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História Meus amigos não me amam como você. - Mharessa


Escrita por: belindababy

Capítulo 57 - Mharessa


Fanfic / Fanfiction Meus amigos não me amam como você. - Mharessa

POV: Armin

Paris, 18 de outubro de 2021

 

Hoje é o grande dia.

Vou até a delegacia levar meu currículo para ser perito criminal. Ou me informar sobre o processo seletivo, ainda não sei muito bem.

Tomei banho rapidamente, coloquei minha melhor roupa: calça jeans, blusa social preta e tênis preto. Tomei meu café e segui até a delegacia.

Estacionei o carro e entrei no estabelecimento.  Fui até a recepção e a recepcionista me disse para aguardar que a delegada iria me atender.

Alguns minutos depois, a delegada manda chamar por mim e eu vou até a sua sala.

 

- Sente-se senhor Soft. Chamo-me Louise Courtney. Desculpe a demora, estou aqui com a minha filha. - ela apontou para a menininha loira sentada em um sofá que havia ao lado da porta. - Mharessa, diga oi ao senhor Soft.

- Olá. - a menina acenou.

- Olá, Mharessa. - respondo sorrindo, que menina fofa.

- Então, Armin. - ela suspirou. - O que te traz aqui?

- Senhora Louise, se quiser posso voltar outra hora. Algum problema que eu possa ajudar?

- Pode me chamar de Louise. Eu apenas estou preocupada com ela. Desde que me divorciei do pai dela, ela não fala muito, não brinca muito, apenas fica isolada de todos nós. E eu não sei o que fazer. - ela limpou uma lágrima que caiu em seu rosto. - desculpe, Armin. Diga o que deseja.

- Não se preocupe com isso. Tenho uma amiga que é psicóloga, o nome dela é Maegi Hills. Eu não tenho nenhum cartão agora, mas se a senhora procurar na internet, achará o endereço do consultório dela aqui em Paris. Sua filha estará em boas mãos. - anotei o nome da Maegi em um papel e dei a ela.

- Certo, obrigada.

- Agora indo ao assunto, eu tenho muito interesse em atuar como perito criminal. A senhora pode me ajudar? Tenho aqui meu currículo - entreguei a ela.

- Uau, você quer largar um emprego na Google para ser policial?

- É o meu sonho. Não sei porque, é como se estivesse no meu sangue. - eu sorri.

- Ah, eu entendo! Me senti exatamente assim quando escolhi minha profissão. Se importa de começar hoje, senhor perito criminal? - ela sorriu e eu abri o.maior sorriso do mundo.

- Sério? Meu Deus! Obrigada! - levantamos juntos, ela estendeu a mão para mim mas eu rodeei a mesa e a abracei.

 

Ok, ela deve estar pensando que eu sou maluco. Mas algo dentro de mim me disse “abrace-a, abrace-a”, e assim o fiz. E que abraço confortável, hein? Parece abraço de mãe.

 

- Me desculpe. - a soltei do abraço e ela sorriu assustada.

- Tudo bem. - ela pegou o telefone - Mary? Você pode providenciar uma sala para o senhor Soft? Ele é o nosso novo perito. Aham, obrigada. - ela desligou o telefone. - Pronto, Mary lhe levará até sua sala. Agora irei atrás da sua amiga Maegi. Muito obrigada, Armin.

- Eu que agradeço. Sua filha estará em boas mãos. - apertamos nossas mãos e eu fui até Mary, que me indicou minha sala.

 

Minha sala é espaçosa, há uma estante de livros, uma mesa, uma cadeira e um computador. Há também alguns aparelhos de perícia e ferramentas. Não vejo a hora de começar o trabalho.

 

POV: Maegi

 

Mais um dia de trabalho no consultório.

Cheguei por volta das 9 horas, junto de Henry e já encontrei Leona em sua sala. Conversamos um pouco, até que minha secretária me chamou para atender um caso especial na recepção.

 

- Olá. - falei assim que sai do consultório da Leona. Encontrando uma mulher loira de costas ao lado de uma criança.

- Olá. Oh céus, é você! - A mulher falou, só então a reconheci, era a mesma delegada que me atendeu no dia que o Dake me atacou.

- Nossa, que mundo pequeno! Vamos até o meu consultório. - as conduzi até lá e sentei na minha cadeira, indicando as cadeiras vazias na minha frente para elas se sentarem.

- Estou muito feliz de ter te encontrado novamente.

- Eu também! Como me achou?

- Armin Soft, ele me indicou o seu nome, disse que minha filha estaria em boas mãos. - QUE?

- O Armin? Vocês se conhecem?

- Ele é o nosso novo perito criminal. Acabei desabafando com ele hoje de manhã e ele me indicou você. Jamais pensei que seria a mesma menina que ajudei anos atrás. Espero que possa me ajudar também.

- Claro. Qual o nome dessa pequena pérola?

- Mharessa. - a menininha respondeu.

- Depois que me divorciei do pai dela, ela passou a ser muito isolada. Estou preocupada. Ela não fala com ninguém e também não come. Não sei o que fazer, Maegi…

- Se acalme. Eu preciso que você marque uma consulta com a minha secretária, tenho que fazer avaliações com a Mharessa, certo?

- Certo. Muito obrigada, Maegi. - levantamos e apertamos as mãos uma da outra.

 

Ela saiu do consultório e voltei a me sentar. Puxa, que coincidência encontrar a Louise assim, nem sabia que ela tinha uma filha. E que menina linda, hein? Muito parecida com a mãe.

Tenho um bom pressentimento sobre ela.

 

(...)

 

Depois de um dia cheio, Henry e eu fomos até um restaurante para jantarmos.

 

- Como foi o dia? - perguntei.

- Cansativo, muitas burocracias pra resolver. E o seu?

- Cansativo, mas tive uma surpresa ainda de manhã.

- Ah é? Diga-me então, adoro surpresas.

- A delegada Louise quer que eu trate da filha dela, Mharessa,uma garotinha loira linda. Lembra que eu te falei daquele meu ex, o Dake… Que ele me atacou perto do ano novo? Pois é, ela cuidou do meu caso, foi super gentil comigo e me ajudou bastante. Agora sinto que finalmente posso retribuir o favor.

- Uau, que legal, princesa! Mas como ela te achou?

- Bem… - suspirei - Armin me indicou para ela. Ele é o novo perito criminal da delegacia.

- Hum. - engoli seco. - Maegi, eu preciso que seja sincera comigo, ok?

- Mas é claro.

- No sábado, no casamento… Você se sentiu balançada, certo?

- …

- Maegi?

- Eu não sei, Henry… Foi tudo uma surpresa, só isso. Eu não esperava encontrar meu ex-namorado naquela noite.

- Certo. Eu apenas peço que seja sincera comigo. Eu te amo.

- Eu também. Claro que serei sincera, não tenha dúvidas disso.

Pagamos a conta e voltamos de carro para o nosso studio. Chegando lá, tomamos banho juntos e passamos a noite deitados assistindo netflix.

 

No dia seguinte...

 

Estou novamente no meu consultório, vi na minha agenda que Louise marcou a consulta com a Mharessa e estou mega ansiosa pra encontrar aquela pequena novamente.

Meu telefone tocou e minha secretária anunciou a chegada dela. Abri a porta do meu consultório e as chamei.

- Olá! - as cumprimentei.

- Olá! - ela se abaixou - Mharessa, filha, vou deixar você aqui com a Maegi, ok? Ela vai cuidar de você. - ela beijou a testa da filha e me olhou - Obrigada! Depois venho buscá-la.

- Então, pequena. - olhei para a barbie em suas mãos - Vejo que você gosta de Barbie, qual o nome dela?

- O nome dela é Barbie. - não pude evitar rir.

- Que nome criativo! - sorte que criança não entende sarcasmo! - Ela tem namorado?

- Não. Amor não existe.

- Não existe? Por que não existe? - sentamos no chão, de pernas cruzadas, uma de frente pra outra.

- Porque se existisse, meus pais estariam na mesma casa. Mas meu pai foi embora porque ele disse que não amava a mamãe. Então o amor não existe. - Caramba, coitadinha.

- Entendi. Então me diga o que você gosta de fazer, conte-me sobre seus amiguinhos, sobre sua escola, conte-me tudo. Pode confiar na tia Maegi, posso te pagar um sorvete mais tarde, o que acha?

- Sorvete? - os olhos dela brilharam - EU AMO SORVETE! - ela me abraçou. Que menina mais fofa.

 

Ela me contou tudo.

Na escola ela tinha uma amiguinha que se mudou e agora ela não fala com mais ninguém. Ela não gosta de ir para a escola, lá se sente sozinha e desprotegida. E quando chega em casa, passa o dia brincando depois de fazer o dever de casa. Não possui primos ou tios, sempre viveu apenas com sua mãe e pai antes da separação, e agora vive apenas com sua mãe Louise.

Pedi para ela desenhar o que lhe viesse em mente, observei seus trejeitos e manias. Ela é uma menina muito especial, apenas está muito deprimida, sente falta do pai e perdeu a fé no amor. Sabe aquela fé que os contos de fada nos proporciona? Pois é, ela perdeu isso. Não sei porque, mas quero muito ajudá-la, sinto como se ela fosse da minha família, uma irmã que nunca tive.


Notas Finais


O que acharam da Mharessa?


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