História Mine - Capitulo 36

Pov. Zlatan Ibrahimovic:

Soquei o saco de areia até meus músculos e minhas mãos me obrigarem a parar. Eu estava sentindo uma raiva fora do normal, saber que Joana iria tratar daquele robô fez com que eu sentisse ciúmes.

Eu odeio aquele português, nunca simpatizei com ele mais uma vez Joana me falou que já foi muito fã dele e que ela e sua mãe brincavam sobre eles namorarem. A mãe dela nunca gostou de mim e agora com essa possível aproximação, eu até consigo imaginar ela enchendo a cabeça de Joana para que ela fique por lá.

Eu comi feito um boi no almoço, repondo toda a energia gasta e quando estava me deixando levar pelo cansaço a campainha soou. Quando abri a porta, eu juro que quase cometi um assassinato.

- O que você quer Britta? – pergunto nada educado.

Ela parece não se importar com o meu tom.

- Vim te mostrar uma coisa. – ela diz.

- Eu não estou interessado em nada. – digo.

- É sobre a sua mulher... tem certeza que não quer ver? – ela pergunta.

O que ela poderia me mostrar sobre Joana? Minha curiosidade foi atiçada.

- Seja rápida. – digo.

Ela pega o celular e me mostra. Eu não acredito.

Tomo o celular da mão dela e olho mais de perto. Eu não acredito que Joana deixou aquele português pegar na barriga dela, na minha filha.

A raiva me consome mais uma vez e lanço o celular na parede.

- Meu celular. – Brita exclama.

- Te dou outro. – digo entre os dentes.

Joana não poderia ter feito isso comigo. Ela não poderia ter deixado ele tocar nela enquanto ela ainda é minha.

- Viu o quanto ela te ama... – Britta diz irônica.

Olho para ela e a vejo fechando a porta da minha casa.

Ela está querendo me provocar? É isso mesmo?

- Vá embora, antes que eu perca o controle. – digo.

Ela ignora o que eu digo e se aproxima de mim.

- Você viu o que ela fez com você... ela pode estar nesse momento na cama com ele... podemos dar o troco. – ela fala.

Respiro fundo, para não deixar a raiva me cegar e eu fazer uma besteira.

- Eu não me importo em ser a outra... quer dizer, vocês já estão separados, então eu não serei a outra. – ela fala e sorri.

Eu tentei me controlar, mas ela pediu por isso.

- Você não foi a outra porque eu não quis, você não é a outra porque eu não quero e você não será a outra porque eu nunca vou querer você. – digo sem me preocupar com os sentimentos dela, se é que ela tem.

Ela arregala um pouco os olhos.

- Você deveria ter vergonha de ficar se jogando para cima de um homem que não te quer. Britta, eu não sinto nada quando eu vejo você, nada. Nada. Na-da.

- Você está com raiva porque eu te mostrei o que ela está fazendo, mas eu sei que você me quer. – ela diz tenta limpar rapidamente a lagrima que escorria do seu olho.

Dou risada da cara dela.

- Você acha mesmo que eu seria capaz de trair aquela mulher com você? Nós estamos passando por uma crise e somente isso. –

- Ela está gorda, chata... – a interrompo.

- Olhe para ela e olhe para você. Você acha que ela é chamada de deusa por que? Além da competência, olhe o quanto ela é bonita... ela é capaz de me fazer rastejar por ela e isso você nunca vai fazer. – digo apontando para a minha foto com Joana.

Era a foto do dia do nosso casamento.

- Você qualquer um tem. Se eu gostasse de coisa fácil, eu não seria o que sou hoje. E já que você se deu ao trabalho de vir aqui tentar me infernizar, eu irei te dizer algumas coisas. – digo.

Ela já não tentava enxugar as lagrimas que escorriam dos seus olhos.

- Eu poderia te foder nesse exato momento, mas na minha cabeça eu não estaria com você... eu estaria fodendo ela. Porque é ela quem me faz ter tesão, ela é a única que consegue me fazer sentir prazer de verdade. – digo.

- Ela está com outro, seu idiota! – ela grita.

- Entenda uma coisa, ela pode se separar de mim, pode ir para o outro lado do mundo, mas nada irá me fazer foder com você. E para sua informação o meu casamento não está acabado.

Não está mesmo, agora mais do que nunca eu irei trabalhar para que ele não chegue ao fim.

- Agora saia daqui. – digo pegando ela pelo braço e jogando para fora da minha casa.

Fecho a porta na cara dela.

Essa imagem perturbou os meus pensamentos. Eu não vou aguentar ver outro homem ao lado dela, não vou aguentar outro homem tomando conta do meu espaço na vida dela e da minha filha.

Ando pela casa vazia em busca de alguma ideia para me fazer melhorar toda essa situação criada por mim.

- Droga! – grito.

Talvez os amigos de Paris possam me ajudar. Mando mensagens para eles, mas ninguém me responde, ligo e eles não me atendem.

- Ótimo, estão com raiva. – digo.

A única que não tem envolvimento pessoal é a obstetra. Minha ultima cartada.

- Senhor Ibrahimovic? Aconteceu algo com sua esposa? – ela pergunta assim que atende.

- Não, ela parece bem. – digo.

- E então qual é o motivo da sua ligação? – ela pergunta.

- Quando é a próxima consulta dela? – pergunto.

- Daqui a duas semanas. – ela fala.

- Obrigado.

- Não há de que.

- Essas viagens dela não são prejudiciais a nossa filha? – pergunto.

- Bom... ela não apresentou problemas circulatórios até agora, mas não é bom abusar. – ela fala.

Um bom argumento para afastar ela de Madrid.

- Obrigado, era só isso. – digo.

- Tudo bem. – ela fala.

Desligo o telefone e respiro fundo.

- É... eu causei toda essa merda, agora eu vou consertar tudo.

Não vai ser fácil lidar com ela, mas eu não vou desistir. Ela pode não acreditar, mas eu a amo.