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História Meus amigos não me amam como você. - Posso te abraçar?


Escrita por: belindababy

Capítulo 29 - Posso te abraçar?


Fanfic / Fanfiction Meus amigos não me amam como você. - Posso te abraçar?

POV: Maegi

 

Mesmo dia, 15h.

 

Chegando em casa fui recebida por minha mãe, que logo notou minha expressão fechada, eu disse que precisava ficar sozinha e esperava que ela entendesse, ela assentiu e eu fui até meu quarto e me tranquei.

Coloquei minhas coisas no chão e só me joguei na minha cama. Fiquei instantes em silêncio até cochilar.

Acordei e o relógio do celular marcava 16h30, levantei e tomei banho, vesti um pijama confortável e arrumei minhas coisas no lugar, separando as lembranças que comprei pra mostrar pra minha mãe e meu pai. Depois de arrumar tudo, peguei meu celular, haviam duas chamadas perdidas do Armin. Suspirei e retornei as ligações, após dois bips ele atendeu.

- Maegi? - ele pareceu surpreso.

- Oi. Me ligou?

- Sim. - ficamos uns segundos em silêncio. - Eu ainda quero conversar.

- Eu imaginei. - suspirei. - eu só preciso de um tempo pra pensar bem em tudo, ok? Eu sinto muito pela maneira que agi.

- Tudo bem, eu sei que mereci. Eu espero, pode me ligar assim que estiver pronta, estarei esperando.

- Ok. - ficamos novamente em silêncio e eu desliguei a ligação.

Não consigo não ser fria nesse momento, sempre fui assim, se alguém me decepciona, eu fico fria, não demonstro nada e fico sempre emburrada. Atitude nada madura, eu sei, mas não consigo evitar.

Quando meu pai chegou, desci e mostrei a eles as lembrancinhas, comprei um chapéu de praia pra minha mãe e um óculos de sol pro meu pai, eles pareciam animados e orgulhosos, mas minha mãe não tirava o olhar preocupado de cima de mim, no fundo ela me conhece e sabe que tem algo errado. Tentei ao máximo aproveitar o momento com eles, já que me mudo daqui uns dias.

 

--

 

Alguns dias se passaram e neles eu aproveitei pra cuidar de mim mesma, mudei meu corte de cabelo, que antes era liso escorrido com uma franja, e agora estou ainda de franja e com o cabelo levemente ondulado e repicado - e mais claro. Tive minha mudança aprovada por Rosalya e Alexy. Não, minha amizade com ele não mudou e nem tinha porque mudar, ele vai ser pra sempre meu melhor amigo gay, algo que toda menina deveria ter.

Nesses dias também senti falta da Lety, ela voltou pra nossa cidade natal pra passar o resto das férias com os pais, mas a verei antes de viajar, e isso me consola. Também me aproximei bastante do Kentin, confesso que era bom tê-lo por perto, com esse instinto protetor dele, sempre prestativo, mas sempre deixando claro que não quero iludi-lo.

O Armin realmente respeitou meu espaço, não me ligou e nem mandou recado nenhum pelo Alexy, mas o azulado sempre me diz que Armin não para de perguntar como eu estou. Solto um sorriso toda vez que penso nisso, não posso evitar.

Um dia desses minha mãe me levou ao shopping e passamos um ótimo momento juntas, fomos ao cinema e depois fizemos compras, ela quase chorou enquanto comprávamos roupas pra eu usar na Inglaterra, realmente não imagino viver sem ela, viver sem meus pais, meus amigos… Enfim.

 

--

 

Faltam cinco dias pra minha viagem.

Castiel deu a ideia de fazermos um bota-fora pra mim no final de semana, já que viajo na segunda de manhã.

Todos os meus amigos estavam ocupados organizando a festa e não me deixaram fazer nada além de esperar. E eu finalmente decidir fazer o que não poderia mais ser adiado: liguei pro Armin.

- Alô? Maegi? - ele parecia feliz e surpreso.

- Oi, acho que quero conversar. - Acabei soltando uma risada fraca.

- Onde?

- Na praça, você sabe qual banco.

- Ok.

Em seguida, desligamos e eu fui me vestir. Coloquei uma bermuda jeans, uma regata e uma jaqueta, sai do prédio e segui até a praça e ele já estava lá, sentado de cabeça baixa no “nosso banco”.

- Oi. - ele levantou o rosto e me encarou.

- Oi. - ele sorriu de lado. - Como você está?

- Ansiosa. - tentei manter um bom tom de voz, estou meio nervosa e com medo.

- Quando é a viagem? - ele sorriu novamente.

- Segunda-feira.

Oh, legal. - o sorriso dele sumiu. - O que você queria conversar?

- Na verdade eu quero te ouvir. Não fiz isso antes e não queria viajar com nada pendente.

 

POV: Armin.

 

- Tudo começou na nossa antiga cidade, eu já tinha ouvido falar no barraco que teve com o Dake, que uma garota o humilhou na frente de todos e etc. Mas nunca tive interesse em saber quem era. Então eu comecei a procurar por meus pais biológicos, e ele soube disso, não sei como. Então meus pais arranjaram um emprego em Paris e tivemos que nos mudar, Dake também ficou sabendo e me propôs o trato. Que eu te iludisse. - fiz uma pausa e a encarei, ela estava séria e parecia estar quase chorando, mas fez um sinal de que eu podia continuar - E em troca ele me daria dinheiro, o dinheiro com o qual eu pagava o detetive particular, lembra que mencionei ele pra você? - ela assentiu. - Pois é. Mas então, até aquele dia no show, tudo aquilo era parte do plano, até que eu te beijei. - fiz uma pausa, lembrando-me do momento. - Depois daquilo o meu sentimento por você cresceu de uma forma que não consigo explicar. E então, depois da nossa viagem até a pousada, eu fingi que estava doente e matei aula, pra resolver tudo, conversei com o detetive e depois encontrei com o Dake, cancelando tudo. - baixei meu rosto e passei a encarar minhas mãos - Ele disse que eu havia cometido um grande erro ao me apaixonar por você e eu disse que não ligava. E então ele começou a insistir nessa história de você voltar pra ele e etc. E o resto você já sabe. - olhei novamente pra ela e vi uma lágrima escorrer do seu olho esquerdo. Ficamos em silêncio enquanto ela limpava as lágrimas. - Eu espero que você não me afaste.

- Armin, eu não sei. - ela suspirou - Eu preciso focar em mim, eu te amei, amo, sei lá. Mas eu vou me mudar, estaremos em países diferentes, daqui a pouco você vai pros Estados Unidos estudar, e eu estarei em Cambridge daqui uns dias. Eu te perdôo, não poderia sair do país sem te perdoar. Mas nada sobre nós dois parece certo. Não mais. - ela olhou pra uma criança que brincava perto de nós e sorriu. - Eu sinto muito.

Ao mesmo tempo que essas palavras dela me feriam, elas também cicatrizavam minha outra ferida.

- Posso te abraçar? - perguntei.

- Pode. - e então eu me aproximei dela e a abracei. Senti o cheiro do perfume que ela usava, não sei dizer como era, só sei que cheirava bem. Ao nos separarmos, nossos rostos ficaram muito próximos, nos olhamos por alguns segundos, eu alternava meu olhar entre o rosto e a boca dela. Ela percebeu e se afastou. - Vai pra minha festa de despedida?

- Alexy comentou comigo, mas eu não sei se sou bem vindo. Kentin vai querer me matar se eu for.

- Não vai não. Eu estou convidando você. - e ela sorriu. - Tenho que ir.

- Eu te levo, tô de carro. - levantamos e eu a guiei, pegando-a pela cintura, até meu carro.

Seguimos o caminho em silêncio no carro, cheguei na frente do prédio dela. Ela se despediu de mim, abraçando-me de novo, e saiu do carro. Fiquei parado vendo-a entrar, depois encostei meu rosto no volante, lembrando de cada palavra que ela me disse. Pelo menos eu poderia ser amigo dela, isso já é lucro pra mim.


Notas Finais


Foi um capítulo pequeno e sem muita coisa. Espero que tenham gostado.

Novo cabelo da Maegi ~ https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/97/f0/d6/97f0d6a7851e8912fa3b866ad5e99c95.jpg

~Xoxo mamãe ama vcs ♥


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