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História Million Reasons (Scorbus) - War of Hearts


Escrita por: malefiswent

Notas do Autor


I can’t help but be wrong in the dark
'Cause I’m overcome in this war of hearts
I can’t help but want oceans to part
'Cause I’m overcome in this war of hearts

Capítulo 8 - War of Hearts


Albus ergueu-se imediatamente e se aproximou do amigo sob a luz fraca da lua que entrava pela janela.

- O que aconteceu? - repetiu, tocando a face do loiro para enxugá-la enquanto Scorpius soluçava.

- Não é nada - ele sussurrou em resposta, fechando os olhos e respirando fundo. - Eu só… Só tive um pesadelo. Pareceu muito real. E me lembrou de algo que eu preferia esquecer. Eu comecei a me desesperar, eu…

- Shhh, está tudo bem - Albus disse baixinho, envolvendo Scorpius com seu braço e acariciando seus cabelos loiros com a outra mão enquanto o amigo se afundava em seu peito. - Tinha algo a ver com… Delphi?

O loiro assentiu, olhando para o lado com os olhos inchados enquanto ainda recostado sobre Albus.

- No labirinto - ele explicou, seus soluços e lágrimas cessando aos poucos. - A maldição Cruciatus.

O outro garoto assentiu, também abalado por tal lembrança. Ver Scorpius sendo torturado e ameaçado de morte por uma bruxa poderosa e psicopata havia sido a experiência mais assustadora de sua vida, que assombrara seus sonhos por vários meses - ele podia apenas imaginar, portanto, o quão traumatizado seu amigo, tão mais sensível e vulnerável, devia ter ficado. Aquilo fazia o peito de Albus queimar de raiva, e Delphi tinha sorte de ter ido parar em Azkaban e não em suas mãos. Ele apertou o loiro com mais força, ansiando por proteger a coisa mais valiosa que tinha de todo o mal.

- Eu entendo - ele cochichou, percorrendo as costas de Scorpius com as mãos. - Eu também tinha pesadelos no começo, lembra? Mas está tudo bem. Delphi está em Azkaban. Ninguém pode te machucar.

O outro assentiu, e disse:

- Eu sei que parece estúpido, mas eu fiquei com muito medo. Eu tinha conseguido me esquecer completamente daquele momento, e me lembrar dele de novo foi… Eu não conseguia respirar.

- Está tudo bem - Albus repetiu. - Eu sei que você tem reações complicadas a este tipo de situação. Pode vir a mim sempre que isso acontecer, ok? Não precisa ter medo ou vergonha. Eu quero que você fique bem.

- Muito obrigado, Al. Toda essa semana de preparação para o grande jogo me deixou uma pilha de nervos - ele respondeu, tentando respirar lentamente para se acalmar. - Eu devia voltar para a minha cama agora.

- Oh, certo - ele permitiu que o loiro se desvencilhasse de seu abraço e se dirigisse de volta à própria cama, à esquerda da sua.

Os dois se deitaram novamente e se cobriram, olhando um para o outro, apenas alguns centímetros separando-os. Albus notou que a expressão de Scorpius ainda transparecia medo e desconforto; sendo assim, ele estendeu o braço para fora da cama, e, esticando-o para a frente um pouco, disse:

- Se ainda estiver assustado, segure minha mão. Talvez te ajude a dormir melhor.

O loiro olhou para a mão estendida do amigo e pensou em dizer que não era necessário, mas, reconsiderando, chegou à conclusão de que aquilo era tudo o que precisava no momento.

- Feliz aniversário, aliás - Albus falou enquanto ele estendia o braço esquerdo até que suas mãos se tocassem no espaço entre as duas camas. - Apenas espere até acordarmos. Vai ser o melhor de todos.

Scorpius sorriu.

- Obrigado - respondeu, apertando a mão do amigo. - Eu… Eu te-

Mas o que quer que Scorpius tivesse dito não foi ouvido; Albus fechou os olhos e, exausto, caiu no sono instantaneamente.

***

Scorpius soprou as dezesseis pequenas velas posicionadas ao redor das bordas do bolo cor de rosa preparado por Hagrid, onde lia-se “Feliz Aniversário Scorp” em uma caligrafia disforme inconfundível, sorrindo enquanto Albus, Lorcan, Bhamina, Archie, Lily, James e Aideen cantavam-lhe os parabéns animadamente e Jack se movia em seu ombro direito.

Depois de soprar as velas e dividir o bolo desajeitadamente entre os convidados, Albus anunciou, animado:

- Hora dos presentes!

James e Lily foram os primeiros; aproximaram-se do loiro com um pacote bege amarrado, e a garota ruiva disse:

- Al estava louco para te dar algo familiar, mas diferente. Então James e eu falamos com a vovó, demos algumas sugestões, e, bem, o resultado não é nada de extraordinário, mas esperamos que sirva como uma lembrança especial da nossa família e um agradecimento por tudo. Feliz aniversário!

Os dois abraçaram Scorpius, que, sorrindo, pegou o pacote e respondeu:

- Muito obrigado, pessoal. Não precisava.

- É claro que precisava! Você acha que o baixinho aqui nos deu escolha? - James falou, indicando o irmão. - Ele disse “Nossa família tem que dar uma lembrança ao Scorpius” e tudo o que pudemos fazer foi escrever para mamãe e papai o mais rápido possível.

Todos eles riram enquanto Albus revirava os olhos, ruborizado, e James acrescentou:

- Mas sério, Scorp, nós te consideramos muito, cara. Eu não acho que Albus ainda estaria na escola se não fosse por você. Aliás, eu tenho certeza de que ele estaria um manicômio agora se não fosse por você. Nós somos gratos por isso.

- Você não consegue não ser um imbecil? - Albus questionou, rindo, e, em seguida, olhando para o loiro como se confirmasse tudo o que o irmão acabara de dizer. - Agora abra!

Scorpius rasgou o grosso papel e, atirando-o ao chão, pôs-se a ler um pequeno bilhete que havia sido colocado nele.

“Querido Scorpius

Feliz Aniversário! Somos muito gratos por tudo o que você faz por Albus e o consideramos parte da família. Que você continue tendo muito sucesso - ouvimos falar do jogo, e estamos muito felizes por você! Esperamos que goste da lembrança.

Com amor,

Os Potters e Weasleys.”

Sentindo-se inexplicavelmente feliz, o loiro desdobrou o suéter verde escuro de lã. A princípio, parecia exatamente igual a todos os outros que ele já havia ganhado de Molly nos quatro anos anteriores, com o S de seu nome bordado em amarelo na frente, mas levemente maior do que o último; no entanto, ao virar o suéter, ele pôde ver, bordadas nas costas, as palavras “Artilheiro #1 da Sonserina”.

- Isso é o máximo, gente! - exclamou, realmente satisfeito e agradecido com o presente. - Achei adorável! Obrigado!

Scorpius vestiu a peça enquanto eles sorriam. Em seguida, foi a vez de Albus se aproximar para entregar-lhe um pacote.

- A coruja quase não chegou a tempo - ele disse, indicando o presente embalado em um papel fino com um laço amarrado de forma espalhafatosa. - Não foi tão fácil de achar, mas valeu a pena. Você merece.

- Al! - o loiro exclamou, sorrindo desconcertado. - Você já me deu um presente!

- Não! Este suéter é o presente dos Potter - ele explicou. - Isso aqui é o meu presente particular para você.

O loiro riu, e balançou a cabeça.

- Você não existe, sabia? - falou, sentindo um calor gostoso se espelhar por ele enquanto pegava o pacote das mãos de Albus e o abria.

Quando terminou de desembrulhar, deu de cara com um livro grosso de capa larga e dura; "Rituais de Salém em 48 Semanas", de Nora Watterson.

- Ai meu Deus! - ele exclamou, incrédulo. - Ai meu Deus, Albus! Eu não acredito! Como você... Como você sabia? Como você encontrou esta relíquia?

- Eu presto mais atenção nas suas "conversas de nerd" do que você pensa - disse Albus, abrindo um largo sorriso. - Você falava tanto sobre esse livro que eu escrevi para a tia Hermione o mais rápido que pude. Gostou?

- Está brincando? Eu adorei! - o mais alto abraçou o amigo. - Muito obrigado!

Empolgado, Scorpius abriu o livro. Na primeira página, encontrou um pedaço de pergaminho dobrado. Abrindo-o, ele leu, em voz alta:

"Apenas uma forma singela de tentar fazer algo legal para a pessoa mais importante da minha vida. No início de cada um dos 48 capítulos, há uma pequena frase anotada por mim para te lembrar do quão especial você é e de todas as coisas incríveis que pode fazer. Espero que isso te ajude quando se sentir sem ânimo.

Albus"

O loiro teve que se esforçar para disfarçar o quão úmidos seus olhos ficaram. Ele pôs-se a folhear o livro e, de fato, todos os capítulos, que ensinavam sobre rituais de sorte praticados pelos bruxos e bruxas de Salém no século XVII organizando-os por semana do ano, estavam marcados com frases em letra cursiva do tipo "Você é incrivelmente inteligente, e poderia mudar o mundo" ou "Você é o bruxo mais amável que existe, e seu sorriso poderia mover montanhas"; todas elas destacando qualidades de Scorpius e incentivando-o a usá-las. Era a coisa mais preciosa que ele já tinha ganhado.

Ele abraçou Albus novamente, desta vez com ainda mais força, e disse:

- Você é o melhor. Eu tenho muita sorte por ter você.

- Eu é que tenho sorte - Albus respondeu, os dois corando. - E isso não foi nada. Eu acho que nunca serei capaz de demonstrar de forma concreta o quanto você significa para mim. Mas posso tentar, certo? 

O loiro assentiu.

- Pode sim.

Depois de receber os outros presentes - um colar de ouro de Aideen, um bisbilhoscópio de Lorcan e livros de Bhamina e Archie -, eles continuaram a comer o resto do bolo enquanto conversavam e bebiam cerveja amanteigada de um barril trazido do Três Vassouras - "James definitivamente deu uns pegas na garçonete para conseguir esse barril", comentou Lily.

Em certo momento, Scorpius notou Albus e Aideen conversando afastados em um canto; a garota sorria de forma sugestiva e ele dava risinhos desconcertados enquanto assentia. O loiro esperou o amigo se afastar dela, sentindo o gosto da baunilha e do açúcar do bolo misturado a uma pitada horrível de incômodo. Quando os dois finalmente pararam de conversar e Albus andou até Scorpius para sentar-se ao seu lado, o mais alto disse:

- Eu estava pensando... Porque não batizamos a Firebolt que papai me mandou de presente e voamos até algum lugar especial em Hogsmeade esta noite? Nós podemos assistir o nascer do sol...

O outro garoto sorriu, e passou um braço ao redor do loiro.

- Seria incrível - ele concordou. - Está gostando do seu aniversário?

Scorpius assentiu.

- Esse ano está se saindo melhor do que eu imaginava. Graças a você.

Albus sorriu de forma modesta, ruborizado, mas o loiro não tinha a menor dúvida do tamanho de sua gratidão.

Pela primeira vez em muito tempo, tudo estava bem - ou o mais próximo disso que poderia estar.


***


- Sobre o que você e Aideen estavam conversando mais cedo? - perguntou Scorpius, recostando-se no ombro de Albus sobre a grama macia enquanto os dois olhavam para as estrelas e para a lua, a nova vassoura do loiro pousada alguns metros adiante junto com a Capa de Invisibilidade. - Vocês pareciam bem... Reservados.

O outro garoto moveu-se com desconforto, como se não quisesse responder àquela pergunta. No entanto, suspirando, ele disse: 

- Ela... Me convidou para um encontro no Três Vassouras amanhã.

O loiro tirou a cabeça do ombro de Albus, e olhou para ele.

- E...? - indagou.

Albus ergueu as sobrancelhas, apreensivo.

- Eu disse que sim. - respondeu. - Quero dizer... Só para ser legal, sabe?

Scorpius assentiu, engolindo em seco. Uma sensação ruim tomou conta de seu estômago.

- Acho que quero voltar para o Castelo - falou de repente, se levantando e apanhando a Capa.

- Certo - Albus disse, levantando-se também. - Mas já?

- Eu preciso de um tempo para... Pensar nas coisas - explicou o loiro, sua respiração tornando-se pesada. - Vamos?

Os dois montaram na Firebolt e voaram juntos até chegarem à Dedosdemel. Em seguida, adentraram a loja, desceram pelo túnel no alçapão e cobriram-se com a Capa enquanto Scorpius segurava a vassoura contra seu corpo e os dois andavam de volta para a escola e para seus dormitórios. Durante o caminho, Albus não parava de sussurrar perguntas a Scorpius, indagando se ele estava bem, mas o loiro insistia em não responder, dizendo-lhe apenas que "Eu não quero falar sobre isso agora".

Quando chegaram ao dormitório, o loiro jogou a vassoura ao chão ao lado de sua cama e deitou-se imediatamente.

- Scorp - sussurrou Albus, aproximando-se dele. - Qual é, você não pode me ignorar! O que foi? Por que você desistiu de ver o sol nascer? Por que está chateado?

- Albus - o loiro disse, pronunciando o nome dele de forma dolorosamente ríspida. - Eu. Não. Quero. Falar. Disso. Agora. Preciso pensar. Preciso... Descansar. Você pode, por favor, me dar um tempo?

- Você disse que não ia mais fugir! - o amigo insistiu, e seus cochichos intensos estavam começando a acordar seus colegas, que resmungavam pedindo silêncio.

- Eu não estou fugindo - Scorpius respondeu. - Só preciso de um tempo. Eu não vou sumir. Eu estou bem, OK? Só não quero conversar agora.

Albus respirou fundo, assustado e confuso. Diante da insistência de Scorpius, e confiando que ele não fosse fazer o que tinha feito da última vez, o garoto assentiu.

Ele deitou-se também, mas não conseguia parar de olhar com preocupação para o loiro, cujos olhos estavam fechados, mas uma agitação sob eles denunciava sua insônia. "Droga" pensou. "Eu sou o pior. Eu devia ter sido mais cuidadoso. Eu estraguei tudo". Mas por quê? Por que o fato de ele sair com Aideen era um assunto tão delicado para ambos?

Albus continuou a respirar fundo, virando-se para cima e encarando o teto. Desejando que pudesse desfazer o que tinha feito, ou ao menos obter uma resposta.

"Quando é que as coisas vão parar de dar errado?" 


Notas Finais


capitulo curtinho mas é que o próximo vai ser bem grande, provavelmente rs
espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar o que acharam <3 o próximo capitulo vai ser tipo MUITO grandioso e importante, nao vou dar muitos spoilers mas um pedido que muitos me fazem finalmente vai ser atendido - a essa altura vcs já devem saber o que é né? haha enfim, comentemmm pq agora o relacionamento deles tá finalmente indo pra um novo patamar como todos queriam e eu preciso saber a opinião de vcs nessa nova etapa.
Beijos, feliz ano novo e que 2017 seja cheio de luz e gayzice pra todos 💛


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