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História Meu Snape - Hogwarts


Escrita por: Hawtrey e Kratzler

Notas do Autor


Perdão pela demora gente, enorme demora... eu preciso desabafar agora.
Acho que ninguém está pronto para ler algo que envolva a imagem de Alan Rickman, pelo menos eu não estou. Nem ler e muito menos escrever. Eu ainda estava na metade do capítulo quando eu soube da morte dele, então me perdoem se isso estiver horrível. Eu nem sei como continuar a escrever sobre ele...Snape. Mas acho que encontrarei um jeito. Então não estranhem se eu demorar mais para postar, não será anos, prometo. Se vocês quiserem que eu continue com a fic, eu continuo de bom grado... tenho algumas ideias. Vamos ver no que dá.
Alan estará em nossos corações para sempre, eternizando Snape, eternizando seu enorme e inesquecível talento. Um exemplo de homem e ator.
Nós amamos você Alan Rickman e amaremos para sempre.

Capítulo 27 - Hogwarts


Ela se olhou no espelho mais uma vez, nervosa. Havia escolhido uma calça jeans, uma blusa branca e um sobretudo preto por cima de tudo. Queria que todos a olhassem e vissem uma professora, não uma ex-aluna. Será que tinha conseguido? Os professores de Hogwarts sempre usavam roupas mais antigas, mas ela não queria nem pensar em usar aquilo. Torceu o cabelo pela terceira vez e o amarrou em um coque. Seria assim. Estava cansada de mudar qualquer coisa em sua aparência por hoje.

— Não fica nervosa — disse Helena sorrindo — Todos vão gostar de você de qualquer jeito. Será a professora favorita.

— Professora Snape — Hermione declarou em voz alta — Só isso já vai fazer todos eles recuarem uns cinco passos de distância.

Helena riu.

— Mostre que os Snape podem ser tão amados quantos os Potter.

— É, talvez esse seja o meu novo desafio — Hermione concordou sorrindo minimamente — Fazer os Snape serem amados, não temidos e nem odiados.

Uma batida na porta chamou a atenção e em seguida Harry entrou.

— Mione, eles chegaram.

O coração dela quase parou. Sua família estava ali, finalmente. Ela assentiu e saiu, deixando-os dentro do quarto e vendo Rony entrar logo em seguida. Agradeceu mentalmente pela escolha deles de dar um pouco de espaço para o encontro, assim ela se sentiria melhor quando chorasse mais um rio de lágrimas.

Caminhou lentamente pelo corredor, sentindo o coração bater cada vez mais forte e sua respiração começar a falhar. Sentia que desmaiaria antes mesmo de chegar até a sala. Respirou fundo e permaneceu firme, até finalmente alcançar seus alvos.

Ela prendeu a respiração ao vê-lo. Ele estava parado perto da varanda, estático, com suas tradicionais vestes negras e sua postura tensa. Hermione sentiu que o amava ainda mais agora.

— Severo.

Sua voz falha ecoou até ele, fazendo-o virar lentamente. Os olhos negros estavam arregalados e havia olheiras por ali. Mas ainda era ele, ainda o mesmo homem que amava.

— Severo! — exclamou correndo até ele como criança completamente feliz.

E ela se sentia infinitamente feliz quando finalmente conseguiu alcança-lo e abraça-lo com força. Os braços dele também a agarraram e a puxaram para mais perto, fazendo seu coração bater ainda mais rápido.

— Hermione — ele chamou com a voz rouca.

Ela não esperou nem mais um segundo e o beijou profundamente. Colou seu corpo no dele e agradeceu a Merlin por finalmente poder tocá-lo, sentir suas respirações e batimentos como um só, demonstrando toda a saudade que sentiu, toda a dor que carregou pelos anos da separação, todo o amor que acumulou.

— Mamãe?

Eles se separaram ofegantes. Snape sorriu de forma cumplice para os olhos confusos dela e olhou para algo atrás dela. Hermione imediatamente se virou e paralisou.

Uma garota de mais ou menos quatro anos a fitava com expectativa, seus cabelos pretos estavam amarrados em um rabo de cavalo e seus olhos castanhos brilhavam por causa das lágrimas. Ela segurava firmemente a mão de um garoto com as mesmas características e que sorria largamente.

— Rose! Brian!

As duas crianças correram em direção a ela que os agarrou com rapidez. Aqueles eram seus filhos, seus pequenos e idênticos bebês que haviam crescido sem a presença dela. Hermione apenas deixou as lagrimas caírem com vontade. Não os vira dar os primeiros passos, nem se arriscarem nas primeiras palavras. Perdera os primeiros momentos. Isso não importa Hermione. O que importa é que está com eles agora.

Faça valer a pena.

— Eu senti tanta falta de vocês — disse entre lagrimas enquanto os beijava.

— Mãe... a senhora tá me babando todo — resmungou Brian fazendo-a rir e beijá-lo novamente.

— Eles cresceram vendo suas fotos e ouvindo sobre você — Snape anunciou serenamente — Conhecem você tão bem quanto eu.

— Mas eu não conheço nada sobre eles... — Hermione lamentou.

— Isso não é problema mamãe — Brian anunciou erguendo um caderninho acima da cabeça.

— Escrevemos tudo sobre nós aqui — Rose avisou abrindo o próprio caderninho com dificuldades — Eu fiz até um coração!

Hermione sorriu largamente e aceitou os cadernos.

— Mamãe deu a ideia de eles escreverem algo sobre si mesmo toda vez que lembrassem — Snape informou — Deve ter umas três cores favoritas em cada caderno, considere apenas a última.

— Eu gosto de preto! — Rose exclamou sorrindo.

Hermione revirou os olhos e Snape riu.

— Certo, ela herdou algumas coisas de você — ela comentou.

— Mamãe... — perguntou Brian hesitante — Nós vamos morar em uma escola agora?

Hermione lançou um olhar significativo a Snape que acenou, concordando. Sim, todos morariam lá agora.

— Sim, querido. Vamos morar em Hogwarts — respondeu calma.

— E a senhora vai embora de novo? — questionou Rose apertando seu caderno com força.

O coração de Hermione se apertou só com a possibilidade. Não, mesmo com a guerra ou com todos os Comensais soltos por aí, lutaria até o fim para sempre permanecer ao lado dos filhos.

— Não — negou com a voz embargada — Nunca mais.

***

Seu coração martelava dentro do peito, suas mãos tremiam de nervosismo e sua orelha estava grudada na porta tentando escutar algo do outro lado. Estava prestes a entrar pela primeira vez no Salão Comunal como professora e seu nervosismo não estava ajudando em nada. Hogwarts já estava completamente reformada e não havia mudado muito, pelo o que notara só estava maior, provavelmente para comportar todos que procuravam um lugar seguro. Ela, Harry e Rony, estavam em uma sala que ficava atrás da mesa principal, escutando a agitação dos alunos e professores. Tudo o que sabiam é que uma nova regra estava sendo votada e os alunos estavam protestando contra.

Protestando porque a nova regra nada mais era do que uma proibição que os impedia de sair dos terrenos de Hogwarts. Ela trocou um sorriso cumplice com Harry e Rony, sabiam que se ainda fossem alunos os dois também estariam protestando.

— Acha que vai demorar muito? — perguntou Rony começando a ficar entediado.

— Espero que não — rezou Hermione inquieta.

Ela queria sair dali logo, ser apresentada como professora de uma vez e assim poder voltar para os filhos que esperavam nos aposentos do pai.

— Eles estão bem Mione — tranquilizou Harry sorrindo.

— Quatro anos é muito tempo — ela lembrou ainda com as orelhas grudadas na porta — Eu só quero ficar com eles agora.

A agitação do Salão aumentou e alguns gritos de raiva foram ouvidos. Rony arregalou os olhos.

— Será que estão brigando? De verdade?

Hermione ia responder quando sentiu um formigamento ao redor do pescoço, uma sensação estranha e nunca sentida tomou conta dela, e por algum motivo ela sentiu raiva. Demorou alguns segundos para perceber que tudo era efeito da mágica do colar que Eileen lhe dera e que possuía uma ligação com o anel de Snape, antes disso já havia decidido sair da sala e enfrentar os habitantes de Hogwarts.

O nervosismo de ser o centro das atenções ainda estava lá, mesmo que ninguém estivesse olhando para ela, mas quem a guiava era a raiva. Os alunos discutiam entre si espalhados pelo Salão e alguns ousavam discutir com os professores, defendendo as próprias opiniões, alguns enfrentavam o outro cara a cara e ela pôde sentir a agressão física se aproximando. Isso tudo era por não poderem mais abandonar os terrenos da escola? Era ridículo.

Quando Harry e Rony se aproximaram para fazer companhia, Hermione ergueu a varinha e apontou para a própria garganta.

— Eu espero — começou com a voz elevada magicamente, chamando a atenção de todos — Que estejam brigando por algo muito importante.

Vários olhares assustados a encaravam paralisados e mesmo com as mãos tremendo, ela manteve o olhar duro enquanto procurava o seu alvo inicial. Quando finalmente o encontrou ergueu uma sobrancelha, quase o acusando. Snape estava com a varinha em mãos e a expressão séria, mas o que chamou a atenção dela foi a mulher agarrada em seu braço. Harry e Rony trocaram um olhar temeroso.

— Hermione — Harry tentou segurá-la.

Mas ela já estava atravessando a multidão na direção deles. Encarou a mulher sorridente indiscretamente, parecia ter no máximo trinta anos e era ruiva. Uma ruiva cheia de indiscretas curvas. Hermione fitou os cabelos dela por alguns segundos a mais e olhou para Snape, dando um claro aviso. Ele engoliu em seco inconscientemente, mesmo assim ela tentou se controlar.

— Quem é você? — a voz seca de Hermione ecoou pelo Salão silencioso e todos sentiram a tensão aumentar.

— Meu nome é Abigail Lynch — a mulher se apresentou sorridente, Hermione estava começando a odiar aquele sorriso — Estou aqui de passagem, pegando alguns ofícios para o Ministério. Você é Hermione Granger! Ouvi muito sobre você, seu histórico em Hogwarts é exemplar! Aposto que até Severo deu notas máximas a você.

 Lynch falou e falou, mas Hermione só conseguia processar o fato das mãos dela tocarem Snape. A mulher reparou nos olhares estranhos e tentou fazer alguma piada:

— Ah senhorita Granger! Acredita que o temido professor Snape caiu? — riu lançando um breve olhar para um Snape paralisado — Tropeçou no próprio aluno no meio dessa bagunça.

Hermione esboçou o seu melhor sorriso falso.

— Deve ter sido uma cena e tanto mesmo — comentou com um olhar mordaz para Snape — Agora, será que pode soltar meu marido?

O sorriso de Lynch sumiu à medida que assimilava as palavras de Hermione e em seguida intercalou um olhar assustado entre ela e Snape.

— Ele é seu marido?

— A aliança no dedo dele deve ser o bastante para comprovar isso, ou você nunca reparou? — Hermione devolveu ácida.

Foi a vez de Lynch engolir em seco e se afastar lentamente do Mestre de Poções. Hermione lançou um último olhar a Snape e deu as costas para voltar a agir normalmente.

— Senhora Snape — saudou Dumbledore, com um brilho divertido no olhar, quando ela se aproximou da mesa principal — Eu a estava esperando para apresentá-la formalmente.

— E eu estava esperando o senhor me chamar, Diretor — ela devolveu mais calma.

— Atenção queridos alunos — ele anunciou para o Salão ainda silencioso — A partir de hoje teremos a companhia de três ex-alunos que muitos já devem conhecer. Harry Potter, que ajudará no nosso humilde clube de Duelos, Hermione Snape que será a nova professora de Feitiços e Rony Weasley que ajudará os nossos times de Quadribol. Espero que eles sejam bem acolhidos por cada um aqui.

O Salão explodiu em palmas e vivas, todos animados com a ideia de finalmente poderem conviver com o famoso Trio de Ouro, grandes nomes que não só lutaram na guerra como sobreviveram a ela. Hermione respirou fundo, sentindo a raiva se dissipar e uma rara agitação alegre a dominar. Estava feliz por estar ali, dentro da sua segunda casa com sua família em segurança.

O trio acenou em agradecimento e procurou por seus lugares na mesa principal.

— Não tem motivo para ficar com raiva — Snape murmurou quando Hermione ocupou o lugar ao seu lado.

Boa parte do Salão ainda os encarava, cochichando entre si e lançando olhares estranhos. Então ela manteve o sorriso.

— Espero que fique claro que a próxima mulher que tocar você por mais de cinco segundos e não for eu ou sua mãe — Hermione avisou entre dentes — Terá os braços arrancados e queimados bem lentamente.

Snape arregalou os olhos e se remexeu. Ela sorriu, notando que o marido havia entendido o aviso: ali estava uma mulher ciumenta. De fato Hermione nunca havia passado por aquela situação, não tão descontrolável e muito menos tão extrema, mas o que poderia esperar? Estava praticamente confinada à Mansão e sua mente ainda não havia tido a chance de criar uma cena de Snape com outra mulher, mas é claro que Hogwarts mudaria isso. Mudaria muita coisa.

— Não suporto a ideia de ter que aceitar você com outra mulher — disse por fim, sem encará-lo.

Sentiu a mão dele apertar a sua e sorriu, finalmente o olhando.

— Não vai ter que aceitar nada Hermione — ele afirmou veementemente — Não vai haver outra mulher domando meu coração.

Hermione franziu o cenho.

— Nossa, você não diz isso com muita frequência Severo. Meu olhar devia estar banhado em sangue inocente quando me viu.

— Foi quase isso.



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