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História Meu ursinho de pelúcia - Dois idiotas


Escrita por: PequenaCoisinha

Capítulo 18 - Dois idiotas


Alícia on

Uma música qualquer, dois corpos colados em sincronia, carícias depositadas um no outro. Porém, devia até então aquilo acontecer? Uma dúvida constante em minha mente naquele momento, uma dúvida que permaneceria ali, pelo menos enquanto eu estivesse impossibilitada de pensar.

Uma coisa era certa, eu estava tão bêbada que até duvidava se o que via era ilusão ou realidade. Claro, para eu chegar naquele estado voltei várias vezes para o balcão, sempre pedindo mais. Vítor tentava me impedir, porém logo eu o convencia, o que era fácil já que o mesmo não suportava me ver fazendo cara de cachorro abandonado, só que no caso, um cachorro bêbado. 

Juro que sei, amanhã terei nojo de mim mesma. 

- Você já bebeu de mais - Disse o Vítor enquanto eu voltava do balcão com uma taça, de vinho desta vez. 

- E daí? - Sorri e mordi os lábios - É divertido. 

- Você só acha graça porque está bêbada - Ele negou com a cabeça, retirando a taça de minhas mãos, me fazendo fazer bico e erguer meus pés, tentando alcançar sua mãos. 

O que era definitivamente inútil, já que ele era maior que eu, mas por um motivo chamado que eu não estava no meu estado mental normal, fazia sentido que eu poderia conseguir pegar aquela maldita taça. 

- Você bêbada é tão boba -Ele disse rindo abafado e então revirei os olhos o fazendo beber um gole do vinho e com a mão livre me puxou para perto - Você é realmente fofa. 

- E você é realmente um desgraçado - Ouvi uma voz se dirigindo ao Vítor, uma voz a qual conhecia muito bem, virei meu corpo na direção contrária à que estava, quase cai devido a combinação da bebida e do giro rápido, porém o Vítor  me abraçou por trás me salvando de um tombo - Olha o estado que a Alícia está. 

- Olha, é bom você não fazer drama garotinho - O Vítor  disse dando ênfase no "garotinho" para irritar o Allan e talvez por estar bêbada, estava me divertindo com a situação. 

- Alícia, vamos comigo? Se esse cara quer beber, que beba sozinho - O Allan o ignorou olhando para mim, foi então que reparei que o Vítor ainda estava com a minha taça de vinho e então sorri, pegando das mãos dele. 

- Quem quer beber sou eu - Bebi quase todo o conteúdo da taça - E eu não vou com você. 

- Você está bêbada Ali, não tem que contestar. 

- Uhum, certeza disso? Você não é meu pai Allan, não tem que dizer o que devo fazer - Sorri e então joguei o restante do vinho nele, e comecei a rir tanto do meu ato quanto do Allan, que negava a cabeça incrédulo - Só vou dizer mais uma vez afinal você não tem problemas auditivos, eu não vou com você. 

- Alícia, é sério - Ele suspirou. 

- Eu também estou falando sério, quero ficar aqui com o Vítor - Sorri para o Vítor  e logo o Vítor virou um borrão, estava com a visão embaçada, como um vidro em contato com o vapor, senti minhas pernas perderam suas forças e meus olhos irem fechando lentamente. 

Allan on

- Me ajuda a levar ela pra casa? - Pedi para o Vítor, podia ter raiva dele mas ainda conseguia pensar  e valorizar mais a Alícia do que o meu próprio ego. 

- Só vou te ajudar por ela - Ele respondeu e então pegamos a Alícia. 

~*~ Quebra de tempo ~*~

Estávamos no carro, Alícia estava com a cabeça em meu colo e observava sua face tão calma. Antes disso ela estava tão alterada. 

Queria acreditar que a forma que ela agiu foi somente por causa da tal embriaguez. Porém, quando nos falamos mais cedo pelo celular, ela já parecia estar brava. Mas, por que? O que eu havia feito? 

Queria poder pensar nisso com mais calma. Porém, não era o momento para pensar nisso, eu tinha que pensar qual desculpa daria para os meus pais, pois eu chegaria com a Alícia desacordada e se ela acordasse, veriam que ela estaria bêbada. 

- Leve a Alícia pra sua casa, se levar ela pra casa dela, não poderei mais sair com ela pois acharam que eu sou uma má influência, e embora você não ache, quem quis beber foi ela e eu a todo momento quis impedir ela - O Víctor disse e observava a Alícia com muita atenção.

Aliás pensando em atenção, ele recebeu muita da Alícia, me pergunto o que aconteceu entre eles enquanto eu não estava olhando. 

- Impedir ela de beber? Ela bebeu mais que um senhor que foi rejeitado e traído por uma mulher num bar - Disse e ri internamente pela minha comparação. 

- Ela conseguiu me convencer fácil de que seria só mais uma dose, obviamente não seria, mas é impossível para mim negar algo para ela - Ele suspirou. 

Eu diria que aquilo de certa forma foi fofo. Mas, considerando que estávamos falando sobre bebidas, era inaceitável ele deixá-la ficar daquela forma por um simples "Impossível para mim negar algo para ela".

Continuamos a trajetória sem falarmos mais nada. O que eu definitivamente agradeço pois já falei o suficiente hoje, considerando que estávamos falando de mim e dele. 

Quando cheguei na minha casa, eu encarei o relógio. Eram seis horas, e o jantar na minha casa foi marcado para às oito, a Alícia tinha que se recuperar em duas horas. Peguei a Alícia no meu colo, por ela ser mais baixa que eu e magra, pude pegá-la sem grandes dificuldades. Aliás, a única dificuldade que tive foi para abrir a porta da minha casa. 

Entrei ignorando os olhares, sabia que teria que explicar para eles a situação, mas não era o momento. Subi as escadas e entrei em meu quarto, fechando e trancando a porta. Coloquei a Alícia na minha cama, sentei ao lado dela.

Por que eu ainda não disse para a mesma que a amo?

O que poderia de acontecer de tão ruim? Ela me rejeitar? Embora que... Isso doeria e poderia mudar a nossa amizade consideravelmente. É, contar não é uma opção. 

- Por que raios eu estou na sua cama? - A Alícia acordou de meus pensamentos, ela me encarava com aqueles olhos caramelos e profundos, que pareciam enxergar até o fundo da minha alma. Talvez ela estivesse se perguntando o porque do meu olhar sobre ela, desviei meu olhar envergonhado.

- Preferia que estivesse no chão? - Ri  e ela se mantinha séria e pensativa. 

- Sinceramente? Preferia - Ela disse e se levantou, porém cambaleiou os pés e caiu em cima de mim, segurei ela.

Ficamos alguns segundos ali, parados olhando um para o outro, sentindo nossa respiração sincronizada e tão próxima uma da outra, olhares cruzados. E então saímos do transe, ela se levantou e se sentou ao meu lado. 

- Você é um idiota - Ela sorriu olhando pro chão. 

- Eu sei, você também é - Fitei o teto. 

Rimos de nós mesmos, éramos dois idiotas. 

- Você não vai lembrar disso não é? - Olhei para ela e a mesma me olhou sem entender - Deste momento sabe? 

- Eu sei, não vou lembrar, eu estou muito bêbada - Rimos mais uma vez - Como eu não vou lembrar, posso dizer o que eu sinto? 

- Só se você me deixar dizer primeiro. 

- Diga Allan Carter - Ela sorriu olhando pra mim. 

- Não olha pra mim, estou envergonhado já - Disse desviando meu olhar dela e a mesma riu do meu ato, e então sussurrou um "Eu não vou nem lembrar, só diz o que sente" - É acho que estou te amando. O amor é uma droga não é? Viciante e doloroso. 

Encarei o chão e estava corado, embora que ela não iria lembrar disso, eu ainda estava falando para a Alícia que a amava. 

- Que droga - Rimos - Você foi amar sua melhor amiga.

- Eu sei, como você disse, eu sou idiota. 

- Eu também sou - Ele corou - Eu amo você seu baka, acho que sempre amei aliás, porém só fui perceber esse sentimento por você faz pouco tempo. Achava que estava na friendzone, você sempre foi mulherengo e eu não, sofri pelas suas saídas, meu ciúmes por você me machuca muito. E sabe? Nunca pensei nem na possibilidade de você gostar de mim, afinal, eu sou a Alícia. 

Sorri olhando para o chão. Confesso, sentia como o cara mais feliz do mundo, mesmo que talvez seja mentira ou também seja verdade (afinal, ela havia ingerido bebida alcoólica), era indescritível ouvir que ela me amava. 

- Desculpa mas... Sabe o ditado " Não deixe pra amanhã o que se pode fazer hoje "? Eu acho que ele deve se aplicar nesse momento, só  que assim " Não deixe pra fazer sóbrio o que se pode fazer bêbado " - Rimos e ela  se sentou no meu colo - Eu acho que quero te beijar. 

- Eu acho que também quero - Sorri. 

Ela puxou o meu queixo e colocou os lábios dela sobre os meus e apesar que eu já  havia beijado ela várias vezes (quando nos passamos de namorados) aquele beijo era diferente. 

Nossos corações batiam acelerados junto com aquela sensação de borboletas no estômago, sorrimos em meio aquilo. Mordiamos nossos lábios de acordo com a intensidade do beijo, que foi ficando mais intensa. 

Já estávamos praticamente sem ar, ofegantes. Porém não queríamos e não conseguíamos parar aquele desejo. Eu precisava, e eu queria o corpo dela junto ao meu. 

Desci minhas mãos até a barra de sua blusa, pronto para retirá-la... 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Capítulo grande e cheio de emoções pra vocês
Aliás, obrigado por todo o apoio, amo vocês e essa história também •﹏•.
Espero que tenham gostado e desculpe qualquer erro ortográfico.


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