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História Meu ursinho de pelúcia - Um senhorzinho difícil


Escrita por: PequenaCoisinha

Notas do Autor


Brotei meu povo lindo

Capítulo 27 - Um senhorzinho difícil


Vi em volta de uma senhora, uma garotinha. A pequena  parecia estar com tanta contentação que parecia até contagiante, tanto que aos poucos, a senhora estava com o mesmo ânimo, o brilho nos seus olhos fazia com que eu vê-se sem dúvida alguma, uma criança no corpo de uma idosa.

Olhando para os lados, a situação se repetia. Várias crianças e idosos, socializando sem problema algum. 

Aquilo me fazia bem, realmente. Ver que ainda, nesse mundo, há crianças, no caso ainda pequenos seres que se importam, alegram pessoas com mais idade. Aliás, acho importante ressaltar que talvez, estas crianças tenham mais amor no coração que muita gente amargurada, que vê nas pessoas mais velhas, algo que nem vale mais.

Sendo que não é assim. Idosos são pessoas com experiência, que são fortes mesmo sendo fracos. São heróis, passado importante, um baú de ensinamentos. Não são ultrapassados, são simplesmente modernos à moda antiga. 

E fazer um ser desse sorrir, tem uma relevância. Fazer um senhor ou senhora sorrir, é como um prêmio. Conseguir fazer com que um ser tão frágil, que já passou por tanta coisa, que já ouviu tantas piadas, dê gargalhadas prazerosas - Acho que se a Alice estivesse aqui e pode-se ouvir esse pensamento, ela estaria com orgulho de mim. 

Olhei o relógio e vi que realmente teria que entrar e começar o trabalho voluntário - Observar a paisagem tão significativa teria que ficar para depois. 

Entrei no asilo, esperançoso. O lugar era totalmente pintados de branco, com algumas excessões, é claro. Nos cantos das paredes tinham rosas, essas pintadas em dourado. Havia ali também rosas verdadeiras e acho que essas estavam ali não só para decorar o local, mas para que também sejam entregues aos velhinhos. 

Fui andando até a recepção. A moça que se encontrava ali,  pediu meus documentos e eu os entreguei. Ela sorriu e disse que eu era bem-vindo e que provavelmente, iríamos nos ver muito. Pois ela também era voluntária e que ficaria ali o mesmo período que eu.

Após isso, ela me mandou ir até o quarto 21, levar o almoço para o senhor Pablo - Sorri. 

- Se eu fosse você, tirava esse sorriso do rosto.  O Pablo é difícil sabe? - Ela disse olhando pra baixo. 

- Tudo bem, eu faço ficar fácil - Falei confiante. 

Fui andando pelos corredores até encontrar o quarto 21, bati na porta e pedi licença, entrando logo depois. Lá havia um velhinho fofo, concentrado lendo um livro. Ele tinha as bochechas cheias e caídas, cabelos grisalhos, olhar curioso sobre o que lia. E foi até difícil perceber isso, já que não era tão expressivo. 

- Olá senhor Pablo - Sorri, o observando. 

- Este teu "olá" atrapalhou minha leitura, jovem - Ele disse colocando um marcador de páginas no livro e o fechando - Quem é você? 

- Sou novo aqui. 

- Mentira. Mesmo? Acho que isso eu já percebi - Ele comentou enquanto me encarava. E agora sim eu entendi o que a recepcionista queria dizer com " se eu fosse você, tirava esse sorriso do rosto"

- Para um senhor de idade você tem a língua afiada. 

- Para um jovem que me vê pela primeira vez, você tem muita audácia meu caro. Você me lembra eu, quando mais novo - Ele disse a última parte, em sussurro. 

Eu sorri em resposta. 

- Meu nome é Allan, prazer em conhecê-lo. 

- Pois eu não tenho prazer nenhum de te conhecer. 

- Você é realmente difícil - Falei- Mas tudo bem, não tem que ser fácil, eu ainda vou conquistar sua confiança. 

- Trazer o meu almoço ajuda. 

- Aiai - suspirei fundo e coloquei a bandeja com o almoço do mesmo, em seu colo. Ele se endireitou na cama e começou a comer. 



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