Desci minhas mãos até a barra de sua blusa, pronto para retirá-la e... Não, aquilo não estava certo. Ela estava embriagada, e por mais que quizesse, eu não podia.
Mantive minha mão em sua cintura, sentindo pelos últimos segundos seus lábios quentes sobre os meus. Ela parou o beijo e me olhou com um sorriso bobo no rosto, logo me puxou para um abraço apertado demonstrando o carinho que tínhamos pelo outro.
Logo ela sussurrou no meu ouvido " Eu sempre quis fazer isso, poder te abraçar e te beijar sem ser encenação " Sorri e murmurei um " Nunca foi encenação".
E então a Alícia aproveitando estar tão próxima de meus ouvidos, mordeu levemente o lóbulo da minha orelha de forma provocante e então desceu sua boca para o meu pescoço dando alguns selares, chupões lentos e mordidas prazerosas, enquanto isso apertava seu corpo no meu e vez ou outra se mexia em meu colo, encostando nossas partes íntimas. Logo ela voltou a me beijar, sua língua explorava minha boca de uma forma deliciosa.
Mordi seus lábios, aquela garota estava me fazendo enlouquecer com seus atos. E eu sabia, era errado, ela era uma amiga. Mas, também era a mulher que eu estava desejando, a mulher a qual eu estava louco.
Me levantei com cuidado e deixei a mesma sentada na cama, ela me encarava curiosa, enquanto sorria perversa.
Aquele maldito e encantador sorriso. Estava completamente fora de controle, eu nem entendia mais como um coração podia bater tão rápido, ou até mesmo entendia o porque do meu corpo estremecer com ela. Só sabia, simplesmente, que eu amava com toda força.
Deitei a mesma na cama subindo em cima dela, e num movimento rápido ela mudou as posições sorrindo. Ela levantou um pouco minha camiseta e começou a dar beijos ali, as vezes também sentia sua língua quente em minha pele fria, me fazendo arrepiar e tentar acalmar minha respiração.
Encarei a Alícia por uns segundos, ela era tão linda, tão fofa, tão carinhosa e ela estava ali, me surpreendendo com sua ousadia e me fazendo sentir tão sortudo por tê-la.
Allan, para com isso. Talvez ela realmente goste de você mas... Vale a pena fazer isso com a mesma? Talvez ela nem lembre deste momento afinal e embora você seja "sortudo por tê-la " você só tem ela pois a mesma nem deve estar raciocinando direito. É Allan, lembre-se que você não deve fazer coisas para depois se arrepender.
- Não podemos - Peguei a mesma pela mão e a puxei pra um abraço, ela tinha um cheiro adocicado - Antes, preciso saber dos seus sentimentos por mim.
Ela parou o abraço e me encarou de forma como se fosse incompreensível de entender.
- Você sabe os meus sentimentos por você - Ela olhou de lado, talvez pensando no que dizer - Eu te amo Allan.
- Eu também pequena - Sorri - Mas preciso ter certeza e aliás, eu só estou aqui para cuidar de você - Ela sorriu maliciosa - Mas não desta forma Alícia - Ri ao ver a mesma fechar a cara.
Deitei a mesma na cama e beijei sua testa em forma de carinho. Esperei a mesma dormir, embora que isso demorou um pouco devido suas risadas espontâneas. Estava decidido a conversar com a Alícia sobre esse assunto depois, precisava da verdade.
Fui em direção a porta, abri a mesma com a chave e passei por ela, e desta vez, deixei a porta aberta. Desci as escadas e vi todos contribuindo e ajudando minha mãe nos preparativos. Fiquei ali e quase não notaram minha presença, Minha mãe veio até mim.
- Pensei que não me notaria aqui - Sorri olhando tudo o que haviam feito - Trabalho em equipe é realmente gratificante não é?
Ela me encarou olhando fixamente em meus olhos, juro que aquele olhar podia fazer qualquer um se arrepender de ter nascido.
- Eu vi o estado da Alícia, ele se deve à você Allan? - Ela disse e neguei com a cabeça - A Alícia é um exemplo de garota, então se for pra você ser uma má influência pra ela, prefiro que essa amizade acabe.
- Não foi culpa minha, foi do Vítor.
- Não perguntei nada à você - Ela voltou para a cozinha e eu respirei fundo, afinal não podia respondê-la, já que a mesma era a minha própria mãe e também, ela infelizmente estava certa.
Fui até a cozinha e peguei uma xícara de café e voltei ao meu quarto, achando a Alícia sentada na cama, colocando a mão sobre a cabeça.
- Tô com dor.
- Eu sei - Disse e me sentei ao lado dela, entregando o café para a mesma - Beba, pelo menos um pouco, é pro seu bem Alícia.
- Uhum - Ela afastou a xícara para mim - Não acredito que vai me chamar só de Alícia.
- E do que você quer que eu te chame baixinha? - Disse e a mesma revirou os olhos.
- Não tenho culpa se você é um poste de luz ambulante - Ela riu mostrando língua - Sei lá, me chame de amor.
- Eu não anã de jardim.
- Avatar idiota - Ela me jogou um travesseiro.
- Smurfette fofa e revoltada - Sorri, devolvendo o travesseiro para a mesma, e sem intenção alguma acertou a cara dela.
- Ah seu filho de uma alface - Ela disse e eu ri a comparação vendo ela com as bochechas infladas o que fazia a mesma ficar muito fofa - Para de rir, qual a graça?
- Nada, só vou avisar minha mãe que ela é uma salada - RI e então olhei para ela - Sério Alícia, tome o seu café amor - Suspirei vendo a mesma pegar a xícara e começar a beber seu conteúdo - Amor é uma palavra milagrosa.
- Pode ter certeza - Rimos - Deveria me chamar assim mais vezes - Ela sorri.
~*~
Observava a face serena da Alícia enquanto a mesma dormia calmamente em minha cama, era inadmissível para mim fazer com que aquele anjo acordasse, seria como um pecado - Ri em meios meus pensamentos.
Dava tanta dó ter que acordá-la para o jantar... Acabei decidindo que a mesma deveria ficar ali, descansando e o jantar deveria ser adiado para amanhã, até porque eu não acreditava na possibilidade da Alícia estar no estado bom ainda hoje.
Desci as escadas e convenci mesmo com dificuldade minha mãe sobre o jantar ser amanhã.
Aliás, e a Alícia? Lembrará do dia de hoje?
Uma dúvida que persistia em minha mente, e que me machucava com a ideia dela não lembrar de momentos tão íntimos e especiais de hoje.
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