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História Meus cinquenta por cento de certeza - O que você faria se um desconhecido te chamasse?


Escrita por: Cassidy-

Capítulo 3 - O que você faria se um desconhecido te chamasse?


Fanfic / Fanfiction Meus cinquenta por cento de certeza - O que você faria se um desconhecido te chamasse?

Eu li no facebook uma vez, uma frase que dizia: “não se torne aquilo que te feriu”, contudo, no meu caso, já era tarde demais, pois creio que eu tinha ficado até pior que meu ex. Eram os últimos dias de aula e eu não tinha ido ver o cheirinho indo embora, tinha tratado mal o Paulo e o Miguel acabou tomando suas dores, então tecnicamente, se não fosse a Bruna, eu estaria sozinha. Eu magoei meus amigos e não sabia como consertar, mas acabei fazendo isso quando eu estava bêbada e chamei os dois pedindo desculpa.

Foi assim: como sempre, na reta final, ou seja, faltando poucos dias para as férias, nunca temos nada pra fazer e quem vai, ou é pra zoar — meu caso — ou é pra namorar — caso da Bruna — e neste dia, minha turma acabou saindo mais cedo e acabei convencendo minha querida amiga a sair comigo, daí ela se despediu do Ethan e saímos da escola, eu meio revoltada da vida, quis “meter o loco” bebendo ice e acabei ficando bêbada pela segunda e última vez, durante quase 16 anos e essa foi minha sensacional história de bêbada (espero que meus pais nunca leiam isso). O pior é ter voltado pra casa sozinha, pois tive que me equilibrar num ônibus super lotado, fazendo a “egípcia” fingindo que nada estava acontecendo e ter dormindo tanto quando cheguei a ponto de me atrasar para a prova de inglês, foi ó, sensacional. Só que antes de dormir, acabei mandando mensagem pras pessoas — novidade, não? — e meus amigos me desculparam. Pelo menos isso.

***

O que vocês fariam se fossem chamados, do nada, por um desconhecido no facebook? Bom, isso aconteceu comigo e foi estranho.

João Victor:

 Você tem que prestar mais atenção na hora de ir pra casa idiota. — admito que fiquei assustada quando li a mensagem.

Cassidy:

Como assim? Quem é você?

João Victor:

Não te interessa, te vejo todos os dias.

Cassidy:

Então como assim eu tenho que prestar mais atenção antes de ir pra casa?

Não vê não, eu estou de férias. — Qualquer outra pessoa no meu lugar, não teria nem respondido ou desistido depois de uns cinco minutos de conversa, mas eu, não bato bem da cabeça e adoro mistérios, então acabei continuando o papo, pois achava que ele, era dono os outros fakes que já me procuraram, mas pelo visto, eu estava enganada, já que eles não tinham nenhuma ligação.

Cassidy:

Você é a mesma pessoa dos outros fakes?

João Victor:

Aliás, você é muito distraída.

 Cassidy:

Eu quase morri e não sei, é isso?

João Victor:

Mais ou menos. Só que não sou anjo da guarda pra estar te protegendo o tempo todo, então para de ser idiota e presta atenção.

Cassidy:

Você é a mesma pessoa dos outros fakes? — perguntei de novo.

João Victor:

Tchau.

Cassidy:

Não estou te entendendo. Como quer que eu preste atenção se você não me diz qual é o perigo?

João Victor:

As pessoas.

Cassidy:

O que tem elas?

João Victor:

De longe você parece ser mais inteligente, você ia sendo seguida e nem percebeu.

Cassidy:

Quando isso? Se foi quinta, eu não estava muito bem não. — quinta feira foi o dia em que fiquei bêbada, por isso eu não estava normal.

João Victor:

Você é burra. Me faz um favor?

Cassidy:

Diga.

João Victor:

Se cuida.

Cassidy:

Se isso aconteceu quando eu voltava da escola, não se preocupe, irei trocar, eu acho. — Só achava mesmo, já que não troquei.

João Victor:

 Só até meu amor platônico por você acabar e ai depois, você faz o que você quiser.

Cassidy:

 Por que ainda não acabou?

João Victor:

 Não sei.

Cassidy:

Por que pra você é platônico?

João Victor:

Porque imaginar uma vida com uma pessoa que você nem fala, é meio bizarro.

Cassidy:

Não fala porque não quer, é tão simples chegar e falar oi.

João Victor:

Quase apanhar por causa de uma menina que nem conheço me parece idiota.

 Cassidy:

Então quer dizer que você não me conhece?

João Victor:

Não. Essa é a primeira vez q falo contigo, eu só sei seu nome.

Depois de muito papo e ter que convencê-lo várias vezes durante a conversa de não parar de falar comigo, descobri que seu nome na verdade, era Vinícius e que ele morava perto da minha escola, tentei marcar de encontrar com ele no dia seguinte, mas foi uma tentativa sem sucesso, já que ele desistiu em cima da hora. Sim, era bem estranho, porém eu queria pagar pra ver, entendem? Eu queria ir até o final, não sei se era porque o ego subia ao saber que tinha alguém perdendo o tempo fazendo isso só pra falar comigo ou se era carência e vontade de ter alguém por algum tempinho. E acabou que ele me mandou uma foto e nossa, como ele era gato! Só que o que era pra me fazer não duvidar, acabou colocando uma ainda maior atrás da minha orelha, porque cara, um menino tão lindo como ele era não tinha que ter medo de vir falar com uma menina como eu. Era ilógico na minha cabeça, mas mesmo sabendo de todos os riscos, eu continuei a amizade e descobri várias coisas sobre ele, como por exemplo: sua cor preferida era preto, gostava de rock e amava animes e the walking dead, ou seja, era meu oposto, já que, eu não gostava dessa série e sempre iria preferir a One Direction. Ele acabou fazendo um skype pra conversar comigo, só que nunca entravamos em chamada, nos chamávamos de “amor” e ele dizia que me amava. Até o dia em que ele sugeriu uma brincadeira que acabou em uma pergunta que me deixou sem reação por alguns segundos.

Vinícius:

Vamos brincar?

Cassidy:

Sim, de que?

Vinícius:

Forca.

Cassidy:

Ok, como vai ser isso?

Vinícius:

Pega um caderno.

Cassidy:

 Ok, espere.

Vinícius:

Ok.

Cassidy:

Pronto.

Vinícius:

 Primeira dica: É uma pergunta.

Segunda: Tem duas palavras e cada palavra tem seis letras.

 Cassidy:

Ok, pronto.

Vinícius:

Agora você me pergunta se a letra tal se encaixa, nas palavras que formam a frase interrogativa.

Eu fui falando as letras e no final acabou formando “namora comigo?”, foi ai que senti gelar a alma, mas acabei respondendo sim e ele acabou se tornando meu namorado e acreditem, até que valeu a pena porque por causa dele, muitas coisas aconteceram, eu o agradeço profundamente por isso, porém não o considero como meu ex, não sei o porquê, só sei que pra mim, não chegamos a namorar de verdade. Só sei que eu tentei, tentei de todo jeito saber quem ele era antes de marcarmos de nos encontrar pessoalmente, mas ninguém na escola que eu conhecia nunca tinha ouvido falar dele, era como se ele fosse invisível e isso só aumentava ainda mais minha curiosidade, só que teve um dia que eu finalmente consegui convencê-lo e escolhi um lugar bastante movimento e perto do trabalho do meu primo só pra não correr muito risco, escolhemos o dia 18 de dezembro e eu estava muito ansiosa, não conseguia nem dormir direito, fiz tudo certinho pra ele não desistir e quando o dia chegou, nossa, acordei 2 horas mais cedo, fiz cabelo, arrumei uma roupa bonitinha e mandei mensagem dizendo que já estava indo pro ponto e ele respondeu dizendo “só vou cortar o cabelo e ir” e disse “ta bom, te vejo lá, beijos” e foi o que eu fiz, eu não tinha celular, pois o deixei cair na água, então não tinha como mandar mais nada ou ligar, já que eu já estava na rua, então minha única alternativa era esperar quando chegasse ao nosso ponto de encontro e foi o que eu fiz, esperei... esperei... e esperei...

Eu sentia um gelo diferente a cada ônibus que parava na minha frente, esperando que fosse ele uma das pessoas a descer, mas não, não era e ia ficando cada vez mais tarde e mais difícil de ficar lá, até eu decidir ir na loja em que meu primo trabalhava pegar o celular dele para saber se tinha mensagens no skype e ao entrar na minha conta, me arrependi amargamente de ter marcado alguma coisa, me segurei bastante pra não chorar, porque sério, a decepção foi grande.

Um conselho: é como diz a matemática, mil vezes zero, é zero, então, por favor, não ponham muita expectativa em uma coisa que você sabe que não vai dar em nada, porque nunca dá e o que te sobra são mágoas.

Só que sabe qual é o pior/melhor? É saber que eu não desisti ai e embora pareça ruim, não foi, pois no final, tudo deu certo pra mim, porém não foi com ele. 



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