História Meu Vizinho É Um Alien - Educação Física

Faziam exatos quinze minutos desde a hora que eu havia acordado aquela manhã e continuava na mesma posição, deitada de barriga para cima, olhando pro teto como se fosse o mais interessante ponto a se observar, porém lembrando de cada detalhe do dia anterior e poderia sentir minhas bochechas arderem só de pensar no que teria acontecido.  

Eu já estava atrasada mas por alguma razão não conseguia sair dali, não queria me levantar. Estava aflita e ansiosa, já que teria de encarar o dono dos pensamentos que me deixavam dessa forma.

Respirei fundo e finalmente tomei a coragem para me levantar do meu ninho de amor, digo, cama e me arrumar pra enfrentar meus demônios.

[...]

- “Nossa, hoje a sua cara de “The Walking Dead” tá pior que nunca ein. O quê aconteceu?” – Marina me perguntava com a sobrancelha arqueada enquanto eu mantinha meus olhos fechados, sentada na carteira e de braços cruzados. Suspirei e ia começar a contar o que havia acontecido quando ela me cortou. – “E por falar nisso, a senhorita não me disse o que houve ontem para estar tão vermelha quando cheguei naquela sala.” – sorriu maliciosa, me olhando desconfiada.

- “Vou contar se você me deixar falar né?” – falei ríspida.

- “É, você realmente não tá legal hoje. Estou ansiosa pra saber o porquê dessa grosseria toda. Conta logo.” – me repreendeu. A retribuí com meu olhar fulminante de sempre e continuei.

- “Ontem. Quase-beijo. Alien.” – falei pausadamente e em códigos, esperando que ela entendesse. Não estava afim de mover um músculo sequer aquela manhã.

- “QUE? Para de falar assim e desembucha, Alice!” – falou irritada, me dando um tapa no ombro.

- “TÁ BOM!!” – respirei fundo e continuei – “Ontem eu e o alien fomos para o laboratório fazer as pesquisas, essa parte você sabe... Mas ele estava em um eterno silêncio, por isso eu o instiguei a falar... E ESSE FOI O PROBLEMA. ELE RESOLVEU REALMENTE FALAR!” – falei nervosa - “Ele disse que eu o intimido pela minha beleza, ficou me encarando, mexeu no meu cabelo E estava a um dedinho de me beijar ATÉ QUE A MINHA MARAVILHOSA AMIGA RESOLVE ME MANDAR UMA MENSAGEM BEM NA HORA DO “VAMOS VER”.” – Exclamei, cuspindo as palavras e assassinando-a com o olhar.

Marina arregalou os olhos e não pode conter seu queixo completamente caído pelo que acabara de ouvir.

- “ESPERA UM POUCO AÍ. ELE ESTAVA A UM DEDINHO DE QUE?!” – gritou ainda de olhos arregalados.

- “Isso mesmo que você ouviu, fada. O gostoso do meu vizinho esquisito ia me beijar. Até um certo alguém estragar o momento.” – falei encarando-a com os olhos semicerrados, emanando discórdia.

- “COMO ASSIM?! EU NÃO ACREDITO QUE JÁ ESTÁ NESSE NÍVEL! VOCÊ JÁ TÁ COM ELE NA PALMA DA SUA MÃO E EU AQUI PASTANDO ESPERANDO AQUELA BELDADE FAZER ALGUMA COISA!!” – Falou batendo o pé no chão e estendendo os braços para cima. – “E ainda por cima estragando o seu momento.” – choramingou.

- “Deixa pra lá. Foi até melhor, porque eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse me chamado. Eu provavelmente não teria mais consciência.” – falei fazendo bico. Ela concordou.

Marina me conhece tão bem a ponto de saber que eu sou tarada o suficiente para não saber mais me controlar se ele me beijasse. Afinal, ela é exatamente igual a eu. Esses coreanos pensam que me enganam com esse olhar pequenininho e fofinho mas sei bem que, assim como a Marina, tem muitos pervertidos por aí.

“Ai meu Deus... Será que o alien é um deles? Acho que vou ter que descobrir né?” – sorri maliciosamente com meus próprios pensamentos.

[...]

             A aula estaria insuportável se não fosse pelo fato de que eu me sentia cada vez mais violada pelo olhar de Taehyung, assim como no dia que nos conhecemos na porta da minha casa.

Ele mantinha seu olhar fixo sobre mim e quando eu o retribuía da mesma forma, ele sorria malicioso e mordia os lábios, como se estivesse me dando um sinal de que ansiava por algo. Tal ato me fazia desviar a atenção para outro lado, para que eu não babasse ali mesmo.

“MÃE DE DEUS, ME AJUDA. EU NÃO VOU AGUENTAR MAIS MUITO TEMPO COM ESSE MENINO ME COMENDO COM OS OLHOS.”

- “Marina, ele não para de me secar. Eu to ficando tonta. Já está mais do que na cara que ele quer meu corpo nu!” – cutuquei o braço dela e sussurrei em seu ouvido.

- “E também já está mais do que óbvio que você também quer o dele. Use da mesma arma que ele! Arruma esse decote e cruza as pernas.” – respondeu baixo, dizendo para também provocá-lo.

Senti minhas bochechas arderem levemente e fiz como a mesma me instruiu. Ajeitei o sutiã e a gola da camiseta do uniforme disfarçadamente, fazendo com que meu busto ficasse mais volumoso, e cruzei as pernas.

O único detalhe que faltava para finalizar o show era a baba que insistia em querer escorrer da boca de Kim Taehyung, que a mantinha semiaberta, após a minha provocante investida.

- “Se eu fosse você, eu faria alguma coisa pro gostoso do Jungkook também te notar. Você ta comendo muita mosca. Aproveita que ele tá sentado pertinho de você.” – sussurrei, dando um aviso para que Marina acordasse para a vida.

A mesma fez uma cara pensativa e fez o mesmo que eu, marcando seu busto. Em seguida cutucou Jungkook pelo braço e pediu uma caneta emprestada enquanto mordia os lábios o encarando.

Jungkook engoliu seco e tentou desviar seus olhos de onde Marina havia arrumado sua camiseta anteriormente, pigarreando e voltando para sua mesa à busca de uma caneta. Minha amiga rapidamente virou seu rosto para mim, dando uma piscadela de olho e se voltando para o menino. – “Garota sacana. Essa aí deve ser mais perigosa que eu. Biscoitinho que se cuide.” – pensei, soltando uma risada abafada.

Marina recebeu a caneta, enquanto o irmão mais novo ainda mantinha seu olhar sobre si. Sorriu, agradecendo-lhe e retribuindo o favor com outra piscadela para o mesmo.

- “Ainda acha que estou comendo mosca?” – falou de forma desafiadora a mim. – “Sei me virar, miga.” – sorriu me mandando um beijo.

- “Ok, depois dessa não duvido mais de você. E tenho uma leve sensação de que vamos nos divertir muito ainda.” – ri lembrando da cara de bobo de Jungkook.

Ouvimos o sinal avisando o término da aula e ao nos prepararmos para nos levantar, escutamos batidas na porta da sala. Era a professora de Educação Física.

- “Bom dia, alunos. Vim apenas para lhes dar um rápido aviso de que teremos a nossa aula de hoje mais cedo, já que a professora de Química não virá. Portanto, teremos duas aulas. Preparem-se pois hoje faremos um aulão.” – avisou saindo da sala logo depois.

Bufei. Hoje o dia seria cansativo.

[...]

Já estávamos com nossas roupas de ginástica e reunidos na quadra externa para que a professora nos desse a instruções da aula.

- “Bom, os dividiremos entre meninas e meninos. Os meninos farão este percurso por toda a extensão da quadra, para que possamos aumentar suas condições físicas, fazendo uma prova de resistência.” – disse ela apontando para os obstáculos que estavam arrumados como se fossem para um treinamento militar.

Todos presentes bufavam e reclamavam. Taehyung e Jungkook obtinham um olhar cansado e insatisfeito em suas faces.

- “Querem que eu aumente os obstáculos? Não será problema nenhum para mim.” – falou cruzando os braços, impaciente. Sendo respondida por todos negativamente. – “Então parem de reclamar e vamos ao trabalho.” – continuou – “Meninas, vocês ficarão no vôlei e na corrida. Veremos como estão se saindo.” – falou finalmente.

- “Ai cara, todo castigo é pouco nesse lugar né? Devo ter jogado pedra na cruz. Uma rocha, na verdade.” – falei resmungando com Marina.

- “Nem me fala. Se não fosse pela imagem abençoada desses dois de roupa de ginástica, esse treinamento todo seria um belo pesadelo.” – ela disse apontado para o alien e Jungkook, que estavam se alongando.

 “MEU PAI DO CÉU. QUE CORPO É ESSE, JUNGKOOK?? DEUS TE ABENÇOE, MEU FILHO, POR QUE OLHA... TÁ DE PARABÉNS EIN.” – aplaudi em pensamentos.

- “Eu to é de boca aberta com a saúde do seu biscoito ein, Marina. Cuidado que já tem urubu por perto.” – falei tendo a visão da Suzy os rodeando.

- “Essa piranha vai perder aquilo que ela chama de cabelo, se ficar se engraçando pro lado do Jungkook.” – falou com fogo nos olhos. – “Aquele gostoso... Nossa, põe saúde nisso cara. Olha essas pernas, Alice!!” – exclamou de boca aberta.

- “Esses garotos vão acabar com a nossa sanidade! E eu to louca pra descobrir o que aquele alien carrega debaixo dessas roupas.” – falei mordendo os lábios, atenta a cada movimento do mesmo.

Pude notar Suzy andando em nossa direção com um sorriso sínico no rosto.

- “Opa, alerta de piranha na área.” – Marina cantarola, revirando os olhos.

- “Olá, Merdinha Um e Merdinha Dois! Estão gostando da visão dos bonitinhos ali? É uma pena saber que os dois vão cair por mim rapidinho... Olha só pra vocês, não chamam atenção nem de pedreiro. Saibam que eles só são legais com vocês por pena.” – Suzy fala com ar de deboche, gargalhando em seguida.

- “Engraçado, não lembro de ter perguntado nada a você, Patati... ou será Patatá? Tanto faz né. Além de estar sempre com essa tinta guache no rosto, você sabe como fazer os outros rirem, não é mesmo?” – falei retribuindo seu ar de deboche. – “Mete o pé, praga.” – disse ríspida, voltando com o olhar sério no rosto.

- “Me aguarde, Alice. Você ainda vai se ver comigo.” – Finalizou Suzy indo embora e me fazendo revirar os olhos.

- “Haja paciência ein. Parece até coisa de Jardim de Infância, essa garota não cresce.” – Marina disse rindo da minha carranca.

[...]

O treino havia passado relativamente devagar, já que o nosso sofrimento parecia nunca ter fim.

 “Aquilo não é uma professora, ela é o diabo em pessoa. Credo. Nunca pensei que iria passar tanto tempo correndo e pulando.” – pensei exausta, acabando de me arrumar para sair do vestiário.

- “Eu juro pra você, que não sei como eu consegui me segurar pra não atacar o Jungkook, vendo ele correr com aquelas pernas grossas que... Nossa, ta quente aqui já né?” – falou Marina se abanando, me fazendo gargalhar de suas reações espontâneas em relação ao irmão gostoso do alien.

Falando nele, Taehyung é o tipo de cara que não aparenta ter um porte muito musculoso e definido, mas o vendo daquela forma, enquanto fazia os exercícios físicos... aquilo o deixava ridiculamente sexy. Seus fios molhados devido ao suor estavam realmente me deixando tonta de desejo.

- “Ei, você! Alice, venha até aqui por favor!” – me chamou a professora, fazendo sinal par que eu viesse até ela na quadra.

 “Ai não... O que foi que eu fiz dessa vez?” – pensei já irritada.

Avisei a Marina para que fosse andando que já a alcançaria e corri até onde a diaba se encontrava.

- “Oi, professora! Precisa de algo?” – perguntei já suando frio.

- “Preciso que leve essas bolsas ao vestiário masculino, por favor. E não se preocupe, todos os meninos já terminaram de se arrumar e foram embora.” – falou como se previsse o que eu diria e me entregou as bolsas. – “É só colocá-las nas prateleiras.”

- “Sim senhora.” – arrumei as bolsas ~ que estavam muito pesadas por sinal ~ nos ombros e me dirigi para o vestiário.

Não que eu tenha problema em ver homens nus e tal, ÓBVIO que não ~ risada maléfica ~ O problema é ser paga de pervertida por atender a um pedido de uma professora inocentemente.

Adentrei o local cautelosamente para me certificar de que não havia ninguém e fui a procura das prateleiras – “Nossa, o nosso vestiário não é grande assim.” – pensava até encontrar o lugar onde deveriam ser alocadas as bolsas.

 “Que ótimo. Sério que só a última tem lugar? A mais alta de todas? Essa mulher só pode estar de brincadeira com a minha cara.” – reclamei em pensamento e me estiquei, ficando nas pontas dos pés para alcançar e colocar as bolsas em seu devido lugar.

Ainda estava tentado concluir a minha luta com as bolsas até sentir algo molhado em minhas costas, me fazendo paralisar na mesma hora. Logo um braço se passa pelo meu, colocando finalmente as bolsas na prateleira.

Tentei me mover para poder ver quem era, mas fui impedida pelo seu outro braço, me prendendo contra a estante, ficando de costas para a pessoa que continuava atrás de mim.

- “Ora... mas o que é que a senhorita anda fazendo pelos vestiários masculinos, dona Alice?” – uma voz rouca soou em meu ouvido, a voz que eu mais temia no momento. Uma voz grave, sexy e completamente coberta de malícia, eriçando todos os pelos da minha nuca com seu hálito.

Senti minhas pernas fraquejarem e meu coração saltitar dentro do peito. Minhas bochechas tornaram-se vermelhas automaticamente imaginando como o dono da voz estaria. Ele estaria... nu?

 “OS DEUSES REALMENTE DEVEM ESTAR ME TESTANDO OU ME MANDANDO UM BRINDE. PORQUE SABEM QUE EU NÃO VOU ME AGUENTAR. SÓ PODEM ESTAR DE BRINCADEIRA COM A MINHA SANIDADE.”

- “T-Taehyung...  o quê ainda está fazendo aq-qui? A professora disse que não teria mais ninguém aqui e me pediu para trazer essas bolsas.” – falei no mesmo tom, gaguejando, ainda tentando manter o controle e me mover para poder olhá-lo, não obtendo sucesso.

- “Hm... Sabe, aquilo que você estava fazendo na sala mais cedo foi covardia. Você não tem noção do que fez comigo.” – sussurrou extremamente sexy, passando seus lábios levemente na pele do meu pescoço, arrepiando-me ainda mais. Não podendo me conter soltei um gemido abafado que insistiu em sair.

- “O-o que eu estava fazendo? E o q-que eu fiz com você?” – questionei com a voz mole, ainda tentando ficar de pé, o instigando a falar.

Uma de suas mãos foi para a minha cintura, finalmente me virando para vê-lo, ainda mantendo-me encostada na estante.

 “JESUS, MARIA, JOSÉ. ALGUÉM, PELO AMOR DE TUDO QUE É MAIS SAGRADO, ME TIRA DAQUI!! A BESTA VAI SAIR DE MIM!!!” – chorava em meus pensamentos.

ELE . ESTÁ . APENAS . COM . UMA . TOALHA . NA . CINTURAAAAAAAAAAAA !!!!!

E como se não bastasse ele estava todo molhado do banho, com as gotas d´água escorrendo pelo seu corpo. Seu rosto estava a um milímetro do meu e seus olhos, cobertos de luxúria, acompanhavam cada movimento e detalhe meu.     

Engravidei instantaneamente em pensamento.

Mordi os lábios com tal cena, com a intenção de também provocá-lo, voltando sua atenção para os mesmos.

- “Não é todo dia que uma garota te provoca dentro da sala de aula, ainda mais sabendo que você não vai poder fazer nada.” – falou em meu ouvido, fazendo-me engolir seco. – “E além disso tudo ter que lutar contra meus demônios ao ver você com esse short tão curto e justo... Tem noção do que você está fazendo comigo, Alice?” – se afastou rapidamente e me olhou de cima a baixo, mordendo os lábios, seguido de um sinal negativo com a cabeça, voltando a me imprensar na estante.

Nesse momento pude ver seu corpo definido que ficava escondido pelas suas roupas. Seu abdômen trincado, ombros largos e um último detalhe que me fez arrepiar. Sua região pélvica, marcada em “V”, a mostra devido a toalha que o mesmo carregava relativamente baixa na cintura, com as gotas d´água escorrendo para dentro do tecido, aumentando ainda mais meu desejo.

Esse foi meu auge. Não aguentaria mais um minuto ouvindo o que Taehyung dizia sem fazer nada.

- “Só vou saber se você me disser, Taehyung. Me mostra.” – sussurrei de volta em seu ouvido de forma sedutora, desafiando-o e retribuindo seu olhar coberto de desejo.

- “Você não sabe com o que está brincando, menina.” – avisou-me.

- “Eu pago pra ver.” – concluí baixo, mordiscando sua orelha. Taehyung soltou um gemido abafado, mordendo os lábios.

Como uma faísca acendendo o fogo, meu último comentário foi o suficiente para levá-lo a loucura.

Taehyung apertou sua mão contra minha cintura colando-me ao seu corpo, para aproximar ainda mais seu rosto do meu. Roçou seus lábios nos meus, para dar início a um beijo feroz e faminto. Sua língua explorava cada mínimo canto da minha boca, como se sua vida dependesse daquilo. Dava leves mordiscadas em sua boca, fazendo-o soltar um gemido.

Levei meus braços ao redor de seu pescoço para poder acariciar seus cabelos ainda molhados, deixando o beijo ainda mais delicioso.

Taehyung passava suas mãos por toda a extensão do meu corpo, massageando minha cintura e minha coxa, após levantá-la para poder acariciá-la, prendendo-me ainda mais a si ~ se é que era possível ~. Ele possuía um gosto de menta em sua boca, extremamente saboroso.        

Me levantou pelas duas pernas, encaixando-me em seu quadril, aprofundando o beijo e para continuar com as carícias em minha pele, passando as mãos em minha bunda.

Soltei um gemido ao senti-lo beijando meu pescoço e mordiscando minha orelha.

Ele estava me levando a loucura. A cada minuto que passava eu o desejava mais e mais.

Taehyung levou sua mão para dentro da minha blusa, provocando-me a cada toque.

- “Sabe o quanto eu me segurei para não fazer isso desde que te vi pela primeira vez? Não gostei nada de ter sido interrompido naquele laboratório. Nunca vi uma garota ruiva tão gostosa e linda como você.” – falou ofegante, tentando recuperar o fôlego.

- “Você-...” – ia falar quando fui interrompida pelo barulho da porta do vestiário sendo aberta – “Taehyung, se esconde! Rápido!!” – falei baixo para que não nos ouvissem.

O alien correu para dentro de um dos boxes e se escondeu.

- “Por quê toda essa demora, senhorita Alice? Não conseguiu encontrar a estante?” – era a diaba, digo, professora de Educação Física.

- “Não, senhora. É que, como a senhora pode ver, a única prateleira vaga era a última, portanto tive que encontrar algum jeito de alcançá-la.” – expliquei rapidamente, tentando disfarçar o nervosismo.

- “Hm. Então vamos logo, já tocou o sinal e está liberada.” – avisou-me, segurando a porta para que eu passasse primeiro.

Dei uma última olhada para trás, para me certificar de que Taehyung ainda estava escondido e fui embora, em direção a saída.

EU SIMPLESMENTE NÃO CONSEGUIA ACREDITAR NA LOUCURA QUE HAVIA ACABADO DE ACONTECER.

EU ESTAVA LITERALMENTE ME COMENDO COM O ALIEN DENTRO DO VESTIÁRIO MASCULINO.

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