História Mi angél de la guarda - Uma só não faz mal

Me aproximei dele, passando minhas mãos pela a suas costas sobre o tecido.

—Você está bem? — Pergunte me colocando ao seu lado.

Algumas atitudes do Matteo, me preocupam só pelo o fato de não terem motivo algum, pelo menos não claro. Pensando bem eu acho que essa a intenção dele, ter atitudes sem motivo claros para que as pessoas vejam, ele não quer que as pessoas saibam o verdadeiro motivo de tais atitudes dele, e isso me deixa inquieta, porque em parte eu sei o que causa isso, porém há mais coisas, e eu quero descobrir.

— Porque perguntou aquilo? — Sua voz é distante e ele não olha pra mim.

—Por que eu estava curiosa Matteo, quero saber como o seu pai encontrou a Cristal. Deve ser uma história bem interessante.

Falo com ânimo na intenção que ele se contagiasse, contudo minha tentativa foi falha. Ele parece ter piorado seu humor só pela a postura do corpo dele, ele está de punhos cerrados sobre a mureta.

—Eu não entendeo porque quer saber disso... — O interrompo.

— Matteo, eu é que não entendo como você não quer saber como seu pai reencontro a mulher da vida dele e... —  Agora que é interrompida sou eu.

— Como pode pensar que eu me interessaria em saber como meu pai conheceu essa vadia?! Se meu pai me poupou dessa história no passado, não tem o porque no presente eu querer saber dela. Pouco me importa essa merda de história. Por qual motivo acha que sai daquela maldita mesa an? Para poupar meus ouvidos daquele discurso patetético que ele iria fazer.

Ele finalmente olha pra mim, e posso ver em seu olhos negros algo coberto, protegido e guardado a sete chaves. É misterioso e também intenso, que me causa uma sensação horrível.

—Você tem medo... — Minha voz sussurra.

—O quê? — Ele me indaga.

—Você tem medo. — Faço contato visual com ele, juro que quase posso ver seu lado sensível, mas o desvio do seu olhar me impede de ver realmente o que há dentro da sua alma.

Ele começa a gargalhar. Isso me deixa confusa, não entendi o motivo para essa risada.

—Do que está rindo? —  Pergunto.

—Como pode achar isso, eu não tenho medo de nada.

—Sim você tem. — E antes que ele pudesse abrir a boca para rebater continuo minha fala. —Você tem medo, tem medo que seu pai te troque, que ele constitua uma nova família e o deixe de lado. Tem medo que o Willi tome seu lugar, como filho. Disso que tem medo, tem medo de ser esquecido e abandonado pela a única pessoa que tem no mundo. Estou mentindo?

Assim que essas palavras saem da minha boca, uma sensação ruim se apoder do meu coração o esmagando. Matteo parece atingido com as minhas palavras, porém ele se recupera rapidamente.

—Sim está. Nem me conhece direito e já vem dizendo essas merdas para mim, sem ao menos ter a certeza. E quer saber de uma coisa, que você pensa que é para dizer isso pra mim? — Matteo grita.

Fico sem argumentos para rebater o que acabou de me dizer. Não tenho certeza do que responder, ele acha que eu não o conheço o suficiente para dizer tudo o que eu falei segundos atrás, mas ele está errado só não sabe disso. Por um momento pensei e lhe dizer toda verdade, mas ele não entenderia, pelo contrário debocharia da minha cara, dizendo que sou maluca. Talvez seja por estar fazendo tudo isso.

Matteo sai dali, e tento ir atrás dele, mas ele grita dizendo para o deixar em paz. Cristal e John estão na sala, e me olham preocupados.

—Vocês ouviram não é mesmo? — Pergunto já sabendo a resposta.

— A culpa não é sua, Matteo só precisa de um tempo para pensar.

Concordo, e peço licensa para sair da sala. Quando chego no andar de cima escuto Cristal dizer que não irá mais dormir aqui. Matteo está arruinando as chances do seu pai com... com que sei lá que ele tenha. Passo por uma das portas, e vejo Willi dormindo. Ele realmente me lembra o Matteo.

Matteo Balsano

Quem ela pensa que é para me dizer toda aquela merda? Ela me conhece a pouco mais de uma semana e acha que sabe de tudo sobre mim, mas ela não sabe. Nada daquilo que ela me disse é verdade. Nada, absolutamente nada. Preciso me destrair, preciso que as palavras que sairam daquele lábios parem de fervilhar minha cabeça.

Viro a esquina da conhecida rua, onde como de costume estava ocorrendo uma festa, e como desculpa "comemorar o natal". Estaciono o carro na frente da casa que como sempre, estava lotada cheia de jovens bebados.

Adentrei o ambiente movimentado, que possuía cheiros de cigarros e diversas bebidas. Essa última semana que passei sem vir aqui, me afetou, a ponto de eu meio que estranhar estar de volta aqui.

—Hey, Matt quanto tempo.  — A loira se aproxima de mim, com uma garrafa de licor em mãos. Steph usava uma mini sai, com uma camiseta social feminina com os alguns dos botões abertos. Puta.

—Pois é né. — Estou começando a me arrepender de ter vindo para cá.

—Vem cá, o pessoal vai adorar ver o Balsano novamente. — Ela me puxa, me fazendo revirar os olhos.

No sofá haviam várias pessoas, algumas eu nunca vi por aqui. Devem ser calouros e novatos. Agus me comprimente, e logo em seguida uma morena se aproxima sentando em seu colo. Steph expulsa duas pessoas do sofá para que pudéssemos sentar.

—Por onde tem andado cara? Você faz falta aqui. — Ramiro.diz bebendo o líquido azul que havia em seu copo.

—Deve ter passado esse tempo cuidando da pirralha de cabelo rosa. — Steph me interrompe ante que eu pudesse falar alguma coisa.

—Ela não é uma pirralha, ela só tem cara de ser mais nova... além do mais ela tem 19 anos. — Minto. Sei o quão ferrado é, mentir sobre algo que tem muitas chances de ser descuberto. Mas não posso admitir que eles falem mal da Luna desse jeito.

—Wow, por essa eu não esperava. — Assim comSteph todos ali estava de boca aberta com a minha mentira. Não sei o que pensar sonbre isso, se é burrice ou ingenuidade.

—Mas fala aí, já levou ela para a cama? Ela é virgem? É boa de cama? —Agus me pergunta, e a vontade que sinto e de tacá-lo contra a parede e soca-lo até seu nariz sangra, o que não será dificíl.

—Vai a merda Agustín. — Estalo.

—Ei calma, não precisa ficar desse jeito, ele só fez uma pergunta. — Ela leva a garrafa até os lábios bebendo várias goladas.

—Concordo, não entendo porque do nada você se irritou. Sempre te fizemos essas perguntas, e sempre as respondeu sem nenhum problema, porque isso agora? — Ramiro retruca, me fazendo bufar impaciente.

—Eu não a levei para cama, ok? Satisfeitos agora? — Digo grosseiramente, deixando de lado as respostas das outras duas perguntas.

Não quero expor a vida da Luna, ainda mais conhecendo a Steph como conheço, sei que quando tiver oportunidade vai usar esses fatos contra a Luna, e isso eu não quero. Steph manda um sorriso debochado pra mim. Achei que ela fosse fazer algum comentário que me deixaria nervoso, mas mesma não o faz.

Vejo uma garrafa de uísque em cima da mesa de centro. Uma bebida só não  vai fazer mal... digo a mim mesmo antes de pegar um copo na mesma e o encher de uísque.