Misaki POV
A Miyuki estava bem quando eu saí de casa, mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde essas crises voltariam, elas eram cada vez mais fortes e eu temia que ela não suportasse.
Ainda não tinha nem mesmo o dinheiro suficiente para a cirurgia.
Misa: Eu preciso ir. – Mal consegui falar, sentia minha garganta fechar e minhas lágrimas escorrerem sem nunhum controle.
Satsuki: Não se preocupe querida, eu cuido de tudo aqui pra você.
E então saí desesperada.
Usui POV
De onde eu estava vi a Misaki sair apresada ela parecia até desorientada e... Ela está chorando? Me levantei e me dirigi para onde ela tinha ido encontrando a Satsuki no caminho.
Usui: O que aconteçeu com a Misaki?
Satsuki: Alguma parente próxima dela está no hospital e ela saiu bastante nervosa , coitadinha!
Usui: Talvez eu possa ajudar.
Satsuki: Eu contava com isso!
Saí do bar e ainda encontrei a Misaki a poucos metros de distância, chamei por ela e para a minha surpresa ela voltou e correu para os meus braços chorando, estava tão frágil. E eu só queria protegê-la, cuidar dela e fazer com que ela sorrisse outra vez.
Misa: Preciso... ir para o h-hospital. - Ela mal conseguia falar, mas eu entendi o desespero dela.
Usui: Que hospital? O que fica perto da sua casa?
Ela confirmou com um movimento de cabeça, então a guiei para o meu carro e dirigi o mais rápido que pude furando inclusive alguns sinais vermelhos, não me importo com as multas, tudo o que quero é acabar de uma vez com a angustia dela.
Quando chegamos ela nem deixou o carro estacionar direito, saltou e correu para a recepção, eu estacionei a segui.
Ao chegar a recepção apenas a vi de relance seguindo para uma das alas, não posso deixá-la sozinha... então falei com a atendente.
Usui: Olá, eu estou com aquela mulher.
Atendente: Você é o pai?
Não entendi nada, mas isso não importa ela deve estar confundindo com outra pessoa, só preciso que ela me dê a porcaria do cracha para liberar minha entrada.
Usui: Sim, isso mesmo.
Ela me olhou com dúvida parecia que ia me perguntar algo, mas nesse exato momento uma senhora chamou a sua atenção fazendo com que ela finalmente me entregasse o cracha e eu sem perder tempo me dirigi pelo caminho no qual eu vi a Misaki percorrer.
O hospital estava cheio, o cheiro era desagradável. Vindo em minha direção encontrei a senhora Akira a madrinha da Misaki.
Usui: Onde está a Misaki?
Akira: Ela está logo ali na frente. – Ela me indicou o local. – Você vai ficar com ela, não é? Infelizmente eu não posso, não sou mais tão jovem e minha saúde também não é tão boa quanto era.
Usui: Não se preocupe eu vou ficar.
Akira: Que bom, assim eu posso ir mais tranquila.
Ela me deu um sorriso e foi embora, encontrei a Misaki ao lado de uma maca onde dormia uma garotinha linda, que se parecia muito com ela por sinal.
Me aproximei e quando ela me viu pareceu aliviada e assustada ao mesmo tempo.
Misa: Como conseguiu entrar aqui?
Usui: Acho que aleguei ser o pai dela.
Misa: como você soub...
Não sei o que ela ia falar porque fomos interrompidos pelo médico.
Médico: A senhora é a mãe dela?
Misa: Sim.
Médico: E o senhor deve ser o pai.
Usui: Isso.
Respondi firme e rápido para não dar a chance da Misaki negar e me tirarem dali, eu queria entender o que estava acontecendo, eu nem sabia que ela já era mãe.
Médico: Bom, Vocês devem estar cientes dos problemas renais dela. – Vi a Misaki concordar. – Acontece que os rins dela pararam de vez, ela precisa com urgência de uma transfusão de sangue para continuar viva, mas como vocês também já devem saber o tipo de sangue dela é O negativo, é o tipo mais dificil e não temos dele no nosso estoque, sinto muito.
Misa: Meu Deus, o meu não serve, é A positivo.
Usui: Eu posso doar! - Por sorte era precisamente o meu tipo sanguíneo, a Misaki olhou pra mim e pude ver nela esperança:
Misa: Você faria isso por ela?
Usui: Claro que sim.
Médico: Ótimo então venha que precisamos agir rápido.
Fui levado para a outra sala onde foi feito todo o procedimento de coleta, mas eu só conseguia pensar no fato da Misaki ter uma filha e o pior, quem seria o pai da menina? Onde esse infeliz pode estar que não vem ao socorro da própria filha?
Eu sei que é egoismo da minha parte, mas espero que ele não apareça agora, não quero sair de perto da Misaki, nem muito menos deixá-la aos cuidados de outro homem e nunca deixariam nós dois aqui.
Ao fim do procedimento tive que esperar alguns minutos e me alimentar, não tinha ingerido nenhuma bebida alcoolica essa noite.
Quando voltei para junto delas o médico estava conversando com ela e a menina já recebia o sangue.
Médico: Isso é apenas um paleativo, o que ela precisa mesmo é de um transplante o quanto antes e aqui nós não temos nem sequer a estutura pra isso.
Misa: Eu sei, estou trabalhando e juntando dinheiro, e prometo que vou me esforçar ainda mais para conseguir o transplante e a internação num hospital com mais estrutura. Só preciso de mais algum tempo.
Médico: Infelizmente, tudo o que podíamos fazer aqui, já foi feito. Se acreditar, pode rezar por um milagre.
Ao me ver o médico apenas assentiu e nos deixou a sós.
Misa: Obrigada Usui, eu nunca vou poder te agradecer o suficiente.
Usui: Não tem porque agradecer. – Ficamos nos olhando em silêncio por alguns minutos e não consegui segurar a pergunta. – Ela é mesmo sua filha?
Misa: Sim.
Usui: E o pai dela? Onde está? - Ela desviou os olhar para garotinha e falou baixo.
Misa: Ele não sabe nada dela.
Usui: Abandonou vocês duas?
Misa: O mais correto é dizer que nós o abandonamos, foi um caso passageiro e ele não sabe que fiquei grávida.
Usui: Então ele não virá ajuda-las não é?
Misa: Não. - Fiquei aliviado por ouvir isso, não sei e nem quero saber quem é esse cara.
Usui: Me deixe ajudar vocês, tenho condições de proporcionar o melhor atendimento possivel pra ela.
Misa: E porque você faria isso?
Usui: Porque eu posso! Ayuzawa você não está em posição de ser orgulhosa, não estou pedindo nada em troca, sua filha precisa de ajuda e eu quero e posso ajudar. Apenas aceite.
Misa: Eu aceito. E por mais que demore eu juro que vou te pagar cada centavo.
Eu sabia que pra ela estava sendo muito dificil aceitar minha ajuda e se eu me negasse a receber ela não me deixaria custear o tratamento da filha. Ela é o tipo de mulher que gosta de resolver todos os problemas sozinha e eu admiro isso, mas estou feliz em poder ser util e dar condições melhores para a pequena se recuperar.
Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que ela fique bem.
Usui: Tudo bem, depois falamos sobre isso. Agora vou ligar para algumas pessoas e ver o que é necessário para a transferência dela o mais rápido possível.
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