História Mika e Yuu (Girl) - Chisa

Yuu on

     Mika me carregava de volta para o acampamento, conforme chegávamos perto percebo que os moradores do local onde estávamos o olhavam de forma indiferente como se ele fosse um monstro, mas nenhum deles ousava querer mexer com ele. Mika parecia está acostumado com esses tipos de olhares de preconceito, pois ele simplesmente ignorava os moradores que fofocavam e continuava a seguir o caminho, eu não os culpo sei que estão mais assustados do que com raiva já que a maior parte de suas crianças foram levadas pelos vampiros.

     Quando Mika chegou um pouco perto da roda onde estavam reunidos somente Shinoa, Mitsuba e Yoichi; consigo ouvir o que eles conversavam.

- Vocês o acharam?!- Shinoa perguntava preocupada

-Eu verifiquei toda área norte perto do acampamento, nenhum sinal dele – Mitsuba solta um suspiro de cansaço, parecia que ela havia corrido uma maratona.

- Eu também não o achei – Yoichi falava cabisbaixo – Kimizuki e Makoto ainda não voltaram da busca, talvez eles tenham mais sorte.

      Quando chegamos mais perto, Shinoa acabou nos notando e andou em nossa direção com os outros atrás dela. Eu fiz uma tentativa inútil de esconder meu rosto no peitoral de Mika com esperança de que não me notassem.

-Mikaela-san, você achou o....- Shinoa  ia pergunta algo, mas ela e os outros pararam de andar ao me notar nos braços de Mika – Quem é essa garota?- Mika não respondeu, acho que ele esperou que eu tomasse coragem em dizer “Oi gente voltei, sou eu o Yuu, eu acabei virando uma garota por consequência de usar a serafim do fim por completo Ahahaha” e é claro que não falei nada pela imensa vergonha que estava sentindo

- Olha só Mikaela – san, pare de flerta com as garotas daqui, ainda mais em um momento delicado como esse – Mitsuba o repreendia.

- Não roube minha frase, Mi-chan – Shinoa fez suas caras e bocas de sempre, e Yoichi estava com um sorriso torto estampado no rosto

- Não estou flertando – Mika falava em um tom sério, quando Kimizuki e Makoto chegaram.

-O que está acontecendo? Encontraram ele? – perguntava kimizuki

- Ainda não – Falou Shinoa

- Encontraram sim – falei e todos olharam para mim

- Quem é essa garota nos braços do vampiro? – perguntou Makoto

- Por favor, Mika já pode me colocar no chão – falo enquanto ele me descia devagar de seu colo até sentir que eu podia ficar de pé, respiro fundo e tento parecer séria para que não pensassem que era brincadeira – Gente, sei que é bem difícil de acreditar mais sou eu, Yuuchirou – falo tentando parecer natural mais todos ficam boquiabertos.

-Hahahaha – Shinoa solta uma gargalhada forçada – Que grande senso de humor moça

-Estou falando a verdade, Shinoa – falo e ela fecha o sorriso.

- Ela parece está falando á verdade – Yoichi falou – Olhem a roupa dela e a aparência, são iguais a do Yuu-kun – todos ficaram quietos e ainda pareciam tentar acreditar

- Bom vou explicar melhor para vocês.... –  começo á explicar desde o começo. Quando termino todos permaneciam sérios – Mais pessoal, não precisa se preocupar com isso, agora temos coisas mais importes para nos focar. Depois eu resolvo esse problema – sorrio tentando corta o clima de preocupação de todos

-Yuu-san tem toda razão – falou Shinoa séria – Além do mais ele ficou menos feio assim 

-Exatamente! Pera aí o que?! – falo

- Bom mais você tem certeza que seu corpo é de uma garota mesmo? – Mitsuba falou desconfiada – Quero dizer, você já se viu por completo? – ela falava um pouco envergonhada

- Como assim? “Me vi por completo”...  

-Nossa mesmo sendo uma garota você não se tornou menos burro – Shinoa zombava

-Hã?!

- Ela quis dizer se você já se viu nua, vai se.....- Shinoa coloca a mão na boca para esconder os risos- Naquela região você ainda a tem como masculina –quando Shinoa falou isso todos começaram a ficar desconfortáveis com esse tipo de assunto

- Q-QUE TIPO DE COMENTÁRIO É ESSE??? SUAS P-PERVERITDAS! – falo corada

- H-Hé , Yuu-kun, as suas roupas estão maiores do que deviam – Yoichi falou tentando mudar o assunto – Não seria melhor troca-las?

-Admito que está bem difícil de andar com elas, mas aonde irei arranjar roupas?

-Shinoa, você pode emprestar alguma roupa para el-a? -  perguntou Kimizuki

-Eu até emprestaria mais....- Shinoa disse se aproximando de mim e encostando a mão dela em meu seio, dando leves apertadas no mesmo– As blusas não vão caber, isso é muito grande – todos ficaram vermelhos com o ato de Shinoa

-Você não tem limite....-falo dando um sorriso sinico

-É, eu sei - ela fala sendo bem otimista

- Dá para tirar a mão do meu peito, isso está estranho.

- Ok. Mi-chan, talvez suas roupas entrem no corpo da Yuu-san – Shinoa dizia apontando para as roupas que Mitsuba usava.

- Tá né, fazer o que, vem comigo Yuu – ela disse e eu a segui com um pouco de dificuldade por causa do tornozelo dolorido; entramos em uma casa bem velha que estávamos usando como nosso refúgio.  Ela me guiou até o quarto onde ela e Shinoa ficavam, tirou uma roupa do armário igual á que usava, além de tirar também roupas intimas.

-Achei que só tivesse essa roupa que está usando do exercito demoníaco (gente não sei se é exercito demoníaco mesmo, mas vocês sabem de qual roupa eu estou falando) 

-Nós só tinhamos essa, mas os moradores daqui nós deram mais algumas como agradecimento por protegermos eles  –ela explicou

- Como eles têm acesso á essa roupa se ela é do exercito? – pergunto curiosa

- Eles disseram que um grupo de garotas que também pertenciam ao exercito passaram por aqui, e que elas pareciam estar fugindo, e para não serem reconhecidas pediram roupas para os moradores, deixando essas aqui para trás. – ela dizia fechando a janela do quarto já que estava escurecendo – E eu acho essas roupas do exército boas para batalhar, o que é nosso caso, pois a qualquer momento podemos ser abordados pelos vampiros

- Por que elas fugiriam do exército? – indago

- Não sei, talvez quisessem uma vida normal .... – ela dizia saindo do quarto – Agora se troque que eu vou trazer curativos para cuidar desse tornozelo

-Espere Mitsuba!

- O que foi?

- Obrigada pela roupa mas...- falo me sentindo corar – Eu não sei como vocês colocam isso, pode me ajudar? – eu pego o sutiã e mostro á ela

-Ah é, esqueci que algumas horas atrás você era o baka-Yuu garoto, mas agora é apenas o baka-Yuu garota – ela falava

- Como é que é?!

- Calma, calma. Agora, Tira sua blusa! – ela ordenava

- Nem vem, sua pervertida! Acho que você está passando muito tempo com a Shinoa – falo corada

  -Não viaja baka-Yuu! Você agora é uma garota, então não tem problema – ela parecia um pouco corada – Além do mais como você quer que eu te ensine a colocar o s-sutiã

-Vocês garotas tem um costume estranho – eu falava com cara desdém, mas mesmo assim comecei a retirar a blusa que usava. Mitsuba me ensinou a colocar o sutiã além de me dizer algumas coisas que garotas precisam saber, depois ela se retirou do quarto

   Após eu me trocar saio do quarto, as roupas não estavam mais pesadas conseguia caminhar melhor com elas.  Ando pela casa até chegar á sala onde Mitsuba estava sentada no sofá com uma caixa de curativos nas mãos

-Senta aqui – ela colocava a mão no sofá para eu sentar ao seu lado

-O-ok – sentei ao seu lado e ela pegou o meu pé delicadamente e o colocou sobre seu joelho, retirou minha bota e começou á passar uma pomada para aliviar a minha dor, ao termina, ela enfaixa o meu tornozelo com gaze – Pronto!

-Obrigada pela ajuda Mitsuba, mas como sabia que eu havia machucado o meu tornozelo? – perguntei

-Bom, Mikaela estava te carregando, então deduzi que havia se machucado – ela fala soltando uma pequena risada-Afinal ele está sempre te protegendo

-É...Mika é assim, sempre cuidou de mim- falo dando um sorriso olhando para meu tornozelo 

- Então, a donzela já se cuidou? – Shinoa entra pela porta da frente girando como sempre

-Engraçadinha -  falo forçando um sorriso – Mais onde estão os outros?

-Os meninos foram buscar água, daqui a pouco eles chegam – Shinoa falava se jogando no sofá ao meu lado – Sabe como é eu sou uma dama e não posso carregar muito peso.

- Dama. Há! Não me faça rir! – Kimizuki nos surpreende, entrando com dois galões de água pela porta e as colocando no chão -  Você desapareceu na hora que falamos em buscar os suprimentos

- É verdade – falou Makoto entrando também com dois galões de água – Você só queria  fugir do trabalho

-Sabe como é – Shinoa falava dando de ombros - Eu prefiro evitar a fadiga – ela se aconchegava no sofá

-Você é uma.... – Makoto falava zangado

- Vamos nos acalmar, afinal não precisamos brigar por esse tipo de coisa – dizia Yoichi que chegou com uma sacola que parecia ter alguns enlatados. Atrás dele estava Mika que também trazia suprimentos além de alguns galões de água.

- Já trouxeram tudo? – pergunto

-Não, nós pretendíamos trazer mais água mais estamos um pouco cansados – dizia Kimizuki alongando os ombros por ter carregado muito peso- Além do mais, havia uma pessoa que também devia ter nos ajudado- Kimizuki fuzilava Shinoa, que se fazia de desentendida  

- Acho melhor trazermos o resto amanhã – dizia Makoto – A caminhada até o rio é muito longa.

 -Me deixa ir pegar – eu me levanto determinada e sinto que meu tornozelo não doía mais, acho que meu demônio já tinha me ajudado a curar – Sabe vamos precisar tomar banho e essa água que trouxeram não dará para todos nós

- Bom você tem razão mais... - Kimizuki me olhava pensativo- E o seu pé?

- Já está melhor agora, só foi uma batida, não é nada grave – eu falava dando uns pulinhos do chão para mostrar que estava tudo bem – Viu?

-É, mais mesmo assim não seria bom força – repreendia Mitsuba

- Não se preocupe Mitsuba não irei força, agora tenho que me apressar antes que escureça – falo saindo já com dois galões vazios em mãos e não deixando ninguém se manifestar para tentar me parar

     Enquanto fazia essa longa caminhada até o riacho que era um pouco afora da cidade, eu refletia o que seria de mim agora que sou uma garota, não que fosse ruim mais queria voltar a ser como antes.... O bom é que não sinto mais Ashuramaru como antes parece que ele está longe mais ao mesmo tempo está se escondendo nas sombras, esperando meu coração cair em mágoas e tentar dominar meu corpo. Queria poder confiar nele, mas ele não permite diz que humanos são mentirosos e gananciosos, então demônios são o que? Anjos por a caso?

    Perdida nesses pensamentos mau notei que já havia chegado no riacho lá eu encontrei cinco crianças de mais ou menos 6 á 9 anos de idade, duas eram garotas e os outros três eram garotos, todos brincando perto do riacho. As crianças eram do local onde estávamos, provavelmente os pais andavam muito ocupados para dá atenção á elas.

- Ei crianças é melhor voltarem para casa já está escurecendo – chamo a atenção delas

- É um dos salvadores – a garotinha que aparentava ter 7 anos de idade falava. Todas as crianças nos chamavam de “Os Salvadores”, por protegermos eles dos cavalheiros de John. Elas não compreendiam muito que éramos do exercito

- Há é mesmo! – um garoto que aparentava ter 8 anos confirmava. Quando me dei conta todas às crianças correram em minha direção, com os rostos sorridentes e os olhos cheios de esperança

- Onee-chan, Onee-chan – uma garotinha fofa de mais ou menos  6 anos de idade puxava a minha manga para chamar minha atenção

- O que foi? – respondo sorrindo enquanto me agachava para ficar na altura deles

- Vocês irão sempre nos proteger? – a garota perguntava docemente, eu não sabia o que responder. Eu sei que não ficaria por aqui por muito tempo e que logo, logo teríamos que parti.

- Bom é um pouco complicado....- falo e todos ficaram tristonhos – É.... Mas enquanto estivermos aqui não tem com se preocupar – falo tentando ascender os sorrisos deles novamente. E deu certo todos eles começaram a pular de alegria, elas começam a me puxar para brincar com elas,  

       Ouvimos um barulho vindo das árvores. As crianças ficaram assustadas e começaram a se esconder atrás de mim, não era um cavalheiro de Jonh porque eu ainda não havia sentido presença demoníaca... Eu coloco minha mão na espada pronta para atacar o que fosse que estivesse vindo, um cabelo loiro familiar sai por de trás das arvores.

- Você está aqui Yuu-chan, eu vim lhe ajudar – falava Mika que saia de trás das árvores eu estava aliviada mais as crianças continuavam assustadas.

- Á era só você Mika, achei que fosse algo pior – eu me levanto e tento ir na direção dele mais a garota de 6 anos agarra a minha cintura, impedindo que eu prosseguisse 

- NÃO VÁ ONEE-CHAN, ELE É UM VAMPIRO – ela falava desesperada com os olhos cheios de lágrimas.

- Não espere você entendeu...- antes que eu terminasse de falar o  garoto que parecia o mais velho dentre as crianças me interrompeu

- Vamos sair daqui onee-chan, ele vai beber nosso sangue! – ele puxava a minha mão

- Espera gente – eu tentava falar mais eles não deixavam de repente um dos outros garotos que estava tremulo, tomou coragem e pegou uma pedra, atirando na direção de Mika, claro que não surgiu muito efeito, mas eu não estava gostando de como as coisas estavam ficando. As outras crianças começaram a fazer a mesma coisa

- MONSTRO!- uma criança gritava enquanto atirava a pedra em Mika

-SAIA DAQUI! MONSTROS! – outra criança gritava também atirando pedras sem parar

-Parem crianças! – tento para-las mais ainda não me ouviam

    Elas continuavam a atirar pedras nele,  percebo que algumas das pedras atingiram o rosto dele, claro que não tinham o mesmo efeito de uma arma demoníaca, mas mesmo assim ainda abriram algumas feridas no rosto dele. O que me surpreendeu é que Mika não recuou só fechou os olhos. Corro em direção de Mika e entro na frente dele para cobri-lo de ser flagelado pelas crianças, uma das pedras atingiu meu rosto e quando as crianças perceberam isso pararam imediatamente.

- Yuu-chan... – Mika fala surpreso abrindo os olhos

- Onee-chan! – a menina de seis anos falava enquanto corria em minha direção – Você está bem?

-Sim, estou – falo

- Por que entrou na direção dele? Ele é um vampiro – uma das crianças perguntava

 - Sim eu sei que ele é um vampiro, mas ele é minha família. E do mesmo jeito que vocês protegerm uns aos outros, eu vou protegê-lo.

    - Família? – o garoto mais velho fez uma cara de nojo enquanto falava

- Sim! – falo firmemente – Por que algum problema?

   Todos ficaram quietos, e alguns abaixaram as cabeças como se estivessem levando bronca. Respiro fundo e começo a falar novamente.

-Olha crianças não quero ser algo ruim para vocês, sei que passaram por grandes dificuldades durante esses anos difíceis. Mas quero que saibam que nem todos os vampiros são malvados – eu falava enquanto me virava para Mika e pousava minha mão nos cabelos dele – Esse daqui, por exemplo, é mais inofensivo que uma mosca – eu falava rindo e afagando os cabelos dele.

-Yuu-chan, pare com isso – Mika tenta retirar minha mão e as crianças o olhavam curiosas, nunca viram um vampiro deixar um humano toca-lo

-Agora quero que todos voltem para suas famílias, já está bem tarde, elas devem estar bem preocupadas. –falo e as crianças assetem com as cabeças e começam a caminhar de volta para suas devidas casas

      A garotinha de seis anos foi a única a não sair, ela estava com os olhos vibrados em Mika e o mesmo percebera isso e acabou olhando para ela. Dou uma cutucada com meu cotovelo no ombro de Mika

- Tente ser gentil com ela, e não mostre muito as presas para ela não se assustar – falo cochichando para que a garotinha não ouvisse. Mika se aproxima dela calmamente e a mesma começa a se afastar ainda o temendo

- Não se preocupe não vou machuca-la – ele para e se agacha para ficar da altura dela – Desculpe-me se eu assustei você e seus amigos...

-.....- a garotinha não respondia, só ficou contraindo as mão no peito 

-Meu nome é Mika, qual o seu nome? – ele perguntava tentando parecer o mais gentil possível (AUTORA: mais vamos combinar que com ele falando assim está parecendo um Feridmolestador de crianças)

-C-Chisa (Autora: Chisa está na capa deste cap) 

-Muito prazer, Chisa – Mika estendeu a mão para cumprimente-la

     Chisa se aproximou dele, mas não o cumprimentou, invés disso estendeu um paninho rosa do bolso e colocou na mão dele.

- Me desculpe, por ter tacado pedras em você – ela dizia abaixando a cabeça – Pode ficar com o lenço – Chisa se vira e corre em direção ao vilarejo

  Mika ficou meio pasmo diante disso, eu me aproximei me agachei ao lado dele.

- Que bom para você, né Mika?- eu falava sorrindo

- O que é bom? – ele perguntava olhando para mim

-Ué, você está se socializando com as crianças –respondo

- Não acho que isso seja socializar, mas de qualquer forma o seu rosto – ele falava

- O que tem meu rosto? – pergunto curiosa

- É sério que você não está sentindo... Está sangrando – ele apontava

- Hum? –começo a sentir uma leve ardência na minha cabeça coloco a minha mão no local e quando tiro, percebo que havia sangue em minha luva provavelmente um corte que ganhei da pedra que me atingiu.

-Você não tem jeito, Yuu-chan, sempre arranjando problemas – ele suspirava – Por que entrou na frente das pedras, você sabe que aquilo não tem efeito em mim, mas em você tem

- De nada por fazer as crianças não te odiarem – eu falava fazendo bico – Mas você também se cortou, deixa eu ajudar – pego o lenço que Chisa havia dado para ele, me levanto e molho-o no rio

-Yuu-chan, não precisa se preocupar com isso já cicatrizou – Ele falava se levantando e vindo em minha direção -  Mais você deveria cuidar é do seu machucado

- Sem reclamações Mika - rodo pelos calcanhares para ficar a frente dele 

    Pego o lenço que agora estava umedecido e começo a passar no rosto dele para retirar o sangue, quando o sangue foi removido percebi que não havia nenhum sinal de ferimentos

-Nossa você está certo, não tem nada...- falo surpresa- Vampiros se curam bem rápido mesmo

- É isso que eu estou te falando, mas você é muito cabeça dura para entender– ele me reprendia – Agora que você terminou, deixe-me cuidar do seu ferimento

- Não é nada grave – dou de ombros.

-É o que você pensa, mas o cheiro de sangue humano pode atrair cavalheiros de John– ele senta no chão e me faz sentar e ficar de frente para o mesmo - Agora fique parada

      Fico quieta enquanto Mika retirava as luvas e pegava a água na margem do rio para limpar o meu ferimento. Ele pegou um pano que tinha no bolso e molhou no rio, já que o que eu havia usado nele poderia me fazer virar vampira se se encostasse no ferimento aberto. Ele começou a limpar o ferimento, eu não sabia por que estava tão ansiosa, meu coração não parava de acelerar e eu não conseguia para de fita-lo. Francamente O QUE Á DE ERRADO COMIGO?!

   - O que foi?- ele perguntou preocupado-Esta sentindo que o seu demônio irá lhe possuir?

      -N-Não é n-nada – coloco a mão na boca ao perceber que gaguejei, dou uma tossida para disfarça –E porque você disse isso, sobre o demônio me possuir?

- É que ultimamente, quando seu demônio lhe possui eu percebo que os batimentos de seu coração aumentam bastante – ele explicava enquanto parava de limpar o ferimento

- Aé, eu tinha me esquecido sobre você ter essa super-audição vampi... –paro de falar, ao perceber que ele me encarava – O que foi?

- Seu ferimento....- ele hesita em falar- Ele sumiu

-Hã? – me viro para olhar na água que refletia o meu rosto e percebo que não havia nada, como era possível?

-Isso deve está acontecendo porque seu demônio está cada dia mais perto de lhe possuir por completo– Mika falava preocupado – Se continuar nesse ritmo, provavelmente você nunca voltara a ser humana.

- Isso é bom, assim eu e você poderemos ficar juntos para sempre – falo otimista

- Não, isso não é bom, Yuu-chan – ele falava zangado- Você não entende mesmo, né?

- O que?– falo me virando para olha-lo

- Quando seu demônio conseguir lhe possuir por completo, você nunca mais será a mesma seu demônio a controlará – Mika falava   

-Isso é mal. Acho que nunca vou entender Ashuramaru – falo cochichando

-Ashuramaru? – Mika perguntava confuso

-É o nome do meu demônio – eu falava desembainhando a minha espada e mostrando a ele – Sempre quando eu vou até ele, por mais que demônios não tenham sentimentos, por alguma razão, ele me parece triste por estar sozinho – eu confessava. - Mas mesmo assim ele sempre me chama de gananciosa por querer salvar minha família, o que é bem malvado da parte dele – eu falava fazendo bico – Está me escutando, não finge que não está me ouvindo! – eu cutucava a espada.

- Para de me cutucar! Me da um tempo, garota arrogante! – Ashuramaru respondia. Por ele está me possuindo mais vezes eu não precisava desmaiar para saber o que ele estava falando, mas ninguém além de mim podia ouvi-lo

-ARROGANTE?! Hora seu...-falo zangada

-Puff...Hahahaha- Mika começa gargalha – Yuu-chan, só você mesmo para discutir com um demônio

  - Que bom que você voltou a rir normalmente – falo contente embainhando a espada novamente- Achei que, por ter se tornado um vampiro por completo, nunca mais fosse rir.

-Yuu-chan não quer dizer que me tornei um vampiro, que não tenho emoções – ele falava tentando me dar conforto, mas nós dois sabíamos que com o tempo a humanidade que ainda restou nele iria desaparecer

-Eu sei, mais fazia muito tempo que eu não o via gargalhar- eu falava ficando triste–Á ultima vez que o vir sorrir assim foi quando éramos crianças... Desculpa Mika por ter lhe abandonado

- Não começa com isso de novo, eu já lhe disse que...- ele ia falar mas eu o interrompo

- Sim, eu sei, mas mesmo assim quero me desculpar – me aproximo dele até nossos rostos ficarem bem próximos, encosto minha testa na dele. Eu podia sentir a respiração dele, apesar de ser bem fraca – E quero que saiba que eu nunca mais vou te abandonar – falo sorrindo. Mika se afasta bem rápido e colocar uma mão sobre o rosto

- Yuu-chan isso foi....- Mika falava e  eu pude jurar que eu o vir ficar corado, mas acho que era a minha imaginação (Autora: Ou será que não)

- O que foi?- pergunto curiosa

- Nada deixa para lá – ele retirou a mão do rosto e voltou à normalidade – Vamos voltar se continuarmos demorando assim aqueles humanos virão lhe procurar

- Nossa família Mika e não “aqueles Humanos” – eu o corrijo já pegando as garrafas e as enchendo de água

- Você pode os considerar sua família, mas eu ainda não confio neles – ele falava de cara amarrada.

- Se continuar fazendo essa cara vai ficar com rugas, mesmo que você não envelheça – dou um peteleco na testa dele e o mesmo coloca a mão no local.

- Sim,Sim. Mesmo assim me deixe ajuda-la – ele falava pegando uma das garrafas e começando a caminhar para voltar. Eu pego a outra garrafa e fico andando atrás dele. Agora que parei para repara ele ficou mais alto do que eu, será que é porque me tornei uma garota.

-Mika...- falo em um tom baixo

- Hã?- ele pergunta ainda olhando para frente e seguindo o caminho

- Obrigada – falo com um leve sorriso no rosto

- De nada – ele reponde