1. Spirit Fanfics >
  2. Meu ursinho de pelúcia >
  3. Novos tempos

História Meu ursinho de pelúcia - Novos tempos


Escrita por: PequenaCoisinha

Notas do Autor


Genteeee, brotei.

Capítulo 25 - Novos tempos


Camila on

Acordei, era só mais um dia de outono.

Meus pais não estavam em casa, o que realmente não era uma novidade. Eles realmente não ligam pra mim, eu estou praticamente vivendo sozinha.
 

Aliás, por conta disso eu tive que começar a trabalhar. No início foi difícil, encontrar algo que eu possa fazer que ganhe um certo dinheiro para que eu pelo menos sobreviva e que não custe e nem atrapalhe os meus estudos. No fim, consegui trabalhar numa biblioteca onde trabalha uma senhorinha muito fofa.
 

Ah, se a Alícia estivesse aqui... ela apertaria com carinho as bochechas da Rosa e ficaria horas e horas conversando comigo e lendo livros, como ela amava fazer.
Desde que Ali se mudou, parece que falta alguma coisa. Bom, parece não, realmente está faltando a Alícia.
 

Com a ida dela eu passei a me aproximar do Vinícius, somos amigos agora. Amigos revoltados um com o outro mais precisamente.
 

Bom, eu me arrumei normalmente e fui até a escola, parecia estar tudo normal mas... Só parecia. O Vítor estava com umas malas em frente ao colégio, havia algo acontencendo.
 

- Ei, o que está fazendo? - Perguntei, com um pouco de medo da resposta.
 

- Estou esperando o táxi.
 

- Pra que? A escola é aqui - Falei olhando as malas, já sabia o que ele iria fazer.
 

- Eu sei, mas meu destino não é a escola - Ele suspirou - É o aeroporto, eu vou voltar pra Alícia. Ela precisa de mim, eu sinto. Sem ela eu fico sem direção, rumo, razão. Eu realmente necessito dela, entende?
 

- Acho que sim - Olhei para baixo, mais um indo embora, droga.
 

Ficamos num silêncio, um belo e constrangedor. Até que o táxi chegou, um homem saiu do carro e pegou as malas colocando elas dentro do carro. Ele entrou novamente no carro e ficou lá, provavelmente só esperando o Vítor se despedir de mim.
 

- Sei que não acredita, mas vou sentir sua falta - Eu o abracei, com todas as minhas forças. Também havia me apegado a ele poxa, por que será? Eu nunca consigo amar alguém e me dar bem, sempre acabo abandonada.
 

- Também vou sentir sua falta - Ele parou de me abraçar e olhou em meus olhos - Eu amo você, tá doendo dizer um adeus aqui - Ele riu de nervoso e eu também.
 

- Pode ir, tô acostumada.
 

- Calma, vai mesmo me deixar ir embora? Após toda a amizade, segredos e palhaçadas? - Ele sorriu, me encarando.
 

- Você quer o que? Que eu me ajoelhe pedindo para que você fique?
 

- Exatamente, é uma ótima idéia - Ele sorriu novamente - Vou sentir sua falta.
 

- Vai logo embora antes que eu comece a chorar, caralho - Disse com os olhos marejados e ele beijou minha testa.
 

- Tô indo, lembre-se que eu tô com você tá? E você está aqui olha - Ele apontou para o coração - Até um dia quem sabe.
 

- Até - Sorri.
 

Ele entrou no táxi e foi até o encontro da minha vaquinha linda, que está passeando em outro país agora. Ain que saudade, qualquer dia vou pra lá com eles, só eu ter um dinheirinho de sobra - Ri em meio meus pensamentos.
 

- Por que está tão feliz? - Ouvi uma voz conhecida, era o Vinícius.
 

- Porque quando eu juntar uns trocados, estou indo atrás deles. Tipo, sabe que nem falta tanto? Só mais um pouco e eu dou tchauzinho pra esse lugar.
 

- Ah mas você não vai não, quer me deixar sozinho aqui garota? - Ele falou, estufando as bochechas como se estivesse emburrado - Eles são mais importantes né? Aliás, não é eles, é ele...
 

- Está com ciúmes? - Mordi meus lábios.
 

- Claro que não.
 

- Então vá fazer uma aula de teatro e aprende a encenar, porque você mente muito mal queridinho - Entrei dentro da escola e ele veio atrás - Para de me seguir cacete, é um cachorrinho abandonado agora? - Parei de andar e me virei para ele.
 

- Não, eu vou ser um cachorrinho abandonado ainda, é só você me largar pra ir atrás do Vítor e eu ficarei sem dona  - Ele olhou para o lado, mordendo a própria língua como se tivesse se segurando para dizer algo.
 

- Como você está meloso hoje, me erra - O olhei nos olhos - Está apaixonado?
 

- Talvez - Ele olhou pro chão.
 

- Por quem? - Peguei em seu queixo, fazendo o olha para mim.
 

- Acho que está na cara não é?
 

- Se estivesse eu não perguntava, eu lia na sua testa e já saberia.

- Como você é hilária, trabalha no circo - Ele me mostrou lingua e saiu caminhando para o outro pátio. Eu não o segui, não sou obrigada.
 

- Sossega essa raba, senhor TPM - Disse alto para ele ouvir, e ele gritou um " Vai se foder ". Eu sorri, era uma ótima amizade.
 

Peguei meu fone de ouvido, e coloquei pra ouvir minha playlist de músicas fodas. Fui andando pelo corredor até estar em frente a porta da biblioteca - Foi aqui que conheci a Alícia - Tinha ótimas lembranças daquele lugar.
 

Não quis entrar, simplesmente sentei no chão do corredor. Eu não precisava seguir regras, curtir a música já bastava. Foi quando apareceu uma garota, estilo modelo. Era nova na escola, eu sabia. Até porque eu, como alguém extremamente calada (pelo menos às vezes), costumo observar muito as pessoas e eu nunca a havia visto.

Ela me olhou e veio em minha direção, começando a falar umas coisas sem sentido. E eu não posso culpá-la, acho que é porque eu não sou boa com leitura labial.
 

Tirei meus fones e suspirei.
 

- Repete, eu estava ouvindo música caso não tenha percebido.
 

- Não sou obrigada a repetir, você que tem problemas auditivos querida, a música está tão alta que dá pra ouvir daqui.
 

- Primeiro: Se eu tenho problemas auditivos o problema é meu e sabe, você deveria ter educação. Porque você tem problema mental e eu não fico falando. Segundo: O fone é meu e minha audição também, ou seja, você não tem nada haver com isso e terceira, e última coisa : Volta pro útero já, ops, esqueci que você é uma merda e é pro cu que tu tem que voltar.
 

Foi quando ouvi vários "Ain, que dor, doeu até em mim" e " Depois dessa eu cuspia no chão e saía nadando ". Sorri com a reação do povo e levantei do chão, indo em direção à minha sala. Pois as aulas iam começar.
 

- Ainda bem que você saiu desse chão, eu já ia te dar uma moedinha, você é ótima em fazer cosplay de mendigo - A garota disse, se referindo a mim. Me virei, com ódio nos olhos.
 

- Legal sua opinião, pena que eu não ligo pra ela - Ouviu-se mais gritos no corredor - Aliás, sua opinião pra mim é igual anúncio de YouTube, ignoro em 5 segundos.
 

- Eu vou te matar - Ela disse baixo.
 

- Não tem ninguém te impedindo disso - Sorri desafiadora e realmente voltei a minha sala, odeio pessoas folgadas e sem caráter.
 

 Allan on.
 

A aula passou voando, ou melhor, eu fiquei voando enquanto ela acontecia.

Estava preocupado com meu trabalho voluntário que começaria hoje, pra ajudar a ganhar pontos para a faculdade. É um projeto do colégio, e eu escolhi passar um tempo no asilo, cuidando das senhorinhas fofas - Esse seria o sonho da Alícia.
 

Aliás, tudo que faço e penso me lembra ela. Não sei como isso é possível.
 

Bom, a única coisa que houve de diferente na escola foi uma discussão entre a Camy e a garota nova, que se eu não me engano... Se chama Nathália.


 


Notas Finais


Eu não vou nem comentar pelo seu sumiço, desculpem. Nem vou prometer voltar com mais frequência, só prometo que... Cada capítulo que eu postar, vai ser feito com muito carinho, porque realmente é. Eu não escrevo bem, vocês sabem. Mas eu tento, por vocês.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...