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História Minha Carta De Adeus - IV


Escrita por: Sabrinaferry

Capítulo 4 - IV


6:30 AM California - Toronto

Acordo-me. Forço meu corpo a sair da cama e me arrumo para a escola. Estou cansada. Desço, encontro um bilhete em cima da mesa .

Fui ao trabalho, volto mais tarde. Prepare algo o Simon me avisou que vinha.

Minha mãe é o tipo de pessoa que vive correndo atrás de trabalho, para meus irmãos ela é uma guerreira, para mim uma simples mulher que corre atrás do que quer.

Ela ainda vai morrer de tanto trabalhar. 

Simon avisou ? Não sabia que ele ainda mantem contato com ela. Deixo meus pensamentos para uma outra hora, pego minha mochila e vou para escola. Como de costume sentada na ultima banca, ao lado Aeryn ela é sempre inquieta, uma futura delegada ou desenhista ou até escritora.

Confesso , me aproveito dela as vezes, ela é bem esperta e para os dias que não estou apta pra estudos tenho ela do lado.
A turma é bem desordeira e assistemática, tagarelam demais, destraem-se demais, porém são bem unidos, ou quase unidos. Claro, sempre vai ter uns lentos demais, outros espertos demais, outros preguiçosos demais, outros esnobam, mas o que é uma escola sem dramas e confusão?!
Nós somos desordeiros, zombeiros, brincalhões, mas sabemos respeitar o direito do outro.

- Bom dia Aeryn.

- Bom dia Liss.

Ela está como sempre, seus cachos castanhos com mechas roxas, loiras,até brancas, sorriso no rosto, estava tranquila, bem...

Em poucos minutos a professora chega na sala e começa sua aula. Não me concentro. Minha mente está lotada e a mesmo tempo completamente vazia. Confusa viaja por toda a sala, querendo prestar atenção na lousa mas os pensamentos que haviam nela não deixavam. A hora se passou bem rápido, a aula havia acabado. Estou como um caminhão desgovernado em meus pensamentos. As ruas cheias, porém eu as via completamente vazias. Solidões se esbarrando a todo tempo, as sacadas gritando desesperadamente.  Talvez só esteja muito esgotada. 

Caminho calmamente, fazendo o mesmo percurso de sempre. Chego em casa, abro a porta e entro. Já são 14:30, o Simon terá que perduar meu pequeno atraso. Coloco a bolsa em cima do balcão da cozinha e vejo uma maçã mordida sobre ele. Alguém está ou esteve aqui. Descartou a possibilidade de ser o Saymon pois ele é alérgico. Pego a faca e subo as escadas. Abro a porta dos quartos, não tem ninguém. Desço. Caminho até a sala, também não tem ninguém. Sigo até a varanda, o mesmo.

- Procurando por alguém?

Estremeço, viro-me. É só o Simon. Um alivio me toma por ser o Simon, mas ainda acho que tem algo de errado aqui.

- Como você entrou?

- Você deixou a porta destrancada.

Sigo até a cozinha tentando me lembrar se realmente deixei a porta destrancada, ponho a faca no seu lugar. Tem algo errado, ele não come maçã, o Jeff está fora hoje e eu tranquei sim a porta. Tento esconder minha preocupação.

- Releve meu atraso.

- Ainda anda calmamente e lentamente pelas ruas, Lysen?

- Algumas coisas não mudam, certo?!

Ele abre um pequeno sorriso e me estende a mão. Coloco minha mão sobre a sua e ele me puxa de encontro a seu abraço.
Seu cheiro.
Uma de suas mãos vai em minha cintura e outra em meus cabelos. É aconchegante. Me sinto segura. Ouço seu coração batendo, está calmo mas a respiração ofegante.

- Senti sua falta. Está acelerado?

-Não, está calmo. Também senti a sua...

-Venha. -Ordena tão repentinamente que chego a assustar-me.

- Pra onde? Eu acabei de chegar. Você sabe o quanto eu andei?

- Sei que você andou muito. Venha até a cozinha, vou preparar algo pra você comer. Na verdade suba e tome um banho enquanto preparo algo.

Obedeço. Meu corpo está exausto.A água escorre tão calma sobre meu corpo que me faz relaxar. Após o banho desço e lá está ele na mesa, esperando-me .

- Agora coma, você precisa descansar deve está exausta.

Sento-me em sua frente e como sua salada de frutas pois é a única coisa que consigo comer a dias. O observo . Sempre tão sedutor e calmo. Acabo de comer , lavo a lousa e subo para o quarto. Ele se senta em minha frente me encarando.
Minha deusa interior desperta, eu quero beija-lo , mas como poderia talvez para ele sejamos somente amigos. Coro.

- Olhe para mim. - Diz ele pegando meu queixo e levantando-o. - Eu quero você.

Coro. Seus dedos acariciam meu rosto até chegar em minha nuca e me puxa para se encostando os nossos lábios de uma maneira tão feroz. Segurando meus cabelos com força, sua lingua vai de encontro a minha. Nossos corpos parecem fios elétricos vibrando a cada toque. Me põe no seu colo ainda continuando o beijo. Ofegante, estávamos .
Ele para e me olha. Minhas mãos estão agarrados na sua camisa como se estivesse o puxando para me .
Por alguns segundos nossas testas estão grudadas, nossos lábios perto, respiração ofegante.

' Ande, o beije é isto que ele quer e você também. Você quer , o deseja faça algo, não fique ae parada esperando ele dar para trás'.

Minha deusa interior grita com toda esta situação, mas ela estava certa. Puxo-o para me e o beijo. Sua mão desce para minhas costas até apaupar minha bunda,apertando-a. Ele me deita, tirando minha blusa. Continua a me beijar , com sua mão navegando sobre meu corpo apertando cada parte, coxa , bunda, cintura , peitos. Coloco minha mão forte seus cabelos.

-Lysen..  - Sua voz é atormentadora, desejadora. 

- Simon. - acariciando meus cabelos me da um beijo na testa.

Nossos sussuros estavam ali presos a um quarto, nossos pensamentos, nossas intensões.
Eu o quero, sem demora
Eu somente o quero, mas este não é o Simon.

- Simon. - Ele para e me observa, no instante que abro a boca para continuar a falar ele me interrompe .

- Lysen.

Suas mãos que estavam em minha nuca já se encontravam em minha cintura, ele estava ofegante e como sempre maravilhosamente belo.

- Para Simon.

- Como quiser..

Deito sobre seu peito..

- Está acelerado..

- Sempre está. - Isso é estranho, confeço.

- Por quanto tempo ficará?

- Dois dias, não poderei ficar mais que isso.

Seu ton de voz mudou tão rapido.
Eu sei que ele me esconde algo...
Sei que não vai me contar..
Sei anda estranho ultimamente. 


      - Não foi você que entrou aqui foi?- Levanto-me vestindo a blusa.

- Você deixou a porta aberta, eu só entrei.

- Também mentiu para mim por se cortar?

- Lysen...

- Levanta a manga da camisa Simon.

-Lysen..

- Agora. 

Ele me obedece, seus pulsos estão meio roxos com marcas de cortes até o cotovelo, não pareciam que foram feitos a muito tempo.

Estava certa. Por dentro estou desmoronando mas por fora estou parada observando aquilo sem demonstrar nenhuma emoção. Continua de cabeça baixa, com os cortes a mostra e por varios segundos eu o observo.

- Desculpe .

- Quieto.

Desço, em busca da bolsinha de primeiros socorros.

- Olá.

Jeff. O que ele estava fazendo aqui ? Jeff era um colega de classe, que eu quase matei. Ele fica aqui a todo tempo mas ninguém sabe, só minha mãe que desconfia por está sumindo a comida.

- O que está procurando ?

- Uma bolsa de primeiro socorros. Você a viu ?

- Ah, sim. Sua mãe a colocou no armário de cima.

-Você conhece esse lugar melhor que eu.

- Eu estou aqui a todo tempo Liss.

- Você me deixa confusa Jeff..

- Quem não à deixa confusa querida Liss?

- Acho que ultimamente ninguém. Onde você esteve?

- Eu? No parque. Tentei entrar mas você trancou tudo. Isso é maldade, eu estava com fome.

Mil perguntas surgem na minha mente mas as deixo de lado, vou focar no Simon, mesmo não descartando a possibilidade de que ele mentiu pra mim.

Sentando de cabeça baixa, limpo seus ferimentos e enfaixo.

- Pronto. - falo guardando tudo.

Talvez ele vá embora.. Embora para sempre e eu tenho medo disso. Normamente ele não diria o que sente e o que quer realmente. Mas ele demonstrou, me beijou, talvez não esteja aguentando mais ou algo fez ele se desesperar assim.

- Lysen....

- Você vai embora não é? -Interrompo, ele confirma com a cabeça. - Tudo bem...

A única coisa que eu poderia fazer era ficar do lado dele até ele ir embora, ser irônica, me conformar.

O dia se passou rápido, jantamos com minha mãe, conversamos , assistimos, mas sempre algo está faltando. Eu não prestava atenção em nada, mal sorria, mal comia. Não estou bem. O Simon sempre foi meu ponto fraco, acontece algo com ele , eu desabo. Sei que sua ida irá acabar comigo, porém, não a nada que eu possa fazer.

Ao fim da noite, nos encontramos aqui, sentados na sala com minha mãe tagarelando sobre psicologia e ele interagindo.

- Liss. -Volto-me ao local e aterriso meus pensamentos.

- Sim?

- Vá arrumar o quarto de hóspedes para o Simon, ele deve estar cansado .

-  OK.

O Simon vem logo atrás de me. Procuro não falar com ele , evitar o máximo possível. Pego os lençóis, arrumo a cama e volto a porta , ele fica paralisado no canto do quarto.

- Tem um banheiro a sua direita, tem um armário pra guardar suas roupas, café da manhã é sempre as oito e se quiser sair daí durante a noite saía depois da meia noite, eles adormecem essa hora e o Jeff usa essa hora pra comer então não o mate .

- Jeff ?

- Sim.

- Lysen... Me desculpe.

- Eu sei que não vai por opção.

- Como assim não é uma opção?

Meus pensamentos se abrem.
Tudo estava tão claro na minha frente e eu nem pude perceber o que realmente se passava..
Entro ,fecho a porta, vou em direção a cama.

- Eu tranquei tudo quando saí, você não come maçã, seus ferimentos foram feitos a pouco tempo. Vai me esconder mais algo?

- Lysen, não a nada que eu possa fazer, não vou deixar você morrer. Ele te observa a todo tempo, sabe cada passo seu.

- Não tem nenhum sinal de arrombento. Ele ainda tem as chaves..

- Tenho dois dias para me despedir. 

- Você vai embora agora.

- Não posso. 

- Como assim?

- Ele ainda está aqui.

Congelo. 

- Jeff..

Saiu correndo, desço as escadas atrapalhando-me. Casa está silenciosa.
Vou até a cozinha.
Não encontro o Jeff..


Notas Finais


Continua no próximo capítulo...


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