História Meu Vizinho - Larry Stylinson (2 Temporada) - Henry...

Semanas Depois...
   Era uma tarde fria em Doncaster. O natal estava chegando, com isso, as ruas estavam mais iluminadas e a neve caia, deixando o chão branco e fofo.
   Zayn e Liam andavam em direção a um abrigo. Uma placa gigante nomeava o local. "Abrigo Infanto Juvenil Raio de Sol".
   Entreolharam-se e deram as mãos, adentrando assim o orfanato.
   Haviam crianças brincando e pulando de um lado para o outro. Todas elas tinham de 13 anos até 17, mas não deixavam de aproveitar o que não puderam aproveitar na infância.
   Faziam uma guerra de bola de neve, que contagiou o casal e fez com que um sorriso brotasse em seus rostos quase que imediatamente.
   Uma bola de neve atingiu o casaco de Liam. As crianças pararam, receosas com a reação dele, que sorriu e se juntou na brincadeira.
   Zayn sorriu ao ver tal cena. Liam parecia tão feliz junto delas.
   Olhou ao redor e viu um garoto encostado numa árvore, desenhando algo num caderno. Parecia tão concentrado, sentou ao seu lado.
   Ele tinha a pele branca como a neve que caia sobre seus cabelos, que eram bem pretos. Seus olhos tinham um tom vibrante de azul.
   - Oi
   - Oi- Disse ele ainda concentrado em seu desenho
   - Não vai brincar com as outras crianças?
   - Não, elas não gostam de mim
   - Por quê?
  O garoto parou o que estava fazendo e o encarou nos olhos.
   - Dizem que sou estranho, dizem que sou louco e por isso passo meu tempo desenhando e as vezes arrisco escrever músicas
   - Que legal! Sou Dj sabia?- O garoto negou, com um ar de admiração- Tenho um amigo que também compõe e canta, mas é só hobbie
   - Aquele?- Apontou para Liam com o queixo
   - Não, aquele é meu esposo
   - Hum... Entendo
   - Mas, então, qual é seu nome?
   - Henry... E o seu?
   - Zayn- Henry estranhou- Eu sei, é meio difícil, mas é porque sou descendente de árabes e tudo mais
   - Na verdade, eu achei seu nome muito legal
   - Obrigado
   Um silêncio se fez presente. Zayn percebeu que Henry estava ansioso, um pouco inseguro até, e quebrou o silêncio com uma pergunta:
   - Quantos anos tem Henry?
   - 15
   - Você disse que toca não é?
   - Não, eu disse que componho, mas sei tocar piano
   - Poderia tocar algo para mim?
   - Seria um prazer
   Levantaram-se e passaram pelas outras crianças que agora, faziam anjinhos na neve junto com Liam.
   Entraram na casa e Henry o levou até um piano que havia numa sala vazia.
   Não era muito grande e as paredes eram cobertas por desenhos e mais desenhos. Todos coloridos e chamativos.
   - São lindos Henry! Você quem fez?
   - Sim, todos são meus
   - Wow! Isso é tão incrível! O que faz os outros não gostarem de você?
   - Não sei, eles só não gostam
   Henry sentou-se ao piano dedilhado-o e começou a cantar, sem mesmo avisar Zayn, que sentou num banquinho perto e prestava atenção nas palavras que saiam da boca do garoto.
Amar pode doer
Amar pode doer às vezes
Mas é a única coisa que eu sei
Quando fica difícil
Você sabe que pode ficar difícil algumas vezes
É a única coisa que nos faz sentir vivos

Nós mantemos este amor numa fotografia
Nós fizemos estas memórias para nós mesmos
Onde nossos olhos nunca se fecham
Nossos corações nunca estiveram partidos
E o tempo está congelado para sempre

Então você pode me guardar
No bolso do seu jeans rasgado
Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem
Você nunca estará sozinha
Me espere para voltar pra casa

Amar pode curar
Amar pode remendar sua alma
E é a única coisa que eu sei
Eu juro que fica mais fácil
Se lembre disso em cada pedaço seu
E é a única coisa que levamos com a gente quando morremos

Nós mantemos este amor numa fotografia
Nós fizemos estas memórias para nós mesmos
Onde nossos olhos nunca fecham
Nossos corações nunca estiveram partidos
E o tempo está congelado para sempre

Então você pode me guardar
No bolso do seu jeans rasgado
Me abraçando perto até nossos olhos se encontrarem
Você nunca estará sozinha

E se você me machucar
Tudo bem, querida
Apenas as palavras sangram
Dentro destas páginas você me abraça
E eu nunca vou te deixar ir
Me espere para voltar pra casa

Me espere para voltar pra casa
Me espere para voltar pra casa
Me espere para voltar pra casa

E você poderia me colocar
Dentro do colar que você ganhou
Quando tinha 14 anos
Perto das batidas do seu coração, onde eu deveria estar
Mantenha isso no fundo de sua alma

E se você me machucar
Bem, está tudo bem, querida
Apenas as palavras sangram
Dentro destas páginas você me abraça
E eu nunca te deixarei ir

Quando eu estiver longe
Me lembrarei de como você me beijou
Embaixo do poste de luz da 6ª rua
Ouvindo você sussurrar pelo telefone
Me espere para voltar pra casa

   - Wow, Henry! Que lindo
   Zayn se aproximou do garoto e percebeu que ele chorava.
   - O que houve?
   - É a música. Foi inspirada numa paixão antiga
   - Oh, ainda dói não é?
   - Huhum
   - Sei, como se chamava?
   - Violet
   - Ela foi embora?
   - Sim, foi acusada injustamente por roubo. Eu a amava tanto...
   - Roubo?
   - Sim- Secou as lágrimas- O namoro sempre foi proibido aqui, mas mesmo assim namorávamos. Nos encontrávamos todos os dias aqui- Sorriu de canto- Mas, tinha um garoto, Christopher. Ele era apaixonado por ela, mas felizmente Violet só tinha olhos pra mim. Até, que ele desistiu de correr atrás dela, sabia que não adiantaria. Então, pegou raiva dela. Entrou no quarto de Emily e pegou uma de suas pulseiras. Colocou-a nas coisas de Violet... Quando Emily se deu conta do sumiço, a diretora começou a procurar essa maldita pulseira e achou numa das gavetas de Violet... Ela foi violentamente enxotada daqui rumo a um reformatório. Um ano se passou e eu ainda estou nessa fossa
   - Poxa, Henry. Eu sinto muito. Desculpa ter feito você lembrar disso tudo
   - Não tem problema... A única coisa nossa que sobrou foi essa foto
   Ele tirou uma pequena foto do bolso e mostrou a Zayn.
   Henry vestia um casaco escuro e uma toca. Abraçava Violet. A garota era linda! Sua pele era morena, seus cabelos longos e pretos igualmente ao do namorado. Vestia um moletom vermelho e usava uma flor também vermelha no cabelo.
   Os dois sorriam. Pareciam felizes e apaixonados.
   Zayn acariciou a foto e olhou para Henry que sorria.
   - Ela é linda!
   - Sim, ela é
   - Vocês pareciam felizes
   - E, estávamos. Era meu aniversário. Dei uma cópia dessa foto para ela no natal... Foi quando ela partiu, no natal. A data vai chegando e eu vou ficando cada vez, mais triste
   - Eu não te culpo por odiar o natal, mas confie. Tenha esperança de que ela esteja bem onde quer que esteja e confie que ela nunca te esquecerá. Ela pode encontrar outra pessoa, pense que você nunca será um ex para ela, será seu primeiro amor
   - Você tem razão
   - Pense nisso... Eu preciso ir agora. Prometo voltar, junto com meu esposo Liam
   - Zayn, espera
   Henry foi até uma das paredes e tirou dois de seus desenhos, entregando-lhes para Zayn.
   - Leve. Use isso como uma forma de se lembrar de mim, mesmo que nunca mais volte
   - Você não precisa ter tanto medo de ser esquecido, Henry
   - Tudo bem, então use para decorar sua casa
   - Como desejar... Bom, eu voltarei assim que possível. Prometo
   - Acredito em você
   Zayn beijou a testa de Henry e foi embora, encontrando Liam, procurando-o.
   - Me procurando, amor?
   - Sim, você sumiu
   - Desculpa... Como foi com as crianças?
   - Divertido, mas não me apeguei a elas, e me culpo por isso
   - Você precisa conhecer Henry... Veja esses desenhos, são dele
   - São lindos!
   - Eu sei, podemos votar semana que vem?
   - Claro! Mas, agora, vou leva-lo para jantar- Beijaram-se brevemente
   Quando saíram de lá, já estava escurecendo.
   As luzes natalinas estavam maravilhosamente espalhadas pela cidade.
   O jantar foi alegre e romântico. A felicidade dos dois era clara como água cristalina e perceptível a quilômetros de distância.