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História Million Reasons (Scorbus) - Eye Of The Needle


Escrita por: malefiswent

Notas do Autor


Step and repeat

Tears fall to the beat

Smile through the pain

Feel the acid rain

And I ain't ready /
But I'll hold steady /
Yeah, I'll hold you /
In my arms, in my arms, in my arms


You’re locked inside my heart

Your melody’s an art

I wont let the terror in,
I’m stealing time
Through the eye of the needle

Capítulo 4 - Eye Of The Needle


   Albus sorriu para Scorpius do outro lado do banco.

 - Que sorriso é esse? - o loiro perguntou sorrindo de volta com a voz ainda rouca, enxugando seus olhos vermelhos. - O que você está aprontando dessa vez?

   Albus mordeu o lábio de forma travessa, e disse:

- Eu estudei sobre muitas coisas nesta última semana. Feitiços também. Tem um em especial que eu sei que sempre te interessou... E, bem, é uma matéria do sexto ano, mas eu pensei que seria incrível se nós aprendêssemos juntos. Só nos dois. 

  Scorpius ergueu as sobrancelhas em indagação.

 - Quer descobrir o seu patrono? - Albus perguntou, sem rodeios, sorrindo como um apresentador de circo.

   O loiro abriu a boca, surpreso. Ele, de fato, sempre havia se interessado pelo feitiço do Patrono - um espectro da sua personalidade para te proteger, se comunicar e te identificar? Como alguém podia não ficar empolgado com aquela ideia? Desde o primeiro ano, Scorpius sonhava com o dia em que finalmente aprenderiam a usá-lo. Ao ouvir a sugestão de Albus, ficou animado com a ideia de aprendê-lo juntos - especialmente porque, depois do que acabara de acontecer, ele achava que seria bom ter uma forma de proteção. Talvez aquilo fosse fazê-lo se sentir um pouco mais seguro e menos amedrontado.

  - Albus, isso é brilhante! - exclamou, seu rosto se iluminando de tal modo que, se não fosse pelos olhos inchados e face molhada, não seria possível dizer que ele estava chorando minutos antes. - Eu quero. É claro que quero! Vai ser incrível!

- Eu sei, não vai? Nós podemos começar essa semana no nosso tempo livre. Temos a Sala Precisa só para nós. Eu vou escrever ao papai pedindo algumas dicas, ele conseguia conjurar um patrono aos treze anos, sabia? 

  Scorpius assentiu, olhando da lua no céu para o rosto de Albus e não conseguindo decidir qual brilho era o mais bonito. Ele recostou-se no banco, a cabeça para cima, e Albus imitou-o. 

  - É uma bela noite, hã? - disse ao loiro, que concordou. .

 - Queria que pudesse ter aproveitado-a melhor - suspirou.

  Albus franziu o cenho e tocou o ombro do amigo, acariciando-o na tentativa de oferecer-lhe algum conforto. 

 - Como está se sentindo agora? - perguntou, preocupado.

  Scorpius pensou um pouco antes de responder.

  - Melhor, graças a você - os dois sorriram timidamente um para o outro, seus olhos se encontrando e encarando-se tão profundamente que era como se suas almas se misturassem. - Mas... Ainda com um pouco de medo. Ser um Malfoy é assustador para um frangote como eu. E essa memória despertou esse medo de novo. 

  - OK, primeiro de tudo - Albus respondeu, passando o braço ao redor do ombro do outro. - Você é a pessoa mais forte e corajosa que eu conheço. E, segundo, você não precisa ter medo. Nenhum desses lixos racistas vai conseguir tirar algo ruim do seu coraçãozinho puro. E muito menos te machucar, porque, se depender de mim, você tem todo o clã dos Potter pra te proteger, e nós sabemos lutar. 

   Scorpius abriu um largo sorriso.

- Você é tão incrível, Al - falou, pousando a cabeça sobre o ombro dele. Ele olhou para o céu novamente, e, dessa vez, teve certeza de que o maior brilho estava ao seu lado. 

  

*** 

 

  Naquela semana, Albus e Scorpius ficaram saturados de deveres de revisão para os testes que se aproximavam, e acabaram não tendo tempo ou ânimo para praticarem o feitiço do Patrono. No entanto, assim que a sexta-feira chegou, a primeira coisa que fizeram logo depois de terminar o dever de Herbologia foi se esgueirarem até a Sala Precisa. 

   Acontece que conjurar um Patrono não era tão simples quanto parecia; eles precisavam evocar a memória mais feliz do próprio interior, e nem sempre a primeira lembrança que lhes vinha à mente ao pensar na palavra "felicidade" era a ideal. Na noite de sexta, eles passaram cerca de duas horas e meia praticando, e o máximo de avanço que tiveram foi um fraco espectro de luz, quase invisível, que saiu da ponta da varinha de Albus. Scorpius, por sua vez, não conseguiu nada. Aquilo, porém, não os fez desistir; continuaram praticando na noite de sábado - na qual Scorpius também conseguiu evocar um feixe de luz - e na de domingo. 

   Enquanto praticava, Albus tentava focar nas coisas mais felizes das quais conseguia se lembrar; ele aprendendo a ler com Ginny, brincando de pega-pega com Teddy pelo quintal, visitando a loja de seu tio George pela primeira vez, ouvindo as histórias de seu pai sobre Hogwarts num passado distante em que eles eram amigos, vendo Lily no colo de sua mãe no hospital no dia em que ela nasceu, ganhando sua primeira vassoura de James, fazendo seu primeiro feitiço, sentando-se no colo de sua avó Molly nos natais enquanto comia um de seus bolinhos e ouvia suas histórias, conhecendo Scorpius no Expresso de Hogwarts quatro anos antes; ah, as memórias boas relacionadas a Scorpius eram tantas que se confundiam entre si, e Albus tinha dificuldade em escolher uma só para se concentrar. Por coincidência ou não, suas lembranças relacionadas ao loiro eram as que conseguiam arrancar um sinal de espectro de sua varinha. 

   O mesmo acontecia com Scorpius; ainda que ele tivesse algumas memórias boas relacionadas ao pai e especialmente à mãe, aquelas em que Albus estava presente eram, definitivamente, as que mais prendiam sua atenção e pareciam surtir efeito. 

   Quando Albus conseguiu finalmente conjurar seu patrono - um imponente tigre - de forma completa no domingo à noite, entretanto, ele não ousou contar a Scorpius que sua lembrança mais feliz era dos dois se conhecendo no trem para a escola. Scorpius também não revelou a Albus que, quando conseguiu evocar um elegante e consistente gato siamês de sua varinha, sua lembrança desencadeadora havia sido dos dois no fundo do Lago de Hogwarts, quando haviam voltado no tempo para o Torneio Tribruxo de 1994, e o loiro reencontrou o amigo depois de passar por uma assustadora realidade em que ele não existia. Ao abraçar Albus embaixo d'água, ele sentira um alívio inigualável, e percebera o quanto era sortudo por tê-lo em sua vida, e a lembrança daquele sentimento foi forte o bastante para que ele finalmente conseguisse conjurar seu patrono. 

   Ambos, entretanto, mentiram sobre suas memórias; confusos e com medo do que tamanho sentimento poderia significar, Albus apenas disse que sua memória era relacionada a sua infância, e Scorpius, que a sua era relacionada à mãe. Sendo assim, tanto um quanto o outro ficaram assustados, crendo que o que haviam sentido um pelo outro naquele momento não era recíproco. 

   De qualquer forma, eles ficaram bastante felizes e orgulhosos em terem conseguido, e comemoraram com abraços e conversas empolgadas sobre as situações nas quais poderiam usar seus patronos. Mais uma vez, ambos podiam concordar que era incrível descobrir coisas novas na companhia um do outro. 

  

     Na segunda-feira, no entanto, aquela alegria foi cruelmente levada embora logo pela manhã, à mesa do café da manhã no Salão Principal. Enquanto estavam sentados lado a lado na mesa da Sonserina, Scorpius surpreendeu-se ao ver Bhamina e Lorcan se aproximando deles e sentando-se no banco à frente.

  - Bom dia, Scorp. Albus - Lorcan cumprimentou, ao que os outros dois responderam com um contido gesto de cabeça.  

  - Nos desculpe chegar assim, mas achamos que você devia saber disso - falou Bhamina com uma voz desconcertada que assustou os dois, enquanto colocava um jornal dobrado sobre a mesa e o arrastava até a ponta em que eles estavam. 

    Os dois apanharam a edição d'O Profeta Diário ao mesmo tempo, cada um com uma mão, e puseram-se a ler. Albus correu os olhos pela manchete e pelo texto, sentindo seu coração acelerar e se encher de receio à medida em que ele se aproximava do fim da notícia. 

    Aquilo era grave. A Marca Negra havia sido avistada nos céus de Londres. Os responsáveis ainda não haviam sido encontrados, mas testemunhas próximas afirmavam que puderam ouvir uma única coisa na noite em que a marca fora avistada em um parque; o que pareciam arruaceiros repetiam, em gritos, uma única frase: "Em Malfoy nós confiamos". 

   Quando terminou de ler, Albus respirou pesadamente, sentindo seu estômago embrulhar, e olhou para Scorpius, preocupado. O loiro terminou de ler alguns segundos depois, sua expressão carregada de desespero. Jogando o jornal de volta à mesa, ele levantou-se e, sem dizer nada, pôs-se a correr pelo Salão Principal. 

  - Scorpius! 

Albus correu atrás do amigo, que passava pelo corredor entre as mesas sem nem olhar para trás. Os dois ignoraram a bronca de um arredio Filch enquanto continuavam correndo, saindo do Salão Principal e adentrando os corredores, Scorpius indo a algum lugar e ignorando os gritos de Albus, que tentava acompanhá-lo desesperadamente.

  - Scorpius, o que você está fazendo?!? 



Notas Finais


capítulo meio pequeno e final meio lame mas esta acontecendo do jeito que precisa acontecer, confiem em mim u-u
comentem tudo o que acharam <3
beijos gays


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