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História Minha Carta De Adeus - II


Escrita por: Sabrinaferry

Capítulo 2 - II


PRESENT


Já eram 5h da manhã e eu não havia pregado os olhos, pensando no sonho que tive de nove anos atrás. Minha cabeça volta a lembrar de tudo novamente e eu não sei o que fazer para isso parar.


Minha primeira idéia seria ligar para Simon porém não sei se ele terá tempo para mim.

Resolvo mandar uma mensagem.

~ Oi Simon, preciso conversar. Está disponível?

Em questão de segundos ele responde.

~ Deixe-me adivinhar... Você não dormiu está noite, certo? Em cinco minutos ligo para você. Gostaria de vê-la também.

Esse era o Simon, sempre atendendo meus pedidos e tentando ajudar-me a solucionar esses problemas. Mas ele nunca foi feliz ou nunca demonstrou a mim que estava feliz. Raramente sai de casa, não vai à festas, evita pessoas. Talvez ele seja assim poque perdeu os pais quando criança e logo em seguida seus irmãos foram adotados e então ele ficou só e agora mora com a tia. Mesmo com uma companhia ele vive solitário, porém é bom com as palavras e sabe dar bons conselhos.

Os cinco minutos passam bem rápido, e como esperado, ele liga.

- Hi Lisyn.

- Hi. - Ele ainda continua a me chamar de Lisyn... Seu cabelo ainda continua o mesmo, com certas ondulações praticamente lisas caídos em sua testa. E, bom, eu reparo muito nele.

- Ainda repara nos meus cabelos, moça..

- Sim. - Solto um risada curta e baixa.

- Ainda continua linda sorrindo, deveria sorrir mais Lisyn... Bom, acredito que não foi por causa do meu cabelo bagunçado e do seu belo sorriso que por certas razões você não o mostra muito que você me contactou. Você falou que não havia dormido está noite, seu passado tá voltando a te atormentar né? Isso é bem normal, nossa mente anda em processo constante tentando se adaptar a mudanças e a nova vida que levamos. Porém se temos algo que nos marcou emocionalmente ou fisicamente, sempre permanecerá ali, pois não sabemos como apagar. Não importa quanto tempo passe, sempre iremos lembrar, e um dos modos de tudo criar novamente vida são os sonhos.

O observo plenamente em suas opiniões e suas observações.
Pra ser mais sincera, sua boca.

- Pare de reparar em minha boca, isso me faz perder a concentração do objetivo da conversa...
- Desculpe... É, e podemos controlar os nossos sonhos?

- Não, é como se todos os seus sonhos fossem os seus pensamentos , coisas que marcam sua vida ou simplesmente seus medos .

- Quando se trata de medo, todos os monstros que criamos em nossas mentes somos nós mesmos, certo?

- Sim, é como se fosse uma canalização de forças negativas e positivas. Se você foca só na negativa , sua mente só procurará seus momentos ruins e marcantes e irá fazer isso em uma certa sequência. Se canalizar as positivas ele fará o mesmo. O real motivo de não dormir é ter medo que sua mente programe todo seu passado de novo em seus sonhos e se você não tentar superar tudo o que aconteceu e enfrentar seus medos você nunca vai querer dormir e isso de alguma forma irá matar você aos poucos.

Muita coisa pra ser gravada em minha mente. Eu tenho sim medo de dormir e minha mente acabar reprogamando tudo e me fazendo ter esses sonhos. Eu não queria lembrar, eu não queria pensar, não queria nem sequer imaginar tudo aquilo. Porém minha mente, meu subconciente, pensava...

- Obrigada, Simon. - Aquilo tudo, por hoje, para mim era o suficiente.

- Não agradeça, sempre estarei aqui.

Dou um leve sorriso e o observo.. Ele me olha profundamente e por alguns instantes me sinto segura...

- Ah Lisyn, Você continua a mesma.. Acredito que ainda escuta suas músicas deprimentes e lê seus mistérios e assassinatos como "Os assassinos do cartão postal" ou seus romances. Ainda não come pela manhã, trabalha demais, afasta pessoas que ama pra não machucá-las, vive com um sorriso forçado no rosto torcendo para que alguém note e diga "eu estou com você", mas não percebe que são raras as que notam sua dor. É, Lisyn você ainda continua a mesma garotinha que tenta ser forte a todo tempo. Mas verdadeiramente você é louca por vingança e aguarda calmamente a chegada dela, enquanto isso finge se matar a todo tempo...

Deixo escapar mais uma risada e percebo que ele solta uma imagem alegre e confortável em se rosto por alguns segundos, então eu paro e o observo, ele fica ainda mais pulcro com essa pontinha de gáudio.

- O que tanto me observa?

Deleito em seu rosto.

- Me sinto bem com você, Lisyn...

- Fico feliz por isso.

Meus olhos pesam, o sono aparece.

Bocejo.

- Precisa descansar. Eu estarei aqui quando acordar, lhe observando.

- Não quero dormir .

- Você precisa dormir. Eu estarei aqui. Agora feche os olhos e descanse.

Obedeço.

Fui pega rapidamente num sono profundo...



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