História Mi Luna no Brilla por Ti - O futuro de Adrien

– Um, dois e... Três – bateu com o taco na bola indo direto para o buraco 16

– Boa Adrien – elogiou Gabriel – Minha vez – se preparou e bateu caindo no buraco 18

– Fico impressionado com sua pontaria pai – disse o loiro admirado

– Sou o melhor – gabou-se

– Que bom que vocês estão aqui

Os loiros se viraram dando de cara com a azulada e a morena. Adrien trincou os dentes ao ver a figura de Marinette encarando à vista de montanhas e o campo verde que tinha ali. Ela se virou e encontrou com as esmeraldas de Adrien e estreitou os olhos. Se encaravam mortalmente

Gabriel sentiu a aura assassina transmitida pelos dois e tratou logo de desviar a atenção de ambos

– Que bom vê-la novamente senhorita dupan cheng – disse o loiro mais velho

– Por favor sem formalidades senhor Agreste. Que bom compartilhamos o mesmo campo não acha? – perguntou sínica

– É claro

– Tcs – murmurou irritado

De longe uma loira muito bonita se aproximava deles

– Oi – disse tímida e a azulada abriu um largo sorriso amigável

– Oi tudo bem – Marinette perguntou gentilmente

– Tudo ótimo – disse indo ao lado de Gabriel, Marinette só observava

– Vocês são namorados? – ela foi bastante indiscreta deixando a loira vermelha e Gabriel se engasgar com a própria saliva

– Desculpa minha i-indelicadesa – falou ela envergonhada – Meu nome é Liliam. Somente amiga do Gabriel

– Prazer Liliam, sou Marinette – apertaram a mãos

– Acabaram – Adrien bateu na bola caindo no buraco 17

– Só isso – a morena pegou o taco da mão de Adrien e bateu acertando no buraco 18 – É assim que se faz

– Muito bem Alya – disse o loiro emburrado por ser o único a não acertar

– Você sabe jogar Liliam? – perguntou Marinette

– Não, só vim acompanhar os dois

– Não quer aprender?

– Mais não será nenhum incômodo? – falou tímida

– Mas é claro que não! Venha tentar...

– Depois da senhora – disse pegando o taco acertando no buraco 18, deixando um Adrien de boca aberta

– Isso é sorte de principiante

Todos deram uma pausa e tomaram suco gelado. Estava muito calor naquela tarde de domingo, mesmo sendo um pais "frio", naquela estação de verão faria qualquer um se confundir com um pais tropical

Quem estava adorando eram as meninas que podiam ficar a vontade, vestindo roupas largas. Mas os loiros pediam a Deus que mandasse nem que seja uma rápida chivisquinha

Aquela tarde foi passando rápido, mas bem aproveitante, ambos antigos heróis de Paris se estranhavam de vez em quando, mas sempre voltavam ao normal. Marinette convidou Alya e Liliam para passear naquele exato momento o que não foi recusada por nenhuma parte de ambas

Saíram daquele clube indo ao luxuoso carro preto de Marinette

– Marinette onde está seu motorista? – perguntou a morena

– A mulher dele teve bebê e eu dei folga para que ele pudesse aproveitar a paternidade – diz fazendo careta, pensar em filhos só dá calafrios

– Oh! Eu quero ver a nova fofucha – ela disse e Liliam acentiu

– Claro, sempre bom ter crianças por perto – pararam em frente à um grande shopping famoso no centro de Paris

As três saíram do carro que por só si chamava atenção, imagine três mulheres esbeltas saírem do mesmo. Marinette e Alya estavam nem aí, mas Liliam estava inquieta, podiam muito bem reconhece-la mesmo estando longe mas achou melhor deixar do lado

As três amigas entraram na loja e os olhos de Alya brilharam. O movimento está calmo o que tranquilizou a loira, que logo foi puxada para dentro de uma loja que tinha lá perto. Liliam olhou envergonhada para as roupas, Marinette percebeu e logo tratou de alegra-la

– Vamos Liliam é só pegar algumas roupas – a azulada pegou um vestido preto – Pegue o que quiser

– É que eu me esqueci de uma coisa – disse a loira tímida

– E o que foi? – perguntou Alya

– Dinheiro – as três caíram na risada

– Se for somente isso nem se preocupe – balançou as mãos – Ei que tal comprarmos roupas pra irmos à uma boate?

– Que ótima idéia Marinette – concordou Liliam – Mas e Alya, ela está quase parindo

– Ei – bufou Alya – Eu só estou com um mês de gravidez então não tem problema

– Tudo bem

– Então vamos fazer a festa

– Ei que tal convidamos os meninos? – sugeriu Alya

– Não – disse arrastado – Só iremos nós

– Ah vá Marinette, não seja rabugenta

– Vamos logo escolher as roupas e depois pensamos nisso

Cada uma vasculhada a loja inteira e no final só Liliam encontrou seu vestido, pagaram e saíram. Passaram em outra loja e Alya comprou a roupa dela. Só faltou Marinette

– Ai mulher escolhe logo – resmungou Alya que já estava com o pé inchado

Marinette nem deu importância, já estava acostumada com os rumores de Alya. De longe Marinette encontrou um conjunto lindo de roupas, andou ainda mais depressa e entrou na Loja, averigou de novo aquele Modelo e aprovou, voltaria a ser aborrecente. Foi até o caixa e pegou, encontrou um par de meia preta que ia até a metade da coxa e comprou também

– Vamos fazer um lanchinho – optou Liliam 

– Claro, vamos

Andaram até a lanchonete e compraram sanduíches e suco de laranja e sorvete para a sobremesa. Comeram e saíram

– Vamos aproveitar que hoje é domingo, pra irmos pra boate

– Vamos hoje? – Liliam arregalou os olhos verdes

– Sim

– Tá bem! – virou o rosto para frente refletindo sobre sair nessa noite num lugar agitado, manifestados de pessoas, se pegando, devorando, bebendo e tudo mais. Suspirou satisfeita, era isso que precisava, de um descontraimento legal e divertido. Essa noite promete – Que horas?

– 8:00 te pego no seu apartamento – disse a azulada empolgada, vai ser bom se descontrair também

– E os homens? – perguntou Alya

– NÃO

(....)

Adrien

Uma coisa eu digo, hoje foi o pior dia da minha vida, não que eu esteja falando do meu pai e a da Liliam. Nada disso, só foi a azulada aparecer que meu dia foi para o rabo do... Epa, boca suja

Continuando, até me esqueci do que eu ia dizer, credo coisa louca

Olhei para o lado e meu pai está concentrado nas ruas que por enquanto está calmo. Sinceramente eu não estou a fim de ficar em casa hoje, e ir para festas de negócios também não está na lista

– Que tal uma boate? – olhei para o meu pai assustado, como ele sabia que eu estava pensando nisso

– Como? 

– Eu queria saber se quer ir a uma casa de shows hoje, hoje filho – disse como se fosse óbvio

– Seria uma boa – dei de ombros, é quem sabe se distrair um pouco não doeria em ninguém – Pode ser pai, hoje podemos ir

– Ótimo Adrien, vê se tem ferimentos na minha cara

Olhei pra ele estranhamente e cai na risada por me lembrar da história do gato. Quem manda comprar um gato branco, eles são muito complicados, os pretos são mais leais. Vai por mim!

– Para de rir garoto – voltei a si e parei, mas não aguento e ri novamente – Harrr ninguém merece, mas nós vamos sim ou não – ele se emburrou

– Sim, Claro

Passamos a viagem toda conversando, se divertindo e contando piada. É muito legal ficar um tempo à sós com meu pai, eu sinceramente nunca vou me separar dele

(....)

Aquele corredor totalmente branco o estava deixando louco, ele andava anceoso pelo que viria, não era só mais uma reunião de negócios, mas definia qualquer estado de emergência que envolve seu amado filho

Ele não esperava que ligassem tão rápido, definitivamente não estava nem um pouco  preparado para aquilo. Por precaução seu advogado particular vai estar presente nesse quase julgamento. Apressou os passos

E por fim chegou só seu destino, suspirou e abriu a porta, a sala cheio de médicos e cientistas, advogados e representantes da clínica

– Ah senhor Agreste estávamos à sua espera – disse com um sorriso falso estampado na cara gorda do cientista

– Humm – murmurou se sentando na cadeira confortável – Não esperava a ligação tão cedo, foi uma surpresa inesperadamente inconveniente

– Eu entendo sua preocupação senhor Agreste, mas não quero que desrespeite os senhores aqui presentes – o presidente avisou

O loiro revirou os olhos irritado e muito entendido com aquela reunião desnecessária. Resolveu concordar e prosseguir

– Vamos começar com a reunião então – disse o advogado do loiro – Como sabem, viemos nessa tarde para decidir o futuro de Adrien Agreste

– Não precisamos dessa reunião – falou uns dos melhores cientistas do mundo – Só precisamos que Gabriel assine esse papel

O cientista entregou o folheto na mão de Gabriel que não demonstrou nenhuma reação. O loiro averiguou com calma aquele documento importante e ficou profundamente frustrado, ele fitou com uma expressão indecifrável para o cientista e rasgou o papel em vários pedacinhos na frente de todos, jogou o que restava no lixo

– Não aceitarei subornos senhor...

– Wirley

– Wirley! Vai plantar batatas – Gabriel rosnou

– Parem senhores, com violência não chegaremos à lugar nenhum – pediu outro cientista – Senhor Agreste releve nossa proposta, nós estaremos fazendo um favor pro senhor, viver em sociedade junto a Adrien pode ser bem pior do que pensa

– E o Quico – se fez de desentendido – Podem esquecer, ele é meu filho querendo ou não

– Senhor Agreste ele não é um ser humano – disse o médico intrigado

– Mas é lógico que ele é um ser humano, ele é meu filho – disse irritado

– Vamos parar – o presidente se envolveu – Não queremos dizer que Adrien não é um ser humano Gabriel, só estamos pedindo que recate esse pedido

Gabriel bateu na mesa aguniado com toda essa pressão em suas costas, tentou se acalmar e raciocinar. Será que eles não entendem que ele, Gabriel Agreste. Vai dar seu único filho para fazerem experiências malucas

– Nunca – tentou manter a tranquilidade – Eu e nem muito menos Adrien, temos culpa do que meu avô fez. Se tivesse um pouco de compaixão, deixe Adrien ficar comigo, ele é meu único filho, e estou disposto a dar toda minha fortuna por ele

Todos ali presentes se entreolharam suspresos, mas a segurança social é muito mais importante do que um sentimento recíproco de pai e filho

– Senhor Agreste – disse um dos representantes da clínica – Você é jovem, poderia muito bem ter vários filhos, procure uma mulher de seu interesse e tenha o quantos você quiser. Problema resolvido!

Gabriel se levantou rápido extremamente esgotado desse lugar, ninguém entende que Adrien não tem a merda da culpa que seus avós eram cientistas doidos da cabeça

– Pra mim já chega! – disse ríspido – Eu já estou cheio de tudo isso. Não querem entender, então que se lasquem

Pegou sua maleta e saiu às pressas sem se importar com que decidirem, mas antes de sair totalmente, o mesmo colocou apenas a sua cabeça pra dentro com  olhar extremamente arrogante

– Só irei repetir uma vez – fechou os olhos e respirou fundo, abrindo normalmente as íris azuladas que transbordavam determinação – Fiquem longe de Adrien