou, era comum eles demoraram no banho. Depois de 2 horas passadas ele começou a se preocupar, foi até a porta do banheiro e bateu algumas vezes de leve chamando o nome dela. Quando a princesa não respondeu preocupado foi até um canto do quarto que tinha uma chave reserva e abriu a porta. A cena que viu o encantou. O banheiro iluminado realça a loira que estava deitada na banheira, com apenas os ombros e a cabeça a mostra. A espuma e pétalas cobriam o resto. Os lábios vermelhos junto a pele alva e os cabelos dourados a fazia ainda mais linda. Pensou na proposta que fez, e pensou que definitivamente não importava como aquela garota seria sua namorada, e não precisava ser só de mentirinha
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