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História Midnight of Halloween - Convidados Indesejáveis


Escrita por: ClaraMarques04

Notas do Autor


Oi oi gente, tudo bom? Finalmente as vagas foram preenchidas e podemos iniciar a história KKK
Meu note quebrou, terei q escrever pelo celular, por isso a qualidade não será a mesma

Boa leitura

Capítulo 4 - Convidados Indesejáveis


Fanfic / Fanfiction Midnight of Halloween - Convidados Indesejáveis

09h01 PM

Thomás Rawerd

Consultando as horas vejo que o plano falha na prática, sendo bem calculado na teoria. Eu chegaria na Casa Horripilante ás sete e chegaria em torno de oito e meia na festa. Devia ter considerado o atraso de duas horas da fila. Posso sentir as mãos de Esther apertando o meu pescoço. Só não achei que essa casa velha se tornaria ponto turístico de Nova Orleans. Fui tapado, sei disso.

A casa tem dois andares, paredes cinzentas, janelas quadradas cobertas por cortinas rasgadas, as telhas mal cuidadas e o quintal que aparenta pertencer a um território de cemitério. Impressionante que os caras pegaram a casa, invadiram a propriedade e inventaram a história de ser mal-assombrada. Melhor mesmo é pagar dez dólares para entrar e encarar babacas fantasiados nos corredores.

- Meia volta, nanico. – o cara fantasiado de Freddy Krueger. O menino vestido de Peter Pan tenta discutir, e sem êxito sai da fila batendo o pé - Pode entrar fadinha, o Batman, o Jason, a Branca de Neve e você é... Fantasma da ópera? – disse o cara responsável pela entrada, franzindo o cenho.

Assinto seguindo os outros numa fila indiana na direção da entrada da casa. Mais dois guardavam a porta de madeira, e assim que entraramos a mesma foi fechada bruscamente. As garotas gritaram abraçando os outros, supostamente namorados. Oras, até na Casa Horripilante seguro vela. A entrada parecia ser das mais comuns casas do bairro, tirando os maus cuidados da casa. Se a iluminação fosse mais eficiente do que pequenas lâmpadas vermelhas, com certeza as teias de aranhas fariam parte do cenário.

Uma figura encapuzada surge duma porta forçando gargalhadas maléficas, ordenando encostar na parede. Pelo contato físico pode-se sentir o bolor e o cheiro de poeira. Quem tem rinite deve passar longe daqui.

- Ora, ora, faltam menos de três horas para o Halloween. Para o dia dos mortos sairem das covas, para as aparições vagarem livremente na terra dos mortais, três e tudo que teme será real. Os cabelos vão arrepiar, a voz falhar quando gritar. – O jovem continua a forçar a voz, aquele discurso foi decorado no decorrer do dia. Suspiro de desdém. – Conhecem a história das Botelho. As gêmeas oriundas de Nova Orleans: Leila e Clementina, filhas da amarga Wanessa Botelho. Wanessa viuvou quando as meninas nasceram, uma tragédia de fato. Nenhuma das duas eram boazinhas, não obedeciam, pouco ligavam para regras impostas pela mãe. Com a falta de amor recíproco, a mãe se apegou no gato que era um bom companheiro apesar de ser preguiçoso. Com ciúmes do gato e de modo peverso e frio, Clementina e Leila assassinaram o gato. Enfurecida e bêbada, a Wanessa tomou duas facas querendo vingança justamente na madrugada do Halloween de 1964, ela não só matou as filhas como arrancou o olho esquerdo de uma e o direito da outra. Wanessa velou os defuntos juvenis se perguntando se as encontraria no inferno ou teriam chance de perdão, horas depois, quando o sol mostrava a face ela tomou a faca e rasgou a própria garganta, ficando entre as duas.

Uma história mirabolante que cai bem com a casa. Os outros adolescentes soltavam risadinhas de deboche perante a atuação do rapaz.

- Há quem diga que os espíritos das três vagam nestes corredores, assombrando que ousa perturbar a paz na pós-vida. Agora... Vocês são os convidados indesejados das Botelho.

As lâmpadas começam a piscar freneticamente apagando em seguida, deixando-nos presos na escuridão. Não temo o escuro, não quando do lado esquerdo da escada iluminação roxa se revela. Suponho que seja naquela direção. O sofá rasgado, candelabro parado, pinturas e fotografias espalhadas pelos quatro cantos, a televisão de tubo num móvel rústico todo ferrado.

Que belíssima sala de estar, srtas. Botelho.

Me aproximo de uma das fotografias e posso não só vê-las na imaginação como ver como eram. Duas crianças perversas, uma mulher lindamente de cruel e o gato gorducho vítima sem pudor. Distraído no imaginar os quatro no estado deplorável cadavérico, salto quando a televisão ligou no som estridente do canal estático. Todos foram vítimas do susto.

As luzes se apagam, querendo dizer que o tour pelo móvel acabou. Luzes verdes iluminam a sala da onde o receptor encapuzado surge. A cozinha. Fogão sujo, a louça quebrada, janelas quebradas, pisos quebrados. A mesa das refeições estão repletas de coisas falsas e algo que os cara plantaram ali para feder. A Branca de Neve tossia de ânsia ganhando apoio do Jason. Levo a mão ao nariz repelindo o fedor, respirando pela boca.

O babaca do Batman abre a geladeira enferrujada, mesmo sabendo o que encontrar ali, supondo ser comida estragada fomos enganados mais uma vez. No pique das luzes fracas surge o sibilar do felino que rangia no pé da fada, alguém solta um palavrão apresantando  a voz de  surpresa. O gato espreita o cômodo, completamente alucinado. A fada sobe na cadeira tomada pelo panico, o escuro domina novamente, e o bichano enlouquece atrás de mim, tento chutar desesperado. A escuridão retorna e luzes vermelhas brilham no corredor. Sou o primeiro a abandonar a cozinha para fugir do cretino, descobrindo a origem da iluminação precária.

Os piscas-piscas estão enrolados no corrimão. Próximo destino, o andar superior.

No pézinho de pluma a escada range baixo, as madeiras são frágeis. Firmar o pé ali é missão impossível. Os quatro gritam para eu ir logo, isso porque eles não sentiram a insegurança que os degraus proporcionam. Delicadeza é pouco para calar a madeira velha. Pressionado pela galera, resolvi ir a fundo. O calcanhar é apanhado por mão de baixa temperatura, a risada surge e sou empurrado às pressas.

Perco a chance de respirar porque logo vamos para o próximo cômodo, o quarto das Botelho. Nada de exclusivo, na verdade. Duas camas sem colchão, o piso de madeira, o guarda roupa no lado da porta.

Certo, seja quem for que planejou a Casa Horripilante deve ganhar parabéns pelo evento.

Como ousa ter a frieza de trazer de volta a história vil como a da família Botelho?

Gritos. Cubro os ouvidos. Como ninguém se assustou? Eles permanecem. Gritos femininos. As pernas tremem, os dentes batem, os gritos não param. Os outros ficam a espreita na busca de algo, enquanto fico atordoado pelos gritos agudos.

Por favor… Parem…

MAMÃE!

FUJAM!

MAMÃE!

NÃO!

NÃO!

NÃO!

Desta vez, os assustei.

As luzes se apagam de novo. O closet é aberto bruscamente, os gritos vem de pessoas reais. Caolhas. Nos chamando de mamãe, implorando piedade, nos expulsando. A correira se repete, por parte deles. Continuo estático, de pés grudados ao piso. As atrizes merecem Oscar, mas e o que o tremor ganha nisso? Elas começam a se preocupar, estalando os dedos e me chamando por sinônimos de garoto.

GÊMEAS, GÊMEAS VAMOS BRINCAR!

Abandono o quarto no primeiro sinal das pernas, batendo o ombro na parede do corredor. Gemendo de dor, tenho que ir pro quarto de Wanessa Botelho, qual seria a porta? No silêncio sepulcral fica difícil saber.

Pensar no episódio de gritos não vai me levar até lá, tenho que focar e sair daqui. É só uma atração, droga! Cambaleio de ombro latejando para a última porta. Escoro-me no batente e nada de luz, só as da rua. Espreitando pela janela pode-se ver a longa fila de fantasiados. Depois de analisar o cenário externo, reparo no interno. Parece ser um tipo de porão ou sótão por causa das coisas amontoadas no fundo. Virando de costas me deparo com o próprio fantasma da ópera, que lugar estranho.

Me encolho de frio vendo que o show acabou, e num forte silêncio o celular faz escândalo. De mãos trêmulas quase não consigo atender.

É bom ouvir a voz de Esther, mesmo que aos berros, porque de certa forma me traz para a realidade.

O espelho reflete o pavor se transformando para a tranquilidade, os caras são bons pra cacete. Atrás do espelho noto um capuz e suponho ser um dos caras que cuidam do evento, mas ele não se mexe. Ele sabe que o vi? Não me pronuncio. Nem ele. Só sei que naquele capuz negro  o vento bate sereno.

Aproximo lentamente estendendo o braço para tocar no tecido que se revolta ao fazê-lo. Recuo e o capuz oculta olhos vermelhos de sangue e dentes brancos, sintilantes e afiados, o capuz vai se desfazendo no chão como se não tivesse nada o sustentando. Não penso em nada a não ser correr. A segunda porta se rompe em gritos e uma mulher de pescoço ensaguentado e facas na mão jurando morte a nós… Convidados indesejáveis.

Mesmo ofegante consigo seguir o resto para fora, sendo cegados por flash’s. Caio na grama de tanta fraqueza que perdi lá. O quarteto se vai aos risos e aos tapas das namoradas. Nem se quer olharam para mim.

Um garoto sardento vestido de Luke Skywalker me oferece a mão querendo me erguer.

Antes de sacar as notas do bolso, analiso a foto. O flash estraga a Branca De Neve, destaca a bocona da Fada, difícil saber a reação do Jason por causa da máscara, o Batman sorria. E eu… logo atrás do ombro do Jason, assustado, de olhos vermelhos.

Não compro a foto.

A Switch Boulevard deve estar deserta por causa dessa casa maldita.

Quando sou recebido, Sophia é Carolyn acharam que eu não vinha. Encontro outras pessoas, como o Andrew, o Mathew, a Amy e a insuportável da Charlotte. Qual é o problema da Amy? E claro, a madrinha Esther.

Minha feição também muda. Logo nos abraçamos e ela elogia a minha escolha da fantasia. Por mais que a festa e as amizades sejam boas, não largo os gritos de lado. Aquilo foi real. Estavam ali. E o capuz? Que efeito eles usaram? Muito louco.

Já passava das onze quando, Carolyn pega o microfone do DJ e propõe


Notas Finais


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