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História A garota do calendário - CAMREN - Capitulo 5


Escrita por: momentoscamren

Capítulo 5 - Capitulo 5


Fanfic / Fanfiction A garota do calendário - CAMREN - Capitulo 5

A piscina era aquecida e revigorante. Usei o tempo livre pra me bronzear e fazer um pouco de exercicio nadando em voltas. Lauren não apareceu. 

Enquanto me secava ao sol, uma mulher baixa e bem cheinha segurando uma bandeja entrou no pátio. Imediatamente procurei uma toalha, mais não achei. Olhei ao redor, ela abriu um grande sorriso e caminhou até um cesto no canto, junto a porta, levantou a tampa e pegou uma enorme toalha de praia multicolorida.

- Aqui está meu bem. - Disse com sotaque britânico, entregando-me a toalha.

- Oi, sou camila. - Envolvi a toalha ao redor do corpo, escondendo o minusculo biquine vermelho. Haviam muitos outros, mas todos eram pequenos demais, então escolhi um ao acaso.

Ela sorriu e estendeu a pequena mão.

- Sra. Croft. Eu mantenho a casa em ordem, preparo as refeições da srta. Jauregui, arrumo tudo e muito mais. 

 Apertei a mão dela e assenti, então torci o cabelo pra tirar o excesso de água e o prendi em um rabo de cavalo. 

- Eu queria lhe trazer algo pra ccheiroutar e dizer que se você precisar de alguma coisa pode me chamar. Vou entregar a sua programação diaria e as atividades da srta. Jauregui para que você possa estar preparada. Que tal se eu colocar debaixo da sua porta pela manhã?

Dei de ombros. Como ela, eu era uma empregada. Só que meu trabalho era ficar bonita e espantar as riquinhas. Cada uma com sua cruz.

- Obrigada. Como você achar melhor. - Respondi sorrindo e ela retribui, antes de se virar e voltar para dentro de casa.

Olhando aquela paisagem incrivel mais uma vez, pensei que seria um dinheiro fácil. Uma mulher linda, por quem eu não iria me apaixonar, uma casa com uma vista de matar e roupa que não acabava mais. Até agora parecia moleza. Através das portas do pátio vi o relógio pendurado e notei que tinha uma hora e meia antes que a Srta Jauregui precisasse de sua nova "companheira" em meu primeiro dia de trabalho.

Decidi, como em tudo, que iria impressioná-la, mesmo que não fosse com a meia de natal vermelha e verde.


(...)


A srta Jauregui deu uma batida rápida em minha porta e em seguida entrou sem esperar por um convite. Lembrete: não me vestir fora do banheiro ou corro o risco de oferecer um show a dona da mansão. Porém algo me dizia que ela não se importaria nem um pouco, se o jeito como seus olhos passearam sobre minhas curvas de cima a baixo, não apenas uma, mais duas vezes, significava alguma coisa. A vista do lado cá também não era nada ruim. Ela estava de-li-ci-o-sa em um vestido preto. Eu estava usando um vestido preto também, exibindo uma fenda na lateral da coxa e as costas nua Eu nunca tinha usado algo tão sexy, elegante e caro.

- Uau. - Foi tudo o que Lauren disse enquanto me olhava. Sorri, amando cada reação dela, eu podia ser uma motoqueira ferrada, mais sabia me produzir. - Você está linda Camila.

- Você também está linda. - Não havia por que não ser sincera. Ela estava mesmo linda.

Sua boca se curvou num sorriso apetitoso demais para resistir e eu mordi o lábio sentindo a calcinha ficar úmida. Merda, se ela não parasse iria pular em cima dela. Como Dinah tão grosseiramente me lembrou, fazia meses que não sentia o toque de alguém. Honestamente, fazia tipo um ano. Passei o ano inteiro dizendo a mim mesma que poderia viver como uma freira, já que tinha meu vibrador e muitos cookies em casa. Mas diante dessa mulher eu não tinha certeza de que o celibato seria uma decisão inteligente.

- Já está pronta?  - Perguntou e eu assenti. - É melhor nóis irmos. 

Ela sorriu e puxou minha mão me levando para fora do quarto. Mal tive tempo de pegar minha bolsa com o celular, batom e identidade. Quando chegamos a porta a sra. Croft estava lá.

- Você esta perfeita minha querida. - Seus olhos estavam brilhantes, como se ela estivesse preparando a própia filha para o baile de formatura. Estranho. Resolvi não falar nada.

- Obrigada, judi. - Então se inclinou e beijou o rosto enrugado. Olhou pra mim, analisando-me novamente, e se voltou na direção de sua empregada/governanta/cozinheira. Eu não sabia o que ela era realmente. - O vestido ficou perfeito. - Ela agradeceu e me levou para fora, até a limusine que nos esperava na frente de casa. 

Judi comprou as roupas? Quaisquer outros pensamentos foram esquecidos e minha boca se abriu com o tamanho da limusine. Era comprida, maior que qualquer carro que eu já tinha visto. Eu nunca tinha andado em uma daquelas e quando nos aproximamos Lauren inclinou a cabeça para o lado e olhou pra mim com um sorriso engraçado.

- Já andou de limusine? - Perguntou claramente se divertindo.

Ajeitei os ombros e caminhei até o carro, como se já tivesse em um daqueles um milhão de vezes.

- Claro. - Abri a porta. Ela colocou a mão na boca e riu. Eu me encolhi sem entender a piada.

- Então porque está tentando entrar na frente? - Ela fez um gesto para a porta que eu estava mantendo aberta. Olhei pra dentro e vi o volante. Quando me endireitei havia um cavalheiro, com uniforme preto de chofer, segurando a porta traseira. 

- Eu sabia, só ia perguntar o motorista pra onde estavamos indo. - Passei pela porta, as bochechas queimando de vergonha.

- Claro que ia. - Ela colocou a mão na base das minhas costas e me conduziu para dentro com uma risada. 

Quando já estavamos acomodadas, me ofereceu uma taça de champanhe, prontamente aceitei.

- Obrigada.

Ela sorriu e se serviu também. Brindamos.

- A que estamos brindando? - Perguntei

- Que tal nossa amizade? - Sorriu e em seguida colocou a mão quente sobre minha coxa, por cima do tecido com muito mais intimidade do que uma "amiga" faria. A sensação era gostosa. - A nossa boa amizade. - Seus olhos desceram para minha boca quando mordi o lábio.

- Amizade colorida? - Perguntei, arqueando uma sobrancelha para causar mais efeito e cruzando as pernas. Sua mão subiu mais alguns centímetros, seu olhar estava focado no meu, me fazendo sentir quente.

- Eu espero que sim. - Ela sussurrou e se aproximou mais.

Pra frustrar seus planos e manter minha propia sanidade, imediatamente levantei a taça de champanhe e a coloquei nos lábios, tomando um grande gole da bebida borbulhante.

Lauren se inclinou pra trás e gemeu ajustando o vestido no corpo, de forma pouco sutil eu ri e ela me fuzilou com o olhar, mais terminou balançando a cabeça e sorrindo. Sim eu ia apreciar bastante esse jogo de gato e rato, só não sabia quem era o rato e quem era o gato. No fim das contas eu estava me divertindo muito pra me importar.

Chegamos a uma mansão elegante nas colinas de Malibu, perto de onde Lauren vivia. Enquanto caminhavamos até as escadas, pude ver as pessoas através das janelas. Todos estavam vestidos com sofisticação e seguravam taças. A maioria das mulheres pareciam ser mais ou menos da minha idade.

- O que você faz mesmo? - Sussurrei enquanto ela me levava até o bar. Percebi quando entramos que eu não tinha quase nenhuma informação sobre o que estava fazendo ali, além de manter as vagabundas de Hollywood a distância.

- Eu escrevo roteiros. - Ela respondeu casualmente enquanto esperavamos que o barman se aproximasse. Olhei ao redor da mansão e a casa era espetacular, a pessoa que morava ali era ultrarrica. Mais do que Lauren que era apenas muito rica.

Ela me entregou uma taça de champanhe.

- De peças de teatro? - Perguntei enquanto observava o local. Instantaneamente vi um bando de garotas em um canto, bem vestidas e prontas pra atacar. Elas olhavam pra Lauren e pareciam ter cifrões luxuriosos nos olhos.

- De filmes.

- Hum. Será que conheço algum? - Virei-me pra ela que sorriu. 

- Provavelmente. - Ela tomou um gole de um liquido âmbar. Eu podia sentir o cheiro de uísque a quilômetros de distância, e isso não me trazia boas recordações. Me encolhi e me voltei para as predadoras.

Lauren colocou a mão sobre o meu ombro, os olhos apertados e incertos.

- Qual é o problema?

Respirei fundo e escondi a fustração ao que tinha me metido nessa confusão. Meu pai e seu hábito de beber e jogar. Balançei a cabeça.

- Nada.

Ela se inclinou, segurou meu queixo e olhou em meus olhos.

- Eu sei que tem alguma coisa. Não vou perguntar de novo. - Alertou. Despreocupadamente dei de ombros.

- Odeio cheiro de uísque. Mas não é nada de mais.

Curvando-me, me soltei de seu aperto. Ela colocou a bebida sobre o balcão e fez um gesto para o barman.

- Mudei de ideia. Gim- tônica. - Pediu e o homem assentiu.

- Você não precisava fazer isso. - Comecei mais ela me cortou, levando a mão até minha bochecha. Segurou-a e tocou com ternura meu lábio inferior com o polegar. Eu quis muito passar a lingua em seu dedo para roubar uma pequena prova. Mas me segurei com medo do que ela pudesse pensar ou fazer.

- Eu quis, agora vamos, vou apresentar você a minha mãe.

Com um esforço gigantesco, eu a segui, mas tudo que queria era sair por aquelas portas duplas em direção a praia até chegar ao mar, onde eu prontamente me afogaria. O que é que eu estava fazendo em uma festa extravagante, nos braços de uma mulher que escrevia roteiros para o cinema e tinha mais dinheiro do que eu veria em minha vida inteira? Eu era filha de um jogador de Vegas, abandonada pela mãe desde muito nova, que trabalhou a maior parte do tempo como garçonete e só recentemente resolver tentar ser atriz.

Lauren me guiou através da multidão. Os homens olhavam pra mim com admiração; suas mulheres nem tanto. Lábios inchados e anorexia eram obviamente as ultimas tendências as quais eu não seguia.

Seguimos até o fundo do salão, uma mulher talvez na casa dos cinquenta anos estava ao lado de um homem que se parecia muito com Lauren.

- Mãe, pai. - Lauren abordou o casal. A mulher os olhos azuis surpreendentes, seus lábios eram cheios como os da filha e estavam pintados com um batom cor de malva que combinava com seu tom de pele. Seu visual era classico e elegante.

O Sr. Jauregui abraçou Lauren.

- Filha. - Disse com um tom orgulhoso.

Sua mãe prontamente beijou suas bochechas no ar, ela segurou seu rosto com as duas mãos e sorriu calorosamente pra ela.

- Vejo que você aceitou a minha escolha. - Ouvi seu sussurro ao se virar pra mim. O nervosismo que senti antes de me encontrar com Lauren voltou com força total. A mãe dela me escolheu? Quer dizer, eu sabia que ela e tia Millie se conheciam, mais é meio estranho a mãe escolher uma acompanhante para o filho. Meio que me deu calafrios.

- Mãe, pai está é Camila cabello, minha amiga. 

- Encantada em conhece-los, sr. e sra. Jauregui. - Apertei a mão de ambos.

A mãe de Lauren deu um sorriso tão largo, e então se inclinou para o marido.

- Ela não é linda? - Piscou pra mim e balançou a cabeça.

- Hum.. Obrigada. - Corei graciosamente e dei um sorriso timido. O pai de Lauren riu.

- É um prazer conhecê-la srta. Cabello.

- Pode me chamar de Camila, ou mila. - Ele fez um aceno de cabeça.

Aparentemente a conversa tinha acabado, pois ele se virou pra Lauren e falou.

- Ah filha agora me conte sobre esse projeto que você tem em andamento. Ouvi dizer que querem lhe oferecer três por cento de orçamento, isso vai render apenas três milhões, quando eles estão conseguindo centenas de milhões com seu último projeto, a serie Honor. Você precisa aumentar a aposta.

A série Honor. Lauren Jauregui escreveu a série Honor! Puta merda! Seus filmes fazem o maior sucesso, com bilheterias gigantescas.

- ... Eles vão me dar dez por cento do orçamento total e a oportunidade de dirigir. 

A voz de Lauren me afastou de meus pensamentos. Justo quando eu estava começando a pensar com mais clareza, depois de perceber que tinha sido contratada para passar um mês com a realeza do cinema, duas mulheres vinheram por trás dela.

Os dois urubus ficaram esperando pacientemente que Lauren as notasse, uma delas estava enrolando entre os dedos uma mecha de cabelo loiro oxigenado, com os peitos siliconados destacados ao maximo. A morena ao seu lado não era muito melhor. Tão magra que todas as costelas estavam visiveis.  

Hora do show. Eu precisava fazer jus aos cem mil dólares que receberia. Pensar no valor que iria pagar a Austin todo mês me fazia querer vomitar.

- Ei querida, tem algumas pessoas ali. - Apontei aleatoriamente para o outro lado do salão e sinalizei com os olhos para que ela olhasse para trás. Lauren notou meu nada discreto movimento e olhou por cima dos ombros. Piriguete um e piriguete dois prontamente balançaram os peitos falsos em saudação.

Ela passou um braço ao redor da minha cintura.

- Sempre me mantendo na linha. Obrigado. - Acariciou minha bochecha e eu sorri.

- É um trabalho duro, mais alguém tem que fazer! - Praticamente deu pulinhos de alegria, meu tom de voz foi muito falso e forçado.

Lauren se inclinou e deu um beijo quente em meu pescoço, depois me cheirou.

- Obrigada. - Sussurrou em meu ouvido. Ela estava tão perto que pude sentir o calor de seus lábios na minha pele antes que se afastasse. - Camila e eu encontraremos vocês no baile de caridade na semana que vem. - Ela disse.

- Não, não. Nada disso querida. Quero passar mais tempo com Camila para conhecê-la melhor. - Ela abriu um daqueles sorrisos de mãe que te fazem sentir como se não houvesse nada mais precioso no mundo do que você.

Lauren enrijeceu ao meu lado.

- Mãe... - Alertou.

- Ah querida, eu sei que Camila é apenas sua amiga. Portanto, não há mal nenhum em trazê-la para o brunch de domingo não é? - Ela perguntou usando um tom que eu sabia estar cheio de chantagem emocional.

Lauren suspirou e balançou a cabeça.

- Estaremos lá. Na hora de sempre? - Perguntou

- Essa é minha garota. - Beijou o ar em ambas as faces, virando-se em seguida e fazendo o mesmo comigo. 

Caminhamos em direção ao bar mais uma vez.

- Preciso de uma bebida. - Ela disse, liderando o caminho. Não pude evitar e comecei a rir. - O que é tão engraçado?

- Você sempre faz o que sua mãe diz? - Devolvi com outra pergunta, eu ri. Assim que chegamos ao bar, me aproximei mais. - Filhinha da mamãe. - Soltei em seu ouvido.

- Ah, cale a boca. - Uma sobrancelha se ergueu bruscamente e seus lábios formaram uma carranca falsa. Mas seus olhos a entregaram, estavam repletos de humor e tinham a cor verde cintilante.

Aproximei-me para implicar com ela novamente, mais cambaleei nos saltos altissimos. Ela me segurou contra seu corpo. Descansei as mãos em seus ombros quando ela colocou o braço ao redor da minha cintura. 

Seus olhos mudaram de um verde claro para um tom escuro e brilhante em um instante.  Ela lambeu os lábios e eu não pude evitar também lamber os meus. Era como se todo o salão tivesse se esvaziado enquanto eu estava em seus braços. Eu podia sentir seu coração batendo contra meu peito.


**tum-tum**, **tum-tum**, **tum-tum**.


- Você é encrenca. - Ela apertou os lábios e se inclinou para mais perto. Estavamos a menos de quinze centimetros de distância, no meio de um coquetel de negócios, bem em frente ao bar, onde todos podiam nos ver. 

- E você é uma filhinha da mamãe. - Desviando-me da situação, me afastei de seu abraço tão rapidamente quanto meus sapatos novos permitiam e me sentei em um banquinho.

- Então é assim que você vai jogar é? - Ela sorriu, levou a mão até o queixo e acariciou a mandíbula com o polegar e o indicador. - Que comece o jogo srta. Cabello.



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