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História Midnight - Danger


Escrita por: Geekcj

Notas do Autor


Espero que gostem do primeiro capítulo. Até logo! ;D

Capítulo 1 - Danger


Acordo. Olho para o relógio na minha escrivaninha e ele me informa que ainda são 10 horas da noite. Mesmo sabendo que ainda me restam 9 horas até o primeiro dia de aula, sei que não vou voltar a dormir. São os pesadelos de sempre. Aqueles que me deixam acordada durante horas.

Levanto da cama e dou uma espiada pela janela. O carro do papai não está em casa, o que significa que estou completamente sozinha. Saio da janela e me deparo com minha péssima aparência no espelho. Meus cabelos que se estendem até metade das minhas costas estão descontrolados. Gosto deles, são escuros como meus olhos. Olhos que se perderam entre olheiras profundas, uau, estou realmente parecendo um zumbi. O toque do celular me desperta dos meus pensamentos. Olho para o identificador de chamadas, é Lydia.

- OLÁ ALLI!

- Oi Lydia. Você poderia por favor não gritar ao telefone?

- Certo, certo, Alli. Aliás, eu só liguei para saber por que diabos minha melhor amiga ainda não chegou na minha festa de aniversário.

O aniversário de Lydia, eu esqueci completamente.

-É... é... deve ser porque no momento que atendeu essa chamada ela estava a caminho da sua festa.

- Mentirosa.

- Me desculpe, Lydia. Não sei como eu esqueci, olha...

- Tudo bem, Alli. Sei que esses meses não tem sido fáceis e tudo mais. Você não precisa vir, ok? A gente se vê amanhã na aula.

- Não, eu vou. A senhorita acha que vou perder a maior festa do ano? Mesmo faltando 9 horas para o primeiro dia de aula? Chego aí em 20 minutos.

-UHUL! Ok, ok. Tome cuidado, por favor.

- Certo. Até logo.

Deixo o celular na escrivaninha e vou até meu armário. Tiro de lá minha calça jeans e uma regata preta. Pra completar, all star preto. Nada que chame a atenção, perfeito. Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e dou uma olhada na adolescente de 16 anos e penso que zumbis podem ir em festas. Vai ficar tudo bem.

Saio do meu quarto e vou para a cozinha deixar um recado para o papai:

Na casa de Lydia. Não se preocupe, volto logo.

O papai não tem ficado muito em casa, então duvido que vá chegar antes de mim. Mesmo assim, deixo o bilhete na geladeira. Vou até a garagem para pegar meu automóvel de locomoção, uma bicicleta. Não me preocupo em andar com ela por aí, essa bicicleta tem lá seu charme. Saio pela porta da garagem e começo meu trajeto. A casa de Lydia fica a 6 quadras da minha. A rua está vazia e devo dizer que isso me aterroriza um pouco, fazendo com que eu comece a pedalar loucamente até chegar lá.

A casa está literalmente cheia de adolescentes bêbados. Ainda estou no quintal, mas pela janela da sala que está aberta no primeiro andar consigo visualizar um pouco da situação. Deixo minha bicicleta no quintal dos fundos e me dirijo até a porta da frente. Você consegue Allison! Antes que eu consiga bater na porta, Lydia a abre com um sorriso de orelha a orelha e me abraça de uma forma que me ergue do chão. Ela está claramente bêbada, mas mesmo assim consigo admirar sua beleza. Ela é aquela garota popular da escola que todo mundo gosta. Ruiva, alta e que exala confiança. Até hoje não entendo como ela virou amiga de um desastre como eu.

-Não acredito que você veio Allison! Mil vezes obrigada, sério!

-Qual é Lydia, eu não podia perder sua festa.

-Ótimo. Olha, preciso gerenciar as coisas por aqui, mas prometo que volto daqui uns 30 minutinhos. Você promete continuar viva e tentar socializar um pouco com o pessoal?

Dou uma olhada em volta da sala, onde se encontrava a maioria dos convidados. O espaço era grande, então acredito que 40 adolescentes populares, babacas e bêbados estavam ali. Então senti uma grande vontade de gritar na cara de Lydia e perguntar se ela estava realmente falando sério. Mas simplesmente sorri e disse:

-É claro que sim. Eu prometo.

-Certo. Volto logo.

Antes que eu pudesse responder, Lydia já tinha sumido e eu estava ali, sozinha e tentando não pirar. A música explodia nas caixas de som fazendo muitas garotas mexerem seus corpos loucamente até o chão. Preciso sair um pouco daqui, pois sinto que o volume da música alta vai estourar meu cérebro. Me dirijo até a escada que vai para o segundo andar. Subo até lá porque sei que antes de uma festa começar aqui, Lydia sempre proíbe o pessoal de subir. Provavelmente para proibir casais adolescentes de transarem nos quartos. Como imaginei, o andar está vazio. Sigo em direção até o banheiro, mas alguém puxa meu braço. Jackson, o cara mais babaca da escola.

-Quem você acha que é...

Antes que eu consiga terminar a frase, Mike gruda seus lábios nos meus. Sinto seu hálito com gosto de vodka. Tento a todo custo me livrar dele mas não consigo. É nojento e sinto vontade de arrancar a cabeça dele. Ele se afasta e me olha diretamente nos olhos.

-Allison, faz tempo que não te vejo, não é? Ah, eu me esqueci. Depois que sua mãe morreu, você virou a garota esquisita que não sai de casa. Você não acha que já é hora de superar?

Agora tirando os olhos de mim ele sussurra no meu ouvido.

-Eu posso te ajudar. Nada que uma noite comigo não resolva.

As palavras dele me atingem como um golpe e com uma força que eu não sabia que existia dou um soco em seu nariz. A primeira coisa que sinto é felicidade por ver que meu golpe está lhe causando dor. Mas depois sinto minha mão latejando e penso que posso ter quebrado alguns dedos. Quando percebo, Jackson começa vir em minha direção com um ódio assustador no olhar. Então eu corro. Desço as escadas e tento visualizar Lydia em algum lugar, não a encontro. Olho para trás e percebo que Jackson me perdeu de vista. Vou até a porta e saio para fora, preciso ir embora. Ainda sem recuperar o fôlego vou até o quintal e pego minha bicicleta. Subo nela e sem pensar duas vezes vou embora dali. Sinto lágrimas escorrendo no meu rosto enquanto continuo a pedalar. Antes que eu consiga completar a última quadra para chegar em casa, algo me atinge com força. Bato com a cabeça no chão e sinto minha cabeça girar. Agora a dor se estende por todo meu corpo. Tento fazer minha cabeça parar de girar para ver o que me atingiu, mas tenho certeza que Jackson  me seguiu e conseguiu me derrubar. Uma dor terrível me atinge e sinto que meu braço começou a pegar fogo. Nunca senti esse tipo de dor antes, então fecho os olhos porque preciso ver se meu braço quebrou com a queda. Com calma, abro meus olhos calmamente e percebo duas coisas:

Meu braço não está quebrado. Uma mordida profunda se encontra ali.

E a segunda coisa é que não foi Jackson que me atingiu. E sim um lobo gigante que me observa com olhos incrivelmente brilhantes.

Essas são as últimas coisas que vejo antes de apagar completamente.

 



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