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História Mil palavras - Encontro 02


Escrita por: Lorre

Notas do Autor


oii Eu aqui de novo como prometido boa leitura espero que gostem :3
até as notas finais pessoas lindas ~(^-^)~

Capítulo 9 - Encontro 02


A frase que Laura estava em mente não foi bem uma frase, podemos dizer que foi uma formula, a formula lógica do sentido que seus sentimentos tomariam dali em diante, e foi simples:
1+4=5

Enquanto escrevia essa pequena formula repleta de significado Laura esboçou seu melhor sorriso, sentia-se realmente feliz.

Laura ainda terminava de escrever o último número quando o tempo de boas vindas dela foi roubado por um guardinha da ronda diaria, anunciou sua presença com gritos ao ser surpreendido pelo grupo desenhando sem autorização.

- heii moleques?! – com esse anuncio feito a distância de três metros mais ou menos, nossos cinco amigos começaram a correr sem hesitar, o guarda se viu obrigado a persegui-los apitando aquele troço irritante em vão “por que eu tive que me anunciar?” pensava para si mesmo de maneira débil e arrependida.

4 + 1 = 5  “agora é oficial” pensavam os cinco enquanto corriam, com suas latas de spray na mão, sentindo o vendo em seus rostos e a calçada em seus pés, a adrenalina de fugir os invadia tanto quanto a curiosidade de saber o “porque” por trás da formula. Lorena seguia na frente, Sophi e Pablo um pouco mais atrás, e Marcos acompanhando a garota que não corria daquele jeito a anos, mas se virava da melhor forma possivel, ja bastava para fugir do guardinha.

Nenhum dos quatro deixou de se questionar por que a menina utilizou números e não letras; o significado era claro e admiravel, até meio obvio para todos, mas bastante incomum para qualquer um deles.

“não me pagam o suficiente para isso” pensou o guarda ao ficar para trás com seu apito inútil estava sem fôlego suficiente para sopra-lo uma vez sequer “cinco contra um, jovens contra velhos, ordem contra o caos, será que eu sempre vou perder?” pobre homem cego, não reconhecia a beleza da juventude, muito menos a ideia de que não somos inimigos, ninguém esta exatamente CONTRA você, são apenas lados diferentes da loucura chamada humanidade; dessas pessoas rabugentas costumo dizer que não enxergam muito bem o que esta a sua frente, pena eu não poder fazer nada contra sua ideia de ordem ou de beleza, acima disso devo respeitar sua função de guarda da rua e principalmente sua visão de mundo, quem sabe um dia ele não alcança nossos astros e não pare para observar suas obras?! Sua função de impedir provavelmente não mudaria, porém vai la saber se ele não repararia melhor na beleza a sua volta!?

Depois de despistar o guarda, desceram a rua um pouco mais só para garantir, os cinco caíram na gargalhada da situação, ninguém tinha um comentário apropriado para descrever a graça de tudo aquilo, afinal eles haviam sido perseguidos por um homem de meia idade que corria engraçado apitando incansavelmente, ainda estavam com o coração acelerado e meio bagunçados da corrida recém feita.

Depois de se recompor e guardar o material novamente a turma resolveu tomar milk-shake em uma sorveteria próxima, não demorou muito para eles chegarem até ela e se acomodarem:

- quais vão querer? – Marcos perguntou disposto a ir buscar.

- menta- disse a garota de cabelo roxo.

- chocolate – disse Pablo

- abacaxi – Sophi finalizou.

- Quero o mesmo do seu – Laura e marcos riram disso, se lembrando do primeiro sorvete juntos.

- Laura, to feliz que se juntou a nós – disse o gordinho – mas por que você fez números?

Era a duvida de todos, que no momento olhavam direto para a garota; apesar da atenção não ficou constrangida como ficaria horas atrás, aquelas pessoas eram amigas, Laura amadureceu um pouco ao perceber isso, estar entre eles era como ter um lugar confortável. A cada segundo que seu dedo pressionou a lata de spray, era o momento de suas inseguranças e anseios sumirem por inteiro diante do grupo, creio que todos perderam suas inseguranças e medos sobre ela também durante o ato.

Tudo fazia parte do conforto entre eles, os instantes de tal passeio incomum com certeza fez Laura desejar por mais, a fez desejar ser amiga deles, e principalmente a se tornar a +1 daqueles 4 que a faziam se sentir parte da formula, de modo a parecer que todos os acontecimentos aleatorios a levaram até eles.

Apesar de ser extremamente sentimental Laura sempre amou a lógica fria da matemática e pela primeira vez viu a oportunidade de unir seus sentimentos à lógica, por fim decidiu responder a pergunta que fora feita segundos atrás.

- Eu gosto de números – sorriu de maneira meiga– assim como gosto de poesia, mas naauele momento eles deram o significado que eu procurava sobre estar com vocês.

Logo após responder, Laura se pegou pensando nas pessoas que passariam por ali, e se elas se perguntariam o significado da pequena formula, se alguma criança entenderia conta de adição com aqueles escritos, assim quando aprendemos a ler e lemos até mesmo as placas da rua, por fim chegou à conclusão de que, o significado mudara dependendo dos olhos que a enchergariam, mudará de pessoa para pessoa, de dia para dia; mas para ela e seu sentimentalismo lógico 1+4 sempre será 5, e ese resultado estava além da lógica matemática.

Logo Marcos que já estava de volta a mesa, distribuindo os milk-shakes a seus respectivos donos, sorriu:

- Bem vinda – ele disse após se sentar – até o Welton já te batizou – o grupo começou a rir da piada.

- Welton é o guarda que nos perseguiu, ele é um vilão pequeno, mas você vai conhecer os outros logo, logo – respondeu Sophi explicativa, com seu jeito otaku totalmente fofa.

- vi-vilão?! – Laura se engasgou com o milk-shake após ver o ângulo do pensamento da menina, achou graça.

- liga não – Lorena riu, com ar de irmã mais velha de sempre – são os contratempos que encontramos por ai, eles não são vilões Sophi, só atrapalham um pouco. – repreende a garota de forma divertida.

- gosto quando a Sophi os chama de vilões, parece que somos heróis – Marcos se permitiu brincar.

- os Crazy Monkeis são heróis – disse Pablo sonhando como de costume.

- porque crazy monkeis? – perguntou Laura – isso é macaco louco? – riu lembrando-se do desenho que assistia na infância.

- sim, eu que dei esse nome – Sophi responde.

- Porque o macaco louco sabe?! Das meninas superpoderosas! Na verdade ele não era mal, era só mal compreendido – disse Marcos deixando implícita a realidade do grupo - só quer atenção, foi o professor utônio que fez aquilo com ele, no fim ele parece sozinho – explicou melhor com um ar pensativo.

- Entendi – respondeu Laura lembrando da reação dos seus colegas sobre os recentes acontecimentos, pensava também no que seus novos amigos estavam passando “na hora certa vou saber” – sei como é.

- como no vídeo não é?! – a garota de cabelo roxo tocou no assunto, segundo ela, uma hora alguém falaria sobre o assunto e que fosse logo.

- aham – confirma assentindo com a cabeça – mas ta tudo bem – lembrou-se do seu dia na escola, e em como ta tudo bem agora.

- tu-tudo bem se eu descobrir quem foi? – pergunta Sophi receosa, ela gostava de tecnologia e conseguiria fácil obter o IP de quem fez tal coisa.

- acho que não precisa – Laura diz com modéstia – já fui à delegacia e eles não deram notícias ainda.

- confia na sophi – disse marcos em tom reconfortante – descubra quem foi, não pela vingança, mas por sua honra – sorri de lado deixando Laura vermelha, falando assim até parecia um mosqueteiro fiel, e um pouco com um dom Quixote maluco versão século 21.

- tudo bem então – aceitou, sem saber o que eu faria com a informação, nem tinha pensado sobre isso ainda a única coisa que pensou até agora foi que queria que tudo isso acabasse logo.

- é assim que se fala – Pablo demonstra apoio falando animado.

- gente, tenho que ir embora agora, se não meu irmão me mata – diz Lorena conferindo as mensagens no celular bravas de seu irmão e as horas ja era 20h27min.

- também preciso ir – disse Sophi pensando em sua avó – pelo jeito Welton vai rondar o muro o resto do turno– não havia esperança de todos escrever algo na tela em  branco, não naquele dia, pobre guarda da rua, se esforçando em vão.

- então vamos – disse Marcos se levantando, sendo seguido pelos demais.

Jogaram as embalagens no lixo seguindo para fora da sorveteria, a caminho até suas bicicletas foi feito jogando conversa fora, falaram sobre a escola, sobre filmes, livros, passatempos, profissões futuras, sobre como o novo meme é engraçado, os cinco conversaram muito com Laura como se já se conhecessem, o que era irônico, pois o objetivo da conversa era justamente se conhecer.

Chagando a casa em que as bikes estavam guardadas, seguiram o caminho inverso para o local do encontro, retornando ao ponto incomum de todos; aquele lugar era tão precioso quanto os momentos que passavam juntos, por ser uma representação disso; após se despedirem e se guiarem por caminhos diferentes eles conseguiram refletir como estavam realmente se sentindo, e uma coisa posso dizer que tinham em comum, a alegria que anestesiava suas tristezas.

Ao chegar em casa Marcos se preocupou em fazer algo para comer, e tomar coragem para ligar para Laura.

Ao chegar em casa Lorena se preocupou em chegar em silencio e agradecer ao irmão por lhe emprestar a bicicleta.

Ao chegar em casa Sophi se preocupou em contar para sua avó sobre seu encontro com os amigos.

Ao chegar em casa Pablo se preocupou em olhar se eu pai tomara os remédios mais cedo.

Ao chegar em casa Laura se preocupou em limpar as pontas dos dedos sujas de spray, ouvir musica e esperar por sua mãe que chegaria do trabalho logo mais.


Notas Finais


Se vc chegou até aqui sinta-se abraçado por mim, serio muito obrigada mesmo por ler mais um capítulo, acho que to me encontrando cada vez mais na escrita, obaa, me digam o que acharam por favor, como sabem eu adoro críticas, é sempre uma honra receber a opinião de vocês.
beijos e até o próximo \o/


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