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História Meu ursinho de pelúcia - Bad não bate, ela espanca


Escrita por: PequenaCoisinha

Capítulo 22 - Bad não bate, ela espanca


Alícia on

Já fazia dois dias que eu estava no Brasil, estávamos morando em uma casa confortável até, porém a mesma nunca seria a minha casa. E nem chegaria perto da minha casa dos Estados Unidos, lá os móveis eram antigos, eu tinha o meu próprio jardim e minha casa era de dois andares. Não que esta casa fosse ruim, ao contrário disto. Era uma casa moderna, com vários cômodos e também havia uma piscina.

Não era uma casa ruim, definitivamente, era ótima. Mas também, não era a casa a qual me apeguei. 

Mas bom, isso era o de menos. Eu estava infeliz - Não que importasse também - Na verdade importava a minha mãe, porém foi eu que tanto quis me mudar para cá de certa forma. Ou pelo menos, foi por mim que viemos tão rápido. 

Desde que saí dos Estados Unidos, fiz questão de não tocar no meu celular, notebook e redes sociais. Eu simplesmente, não queria ter que explicar nada para ninguém.

Coloquei um short preto curto - O Brasil tem um clima quente, usar calça não era uma opção - uma blusa branca meio larga que mostra os ombros, e um tênis azul. Fiz questão de colocar umas pulseiras e um perfume. O preferido do Allan, nós sempre ríamos de quando ele tentava descrever o meu perfume. Bons tempos. 

Peguei minha bolsa e sai pela porta de casa, ignorando minha irmã - Que brincava na sala - e os meus pais, que estavam deslumbrados com a beleza da nova casa. 

Fui até meu novo colégio, grande  e cheio de pessoas, com estilos e jeitos diversos. Isso era animador, mas não o bastante. Era o meu primeiro dia de aula em outro país, aliás, voltar a falar minha língua nativa era algo surpreendente. 

Fui até o banco da escola e comecei a ler um livro. 

- Olá garota - Disse uma menina de cabelos pretos cacheados nas pontas - Nova aqui? - Se sentou ao meu lado. 

- Sim - Quase respondi em inglês  - Desculpe, eu estava nos Estados Unidos, acabo por esquecer que aqui falamos a língua portuguesa. 

- Qual seu nome? - Sorriu - Sou a Nathália, mas pode me chamar de Naty.

- Eu sou a Alícia - Sorrio de volta.

Começamos a conversar, ela até aparentava ser legal. Porém, havia algo nela que me irritava de uma forma que me fazia querer dar closes e respondê-la de mal jeito até pelas mínimas coisas. Ela é legal Alícia, não devia ser tão desconfiada com pessoas novas. 

Conversamos um pouco, ela me contou dos primeiros dias que passou nessa escola, ela disse que não tinha amigos e até hoje não tem tantos e que adoraria que pudéssemos ser amigas. Depois disso o dia se passou, foi entediante e me senti solitária, estava sentindo falta dos meus amigos. 

Allan on

Três dias, o suficiente para me fazer enlouquecer.

 Fazia exatamente este tempo que eu não tinha nenhuma notícia e também não sabia nada do que havia acontecido com Alícia, ela e a sua família não voltaram para casa desde aquele dia. Pra completar, Ali havia sumido das redes sociais e também não atendia as ligações e nem minhas mensagens.

Eu andei quieto e solitário esses dias, e mesmo que se em um deste dias eu tivesse me divertido. Seria uma diversão tão temporária que acabaria em segundos, pois  eu lembraria voltaria de novo da minha preocupação principal : Alícia.

Nessa época, havia provas pra fazermos - Se a Ali estivesse aqui, eu não estaria tendo tanta dificuldade para lidar com elas - Mesmo assim, estava tentando estudar.

Era de madrugada e eu estava folheando algumas matérias - Se eu não tivesse conhecido a Alícia nesse horário eu estaria me divertindo com meus amigos - E o que me dava mais raiva, era que exatamente tudo me lembrava a minha melhor amiga.

Peguei meu celular e coloquei na playlist de músicas preferidas e acabei deixando no aleatório mesmo. Começou a tocar " I hate u, I love u ".

Droga, eu odeio meu celular. 

Se eu estou na bad, ele faz questão de piorar a situação. Aliás, sabe? A bad não bate, ela espanca. 

 

 

 

 

 

 



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