Dia seguinte:
Liguei para Nasser logo cedo e marquei um horário com ele, ele como sempre, foi muito solicito. Tomei café da manhã, fiz um pouco de esteira e depois fui me arrumar para a reunião. Quando estava de saída, o todo poderoso, aparece arrumado.
- Vai para onde? – pergunto.
- Vou com você. – ele diz.
Balanço a cabeça negativamente.
- Nem pensar, assunto profissional, você está completamente fora da reunião. – digo.
Ele solta o ar pela boca.
- Vá buscar os meninos e aproveite para arrumar as coisas para a nossa viagem. – digo.
Ele revira os olhos.
- Qual o problema eu ir com você? – ele pergunta.
- É um assunto profissional e eu não quero você metido nisso... assim como eu não me meto nos seus assuntos profissionais. – digo.
Ele fica me olhando.
- Vai arrumar suas coisas para a nossa viagem e vá buscar as crianças. – digo.
Ele sabia que não iria conseguir me convencer do contrario, então se rende.
- Ok, irei buscar os meninos mais a arrumação fica com você. – ele diz.
Dou risada.
- Vai acreditando nisso. – digo.
- Você não vai arrumar minhas coisas? – ele pergunta fingindo está surpreso.
- Não mesmo, como você disse, suas coisas, você que arruma. – digo batendo no ombro dele.
Ele ri.
- Arranjei uma esposa muito desleixada com o marido. – ele diz.
- Eu fui desleixada ontem? – pergunto.
Ele solta uma gargalhada maravilhosa.
- É... lei da compensação... – ele diz.
- Agora eu preciso ir... até daqui a pouco. – digo.
- Até. – ele diz e me beija.
Sigo para a garagem e pego o meu carro. Vou para o CT do Paris e vou direto para a sala de Nasser.
Deixo duas batidinhas na porta e escuto um “pode entrar”.
- Bom dia presidente. – digo ao entrar na sala.
- Bom dia senhora Ibrahimovic. – ele responde.
Reviro os olhos ao ouvir o sobrenome do meu marido.
- Pode ficar a vontade. – ele continua.
Me sento na cadeira a frente da sua.
- A que devo a honra da vossa presença? – ele pergunta.
- Vamos direto ao assunto, né? – pergunto e ele ri.
- Vamos, estou curioso. – ele diz.
- Como eu te informei, eu estou gravida... – começo.
Ele balança a cabeça positivamente.
- Como havíamos combinado antes, eu continuaria no plantel do PSG e Zlatan seguiria para a Inglaterra... – digo.
Ele balança a cabeça negativamente e coloca as mãos no rosto.
- Não me dê essa noticia, por favor. – ele pede de forma dramática.
Dou risada.
- Não estou abandonando o clube, mas eu vou precisar me afastar dele. – digo.
- Espera. Como assim? – ele pergunta.
- Quero te propor algo... eu pretendo me mudar com Zlatan, mais não quero deixar o meu emprego. Eu posso continuar sendo a responsável pelo departamento, mais farei isso a distancia... caso necessário faço viagens de regresso. – proponho.
Ele pondera com a cabeça.
- Será que é vantajoso? – ele questiona.
- Bom, para mim é, já para o clube fica a seu critério. Deixo minha proposta com você e caso você acredite que não é um bom negocio, me avise e eu irei buscar outras opções para mim. – digo.
Ele estreita os olhos.
- Está fazendo jus ao sobrenome, em? – ele pergunta e ri.
- O que?
- Perder uma profissional com a sua competência e experiência, não está em meus planos... ainda mais quando já tínhamos a certeza da sua permanecia... – ele começa.
Meu ego vai lá em cima.
- Eu acabo me sentindo sem saída, me sinto na obrigação de aceitar os seus serviços a distancia. O clube teve uma diminuição enorme com a implantação do seu modo de trabalho, economizamos muito em relação a lesões e... e eu me sinto em divida com você, pelo seu trabalho, sua competência e dedicação. – ele diz.
- Você pode pensar caso queira, ainda tem alguns dias. – digo.
- Não precisa, tenho certeza que essa decisão é a mais acertada... fora que eu já garanto a volta do Ibra. – ele diz e ri.
Pelo amor de Deus.
- Você mima demais ele. – digo.
- Uma estrela precisa ser bem tratada.
Se Zlatan ouve isso, eu acho que não vai caber nem ele em casa.
- Não ajude a inflar aquele ego gigante. – peço.
Ele ri.
- Bom, então estamos acertados? – pergunto.
- Estamos acertados. – ele confirma.
- Obrigado Nasser, pelo tempo, pela confiança e por tudo. – agradeço.
- Eu que tenho que agradecer. – ele diz.
Nos despedimos e eu voltei para casa.
Encontrei, Max, Vin e Zlatan na sala assistindo a uma luta.
- Que programa maravilhoso. – debocho.
Eles tiram a atenção da TV por mínimos segundos e depois voltam a olhar para a tela.
- Não acredito que perdi para essa luta sangrenta. – digo intercalando o olhar para a TV e para eles.
Faço um pouquinho de drama, mais eu queria atenção.
- Oi Joana. – os meninos falam.
- Nossa, quanta animação. – digo irônica.
- Resolveu lá? – Zlatan pergunta.
- Presta atenção na sua luta. – digo.
Ele ri.
- Eu estou olhando para ela e te escutando com os ouvidos. – ele diz.
Reviro os olhos.
- Tudo resolvido. – digo.
- Ótimo.
- Por um acaso, vocês já arrumaram as coisas para a viagem? – pergunto.
Eles três se olham.
- Ótimo, vão arrumar agora. – digo.
- Na melhor parte da luta? Nem pensar. – Zlatan diz.
- É Joana, a luta está quase acabando. – Max diz.
- É Jojo... só uns minutinhos. – Vin fala.
Dou risada.
- Querem assistir, podem assistir, mais eu sei que minhas coisas já estão arrumadas e se der o horário e ninguém estiver pronto, eu irei sozinha para Mykonos. Já fui uma vez sozinha, vou de novo. – digo.
Zlatan me lança um olhar mortal.
- Você não faria isso... – ele diz.
- Podem assistir. – digo e vou para a cozinha.
Faço a contagem regressiva de lá e consigo ouvir Zlatan.
- Ela vai mesmo nos deixar aqui... depois vemos o replay dessa luta.
Comemoro silenciosamente de lá.
- Joana! – escuto os meninos me chamarem.
Volto para a sala fazendo a maior cara de tédio.
- O que foi? – pergunto.
- Você pode ajudar a gente? – Max pergunta.
- Vocês não estavam assistindo a luta? – pergunto.
Zlatan revira os olhos.
- Nós vamos arrumar nossas coisas agora. – Vin diz.
- Ah... entendi. Eu posso ajudar vocês. – digo.
- Vamos Vin. – Max chama o irmão.
Eles vão indo para o quarto na frente.
- Eu vou dar um jeito em você quando estivermos sozinhos. – Zlatan diz.
Solto uma gargalhada alta e paro na frente dele. Ele olha para cima, já que estava sentado no sofá.
- E você vai fazer o que? – pergunto.
- Acho que nunca te dei palmadas... você está merecendo umas. – ele diz.
- É? – pergunto enquanto passo as mãos nos cabelos dele que estava soltos.
- É, acho bom se preparar. – ele diz.
- Eu sempre estou preparada para você. – digo sugestiva.
Ele ri e abraça minha cintura e deixa um beijo na minha barriga.
- Sua mãe adora me fazer perder o controle... – ele diz.
- Não reclame, você adora. – digo e deixo um tapinha nas costas dele.
- Joana! – os meninos gritam.
- Já estou indo! – grito de volta.
Me solto de Zlatan.
- Vai arrumar suas coisas, que eu vou ajudar os meninos. – digo.
Ele deixa um tapa na minha bunda.
- Não se esqueça do que eu disse.
- O que você disse? Não lembro. – digo fazendo graça.
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