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História Minha Carta De Adeus - XV


Escrita por: Sabrinaferry

Capítulo 15 - XV


O silêncio ainda dominava o quarto, minha mente estava de volta ao chão, com todas as dores, todo o rancor, de volta as suas funções.. 

Saio do quarto deixando o Nicholas ainda lá perdido em seus pensamentos. Cada corredor da casa parecia uma caminhada de tortura. Caminho normalmente, calmamente, sendo atormentada pelos meus próprios pensamentos. Um vulto passa pelo corredor em direção a escada, o sigo. Lá em baixo estava o Simon, parado me estendendo a mão, não mais uma alucinação não. Desça normalmente finja que ele não existe ' minha consciência ensiste. Obedeço. Minhas pernas trêmulas descem calmamente. Fico frente a frente com ele, alguns segundos são o suficiente para o enlouquecimento tomar conta. Caminho até a cozinha. Ele está lá sentado, encarando- me.

- Você deveria estar no cemitério Simon.

Acredito estar louca mas ouvir sua voz era tudo o que eu queria no momento. Alguns minutos se passam, estou fazendo algo para comer e ele nunca diz nada. Silêncio, nunca pensei que fosse tão torturante assim.

- Esqueceu do leite..

Levanto minha cabeça e o encaro, ele falou, falou. Sua voz tão doce e delicada.  Leve isso como uma conversa normal, não demonstre fraqueza'  meu subconsciente me ordena e assim o faço.

- Obrigada.

Pego o leite e coloco no cereal.

- Pra alguém que matou a pessoa que mais era importante para si, você até que está calma.

Como eu queria dizer que não estou calma e muito menos bem...

- Tudo o que vem vai, certo ?

- Certo. - Uma voz surge ao meu lado. Minha prima, Beth. Se senta ao lado de Simon.

- E o Nicholas? - Simon.

- Vai dormir por um tempinho. - Beth

- O que vocês fizeram com o Nicholas?

Eles não me respondem mais, somem. Sinto algo me puxar pelos pés. Caiu batendo minha cabeça ao chão. Minha mãe desce as escadas. O Simon está em minha frente.

- Eu não matei você! Eu não matei você! Vai embora! Vai embora! 

Choro, grito com a faca na mão. Minha mãe me pega. 

- Calma. Calma.

- Me solta.

Saiu de seu abraço.

- Liss?

- Fica longe de mim..  - Aponto a faca para ela.

- Liss.

Algo forte bate em minha cabeça, a faca despenca de minha mão causando um barulho absurdamente alto.

                     ∆∆∆∆∆

Estou no quarto, minhas malas estão no canto da cama, levanto - me.

- Nicholas..

A porta se abre.

- Oi.

- Por que minhas malas estão prontas?

- Sua mãe ficou com medo, ela acha que foi você que me deixou amarrado e me deu coisas para dormir.

- Eu o vi. O que acertou minha cabeça?

- Sua irmã.

- Quanta força. Pra onde vou então?

- Um hospício. Não realmente um hospício mas um lugar onde vai poder melhorar.

- Ela acha que estou louca? 

- Basicamente sim.

Meu mundo cai por alguns segundos, eu não vou ver mais o rosto de nenhum deles por um bom tempo, e o Nicholas, não poderei mais tocá-lo.

- E o que acontecerá ?

- Eu não sei. - Nicholas anda até a janela. - Eles chegaram..

- Onde está o Jeff ?

- Ele disse que não aguentará ver você indo embora. 

Olho meu quarto, respiro fundo, fecho os olhos. Lembradas boas vêem daqui. Meus irmãos, minha mãe, o Simon ... 

Minha mente gela e um completo escuro e vazio a toma. Não sei mais o que pensar ou como agir. Talvez eu devesse realmente ir .

- Cuida deles para mim? 

- Eles ficarão bem.

- OK.

Passos vem em direção a minha porta. Minha mãe chora. Nicholas segura minha mão forte. 

- Desculpe querida.

- Um minuto.

Digo aos homens que estão parados em minha porta segurando minhas malas. Eles concordam com a cabeça. Viro-me para o Nicholas , ele chora . Passo a mão sobre seu rosto enchugando suas lágrimas , o abraço.

- Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. Eu vou voltar e quero um caprichado café da manhã sem resmungos.

Um curto sorriso se estende em seu rosto. O meu tempo acabou. Caminho até a saída. Eu não posso ir. Não posso deixar o Nicholas aqui. Uma explosão de sentimentos tomam conta de mim. Eu não posso ir. Corro até o Nicholas, os dois homens me pegam. Estendo minha mão. Eu não posso ir.

- Nicholas ! 

Minhas lagrimas caem. Sou puxada até o carro. Me contorço. Um dos homens tira do carro uma vacina e a injeta em meu braço. Em questão de segundos sinto meu corpo mole e adormeço.

                    ∆∆∆∆∆

Acordo-me, ainda estamos em viagem. Não conheço o lugar, meu corpo dói. Me nego a conversar. Olho a paisagem. Depois de algumas minutos o carro para. Observo é somente uma casa bem grande, parecendo ser bem antiga porém bem concervada. Não há nenhuma vinzinhaça. Só árvores e um rio ao lado direito. A porta do carro se abre, saiu. Uma mulher loira, de vestido vermelho grudado em seu corpo perto de seus joelhos, um curto retrato da vulgaridade, vem em nossa direção enquanto tiram minhas malas.

- Liss.

- Sim?

- Eu sou a Mary Vladgy, dona desta casa e diretora. Vamos andando . - Obedeço. Ao entrarmos dois homens me pegam pelos braços , me suspendendo no ar. - Aqui você segue minhas ordens, caso contrário virará nosso brinquedinho. Coloquem-na junto com o J7.

A parte moderna da casa é deixada para trás. No subterrâneo está o verdadeiro hospicio, pessoas choram, outras gritam, e outras permanecem caladas. Passamos por um balcão. Entramos em um corredor, no final dele abrem uma porta , me colocam no chão, tiram meus sapatos, colares, brincos, pulseiras, só me deixam com a camisa solta e a calça que vim. As portas são de metais será impossível eu sair daí. Me jogam dentro da cela. Os gritos já rodeiam minha mente. Estou no puro inferno subterrâneo .





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