História Mi angél de la guarda - Não sei o que fazer

Luna Valente  

 Matteo logo me encostou na parede, me fazendo tropeçar  em meus próprios pés. Ele me beijava com urgência, e o ar já começava a me faltar. O afastei gentilmente. Seu sorriso brilhava para mim, é incrível sentir essas sensações.  

—Perdão Luna, é que... — Matteo parecia estar nervoso, e nunca o vi assim. — Perdão.   

 Ele está sendo um fofo.  

—Está tudo bem. — Sorrio para ele.  

 Matteo pega em minha mão, e me guia até a cama, na qual nos sentamos. Estava incrivelmente perto dele, e era maravilhoso. Mirar aqueles olhos negros, era algo mágico, parecia te levar para o espaço. Porém há algo ali que não consigo decifrar, pelo simples fato de ser intenso demais.  

—Por quê foi embora ontem à noite... mesmo depois de ter pedido para você ficar? — Seu olhar caiu. Seu polegar acariciava o peito da minha mão, e não pude acreditar que ele ficou sentido com isso.   

—Me desculpe é que... você estava bêbado e eu precisava voltar para casa. — afinal não é normal um  anjo beijar um humano. Completo mentalmente.   

—Está tudo bem... te entendo. — Ele sorri para mim. Há tanto tempo que não o via sorrir dessa maneira.   

 Inesperadamente Matteo me abraçou. Seu gesto me pegou de surpresa, porém não hesitei em retribuir. Matteo se afasta lentamente, do abraço, deixando-o nossos rosto muito próximos. A sua respiração batia em meu rosto, e era maravilhoso sentir o cheiro refrescante do seu hálito.  

 Nossos narizes roçaram, para logo depois sentir o toque de seus lábios nos meus. Dessa vez o beijo era calmo, porém me passava muitas coisas, que estava adorando sentir. Uma de suas mãos seguraram meu rosto, o acariciando.   

 Um arrepio toma conta de mim, quando sinto o toque dele em minhas  coxas. A princípio estranhei, mas logo me acostumei com a sensação. O ar foi necessário, e nos separamos, o suficiente para nos recuperar.  

 O polegar de Matteo, desenhou meus lábios.   

—Luna... porque você me deixa assim? — A pergunta dele fez a temperatura das minhas bochechas aumentarem.   

 Estava sem reação. Minha mente estava a mil, e já não controlava mais meus batimentos cardíacos. Fechei meus olhos, deixando que a maravilhosa sensação se apoderasse de mim. Senti ele chegar mais perto de mim, então imediatamente abri meus olhos, ele é ainda mais lindo de perto.   

 Meu olhar se voltou, para sua camiseta que estava com os três primeiros botões abertos. Acho que ele percebeu, isso porque sorriu malicioso para mim. Matteo começou a abrir sua camiseta, e meu corpo não sabia como reagir aquilo.  

—Matteo, o que está fazendo? — Gaguejei.  

—Só estou com calor. — Ele sorriu, sem tirar o olhar do meu.   

 Pela a intensidade de seu olhar, desviei meus olhos para outro canto qualquer do quarto. Não posso ser tentada, e muito menos ceder a essa tentação. Céus, porque ele é tão maravilhoso?  

 Me levantei disposta a sair dali. Minha tentativa foi falha, quando em um gesto rápido, Matteo me segurou e me puxou, fazendo com que eu chocasse com seu corpo... quente. Incrivelmente quente.  

 Num instinto minhas mãos traçaram as linhas definidas do seu peitoral. Afastei meu toque quando o vi arrepiar.  

 O encarei por alguns segundos, analisei cada traço de seu rosto, antes de beijá-lo. Não sei o que deu em mim, só sei que era algo incontrolável.   

 Suas mãos foram parar na minha cintura, me levando de volta para onde estava. Matteo me deitou, ficando por cima se mim, sem nunca cessar os beijos. O calor de seu corpo estava se misturando com o gelado do meu, causando uma sensação alucinante, que estava me levando a loucura.   

 Senti tudo a minha volta, ganhar mais vida. Suas mãos passearam até a bainha da minha camiseta. Sabia o que ele estava pretendendo, mas eu queria isso, queria me entregar a ele.   

 Sei que de um jeito ou de outro vão me descobrir, e vou ser banida como anjo da guarda. Mas se for pra ser assim, quero que seja inesquecível.   

Futuramente vou sentir falta dele... muita falta, mas quero ter a lembrança dele na minha memória, de cada detalhe. Já me arrisquei demais até aqui. Sei que tenho um pouco mais de um dia e meio, contudo não posso correr o risco de me pegarem antes do que eu espero.   

 Me afastei um pouco para que ele conseguisse tirar a minha blusa. Seus olhos brilharam, ao ver minha forma uma humana. O sangue e minha bochechas pareceram esquentar, e automaticamente  me cobri, com  meus próprios braços.  

—Não. Comigo não precisa ter vergonha. —Matteo diz com uma voz suave me arrancando um sorriso involuntário. —Você, é tão linda Luna.  

 Matteo remove meus braços delicadamente, e vejo suas pupilas dilatarem novamente. Ele me puxa para um beijo novamente, mais urgente. Suas mãos desliza sob minha pele nua, até chegar ao fecho do meu sutiã.  

 E antes que ele pudesse abri-lo, um toque na porta nos interrompe.  

—Matteo?  — Conheço aquela voz. Steph.  

 Me afasto rapidamente dele, e coloco minha blusa.   

—É melhor ir ver o que ela quer. — Digo ao Matteo e o mesmo bufa. Ele se levanta indo em direção a porta, e abre uma brecha na porta.  

 Desvio o meu olhar, e procuro não me concentrar no que eles estão falando. Mas minha curiosidade fala mais alto, e procuro me concentrar no que eles estão falando, mas é quase impossível, ambos estão sussurrando. Só então notei que ele não havia colocado a camiseta. Ótimo ele estava comendo ele com os olhos. 

 Juro que se tivesse com minhas asas sairia pela a janela.  

—Sério que está com ela? Porque não vem comigo, posso fazer o que ela não faz... você sabe muito bem disso.  

 Quando meu viro para olha eles estão quase se beijando. Não acredito! Sensações horríveis se apoderam se mim, e eu não quero mais fica aqui. Me levanto disposta a ir embora de verdade! É um erro eu me arriscar assim em troca de nada.  

—Pode me deixar passar? — Fala sem me importar se estou sendo arrogante ou não. Steph olha pra mim, mas a ignoro. 

—O que? Não Luna. — Ele põe o braço em minha frente, mas passo por baixo.  

 Desço as escadas correndo, e esbarro com Agustín. Ele falou alguma coisa que eu não entendi bem, porém não me importo. Quero sair daqui. Chego no lado de fora da festa, está frio e quase não reconheço por conta da noite escura.