História Meus amigos não me amam como você. - Eu preciso disso

POV: Maegi

Depois que assisti Henry saindo do apartamento, fiquei uns instantes parada, encarando a saída. É isso, acabou.

Voltei a sentar no sofá e passei a encarar o nada.

Nenhuma lágrima, apenas alívio.

Como pude ficar tanto tempo assim com alguém que não amo? Céus, como eu pude iludi-lo desse jeito?

Céus… Passo as mãos em meu cabelo, levanto e sigo até a cama, perto dela estava o meu celular com a tela acesa, é uma ligação da minha mãe:

- Alô? Mãe? - perguntei ao atender.

- Oi filha? Aconteceu alguma coisa?

- Como você sabe?

- Não sei, eu apenas senti que tinha que te ligar. Henry está com você?

- Não, mãe… - suspirei - Nós terminamos.

- Oh, Deus! Estou indo pra sua casa, me aguarde! - ela não me deixou responder e desligou o telefone.

Suspirei novamente e fui até o banheiro, lavei meu rosto e voltei para a minha cama, encarando o teto até ouvir a campainha tocar, levantei e fui até a porta e minha mãe entrou já me abraçando.

- Oh, filha! Como você está?

- Oi mamãe, eu estou bem. - dei tapinhas em suas costas.

- Você terminou um noivado e está bem? Maegi! Quem é você?

- Mãe, não é exatamente assim que funciona. Vem, vamos sentar. - caminhamos para o sofá e sentamos uma de frente para a outra.

- Diga-me o que houve.

- Mãe, Henry e eu… Sabe, não era mais a mesma coisa… Desde o casamento da Rosa.

- Mas por que? - ela está realmente confusa. - Ele fez algo lá?

- Não. Henry não fez nada. Fui eu.

- Maegi! - ela arregalou os olhos.

- Não, mãe, eu não o traí! Não pense isso!

- Então eu não sei o que pensar.

- Mãe, apenas me escute. - ela assentiu - Na recepção, depois da cerimônia, encontrei o Armin. - ela arqueou as sobrancelhas - E nós nos reaproximamos desde então, e meus sentimentos ficaram confusos, no começo, mas então eu percebi que nunca o esqueci, que nunca amei o Henry… E então hoje nós conversamos e decidimos nos separar.

- Mas Maegi, o Henry era tão gentil, tão doce, tão apaixonado por você… E o Armin apenas mentiu e te tratou mal… Não entendo. O que ele disse sobre a carta que ele ignorou?

- Ele disse que nunca leu carta alguma… Ele não parecia estar mentindo, estava bem desesperado, inclusive. - joguei-me em seu colo - Mãe, o que eu faço?

- Filha - ela começou a acariciar meus cabelos - eu estou muito surpresa com toda essa situação, mas te apoio no que quer que você decida. Quero que você seja feliz, se sua felicidade é o Armin, então que seja. - ela levantou meu rosto e beijou minha testa, arrancando um sorriso meu.

- Obrigada, mãe. Amo você. - a abracei.

- Amo você também, meu eterno bebê.

Alguns minutos depois minha mãe voltou para casa e então tomei minha decisão, falarei com Armin ainda hoje.

Peguei meu celular e liguei para ele:

- Maegi? Que surpresa!

- Podemos nos ver?

- Claro, estou em uma lanchonete com Alexy e Jean Louis, estamos quase acabando de comer.

- Está de carro?

- Não.

- Então vou te buscar, me passa o endereço por SMS.

- Ok.

Desligamos e fui trocar de roupa, coloquei uma bermuda jeans, uma camiseta vermelha e calcei sandálias. Peguei minha chave do carro e segui para o estacionamento.

Recebi a SMS do Armin com o endereço e fui até lá.

Meu coração bate acelerado, tenho borboletas no estômago, nunca estive tão ansiosa.

Cheguei em frente a lanchonete e buzinei, alguns segundos depois, Armin surgiu e se sentou no banco do carona.

- O que houve? Vai me sequestrar? - ele perguntou, rindo.

- Não. - nós rimos. - Armin - desfiz meu sorriso - Eu quero nos dar uma chance.

- O que?

- Nós podemos ficar juntos.

- Mas e o Henry?

- Henry e eu terminamos.

- Mas o Alexy me disse que ainda hoje vocês estavam na praia.

- É verdade, mas não estávamos bem. Terminamos ainda agora…

- Oh. Pra onde vamos então?

- Pode ser pro seu apartamento?

- Claro. Vamos lá.

Armin me guiou pelas ruas até chegarmos ao prédio dele, estacionei e ainda ficamos dentro do carro alguns instantes.

- Maegi, você tem certeza de que quer ir assim tão rápido?

- Tenho. Precisamos conversar, eu preciso disso.

- Certo. Vamos conversar lá em cima então.

Saímos do carro e fomos até o elevador.

Esperamos alguns segundos e as portas se abriram, ele apertou o 12 que é o seu andar [N/A: ALL STAR <3], e ficamos a esperar. Nos encaramos o tempo todo, até que ele se aproximou de mim rapidamente e disse:

- Que se foda a rapidez, eu preciso disso.

E me beijou.