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História Meu ursinho de pelúcia - Folha de papel


Escrita por: PequenaCoisinha

Capítulo 17 - Folha de papel


Eu era uma folha de papel. Rasgada pela dor, marcada pelo ódio, rabiscada pela mágoa, uma folha molhada de lágrimas e sendo assim tentava não ser frágil. 

Encarava o teto enquanto viajava em meus pensamentos. Não acreditava, estava fazendo drama por um amigo meu. Exatamente, éramos só amigos e íamos ser amigos até o resto de nossas vidas, e era por isso que eu me sentia mal. Por que eu tinha que amá-lo? Que ódio. 

Eu estava com ódio do Allan, mas ele não tinha culpa. Ele não me amava e eu tinha que aceitar... Mas, eu não ficaria assim. Liguei para o Vítor, precisava dele e ele era a minha salvação,  salvação dos meus pensamentos sombrios. 

Coloquei um short preto e uma blusa cinza, um tênis branco e pulseiras prata, fiz um rabo de cavalo em meus cabelos. Allan, você não vai me importar mais. 

Desci as escadas e por incrível que pareça o Vítor já me esperava no sofá. Ele me olhou de cima à baixo mostrando aquele sorriso lindo que só ele sabe dar. 

- Você está realmente linda, dá vontade te apertar - Ele disse vindo em minha direção colocando uma das mãos em meu rosto - Onde quer ir? 

- Só me leve aonde eu esqueça tudo - Disse olhando em seus olhos, ele me observava atentamente, ele me conhecia e sabia que eu estava mal. À ponto de que, praticamente, estava pedindo para ir em alguma festa com bebidas e música alta, coisa que eu odeio. 

Ele assentiu, mesmo que inquieto e então chamou um táxi e deu um endereço ao mesmo. Ficamos calados até chegar ao local e entramos no mesmo. 

A música era tão alta que chegava a ser ensurdecedor, havia pessoas bêbadas gritando e outras dançando como se não houvesse o amanhã, e tinha até mesmo uns casais se pegando. 

- Agora me conta...- O Vítor disse gritando devido ao som alto que atrapalhava qualquer tipo de conversa - Por que quis vir aqui? 

- Não vou contar - Olhei para baixo e me virei para o balcão, onde se encontrava algumas bebidas alcoólicas - Quer beber? 

- Você odeia beber - Ele me olhou sério e dei de ombros - Não te aconselho, vai ficar com dor de cabeça,  mas se quiser eu não vou te impedir, eu não vou beber, preciso estar sóbrio pra cuidar de você. 

Sorri pelo fato dele se importar comigo. Fui até o cara que servia as bebidas. Pedi logo duas doses, ele me encarou e sorriu olhando para baixo. 

- Você não é acostumada a beber pelo jeito, por que está aqui? - Ele parecia envergonhado - Você é uma garota bonita sabe? 

- Obrigado, estou aqui porque... - Olhei para baixo tentando achar uma resposta - Porque eu não queria ficar em casa, pensando no amor não correspondido. 

- Está mal por aquele cara? - Ele apontou para o Vítor e neguei com a cabeça - Bom, não quero me intrometer na sua vida - Ele me entregou a bebida e junto dela um papel com um número de celular, não questionei e coloquei no bolso dos meus shorts. 

- Não está intrometendo não - Disse e então engoli todo líquido que havia naquele copo, senti minha garganta queimar e então me levantei indo dançar. 

Puxei o Vítor e o mesmo abraçou minha cintura e mantinha sua cabeça apoiada na curvatura do meu pescoço. A sua respiração quente fazia meu corpo estremecer, estávamos dançando uma música lenta. 

-  Vítor, você é realmente muito lindo - Disse no ouvido dele e mesmo que não queira, foi uma voz bem ousada e ele riu - Que foi? 

- Alícia, o que aquele cara te deu? 

- Me deu o numero de celular dele - Falei mostrando língua e rindo, não estava no meu estado normal - E também uma bebida, só não sei qual.

- Vou te morder garota, você fica fofa até bêbada. 

- Pode morder - Sorri maliciosamente e ele balançou a cabeça rindo - É sério. 

Allan on

A música estava alta e eu estava dançando. Estava tentando me divertir e isso parecia ser mais difícil do que deveria, encarava aquele garota à minha frente, ela era linda e não que eu me importasse, tinha um corpo admirável. E ela ainda estava me dando mole, o problema? Eu não queria uma garota me dando mole, queria uma me dando valor.

E eu sabia quem eu queria me dando valor, e definitivamente não era aquela ruiva na minha frente. Era uma garota especial, diferente de todas as outras, inteligente, fofa, responsável e chata as vezes - RI em meio meus pensamentos - Era alguém com olhos caramelos e que eram tão  esperançosos quanto ela mesma, era a Alícia.

- Você vai ficar aí, pensando na vida? - Fui acordado de meus pensamentos por uma garota que nem me importava a  existência - Queria que estivéssemos nos divertindo igual aqueles dois - Ela apontou para um "casal" na pista.

Pareciam estar se divertindo, provavelmente a garota estava bêbada porque ria descontroladamente e o garoto que acompanhava ela também, porém aparentava estar sóbrio. Até que achei fofo aqueles dois, e pareciam ser namorados pois o garoto mordia levemente o pescoço da menina. 

- Eu diria que depois daqui eles vão pra cama - Bella, fecha essa boca se for pra ficar falando besteiras - Conheço as garotas deste tipo, vadias sabe? 

- Cala a boca, quer falar de tipos de garotas? Olhe para o seu tipo primeiro - Disse e então sai da frente dela, estava pronto para ir embora, afinal não tinha mais nada pra fazer ali. 

Foi quando ouvi uma risada fofa e a uma voz que eu particularmente adorava. Espera, estava sonhando? Havia ficado tão louco que agora ouvia a voz dela naquele lugar? Acho que não...

Virei meu corpo e encarei aquele casal de antes e não estava acreditando. Alícia estava lá com o Vítor, e ela estava bêbada, sendo normalmente já tão frágil agora estava ali, vulnerável para ele. Respirei fundo, cerrei os punhos. 

Vítor, Vítor, você irá se arrepender de ter tocado na minha Alícia, a minha amiga e futura namorada. 

 

 

 

 

 



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