POV: Maegi
- Maegi? Que surpresa!
Desviei meu olhar do grupo de surfista e olhei na direção em que ouvi a voz me chamar.
Antes não tivesse feito isso.
Lá estava ele, Dake. Com uma bermuda de surfista azul clara, sem camisa e uma prancha ao lado do corpo.
Ver Dake na minha frente outra vez me dá náuseas. Assim que caí na realidade, levantei-me e tentei me afastar, mas fui puxada por ele.
- Ei, não precisa fugir.
- Preciso sim.
- Maegi, me perdoa. Eu… Eu não queria fazer aquilo, eu sei que pode ser tarde demais... -
- Sim, é tarde demais. - tentei me afastar de novo e ele me puxou de volta. - ME SOLTA! - exclamei, fazendo todos ao redor nos olhar, vi Henry se aproximar.
- Algum problema, Maegi? - ele perguntou, encarando Dake.
- Não, cara. - Dake respondeu.
- Eu não perguntei pra você, cara. - Henry pegou na minha cintura e me conduziu de volta para perto do pessoal.
Não tive coragem de olhar para trás, mas senti o peso dos olhares de todos sobre mim. Ao me aproximar dos meus amigos, procurei consolo no abraço da Louise e desabei em lágrimas. Ela sabe pelo que passei, o trauma que foi ser tocada por aquele cara que agora anda solto por aí.
- Quem era esse? - ouvi Jean Louis sussurrar pro Henry.
- Eu não sei, mas a Maegi não parecia estar gostando.
- Dake, esse é o Dake. - ouvi Alexy responder.
- Oh… - Henry se aproximou e me acariciou os cabelos. - Vai ficar tudo bem, já passou.
Após alguns minutos, um vendedor passou e nos vendeu salgados, depois de comer comecei a me sentir melhor e me juntei a Mharessa, que brincava perto da água.
Ela estava desenhando formas na areia, primeiro fiquei apenas a observar.
- Tá, vendo, Tia Maegi?! Desenhei você e o tio Armin! Você é uma princesa e ele é o príncipe.
- Que lindo, Mha! - ri da inocência dela.
- Tia, por que você não casa com o tio Armin?
- Oh - olhei para a carinha dela - porque eu não estou solteira, minha flor.
- É o Henry que não deixa? - ela fez uma careta ao falar o nome dele.
- Não, claro que não. Digamos que sou eu mesma que me proíbo.
- Mas por que? Se o problema for o Henry, pode deixar que eu acabo com ele. - ela começou a mexer suas mãozinhas em movimentos de socos no ar.
- Hahahaha, nada disso! Henry não tem nada a ver, ele é um rapaz muito legal, você devia dar uma chance a ele. Ele sim é um príncipe.
- Então você gosta dele e não do tio Armin?
- Não. Henry é meu amigo. Armin sempre será meu amor.
- Awn! Parece uma princesinha falando! - seus olhos azuis brilham de alegria.
- Que fofa! - a puxei contra meu corpo e a abracei.
- Sua filha, Maegi? - virei e vi Dake novamente parado perto de nós.
- Não! Essa é minha tia Maegi! - Mharessa respondeu, inocentemente.
- Tia? Não sabia que tinha irmãos, Maegi, achei que fosse filha única.
- E sou. Ela é filha de uma amiga. O que fez pensar que ela é minha filha?
- Os olhos dela. Achei que fosse filha sua e do Armin. Onde ele está?
- Não estou namorando o Armin.
- Oh… - ele tentou parecer surpreso - Então aquele cara é seu namorado?
- Não, é meu amigo. - menti. Bem, isso será verdade no futuro.
- Quem é ele? - Mharessa cochichou em meu ouvido.
- Esse é o Dake, Mha.
- Olá! - ele se agachou, ficando na altura dela.
- Oi! - ela acenou, tímida, escondendo-se atrás das minhas pernas.
- Enfim, vamos voltar, Mha. - peguei uma de suas mãozinhas e demos as costas para o loiro.
- Até mais ver, Maegi. - ouvi ele falar.
Voltamos rapidamente para perto do grupo.
- O que ele queria de novo? - Alexy perguntou.
- Ele perguntou se ela era minha filha. Só queria puxar assunto, mas eu o cortei.
- Ótimo. Não dê muito espaço pra ele. - Louise me alertou. - Bem, acho que já vamos, né filha?
- Vamos também, né amor? - JL perguntou.
- Claro, estão de acordo? - Alexy olhou para mim e para o Henry.
- Sim. - respondemos juntos.
Pegamos a estrada novamente, assim que sentei no banco do passageiro, apenas coloquei o cinto de segurança e apaguei.
Acordei com Henry me cutucando, já estávamos no estacionamento do nosso prédio. Entramos no studio e eu larguei minha bolsa no chão e corri até o banheiro para tomar banho, tudo em silêncio.
Henry fez o mesmo, assim que saí.
Vesti um pijama confortável e fui até a cozinha fazer o jantar. Fiz macarronada com bacon, servi e comemos, ainda em silêncio.
Recolhi nossos pratos e lavei a louça, Henry permaneceu parado no banco onde estava sentado, acabei de lavar a louça e apoei meus braços no balcão, de frente para ele e nos encaramos. Ficamos uns segundo assim ate que:
- Podemos conversar? - perguntamos, juntos.
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