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História Meus amigos não me amam como você. - Prazer, pai


Escrita por: belindababy

Capítulo 71 - Prazer, pai


Fanfic / Fanfiction Meus amigos não me amam como você. - Prazer, pai

POV: Armin

 

Depois da nossa conversa com a Louise, resolvemos confirmar tudo com exames, no dia seguinte, demos entrada em um exame de DNA, e então soubemos que temos que esperar alguns dias para o resultado sair.

Alexy e eu perguntamos quem seria o nosso pai, mas Louise preferiu nos revelar apenas se fôssemos filhos dela.

Foram longos e agoniantes dias de espera. Nestes dias, segui normalmente meu fluxo de trabalho, a investigação sobre o “roubo” da gravadora do Dake estagnou, estamos reunindo testemunhas para enfim finalizarmos o caso - ou não.

Maegi e eu ainda não nos assumimos publicamente. Quer dizer, eu já contei pra todo mundo, mas ela não sabe. Daqui uns dias será o aniversário dela, e eu quero muito surpreendê-la. Quem ficou muito feliz em saber que voltamos foi o meu amigo ruivo, que, inclusive, está enrolado com a imprensa e seu namoro de mentira com a Débora, Debrah, Diabra, Diabo, enfim, ferre-se o nome dessa garota, eu não a suporto, tenho dó do meu amigo que tem que aguentá-la.

Quem manda ele ser besta, não é? Terminou com a Lety, uma garota linda e bacana, que tinha tudo a ver com ele, e agora tá ai querendo ela de volta, é um bestão mesmo.

Hoje eu estou falando mais do que o normal, não é? Deve ser porque estou muito, muito nervoso.

Alexy, Louise e eu estamos na sala de espera do laboratório onde fizemos o exame, estamos aguardando nossa senha ser chamada.

Louise e Alexy estão de mãos dadas e eu estou ao lado dela, perdido em meus pensamentos e balançando minhas pernas. Em momentos normais, eu estaria bem tranquilo, bem zen, mas esse definitivamente não é um momento normal.

 

- Senha 25. - ouvimos a atendente chamar. Levantei, sentei de frente para ela, assinei alguns papéis e ela finalmente me entregou o resultado. Com o envelope em mãos, voltei para perto da dupla.

- Aqui ou na minha casa? - perguntei.

- Na sua casa. - Louise respondeu.

 

Fizemos o caminho inteiro em silêncio, assim que abri a porta do meu apartamento, Alexy correu para beber água e eu sentei com Louise no sofá. Alguns segundos depois, Alexy sentou conosco.

 

- É agora ou nunca. - ele falou. - Quem abre?

- Eu abro. - ela disse e eu a entreguei o envelope.

 

Suas pequenas mãos tremem de ansiedade. Ela tenta de todos os modos retirar o papel do envelope de forma delicada mas no fim das contas acaba rasgando o envelope. O papel estava dobrado, ela o desdobra devagar e lê o que está escrito. Ao ler, ela abre a boca e põe uma mão em seus lábios, como se não tivesse acreditando no que estava lendo, de repente seus olhos começaram a lagrimar.

 

Positivo. - ela começou a chorar - Meus meninos, vocês são meus filhos! - ela nos agarrou pelo pescoço e nós nos ajoelhamos em sua frente, cada um repousando a cabeça em cada um de seus ombros. - Meus filhos, meus bebês, meus gêmeos. - Sua voz soa trêmula e nervosa, percebe-se que ela mal consegue controlar suas emoções.

 

Mãe.

Agora eu tenho mais uma mãe. Finalmente encontrei minha mãe biológica. É uma sensação que eu não poderei jamais explicar, sinto como houvessem fogos de artifício dentro de mim, sinto minha felicidade escorrer por meus olhos e eu não consigo controlar, e tenho certeza que meu irmão se sente do mesmo jeito.

Nos soltamos do abraço e soltamos um riso. Nossa mãe limpou nossas lágrimas e nos apontou cada lado do sofá para sentarmos novamente ao seu lado.

 

- Meninos, agora nós podemos conversar. - ela respirou fundo e nós assentimos. - Alexy, eu já te contei a história, certo? - ele assentiu - Então eu vou contar como conheci seu pai:

 

POV: Louise

“Eu tinha 15 anos e fui fazer intercâmbio na Inglaterra, e eu fui matriculada em um curso de inglês. Neste curso, havia um monitor, ele ajudava o professor com as aulas e os exercícios. E, com o tempo, acabei por me tornar uma aluna aplicada, e assim fiz amizade com o monitor. Nossa amizade foi tão forte que ele me convidou para sua festa de aniversário. Nessa festa, ele me apresentou a todos os seus amigos, e um deles me chamou a atenção imediatamente, Michael.

Michael era o tipo de adolescente charmoso, com seus olhos azuis e seus cabelos mais claros. Na festa, conversamos e dançamos bastante. Com o passar dos dias, nos aproximamos mais e acabamos namorando.

Em uma certa noite, nosso namoro avançou um passo, se é que me entendem… E nessa noite, vocês foram concebidos. Algumas semanas depois, eu tinha que voltar para a França, minha família havia se mudado e meu intercâmbio estava no final.

Eu abri o jogo com minha família, disse que queria ficar com Michael, na Inglaterra. Minha mãe, Lucrécia, mandou me buscar na mesma hora. Ela não admitia que sua filha fosse criada longe dos bons costumes franceses. E então, fui forçada a deixar Londres e segui direto para a cidade onde vocês foram visitá-la.

Algumas semanas depois de chegar de Londres, comecei a sentir enjôos e  tonturas. E então fui ao médico, que solicitou vários exames, entre eles o exame de gravidez. Na época, eu sequer havia imaginado os riscos de uma relação sem proteção, apenas fui adolescente e me joguei sem pensar. Quando o resultado chegou, minha surpresa fora imediata: eu estava grávida. Como contaria para Lucrécia? O que ela faria comigo?

Lucrécia sempre fora uma mulher clássica, fã número 1 dos bons costumes. Uma filha adolescente grávida? Ela jamais admitiria isso!

Quando ela descobriu, trancou-me em meu quarto, e até o fim da gestação, manteve-me lá para que eu não a envergonhasse em frente a toda a cidade.

Quando comecei a sentir as dores do parto, ela mandou chamar médicos e enfermeiras e vocês nasceram naquela casa, naquele quarto. Ainda me lembro como se fosse ontem, meus dois meninos nasceram às 2 da madrugada.

E desde que fui embora de Londres, não vi ou falei com Michael, em todos esses anos, jamais recebi uma carta ou email. Ele nunca soube de vocês e eu nunca mais soube dele.”

 

POV: Armin

 

- Bem, até um dia desses. - ela completou. - Alguns dias atrás, eu estava em um restaurante com uma amiga e encontrei Michael lá. Na mesma mesa com Maegi, Henry e uma moça bonita de cabelos negros, acredito que seja sua namorada ou esposa.

- Maegi… Henry… Meu Deus. - arregalei meus olhos e arqueei minhas sobrancelhas. - Está falando do professor Michael, o chefe da Maegi!

- Ele mesmo. - Alexy assentiu. - Estou tão chocado quanto você, agora que está tudo confirmado.

 

Permaneci calado.

 

"- (...) então, eu achei o professor Michael bem legal, não é esse bicho de sete cabeças que vocês falaram.

- Não sei o que aconteceu com ele hoje, mas geralmente ele não é tão legal assim.

- Ele ficou me encarando algumas vezes.

- Achei vocês parecidos. Fisicamente.

- Sério? Não achei não. - soltei um riso contido."

 

Agora tudo faz sentido.

Lembrei-me de quando Maegi me disse ainda em Londres que o professor parecia comigo, lembrei também do modo como nos encarávamos, e de como ela disse que ele foi gentil quando eu estava lá.

Levantei e peguei meu celular, discando o número da Maegi em seguida.

 

- Alô, amor? - ela atendeu.

- Anjo, preciso capaz do número do Michael, seu chefe.

- Por que? O que houve? Ah meu Deus! Deu positivo? - ela perguntou como se tivesse adivinhado.

- Sim, deu.

- Meu Deus! - ouvi seu riso de alegria - Parabéns, amor! Vou mandar o número por mensagem. Boa sorte com ele!

- Obrigada, meu anjo.

 

Desliguei e aguardei a mensagem, assim que chegou, disquei o número e entreguei para minha mãe, que me olhou confusa.

 

- O que você quer que eu faça?

- Quero que fale com ele.

- O que? Mas Armin.

- Mãe, fale com ele. Ele precisa saber. - nos encaramos até ouvirmos o som da ligação sendo atendida.

- Alô? Michael? Aqui é Louise. Louise Borgia. - uma pausa - Desculpa ligar assim de repente, mas eu acho que precisamos conversar, pessoalmente. - outra pausa - Sim, claro. Está bem, pode mandar o endereço. Tchau. - ela desligou. - Ele vai mandar o endereço para irmos em seu hotel agora.

 

Aguardamos a mensagem e fomos até o hotel em que ele está hospedado, falamos com a recepcionista e então subimos até sua suíte.

A suíte dele é ampla e dividida em dois cômodos, quarto e sala. Ao me ver, Michael me encarou, como se tentasse me reconhecer de algum lugar.

 

- Meninos, podem nos esperar no quarto? Prefiro conversar a sós com ele.

- Claro. - falamos juntos.

 

POV: Louise

 

Aguardei os meninos entrarem no quarto e encarei Michael. Nos encaramos por segundos e então sorrimos um para o outro.

 

- Quanto tempo, não? - ele disse.

- Pois é… - ele me apontou o sofá e sentamos - Michael, em primeiro lugar eu quero te pedir desculpas. Desculpa aparecer assim do nada, desculpa sumir do nada há 21 anos.

- Louise, eu só espero que exista uma explicação para tudo isso, principalmente para o fato de dois homens estarem no meu quarto agora. - ele falou rindo.

- Certo. - respondi rindo. - Bem, Michael… Quando eu fui embora, eu estava grávida. - ele arregalou os olhos - Grávida de você, Michael.

- Grávida? Mas Louise, por que nunca me disse?

- Eu não podia. Minha mãe me manteve escondida durante toda a gravidez. - contei toda a história para ele. - E então, Michael, aqueles dois homens que estão no seu quarto agora, são nossos filhos.

 

Michael arqueou as sobrancelhas e ficou alguns segundo me encarando. E então me abraçou. Por segundos, senti a nostalgia em meu corpo, abraçá-lo de novo após 21 anos, sentir-me protegida em seus braços novamente, sentir seu corpo colado ao meu… Tudo isso me fez ter as famosas borboletas no estômago novamente, tal qual a Louise com 15 anos.

 

POV: Armin

 

Alexy e eu aguardamos por minutos, sentados na cama dele. Minha sorte é que eu trouxe meu PSP e fiquei jogando, enquanto Alexy twittava alguma coisa.

 

- Meninos, podem vir. - Mamãe nos chamou.

 

Fomos para a sala e encaramos Michael.

 

- Muito prazer, sou Michael, seu pai. - ele estendeu e apertou nossas mãos.

- Prazer, pai. - nos encaramos mais um pouco até que ele abriu seus braços e nós corremos para abraçá-lo. Ele é um pouco mais alto que nós dois. Repousei meu queixo em seu ombro e olhei para nossa mãe, que estava chorando ao ver a cena, ela me olhou e eu acenei para ela se aproximar, e assim ela fez.

 

E então, pela primeira vez, a família estava reunida. Ou quase, falta a pequena Mharessa.

 

Alguns dias depois...

Paris, 10 de Novembro de 2021

 

Finalmente meu irmão e eu vamos apresentar nossos pais biológicos aos nossos pais adotivos. Marcamos um jantar na nossa antiga casa.

 

- Você acha que está bom? -  ouvi Alexy perguntar a Jean Louis.

- Claro, amor. Tudo fica bem em você. - ele ajeitou a gravata do Alexy, que foi em foi até o quarto de nossos pais adotivos. - Céus, me ajudem!

- Nervoso? Maegi me contou seus planos. - murmurei.

- Nervoso? Eu? Imagina, cunhado! Só vou pedir o homem da minha vida em casamento, fora isso, não tem nada demais acontecendo. - ele riu, nervoso.

- Calma, rapaz! - nós rimos e eu peguei em seu ombro - Vai dar tudo certo, tenho certeza disso.

 

E então, Vitória e Arnaud surgiram, mamãe usa um vestido vermelho e meu pai está de terno também. Eu sorrio para eles e eles retribuem, até sermos interrompidos pela campainha.

Fui abrir e Mharessa pulou em meu colo, atrás dela, Louise e MIchael surgiram, cumprimentando a todos. Deixei Mharessa no chão e ela foi cumprimentao Jean e Alexy.

 

- Mãe Vitória, esta é Louise, minha mãe biológica. Mãe Louise, essa é Vitória, minha mãe adotiva.

- Muito obrigada por cuidar tão bem dos nossos meninos. - a loira falou, abraçando a morena.

- Muito obrigada por colocá-los no mundo, esses meninos são minha alegria. - a morena respondeu.

- Pai Arnaud, este é meu pai Michael. Pai Michael, este é meu pai Arnaud. - eles apertaram suas mãos.

 

E então sentamos à mesa, fizemos uma oração e quando íamos nos servir, a campainha toca novamente. Dessa vez sei quem é.

Maegi e eu mantivemos esse segredo dos meus pais adotivos, e resolvi aproveitar a ocasião para anunciar que estamos juntos novamente. Abri a porta e ela está magnífica, vestido preto, salto da cor da pele. Simplesmente maravilhosa. Demos um selinho e eu a conduzi até a mesa de jantar, deixando meus pais adotivos boquiabertos. Vitória levantou e abraçou Maegi, deixando minha namorada quase sem ar.

Depois disso, o jantar ocorreu normalmente. Após terminar, meus pais foram para a sala enquanto Maegi e eu ficamos na cozinha, conversando. Jean Louis havia sumido e Alexy o estava procurando.

 

- Desisto de procurá-lo! - Alexy falou bufando, indo para a sala.

 

Alguns minutos se passaram e Jean Louis surgiu sabe Deus daonde.

 

- Eu preciso comunicar uma coisa. - ele disse, chamando a atenção de todos, Maegi e eu fomos para a sala para ouvir o que ele tinha a dizer.

- Até que enfim, achei que tinha sido abduzido!

- Alexy, eu preciso te dizer uma coisa. - eles fez uma pausa.

- Desembucha! - Alexy falou, nervoso.

- Eu tomei uma decisão, após conversar com algumas pessoas. - ele olhou para nossos quatro pais e se aproximou do meu irmão, ajoelhando-se em sua frente, fazendo meu irmão arregalar seus olhos e colocar sua mão e sua boca, cobrindo sua expressão de surpresa - Alexy Soft, quer casar comigo?

- Socorro! Não acredito nisso! Claro que sim! - JL colocou a aliança em seu dedo e os dois se abraçaram, dando um selinho em seguida. Todos nós aplaudimos, e nossas mães estavam chorando. Que fofas.


E assim nossa noite terminou. Meus quatro pais se deram bem, minha irmãzinha está mais feliz do que nunca, meu irmão está noivo, e eu voltei pra casa com a mulher mais linda desse mundo. Estou até pensando em copiar a ideia do Jean Louis, será que meu anjo aceitaria casar comigo?


Notas Finais


Será?

Michael o pai mais lindo que vc respeita <3
O que acharam? Contem-me tudo!


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