História Meu Segredo - Visita

Vem na maldade com vontade
Chega encosta em mim.
Hoje eu quero e você sabe
Que eu gosto assim...
Anitta

Misaki POV

Mais uma noite em claro para agradecer ao Usui, não! Nada de agradecer a ele! A última vez que agradeci algo foi incrível, mas errado, muito errado e eu preciso esquecer ele e não ficar repassando isso na minha cabeça todo o tempo.
          Porque as coisas não podem ser fáceis pra mim apenas uma vez na vida? 
      Quantas pessoas normais reencontram um ficante ocasional de uma festa qualquer e ele é simplesmente um maldito alien pervertido, incrivelmente lindo e sexy que resolve lhe perseguir?
Nenhuma! Mas eu não sou uma pessoa normal.

Miyuki: Bom dia, Mamãe! 
        Misa: Bom dia estrelinha. O que faz acordada num domingo tão cedo?
        Miyuki: Se esqueceu que hoje também tem aulas na academia? A tia Akira disse que se eu me esforçar bastante eu serei tão boa quanto você.
          Misa: Eu tenho certeza que será ainda melhor.

A academia de dança da minha madrinha abria também aos domingos apenas para algumas turmas então resolvi descer para ensaiar minha nova coleografia, por mim não voltaria ao Miyabioka’s nunca mais, mas a Miyuki precisa do dinheiro do meu trabalho, também não posso apresentar a mesma coisa noite após noite.
         Tomei banho, me arrumei, tomei um café rápido e desci junto com a Miyuki para a academia deixei -a na sala do balé e segui para a sala que tinha o pole dance, ainda não tinha uma ideia boa de como fazer a nova apresentação, sei que a inspiração vai aparecer cedo ou tarde. 
     Na sala do pole estavam apenas três garotas conversando com a minha madrinha, eram alunas iniciantes e me diverti bastante ouvindo elas, uma delas comentou que ia casar em alguns meses e queria fazer uma apresentação sexy da música “Bang” de Anita para o noivo como presente de bodas. 

Akira: Misaki, você poderia dançar com essa música, que tal? Pra ela ter algumas ideias.
          Misa: Eu posso tentar algo, mas não garanto que fique bom assim de primeira. 

Aluna: Faz sim Misaki, me disseram que você é ótima.
      Misa: Ok, vamos ver no que dá, eu precisava mesmo de ideias para uma nova apresentação.

Ligaram um aparelho de som que havia na sala e eu fechei os olhos e comecei a me mover sentindo a música e pensando como eu faria se estivesse no lugar dessa garota dançando para o meu futuro marido.

Usui POV

Depois que a Misaki entrou correndo fiquei ainda algum tempo tentando entender o que aconteceu. 
        Eu quis e muito beijar a Misaki, pra ser sincero eu quis inclusive mais que só beijá-la e ela também queria eu senti isso.
      Então, se nós dois queríamos porque ela fugiu? Não dá pra entender.
      Voltei pra casa, mas não consegui conciliar o sono, dei voltas na cama e quando finalmente adormeci sonhei com ela.
      Eu preciso vê-la outra vez, garantir que não vai sumir da minha vida.
      Me arriscando a parecer um stalker me arrumei e fui até a casa dela, será que levar flores é muito clichê? Sorri ao lembrar de como a presidente me trata, enquanto a maioria das mulheres que eu conheço ficariam encantadas em receber flores, provavelmente vai me botar pra correr. Vou levar mesmo assim, prefiro ver a Misaki irritada me chamando de alien pervertido que não vê-la.
        Cheguei a casa onde a deixei ontem à noite e agora percebi que não é uma casa, é uma academia de dança. Mas ela entrou aqui, eu tenho certeza.
    Entrei pra investigar e quando perguntei me indicaram uma sala onde eu encontraria a dona da academia com ela com ela eu procuraria saber da Misaki.

Misaki POV

Dancei da forma mais sexy possível como faria para o meu próprio marido e quando a música acabou abri lentamente os olhos e vi o Usui lindo como sempre e com um buquê enorme de flores. 
       Fechei os olhos outra vez, minha imaginação está me pregando peças, só pode ser isso!
      Abri mais uma vez os olhos e... ele ainda está aqui! Como assim?

Usui: Presidente acho melhor ir mais devagar com suas recepções a minha humilde pessoa, se continuar assim meu coração não vai aguentar. 
         Misa: Que diabos você está fazendo aqui?
   Usui: Isso! É essa a recepção que estou acostumado.

Aluna: Concerteza são esses os passos que eu quero aprender, se meu noivo ficar tão concentrado em mim como ele ficou na Misaki tenho certeza que a minha lua de mel vai pegar fogo.
        Akira: Misaki, não vai me apresentar seu amigo?
       Misa: Não, não vou apresentá-lo porque ele não é meu amigo, ele é um completo desconhecido.
    Usui: Nossa presidente assim você me magoa. Deixe que eu me apresento: Sou Usui Takumi amigo da Misaki, ao menos por enquanto.
     Akira: Eu sou Akira Suzuki madrinha da Misaki, seja bem vindo senhor Takumi.
    Usui: Obrigado, a sua madrinha é encantadora Misaki.
     Misa: Agora que já se conhecem, já pode ir embora Usui.
     Usui: Eu trouxe isso pra você. – Ele estendeu o buquê pra mim, mas vendo o olhar assassino que eu mandei para ele minha madrinha se adiantou e pegou.

Akira: Deixa que eu coloco num jarro. Enquanto isso vocês podem dar uma volta lá fora. – What??? Ela está me jogando pra cima dele, sério isso?

  Usui: Ótima ideia!

  Akira: Vai Misaki querida deixa que eu olho a Miyuki.

Meu Deus a Miyuki, o Usui não pode vê-la!

Misa: Ok! Eu vou, volto logo madrinha.
            Akira: Não se apressem. 

Eu vi eles trocarem um olhar cúmplice que me revoltou profundamente. O que eles pensam que estão fazendo? 
       Saímos da academia o mais rápido que pude nem mesmo troquei de roupa precisava dispensá-lo logo e manter o Usui longe da Miyuki.

Usui: Pra onde vamos? 
          Misa: Eu gostaria muito que você fosse embora e parasse de me perseguir.
          Usui: Infelizmente não posso.
          Misa: Não pode ou não quer?
           Usui: Não posso. 
          Misa: Isso é impossível!
     Usui: Não posso evitar. – Deu de ombros. – Simplesmente não consigo deixá-la partir.
       Misa: Isso é algum tipo de punição por não me jogar nos seus braços agradecida pela sua atenção?
       Usui: Não, mas confesso que tudo seria bem mais divertido para nós dois se você se jogasse nos meus braços. – Ele deu um sorriso de canto que conseguiu deixá-lo ainda mais sexy e a mim mais irritada por me sentir atraída.
       Misa: Você é o cara mais teimoso e arrogante que eu já tive o desprazer de conhecer.
      Usui: A persistência é uma qualidade admirada por muitos.
        Misa: Não nesse caso.
      Usui: Ah, presidente não seja tão má, nós até já nos parecemos com um casal, estamos tendo a nossa primeira DR, só que acho que está na hora de nos reconciliarmos.
       Misa: De que você está falando? 
       Usui: Vem cá que eu te mostro.

Ele me puxou para ele e me beijou outra vez.
         Como eu posso esquecer um homem que me beija com tanta paixão e carinho me deixando elétrica e mole ao mesmo tempo?

Usui: Estamos de bem agora?
          Misa: Idiota.
          Usui: Vou considerar isso um sim.

Tinha uma pequena quermesse acontecendo a umas duas quadras, era longe o bastante para ele não encontrar a Miyuki e tinha pessoas suficientes para ele não tentar nada pervertido. 
        Chegamos lá e vimos vários jogos, mas um em especial chamou a minha atenção pelo prêmio principal era um gato enorme de pelúcia que a Miyuki ia adorar.

Usui: Você quer esse?
     Misa: Não é pra mim, é pra minha..., uma garotinha que eu gosto muito.
          Usui: Não é a mesma coisa que saber que você vai colocar o nome dele de Usui e dormir agarradinha com ele, mas vou te dar ele mesmo assim.

O Usui comprou as fichas e ganhou o prêmio de primeira, o universo realmente não é justo, ele não pode ser bom em tudo!

Usui: Aqui o seu prêmio. Pensando melhor é bom mesmo dar esse gato para a garotinha, não quero encontrar sua cama ocupada quando for visitá-la.
          Misa: Isso não vai acontecer nunca!
         Usui: Nunca diga nunca presidente.

Demos mais algumas voltas e o Usui chamava atenção feminina por onde quer que passava, se continuar assim o ego dele vai ficar tão grande que não vai caber mais ninguém no planeta.

Usui: Que tal um sorvete presidente.
          Misa: Tanto faz!

Ele se afastou para comprar os sorvetes e eu sentei num banco da praça olhando o gato de pelúcia, sorri pensando que esse é o primeiro e único presente do pai para a filha sem nem mesmo saberem um do outro.

   Usui: Porque está sorrindo?

  Misa: Estou tramando a sua morte. – Ele sorriu.

    Usui: Pelo menos parece divertido. 

   Misa: O que?

  Usui: tramar a minha morte, se vai me matar é melhor que alguém se divirta com isso e acho que eu não vou poder.
        Misa: Você é louco?
      Usui: Devo ser, encontrei uma dúzia de mulheres que pareciam gostar da minha companhia e a única que eu quero estar por perto parece que me despreza, você não morre de rir com as ironias da vida?
     Misa: Não, mas você pode muito bem morrer, se não de rir pelo menos de uma DST. – Ele riu ainda mais alto, desgraçado.
       Usui: Está com ciúmes?
       Misa: Claro que não! Eu odeio você.
   Usui: Tudo bem, eu posso viver com você me odiando, só não posso viver sem você.