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História Minha "Doce" Vizinha - Capítulo 1


Escrita por: Marcia91

Capítulo 1 - Capítulo 1


Moro em um bairro bem tranquilo, e as casas daqui são bem perto umas das outras. Minha janela dá de frente para a janela do meu vizinho, um garotinho chamado Joshua de 11 anos, que por sinal é muito atentado, ele mora com os pais e uma irmã mais velha de 15 anos, ela pelo menos é um doce de menina.

Vira e mexe o Joshua fica jogando coisas pela minha janela e berrando para que eu jogue de volta, ele simplesmente me dá nos nervos. Já falei com a mãe dele sobre isso, a Sra. Ferreira, mas de nada adiantou. A única solução que vi foi deixar minha janela fechada o dia inteiro e mesmo assim ainda escuto quando ele joga algo na janela fechada, pode isso?

Depois de dois anos, a família Ferreira irá se mudar, graças a Deus!!! Na terça eles se mudaram, Foi bem rápida a mudança pra falar a verdade, no final da tarde quando saí do meu quarto, a casa ao lado já estava vazia e sem ninguém. Nesse mesmo dia, minha mãe foi se despedir deles pela manhã e acabou ficando lá para ajudar a guardar as coisas nas caixas depois que a Sra. Ferreira lhe pediu, e ainda veio falar aqui em casa me chamar para ajudá-los. Eu por outro lado, dei uma desculpa que tinha prova na faculdade no dia seguinte e tinha que estudar, uma mentirinha nunca matou ninguém né? Isso não significa que eu seja má, só um pouquinho esperta.

Bom, espero que o próximo que se mude para a casa ao lado, não tenha criança pequena. E ah... até que enfim vou poder abrir minha janela de novo.

Na quarta acordei às seis da manhã, pois tinha aula, levantei da cama e me enfiei debaixo do chuveiro quentinho, mais um pouco e dormiria lá. Saí do banho com uma vontade enorme de voltar para a minha cama e dormir mas não podia, vesti minhas roupas, uma calça jeans, tênis, uma regata e por cima um casaco, estava fazendo um friozinho gostoso. Logo depois desci para tomar café da manhã e encontrei minha mãe terminando de colocar a mesa. O restante da família não desce agora então até a hora de eu sair eu não vejo mais ninguém, é todos os dias assim. Depois que minha mãe arruma a mesa vai até onde estou sentada, me dá um beijo e fala:

— Boa aula e toma cuidado na rua tá bom filhota? – Ela sempre se preocupando com os filhos.

— Obrigada e pode deixar que tomo cuidado sim. – Falo para ela.

— Tem que tomar cuidado mesmo, já que você é tão desligada, ainda mais quando coloca esses fones de ouvido, fica desligada e desastrada também. Lembra quando caiu naquele buraco? A Carla ainda te avisou e você com essa porcaria nos ouvidos não escutou. – Fala ela olhando pra mim com uma cara de brava.

— Foi só uma quedinha. Pena que acabei quebrando meu fone, paguei muito dinheiro nele. – Digo e ela faz uma careta.

— Esquece esses fones, já foram para o lixo a muito tempo. – Diz ela saindo da cozinha. Logo coloca a cabeça para dentro da cozinha novamente.

— Ah, já ia me esquecendo, a senhorita está de castigo por uma semana pela mentirinha sobre a prova. Sei muito bem que se trancou no seu quarto para não ajudar os Ferreira na mudança. – Me engasgo com o café e tento protestar depois que paro de tossir.

— Isso não é jus... – Começo falando mas ela logo me corta.

— Dá próxima dê uma desculpa melhor porque essa não cola mais. – Diz ela sorrindo e piscando pra mim. — Tchau filha, até mais tarde. – Grita ela do corredor. Faço uma careta de frustração. Uma hora a mentira é descoberta, que droga, podia ter usado aquela de estar com cólica, seria mais convincente.

Depois de tomar café, subo para escovar os dentes e pegar minha mochila, é isso mesmo, mochila. Vejo tantas garotas na faculdade com bolsas, prefiro minha mochila, cabe mais coisa e não ligo se não me acham muito feminina, sou como sou, não vou mudar meu jeito de me vestir ou usar uma bolsa para ir a aula. E de vez em quando eu uso um pouquinho de maquiagem, mas só um pouquinho.

Saio de casa e vou para a faculdade, é bem perto, então sempre vou a pé, levo quinze minutos para chegar e logo na porta da sala vejo meus dois amigos Diego e Carla cochichando. Já me aproximo sorrindo porque sei que estão fofocando de alguém. Sempre falo para eles que os dois são os maiores fofoqueiros da faculdade, sabem de tudo e de todos.

— O Pedro terminou com a Flávia. – Diz Diego mais do que animado para mim.

— Agora é a sua chance de ficar com ele Di. – Falo.

Diego é gay assumido, algumas garotas até chegam nele querendo ficar, mas que logo ele bota pra correr. Ele até que é bonitinho, tem olhos castanhos escuros, um corpo um pouquinho musculoso e usa o cabelo espetado para cima com gel, e ai de quem encostar naquele cabelo, é capaz de perder a mão, é uma frescura só. O jeitinho dele não passa despercebido, dá para ver de longe que joga no outro time.

Quando o assunto é falar com o Pedro, ele logo fica morrendo de medo. Ele acha o cara o maior gato da sala, mas nunca se aproximou dele. Agora talvez, seria uma ótima oportunidade. Eu disse TALVEZ... em se tratando de amar ou se apaixonar eu não entendo nada mesmo, nunca aconteceu comigo e nunca sei quando a pessoa está a fim de mim.

Nem sequer dei o meu primeiro beijo ainda, e olha que eu já tenho 19 anos. Pois é eu entrei com 18 anos na faculdade. Quando contei a Carla que ainda era BV, ela ficou passada e até cogitou em contratar um garoto de programa, já que ninguém saberia. Obvio que eu logo descartei essa ideia, tentei contornar essa situação da melhor maneira possível até que ela não lembrasse mais disso, infelizmente não é assim que a banda toca. Quando o assunto vem a tona, eu digo sempre a mesma coisa: — Estou esperando a pessoa certa.

Só que eu não sei se ele se daria bem nessa, o Pedro tem cara de ser meio preconceituoso.

— Nem morto eu vou falar com ele, prefiro observá-lo de longe. – Ele diz quase gritando.

— Vai logo viado, deixa de ser besta, quem sabe vocês não são almas gêmeas? – Carla fala enquanto eu rio do jeito dela falar.

Carla é a mais inteligente de nós dois, morena, bonita, com seus cabelos pretos lisos um pouco acima da cintura, olhos castanhos, e um pouco mais alta que eu. Alguns garotos ficam loucos querendo sair com ela. E sempre me pergunto quando isso irá acontecer comigo, não me acho feia, pelo contrário, sou até bonitinha, mas tem gente que nasceu com a bunda virada para a lua. Não tenho sorte no amor, pelo menos me saio bem na faculdade, disso eu não posso reclamar.

— Você sabe a minha opinião desde o início, não sei se ele é o cara certo para você, ele é muito metidinho, sem contar o fato do preconceito. – Digo sabendo que isso já foi assunto de muita encrenca.

Uma vez na sala de aula, surgiu o assunto sobre gays, e fizeram a seguinte pergunta: O que faríamos se tivéssemos um filho e ele fosse gay? Pedro respondeu que ele preferia não ter filho a ter um filho gay. Eu achei um absurdo aquilo e mesmo depois do comentário dele, o Diego ainda é louco por aquele idiota.

— Quem sabe um dia eu vá falar com ele. Agora mudando de assunto, quando é que vamos arrumar um namorado para você? – Diego me olha esperando a resposta.

— Eu não preciso de namorado. – Respondo depois de um tempo ao perceber a mudança de assunto repentina. Diego era mestre em mudar de assunto tão facilmente.

— É claro que precisa amiga. Tem que desencalhar, ou pretende ficar para titia? – Carla pergunta me olhando.

— É claro que pretendo arrumar um namorado, mas não achei a pessoa certa ainda. – Carla revira os olhos.

— Já conheço toda essa ladainha. Sinceramente, tem algo de errado com você, não tem nada melhor do que beijar na boca. – Carla diz com um olhar sonhador e suspirando. — As vezes sinto até falta sabia?

— Deixa ela em paz Carlinha. – Diego vem ao meu socorro. — E se ela for lésbica?

— Eu não sou lésbica. – Digo olhando de Diego para Carla. — Nunca senti nada por nenhuma garota.

— Isso não quer dizer nada, minha cara. – Diego diz baixo perto do meu ouvido. — Só porque você nunca sentiu nada, não quer dizer que não seja lésbica. Acho que ainda está para aparecer a mulher que vá deixar seu mundo de cabeça para baixo.

— Não sou, e se fosse, qual o problema? Não me amariam mais? – Olho para os dois esperando que me respondam.

— É claro que te amaríamos não é Carlinha? Eu sendo gay não tenho nada contra, e se fosse hétero também não. – Diego sendo um amor como sempre. Carla estava meio sem jeito e parecia incerta do que dizer.

— Vai Carla, diz alguma coisa. – Diego da um tapinha no braço dela.

— Eu acho tão estranho ver duas mulheres juntas. – Carla diz sem nos encarar.

— AI MINHA NOSSA SENHORA DOS GAYS, vai dizer que você é preconceituosa Carla? – Diego pergunta incrédulo.

— É claro que não né viado. Talvez por eu ser mulher e sempre ter ficado com homens e... Ah vocês entenderam né? – Carla diz sem graça.

— É claro que entendemos baby. – Diego fala abraçando ela e me puxando também. — Somos o trio mais estranho que eu já vi.

Carla e eu rimos da sua observação.

— Mas se você for lésbica amiga, – Carla olha para mim faz uma pausa e sorri, depois continua falando — pode contar comigo porque vou estar sempre ao seu lado.

— Obrigada, mas eu já disse que eu não sou.

Assim que termino de falar nosso professor entra na sala e o seguimos indo cada um sentar nos seus devidos lugares.

O resto do dia passou rápido, assim como quinta e sexta. No sábado eu tinha combinado com a Carla e o Di, de dormirmos na casa da Carla para assistirmos filmes até de madrugada, bagunçar um pouco a casa dela, mas esqueci do castigo, teria que convencer minha mãe.



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