2013:
Meeting the Family:
Pov. Joana:
Eu estou a ponto de surtar com a minha mãe tagarelando o tempo inteiro no meu ouvido, ela não consegue aceitar meu envolvimento com Zlatan e está enchendo meu saco. Nós até conseguimos manter em segredo a nosso “rolo” mais um dos meus queridos vizinhos tirou uma foto nossa e acabou entregando tudo e nós nos limitamos a confirmar.
Flash back on:
Assim que entrei em casa, depois de um dia estressante e agitado, o meu telefone tocou. Quando vi no visor o nome da minha mãe eu já sabia do que se tratava.
- Oi mãe. – digo ao atender.
- Que história é essa de que você está namorando com um jogador? – ela pergunta irritada.
Respiro fundo e jogo minha bolsa no sofá.
- Olha mãe... – ela me interrompe.
- Nem me venha com essa história. Por que você não me contou que estava namorando com esse... esse homem? – ela pergunta.
- Porque isso não é um namoro, nós estamos envolvidos, estamos juntos mais não rotulamos como um namoro. – digo e me sento.
Isso vai longe.
- Como assim? Você quer me matar? – ela pergunta.
- Mãe, estamos no século XXI... eu não sou obrigada a namorar ninguém. – digo.
- Ai meu Deus... sabia que viver longe da gente iria dar nisso. – ela resmunga.
- Eu e Zlatan somos adultos e lidamos bem com o que temos. – digo.
Escuto ela soltar o ar com força.
- E essa tal “relação” de vocês, quando começou? Ele já foi casado, tem filhos... estão falando que ele terminou o casamento por sua causa. – ela diz.
Suspiro.
- Sim, ele tinha uma relação antes de mim mais eu só me envolvi com ele depois que ele se separou. Qual o problema dele ter filhos? – questiono.
- E essa mulher, como é? Te tratou mal? Ex já é ruim, ex com filho é pior ainda porque vive inventando coisa. – ela diz.
Dou risada.
- Você sabe que eu não levo desaforo para casa. Hoje em dia ela não dirige a palavra a mim, mais isso não me importa.
- Hum... pelo menos isso. – ela diz.
Flash back off:
Nesse dia minha mãe, ainda não tinha tanta raiva de Zlatan mais ai a curiosidade bateu nela e quando ela viu as coisas que ele falava... ela pegou uma birra dele, que só Jesus.
- Que horas ele vai chegar? – minha mãe pergunta.
- Mãe, é um jantar, então é bem provável que ele chegue no horário do jantar. – digo já sem paciência.
Meu pai segura o riso para não contrariar ela, mais de nada adianta.
- A cada minuto só consigo ver o quanto ele te influencia mal... – ela resmunga.
- Mãe, por favor... você nem conhece ele direito e fica tirando conclusões precipitadas. Zlatan não me influencia. – digo.
Ela revira os olhos.
- Conclusões precipitadas? O homem fala que não conhece os jogadores do campeonato que ele vai jogar, se diz o melhor e ainda fica diminuindo os outros... isso é uma boa influencia? – ela pergunta.
- Apague isso o que você viu e esteja aberta a conhecer ele. – peço.
- Dê uma chance ao rapaz... pode ser que ele nos surpreenda de forma positiva. – meu pai interrompe a pequena discussão que se iniciava.
Minha mãe olha para ele.
- Você só fala isso porque gosta de futebol. – ela diz.
Meu pai balança a cabeça negativamente.
- Digo isso porque estou vendo ela feliz, se ele a faz feliz o mínimo que eu posso fazer é dar a ele uma chance de se mostrar para nós. – meu pai diz.
Sinto vontade de gritar um “toma essa” mais me controlo.
- Seja educada, por favor. Ele pode não ser o príncipe que você queria mais merece respeito e ser tratado com educação. – peço.
Ela ia falar algo, mais é interrompida pela campainha.
Me levanto e vou atender a porta. Quando abro, encontro um Zlatan muito bem vestido com uma camisa social branca e uma calça jeans escura e é claro o seu sempre perfeito coque.
- Vai ficar admirando é? – ele pergunta.
Dou risada.
- Entra logo. – digo.
Ele faz o que eu peço e eu fecho a porta.
- Zlatan, esses são meus pais... – digo.
- É um prazer conhecer vocês... – ele diz.
Meu pai se levanta para cumprimentar ele e por tabela minha mãe faz o mesmo.
- Será um prazer conhecer o namorado da minha filha. – meu pai diz.
Namorado pai?
Eles apertam as mãos e depois minha mãe faz o mesmo.
Minha mãe faz isso em silencio e eu percebo que a noite será mais longa do que eu conseguiria prever.
- Vamos jantar? – pergunto.
Todos concordam.
Eu e minha mãe tratamos de pegar a comida e nos juntamos a mesa com os rapazes. O jantar até que estava correndo bem, pelo menos meu pai tentava interagir com Zlatan e vice versa mais minha mãe se limitava a observar tudo. O único momento que ela se manifestou foi quando Zlatan elogiou o strogonoff que ela fez e ela agradeceu.
Zlatan se comportou muito bem, nem parecia o que eu conhecia, e isso levou meu pai para o lado dele mais ele parecia intrigado com os olhares de minha mãe, mesmo tentando disfarçar.
Quando terminamos de jantar, conversamos um pouco e depois ele nos avisou que partiria.
- Pode dizer que Zlatan foi incrível. – ele diz baixo quando saímos.
Dou risada.
- Sabia que aquela postura lá dentro era só para pegar confiança. – digo provocando ele.
Ele ri.
- Funcionou, não é? – ele pergunta.
- Irei descobrir. – digo.
Ele sorri de lado e se aproxima. Seu braço rodeia minha cintura e me puxa para perto.
- Mereço um prêmio, não acha? – ele questiona.
- Talvez. – digo.
Ele arqueia a sobrancelha.
- Você tem sorte por seus pais estarem aqui... – ele diz ameaçador.
- E o que você faria? – pergunto provocando.
Ele estreita os olhos.
- Você saberá em breve. – ele diz.
Nos despedimos e quando eu volto para dentro de casa, meu pai não estava mais na sala.
- Para onde o meu pai foi? – pergunto.
- Se recolheu, disse que quer acordar cedo e passear. – ela se limita a dizer.
Reviro os olhos e respiro fundo.
- Isso tudo é por que conheceu Zlatan? – pergunto.
Ela bate no lugar vago no sofá e eu vou me sentar ao seu lado.
- Tem certeza que é isso que você quer? – ela me questiona.
- Mãe, se eu me dei ao trabalho de apresentar ele a vocês é porque sinto algo por ele... – digo.
Poderia não admitir isso toda hora mais eu estava gostando de Zlatan, tudo em nós se encaixava.
Ela suspira.
- Eu só quero ser cuidadosa com você... – ela começa.
- Eu não sou mais nenhuma criança... decepções amorosas fazem parte da vida. – digo.
Ele sorri e passa a mão no meu cabelo.
- Eu consigo ver desejo na sua relação com ele... mais só consigo ver isso. – ela diz.
Arregalo os olhos surpresa.
- Tem carinho, mais eu vejo desejo e nada mais... é como se... pelo o que você me contou você é algo exótico na vida dele e... – a interrompo.
- Nós jogamos limpo um com o outro.
Ela abre a boca para falar algo mais desiste.
- Não irei me intrometer mais nisso... a vida é sua. Você sempre poderá contar conosco. – ela diz e se levanta.
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