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História Midnight - Único


Escrita por: Chimmyn

Notas do Autor


Meu Deus do céeeeeu, eu realmente não sei oq to fazendo da minha vida...

Essa é minha primeira fic do desafio SatansooChallenge desde que mandaram isso no meu grupo do wpp, então não sei oq esperar... Até mesmo criei esse perfil próprio para as várias ones que vou vim a posta futuramente por causa desse desafio (Ai GDeus, onde fui amarrar meu burro?)

Então não julguem mal qualquer tipo de gênero átipo que surgir, okay? Afinal, se eles existem são para serem escritos e explorados... Então me empenhei em um tipo de escrita mais simples e menos "redundante" como geralmente faço :v Espero que gostem ou no mínimo deem uma chance ^.^

Capítulo 1 - Único


Quando senti Jongdae tocar em mim pela primeira vez, foi realmente um choque de realidades. Desde que o conhecia por gente nosso contato físico nunca passara de algo mínimo, ainda menos do que irmãos de sangue — não que eu fosse um, já que o real motivo de sempre ter sido tão renegado era por conta justamente disso. — Nós não tínhamos o mesmo sangue e ele nunca aceitara bem o fato de ter um novo membro adotado na família.

Eu não sabia ao certo até aquela noite seus motivos para tanto me renegar e bloquear qualquer aproximação, mas não considerei que isso fosse importante. Eu tinha conseguido uma família nova aos meus quinze anos e isso era de mais importância, não era um garoto rancoroso mais velho que tiraria minha felicidade de ter novos pais junto a chance de recomeçar.

Mas eu estava enganado. Tentei não transparecer meu desagrado quando foi anunciado que dividiríamos o mesmo quarto; tentei ser impassível a ódio quando ele ignorou meus bom-dias e procurei não me importar com às vezes que era mandado para fora do quarto porque ele queria privacidade com seus amigos. E quando tudo se tornou desgastante, eu decidi arriscar agradá-lo da maneira que me cabia — sabia que ele gostava de jogos, quadrinhos, química e de ver pornô nas noites de sexta. — Considerara que alguma daquelas opções poderiam me ser úteis depois de doze meses naquele convívio incômodo.

      Mas não foi. A cada investida minha, mais sentia-o se afastar de mim e para um jovem de dezesseis anos aflorando na pele, aquilo não era a melhor experiência para se ter. Não estava desmerecendo o amor de meus pais, nem coisa parecida, mas eu sentia falta do contato com pessoas da minha idade — sequer tinha amigos como ele na escola, não sabia me aproximar dos vizinhos e nem forçar um sorriso direito. — Eu era a definição do fracasso e Jongdae piorava a situação cada vez que avisava nossa mãe que seus colegas iriam fazer um trabalho ali, então me lançando um olhar sugestivo e eu apenas abaixava a cabeça como sempre.

     Mas as coisas de fato se tornaram inconvenientes em um inverno de Setembro, quando nossos pais viajaram e deixaram um tio distante cuidando de nós e meia-hora depois de eles terem saído para o aeroporto com um táxi, o tal responsável por nós sumiu na noite atrás de um bar — noite essa que Jongdae decidiu fazer um encontro com amigos para ver filme e novamente me levou a ficar sozinho no quarto, as mãos no peito enquanto observava o teto branco com algumas figurinhas fosforescentes. — Não considerei que teria minha noite arruinada, então apenas fechei os olhos e decidi dormir antes que descobrisse qual o conteúdo +18 da vez que passava no andar de baixo.

     “Por que está aqui? ” — as palavras que me fizeram despertar assustado ainda ecoava na minha mente.

     “Quem é você? ” — apertei os lençóis, focando nas íris escuras do ruivo a minha frente.

     “Chanyeol” — falou enquanto examinava o quarto e colocava as mãos no bolso. — “Por que está aqui?”

     “Por que quer tanto saber?” — me apoiei pelos cotovelos, procurando alguma posição melhor.

      “Lá embaixo está divertido, deveria participar” — me encarou e a falta de luz no local tornava o clima um pouco assustador ao meu ver. Apenas queria que ele saísse logo dali.

      “É uma diversão que não me cabe” — mordi o lábio inferior. Queria tanto minha mãe ali ao invés dele e das risadas altas no andar de baixo.

     “Jongdae é um idiota, não ligue para ele” — se aproximou um passo, tocando meu rosto e afastando o cabelo. — “E cego…”

     “Do que está falando?” — afastei-me do seu toque.

     “Jongdae é uma pessoa complicada, daquelas que te fazem quebrar a cabeça para no fim não conseguir nada” — se afastou um passo. — “Então apenas desista de agradá-lo… Você consegue coisa melhor”.

     “Do que está falando?” — olhei seu tronco perto da batente e o ouvi rir nasalado.

     “Que Jondgae tem gostos um tanto quanto… Peculiares” — olhou uma última vez andar de avançar para além de porta. “Não tente entendê-los”.

     Depois disso apenas saiu, me deixando com o silêncio da noite sem entender nada. Mas algo não saiu de minha cabeça enquanto tentava pegar no sono novamente, e isso era o fato de que eu queria conhecer todos os lados de meu irmão, ainda mais do que seus amigos conheciam.

 

 

~*~

 

 

     E descobrir qual o significado por trás das palavras de Chanyeol passou a ser meu único objetivo, mesmo que esse tivesse me recomendado parar de tentar agradá-lo. Não compreendia seus motivos para dizer aquilo, mas não me prendi a isso, apenas ter os olhos de Jongdae para mim importava.

      E realmente aquilo foi a única coisa que importou.

     Nos dias que se seguiram duas coisas me vieram acontecer. Cronologicamente comecei a receber mensagens de Chanyeol — eram apenas conversas normais perguntando como estava meu dia, mas com o passar do tempo as ditas cujas deixaram de ser apenas algo inocente e bobo. Ele estava tentando evadir minha privacidade e me pedia coisas que não eram normais. Fotos, insinuações, vídeos, sexting… Qualquer coisa que deixasse de envolver companheirismo e partisse para algo mais carnal. — Claro que sempre neguei, mas isso me deixava receoso por conta dos olhares nada castos que recebia quando visitava meu irmão e até na hora do intervalo.

     A segunda coisa veio a seguir. Foi em uma noite de sexta-feira, quando nossos pais ficaram presos no trabalho. Que Jongdae via coisas inapropriadas não era dúvida para mim há um bom tempo, mas naquele dia de verão eu não esperava ver algo além de um garoto entediado na frente do computador, pois mesmo vendo pornografia, ele nunca pareceu realmente interessado naquilo.

     Eu havia acordado pouco depois das seis da tarde na sala, o corpo dolorido e com vontade de ir direto para cama em busca de conforto, mas o que vi foi capaz de me fazer travar na batente. Era a primeira vez que o via se masturbando e gemendo alto com a cabeça inclinada para trás em puro êxtase.

     E o certo seria eu ter saído dali e tentado esquecer o que vi, mas estava muito vidrado para ter qualquer reação. Ver a forma como ele se estimulava me fez ficar excitado e querer mais daquilo. Meu âmago dizia que era errado, que eu deveria sair e que se fosse pego, provavelmente iria gerar uma briga intensa entre nós dois, mas não me importei e meus movimento foram involuntários quando senti uma visgada no meu baixo ventre. Era uma espécie de voyeur que eu estava gostando mesmo sendo minha primeira vez com aquela experiência.

     Nem ao menos me dei conta quando comecei a repetir os atos dele atrás da porta entreaberta. Adentrei em segundos meu moletom e passei a me estimular, sentindo minha pulsação entre meus dedos e mordendo a boca para abafar os gemidos.

     Sentia aos poucos minhas batidas cardíacas perderem o compasso e minha respiração se tornar pesada. Até mesmo me apoiei na parede ao lado da porta para terminar aquele processo aos sons da voz rouca que Jongdae deixava escapar. Aquilo tudo era tão errado e perigoso, mas ao mesmo tempo tão estimulante…

     Chegara ao meu ápice ao imaginar como seria ser tocado pelo outro, chupado, marcado... Éramos irmãos, mas naquele momento isso não era importante, afinal eu nem mesmo podia raciocinar com um pós-orgasmo.

 

 

~*~

 

 

     Quando acordei naquele sábado, sufocado pelos pensamentos nada castos relacionados a Jongdae, levei um dia arrastado. Se tornava cada vez menor a frequência com que via meus pais devido as constantes viagens de negócios e também se tornava cada vez mais intensa as visitas dos amigos de Dae. E quando a noite nos acometeu, nada foi diferente do que sempre foi.

     Naquele dia o Park havia levado bebidas para se divertirem a noite toda, mas Jongdae não aguentou nem a terceira garrafa antes de cair grogue no colo do ruivo. E nos meus planos eu apenas queria passar o resto da noite dormindo, esquecendo o quão perturbador estava se tornando minha vida, mas eu não estava sozinho.

     Meia-noite em ponto era o que marcava no relógio.

     Ele estava lá encostado na batente, os braços cruzados e um sorriso de canto. Eu não soube porque, mas tive medo. E naquela noite, contra minhas vontades eu havia sido tocado por alguém — Jongdae estava praticamente desmaiado no andar de baixo, então meus gritos eram em vão; o tal tio responsável pela nossa segurança nunca chegava antes das três da manhã. — Em tantos anos, a última vez chorara tanto, fora quando eu fui deixado pelo meu pai no orfanato.

     Nada podia ser feito e quando Chanyeol foi embora, já era tarde para ser socorrido.

 

~*~

 

 

    Quando senti Jongdae tocar em mim pela primeira vez, foi realmente um choque de realidades. No dia seguinte, pela primeira vez em dois anos, ele pareceu preocupado comigo e me deu a devida atenção — mesmo sendo um pouco tarde e não da maneira que eu queria, pois ele apenas me ajudou, pois sabia as consequências de tudo que cairia sobre si caso nossos responsáveis vissem aquilo.

     Minhas roupas estavam em sua maioria rasgadas, meus olhos vermelhos de tanto chorar e marcas roxas como registros de algo que fui submetido a contragosto. Sentia meu corpo doer e me sentia sujo apenas pela forma que Jongdae me olhava — confuso, assustado, com nojo… — Tentei me justificar, mas nada saía de minha boca e toda minha voz fora gasta com o berros da noite anterior.

     “Min…?” eu não tinha certeza se ele não queria me chamar pelo nome completo ou se fora incapaz de fazê-lo.

     Eu deveria estar feliz por ter sido finalmente visto por ele?

     Estava muito confuso para fazer qualquer coisa que não fosse chorar, então ao menos percebi quando ele se sentou no canto da cama e afastou o cobertor que puxara para me esconder. Seus dedos estavam quentes quando tocaram minhas bochechas, secando as lágrimas involuntárias que vieram a cair.

     Por que ele não dizia nada? Eu precisava de consolo e seus toques naquele momento não eram a solução para isso. Nunca havia considerado que renegaria seus toques e sua atenção, mas lá estava eu, encostado na parede abraçando as próprias pernas enquanto seu silêncio me fazia companhia.

     “Eles vão chegar logo… Precisamos fazer algo” Ele realmente parecia não querer entender meus sentimentos e minhas dores naquele momento. Eu já não tinha mais medo de Chanyeol, mas sim da falta de humanidade em Jongdae.

     “Você não vai fazer nada?” Foi automática a pergunta. Agora era eu quem o encarava incrédulo.

     “O que quer que eu faça?” não quebrou o contato visual em nenhum momento.

      Abaixei os olhos, me perdendo um pouco nos próprios pensamentos e suspirando enfim sem falar nada. Suas mãos voltaram a encostar em mim, dessa vez tocando em meu braço e subindo até estar no meu maxilar, onde me forçou a levantar o rosto e lhe encarar.

     “Quer que nossos pais lhe vejam assim?” Indagou e um nó se formou em minha garganta.

     Naquela manhã ele me ajudou, mas não me senti satisfeito independente do que fizesse — fosse lavando meus cabelos, colocando curativos ou acariciando meu rosto inexpressivel… — Talvez Chanyeol tivesse levado consigo minha virgindade e roubado um pouco dos meus sentimentos.

 

~*~

 

     Cada pequeno poro meu parecia doer — mesmo deitado era como se a sensação das unhas alheias me arranhando ainda fosse frescas; até mesmo podia sentir a palpitação em cada chupão se fechasse os olhos e focasse em mim mesmo. — O que foi a única coisa que fiz enquanto permanecia deitado encarando o teto iluminado pelas figurinhas.

     Segundo o que me fora passado, a visita dos nosso pais não passaria de um bate-volta. Apenas queriam se certificar se tudo estava bem antes de voltarem para Busan para fechar alguns contratos. Jongdae por sua vez fizera questão de encenar, dizendo que eu estava dormindo e que as provas estavam acabando conosco, e como bons pais eles nem ousaram atrapalhar meu descanso.

     No fim não participei do jantar e era meia-noite quando ouvi as despedidas e portas sendo fechadas. Então vi Jongdae aparecer na porta, me encarando de cima a baixo antes de entrar — era péssimo ter sua atenção por dó.

     Havia questionado durante o banho porque não deveria denunciar Chanyeol para a polícia e ele disse que tirariam minha guarda de adoção por ser um abuso em domicílio, junto a falta de interesse dos responsáveis. Eu não entendi ao certo que tipo de justiça era aquela, mas me mantive quieto.

     “Por que não desejaria perder minha guarda depois disso?” Perguntei quando ele tirou sua blusa e colocou a do pijama.

     “Por que você os faria chorar e deixaria uma cama vazia” Se sentou do meu lado.

     “E isso faria diferença?” Me afastei até a parede em um pedido mudo para que se deitasse.

     “Eu tinha medo de escuro” Ficou de frente para mim. “Sim, faria diferença ”.

     “Por que deveria acreditar em você se nunca me tratou como irmão?” Touché. O vi abaixar os olhos, pegando minha mão e entrelaçando os dedos.

     “Por que não somos” Disse simplesmente. “Não gosto de pensar assim, pois irmãos não podem se apaixonar”.

     “É clichê…” Olhei o nó de nossos dedos. “E não justifica seus atos ”.

     “Eu sei” Respirou fundo. “Mas é melhor do que admitir que sempre fui mesquinho e egocêntrico, que mesmo depois de crescido, mantive essa máscara por costume”.

     “Sim, é melhor” Comprimi os lábios, sentindo seus olhar sobre mim.

     E o silêncio prevaleceu, assim como o calor de nossos corpos juntos.

     Irmãos não podiam se amar, isso era fato, assim como não podiam de beijar — coisa feita momentos depois que um clima atípico nos envolveu, — e também não podiam trocar carícias sentimentais. Então eu me assumi como seu não-irmão, pois isso nos livrava de muitos pesos na consciência.

     As marcas eu poderia superar, sua rejeição poderia ser substituída pelo Jongdae atual, Chanyeol poderia sentir na pele o que fez outros se submeterem — isso era questão de tempo. — Então, como sempre, eu apenas precisava esquecer meus problemas e me iludir um pouco com um final feliz inexistente.


Notas Finais


Incesto sendo riscada agora do caderninho dos 30 temas...


Agora só falta 29 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ~chorando


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