História Mi angél de la guarda - Promessa quebrada

Meus olhos se encheram de lágrimas de felicidade. Drogo, Luna de fato mexe comigo. Corri até ela tropeçando em meus próprios pés. Nada me importava, apenas ela estar em meus braços e eu no dela. Queria matar a saudades que estava dela nesse noves dias, que pareciam mais uma eternidade. 

A abracei forte, como se nunca mais fosse soltá-la. Senti o seu aroma doce e a maciez dos seus cabelos. Como eu senti falta dela. 

-Meu amor que saudades! Eu te amo tanto, tanto, tanto. - Aquelas palavras sairam direto do meu coração. Não as processei antes de falar. Mas fiquei feliz por tê-la dito, não aguentava guardar pra mim mesmo esse sentimento, não aguentava mais deixá-le sem saber o que eu sinto por ela. 

-Você... me ama? - Luna perguntou e vi lágrimas se acumularem em seus olhos. 

-Mas é claro que sim. Me perdoa por não ter dito isso antes, é que...

-Eu te entendo, Matteo. Não precisa se explicar. - Luna colocou sua mão em meu rosto. - Pode dizer de novo.

-O quê? - Perguntei, sabendo ao que ela se referia. 

-O que você acabou de dizer. - Vi suas bochechas ganharem cores.  

-Que eu te amo? - Ela assente sem graça. Segurei seu rosto. - Eu te amo Luna, para sempre. 

Ela sorri e eu não resisto. Tomo seus lábios para mim, como senti falta daquele beijo. 

-Eca. - Willi diz, e nos afastamos. Luna ri enquanto eu aperto o meu olhar para ele que estava parado nos observando e o mesmo dá de ombros. 

(...) 

 O almoço foi agradável. Cristal e meu pai ficaram muito felizes com a volta da Luna. Não mais do que eu é claro. Ah e Willi também, que fez questão de roubar a atenção dela. Eles ficariam para dormir, assim como Luna, que disse que ficaria comigo aqui por dois dias. Fiquei tão feliz, e minha cabeça começou a formular vários planos, para curti-la o máximo. Tudo o que eu queria é ter uma vida normal de casal com ela. 
Bem, não somos um casal normal, pelo o simples fato de ter amado-a em pouquíssimo tempo.

(...) 

Quando o sol estava se pondo voltamos de um passeio que demos pelo o parque, o que foi muito agradável por sinal. Incrível como a sua beleza se destaca ainda mais na natureza. Seus olhos brilharam feito safiras, o que era quase hipnotizante. Conversamos bastante, e com muita insistência consegui a convencer de ficar na minha casa, nem que pelo menos até amanhã a noite. 

- Que bom que gostou do passeio meu amor. - Disse a beijando fechando a porta atrás de mim, porém a pigarra do meu pai nos fez afastar.

- Que bom que já voltaram do passeio. - Meu pai apareceu na sala com Cristal. Luna afastou-se de mim para cumprimentá-los, o que me obrigou a fazer o mesmo. - Temos uma notícia e queríamos que vocês ficassem sabendo antes.

- Na verdade duas. - Cristal sorriu para o seu noivo.

-Então nos conte. - Disse Luna empolgada. Revirei os olhos, não sei porque o assunto deles interessavam a nós. 

-Tudo bem então, eu conto a primeira e você a segunda. - Cristal.

-Bem vamos nos casar... - Revirei os olhos. Tanto para falar que iam se casar? Ah, fala sério. Me surprenderia do contrário. 

Cristal mordeu o lábio e olhou para meu pai.

-E a outra notícia é que... você terá uma irmãzinha. - Minha boca se abriu em um perfeito "O". Isso sim eu nãi estava esperando. Já não basta o pirralho do Willi agora uma pirralhinha, que com certeza vai roubar a atenção da Luna também. 

Luna pareceu bem contente com a noticía. Cristal colocou a mão sobre seu ventre, e só agora notei a diferença, sua barriga estava um pouco maior.

-Quantos meses? - Perguntei.

-Cinco meses. - Imaginei que seria por aí. Ela sorriu para mim. - Gostou da noticía?
  
 Podia notar o receio ao me fazer aquela pergunta. 

-Bem estou surpreso. - Eu sorri. 

 Luna ficou para jantar, e como sempre a convenci a dormir em minha casa, com uma ajudinha da Cristal.

 Subimos para meu quarto e Luna disse que precisava de um banho. Enquanto ela entrava no banheiro fui pegar uma toalha para ela. 

 Luna Valente

 Me olhei no espelho e vi o quanto meu cabelo negro realçava meus olhos. Não acredito que estava aqui novamente, mas eu tinha um propósito. Outro pra variar.

 Não sei, mas não conseguia me manter longe dele, e vê-lo naquele estado me "matava" aos poucos. Não literalmente porque anjos não morrem, porém aquilo me torturava e era demais pra mim ver uma pessoa que tanto amo no pior estado que um ser humano pode estar. 

 Me despi e liguei o chuveiro. A água quente batia em minha pele, me fazendo relaxar de imediato. Ouvi o rangido da porta se abrindo. Era Matteo, sabia disso, não precisava me virar para ver ter essa certeza. 

 Senti o calor de seu corpo próximo ao meu, e logo depois senti o toque de seus lábios sobre o meu ombro. Meu corpo inteiro se arrepiou, ele tinha o dom de provocar essas sensações em mim. 

 Suas mãos envolveram minha cintura para logo depois descer pelo meu ventre, e me penetrar. Mordi meus lábios, tentando não gemer. Adrenalina agora corria em alta velocidade em meu sangue. Seus movimentos aceleraram dentro de mim, e dessa vez não pude evitar o gemido que escapou de meus lábios. E antes que eu pudesse atingir meu ápcie ele saiu de mim, virando meu corpo de frente para o dele. Fixei meu olhar na escuridão de seus olhos e pude ver finalmente o que havia em sua alma. Era algo intenso, e quase desviei meu olhar. Quase, porém me mantive focada, aquele negro me atrai para a perdição. 

 Nossos lábios se uniram, e tornamos um só de uma vez. Envolvi minhas pernas em sua cintura, e ele entrou em mim pela segunda vez. O barulho da água batendo contra nossa pele se misturava com o som de nossos gemidos.

 Fleshes em minha mente corriam. Uma criança, seus olhos destacados na pele pálida. Os cachos escuros, e o sorriso enquanto corria para os braços de uma mulher, cujo eu não consegui reconhecer. 

 -Eu te amo. - Matteo disse se separando da minha boca.

 -Eu te amo, mais. Muito mais. - Ele sorriu e meu coração se aqueceu. 

 (...) 

 Matteo havia me empreastado uma de suas camisetas que ficaram relativamente grande em meu corpo, contudo era o melhor pijama em que eu podia dormir. Minhas narinas não se cansavam de aspirar aquele perfume. 

 Me deitei junto a Matteo, me aconchegando em seus braços. 

-Matteo? - O chamei depois de algum tempo. Não sabia se estava dormindo.

-Sim? 

- Achei que estivesse dormindo. - Eu Disse.

-Eu achei que você estivesse dormindo. - Eu sorri. 

-Me prometa uma coisa? - Olhei para ele, quase não via seu rosto por conta da escuridão do quarto. 

-Tudo que você quiser. - Os traços de seus sorriso eram visiveis apesar da quase inexistente luz. 

-Me prometa que vai me amar, idependente de quem eu seja. -  Ele não pareceu confuso, apenas me prometeu. Isso era bom, certo? Eu confiava no Matteo, em sua palavra.

 Mas se eu soubesse o que iria acontecer jamais teria voltado, e o que pareceu estar só em minha mente, se tornou realidade. Quem me dera aquela visão que eu tive nos primeiros anos em que estava protegendo, fosse apenas coisa da minha cabeça.
A verdade pode ser o certo, mas isso não quer dizer que ela vai te trazer um final feliz.

 Matteo me encarava... não sabia descrever sua expressão, mas algo me dizia que não era nada bom.

 -Não posso acreditar...- Ele sussurrou puxando seus cabelos para trás.

-Matteo... - Tentei me aproximar mas ele se afastou.

 -Não chegue perto de mim. - senti meu coração se partir com suas palvras.

 -Me deixa te explicar por favor... - Ele negou.

-Não precisa me explicar nada, não preciso de explicação. Sabe porque não preciso? Por que isso não é real... você não é real.

 Minha visão ficou embaçada, e senti lágrimas quentes escorrer pelas minhas bochechas. 

 Ele virou as costas me deixando sozinha. Cai de joelhos, e meu choro era incontrolável... Senti minhas asas mais fracas do que nunca, e pela a primeira vez eu  achei que ia morrer. Eu quis morrer.