- Roselly, eu preciso que me ajude com uma coisa- digo, assim que entro no quarto da pequena, que estava transformando Yoongi em um boneco de menina, com fitas no cabelo.
- agora não. Estou ocupada- diz amarrando mais uma fita de cetim noa cabelos curtos de Yoongi.
- sério? Não vai mesmo querer brincar com a boneca?- digo com um sorriso, assim que vejo seus olhinhos de menina interessada.
Dei uma risada, assim como Yoongi.
👑👑👑
- então seu plano é esse. Vai deixar a boneca nas mãos de uma criança- Yoongi questionava-me como se eu fosse algum idiota- já pensou que aquela boneca pode estar ficando humana a cada dia que passa? Ela não pode ficar nas mãos de uma criança para sempre. O que vai fazer se um dia chegar a casar-se e ela ainda estiver humana?
Passei a mão no cabelo, bastante frustrado.
- sim, Yoongi, eu já pensei. E sinceramente, não sei o que fazer. Eu...eu... eu não sei como vou cuidar dela, ela é tão inocente. Tenho medo de que alguém faça algum mal a ela, ou, faça com ela o que fazem com muitas outras moças bonitas, transformando-as em Dolls sexuais.
Yoongi parou e olhou para mim, com um olhar um tanto desconfiado.
- você...- diz olhando-me com desconfiança e um sorrisinho no rosto- você está apaixonado pela boneca!
- não estou!- disse nervoso, virando-me para seguir em frente.
- ai está a prova. Você está apaixonado- ficou cantarolando.
- já chega!- gritei.
- o que está acontecendo aqui?- minha mãe veio em nossa direção. Ela estava um pouco pálida, coisa que me deixou preucupado.
- mãe, está bem?- aproximei-me dela.
- sim, querido. Estou ótima- diz dando um sorriso- mas o que te deixou tão exaltado?
- nada de mais, Majestade- Yoongi diz, passando o braço ao redor do meu pescoço- só que, o nosso querido biscoito, está apaixon...
Tapei a boca de Yoongi na mesma hora. Porém, entretanto, minha mãe conseguiu juntar as peças.
- quem é ela?- notei uma certa empolgação em seus olhos- como ela é? Quando vou conhecer a mãe dos meus futuros netos? E quando meus netos vão chegar?
Quase engasguei.
- mãe. É melhor deixarmos esta conversa para outra hora- digo bufando- tenho que receber a " chateza real".
Minha mãe deu uma risada. Ela gostava nem um pouco da mãe de Camille, mas nunca tratou mal nenhuma das duas.
Caminhei em direção a entrada do castelo. Não demorou até que a princesa chegasse.
Seus cabelos louros estavam perfeitamente arrumados e enfeitados com uma tiara de pérolas azuis, que combinava com seus olhos igualmente azuis.
- Príncipe Jeon- diz estendendo a mão, a qual fui obrigado a segurar e depositar um breve selar.
- princesa Camille.
Ela deu um sorrisinho.
Mais atrás, estavam sua mãe, mais duas acompanhantes da corte.
Após todos os cumprimentos, seguimos na direção do grande salão para um almoço.
- não está faltando mais alguém- rainha Clarice diz passando os olhos pela mesa- onde está princesa Roselly?
- desculpem!- a pequena entrou correndo no salão, e pegou algumas guloseimas, colocando tudo em um prato fundo- tenham um bom almoço.
Ela saiu correndo na mesma direção da qual viera.
Notei o olhar de desaprovação dos convidados. Minha mãe, ia levantar-se, porém fui mais rápido.
- irei conversar com minha irmã- digo fazendo uma breve reverência- com vossa licença- sem nem esperar mais um segundo, fui atrás da pestinha, e para o meu azar, Camille veio junto.
- por favor, espere Jeon- pediu, correndo atrás de mim.
Camille era a visão perfeita da Cinderela, e talvez, por ser conhecido como Príncipe Encantado, todos pensassem que éramos um bom casal.
- sua companhia não é necessária para isso- digo ríspido. Camille finje não se importa.
Fui até o quarto de Roselly e advinha quem eu encontrei dançando. Isso mesmo, a boneca.
Ela dançava nas pontas dos pés como se tivesse feito aquilo toda a vida. Roselly não estava no quarto, e a boneca não havia notado nossa presença, pois quando errava um passo, logo recomeçava.
- quem é ela?- Camille perguntou, olhando os movimentos da boneca.
Errando mais uma vez, a boneca caiu sentada no chão suspirando: - pensei que fosse mais fácil. Na minha mente pelo menos era.
- Camille, procure Roselly, e diga que minha mãe quer vê-la. Eu vou ajudar está donzela- digo olhando para ela com uma expressão cordial.
Camille assentiu: - com sua licença, Alteza- assim que ela me deixou sozinho com a boneca, entrei no quarto e fechei a porta. Ela olhou para mim. Havia confusão em sua face.
- Kookie?- aproximei-me dela com rapidez, e me abaixei ao seu lado. Cada movimento meu havia sido acompanhado por seus olhos inocentes.
- sabe, eu percebi uma coisa, eu não te dei um nome...
- mas eu tenho. Sua irmã me deu.
- sim, mas... Eu não posso ficar confundindo com a minha mãe.
- eu não me importo- diz dando-me um abraço- eu sei que você nunca vai me confundir com ninguém, eu sei que você se importa comigo de verdade, e não como os outros. Eu sei que você sempre saberia quem eu sou.
Ela afastou-se um pouco, o suficiente para que nossos olhares ficassem presos um ao outro. Aqueles olhos cor de amora, mais belos que as jóias mais valiosas em todo o mundo. Meu coração batia devagar, parecia querer acompanhar o ritmo em que ela inspirava e expirava, eu só conseguia ouvia as batidas do meu coração e sua respiração.
Sem pensar nas consequências, aproximei minha face da sua. Quando toquei seus lábios ela parecia perdida, não sabia o que fazer. Após alguns breves segundos, afastei-me um pouco e olhei para sua face surpresa.
A porta do quarto de Roselly abriu-se de um modo abrupto, e uma criada, com a respiração descontrolada entrou, ela parecia ter corrido toda uma maratona.
- Alteza...sua mãe...- ela estava tentando respirar e falar tudo ao mesmo tempo- sua mãe, ela...ela...
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