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História Minha "Doce" Vizinha - Capítulo 2


Escrita por: Marcia91

Capítulo 2 - Capítulo 2


Falando com Carla ao telefone, descubro que nossos planos mudaram. Ela me diz que às duas da tarde vamos ao shopping e de lá seguiremos para sua casa.

Depois de ligar, vou chamar meus irmãos como mamãe ordenou. Passo no quarto da minha irmãzinha. Milena tem sete anos e é bem sapeca. Seu jeitinho encanta a todos. Puxou nosso pai, sempre alegre e sorrindo. Seus olhos também puxaram os dele, um castanho claro. Na verdade ela era a cópia dele, não tinha como negar.

— Mamãe está chamando para almoçar, Mi. – Falo, olhando a bagunça naquele quarto. Quando mamãe ver, vai mandar ela arrumar brinquedo por brinquedo. — Você escutou o que eu disse? – Ela me olha e balança a cabeça positivamente. — Lave as mãos.

Saio e vou ao quarto que pertence ao meu irmão mais velho.

Rodrigo é um cara sério, tem 25 anos, olhos castanhos igual aos da Milena, cabelo  escuro, um pouquinho arrepiado na parte da frente e seu corpo eu diria que é normal, nem tão magro e nem gordinho.

Sempre fica com a porta do quarto fechada, e ninguém sabe o que ele faz lá dentro. Eu tenho minhas desconfianças, mas só de pensar...argh!

Ah, esqueci de dizer, Rodrigo tem uma quedinha pela Carla. Ele acha que ninguém sabe disso. Mal sabe ele que eu já vi a foto da minha amiga como o fundo de tela do computador dele.

Toda vez que ela vem aqui, ele fica igual a um cachorrinho atrás dela, tentando agradá-la.

Ela nunca deu chance a ele, fala que vê ele só como um amigo e nada mais. Eu mesma nem me meto nessa história. Eles que são brancos que se entendam.

Bato na porta do quarto.

— Rodrigo, o almoço está pronto. – Falo, esperando a resposta.

— Tá, já vou. – Diz ele, gritando do outro lado.

Vou ao próximo quarto.

Ricardo tem 23 anos e é o mais animado da casa. Sempre ouvindo música no último volume. É fã da Beyonce, e ainda por cima é gay. Ninguém aqui em casa além de mim sabe desse último detalhe. Ele diz que sou sua confidente. Também conto tudo a ele, sabe guardar segredo como ninguém.

Quando chego, a porta de seu quarto está aberta e ele está sentado em frente a tela do notebook com um sorriso enorme.

— Oi. – Digo, entrando no quarto dele.

— Oi princesa. – Ele fala, olhando para mim.

— Porque o sorriso? – Pergunto. Logo ele abre uma outra janela no notebook e me mostra a foto de um cara sarado.

— Conheci ele na boate ontem. É um gato. Nós acabamos ficando e ele me deu o celular dele. – Ricardo fala sussurrando.

— Que bom. Parece ser um cara legal. – Falo, sorrindo.

— Ele é. Parece um Deus grego também. – Rio da sua observação.

O chamo e saio do quarto sendo acompanhada por Ricardo.

Chegando na cozinha, Milena e Rodrigo já estão em seus lugares. Mamãe também, sentada em seu lugar na ponta da mesa.

Eu e Ricardo nos sentamos e logo a conversa flui.

— Quando é que seus amiguinhos virão aqui? – Rodrigo pergunta, tentando transparecer desinteresse.

— Não sei, porque? – Pergunto, sabendo que quer saber da Carla.

— É que eu ia mostrar uma coisa ao Diego, só isso. – Rodrigo diz, um pouco desapontado.

— Uhm. Eu vou dormir na casa da Carla hoje e amanhã. – Assim que falo o nome dela, ele levanta a cabeça. — Eu digo a ela que você mandou um beijo. – Falo, sorrindo.

— Tá louca. Eu nem gosto dela. – diz ele, mais vermelho do que um pimentão.

— Aham, acredito. – Falo, enquanto como. — Ela ainda está procurando a calcinha dela que sumiu misteriosamente naquele dia que vimos você saindo do meu quarto. – Ele se engasga com a comida ficando mais vermelho, se é que é possível.

— Aposto que se procurarmos no quarto dele, vamos achar essa calcinha na parede como um troféu. – Ricardo diz gargalhando. Em seguida, eu e mamãe rimos também.

— Quem usa calcinha é menina. – Milena diz, olhando para Rodrigo.

— Eu não uso calcinha. – Responde Rodrigo bravo.

— Ei, ei, podem parar. – Mamãe briga com todos nós. — Já chega dessa história né? Já deu. – Diz ela com o semblante sério. — Deixem seu irmão em paz. De quem ele pega a calcinha ou deixa de pegar não é problema de ninguém. – Quando ela termina de falar, caímos na risada.

Terminamos de comer em meio a muita zuação com Rodrigo. Em questão de segundos ele já estava trancado em seu quarto. Também subi para me arrumar. Ia encontrar com Diego e Carla na frente do shopping. Depois de arrumada, peguei meu celular e vi que tinha mensagem.

``Traga seu biquini. Beijos Carla.``

 Peguei o biquini e guardei. Fui me despedir da minha mãe e saí carregando minha fiel escudeira, minha mochila.

Nos encontramos como o combinado e rodamos aquele shopping inteiro. De cima a baixo, de cabo a rabo. Já sabia até em que andar ficava cada loja. Paramos para lanchar e depois pegamos um cinema. O filme por sinal era muito ruim. Diego quase dormiu do meu lado.

Depois do filme fomos para a casa da Carla. Diego também ia dormir lá, o que resultaria em muita palhaçada.

Chegamos lá e os pais da Carla já tinham ido deitar. Com isso ficamos com a casa só para nós, desde que não os acordássemos, ficaria tudo bem.

Lá pelas duas e tantas da manhã, resolvemos ir dormir. Domingo seria mais um dia cheio de risadas e palhaçada ao lado daqueles dois.

Nós acordamos e um pouco depois nos juntamos na cozinha para o café da manhã. Diego resolve ir ao banheiro nesse instante. Estava com uma cara de que ia aprontar.

Começamos a comer e a contar aos pais de Carla como tinha sido o filme que assistimos. Diego demora mais que o normal, então já estava imaginando que tinha ido fazer o número 2. Se fosse comigo, eu voltaria do banheiro pronta para enfiar a minha cara debaixo da terra. Mas se tratando do Diego, ele voltaria como se não tivesse feito nada.

Depois de muitos minutos, Diego retorna deixando Carla e eu com muita vergonha. Parado na porta estava ele, vestido com as roupas de Carla. Uma mini saia preta, top azul, um salto alto e nos lábios um batom vermelho.

Os pais da minha amiga o olharam com olhos arregalados. Carla estava pronta para pular em seu pescoço e estrangulá-lo e eu por outro lado, estava me segurando para não cair na gargalhada.

— Estavam me esperando amores? – Diego diz, fazendo uma pose, um beicinho e piscando para o Sr. Oliveira.

— Cren Deus pai. – Diz a mãe de Carla, fazendo o sinal da cruz.

Os pais de Carla tem a mente um pouco fechada quanto a essas coisas.  E só por isso, Diego implica bastante com eles.

Diego vem andando até a mesa, ou melhor, tentando vir até a mesa. Quando chega à mesa ele vira o pé no salto e esbarra a mão em um copo vazio. Sorte que não quebrou. Depois que ele virou o pé eu não consegui mais segurar o riso. Os pais de Carla não ficaram muito tempo depois disso, eu diria até que eles saíram quase correndo, o que me leva a rir mais ainda.

— Precisava fazer isso? – Carla pergunta a Diego. — E quem foi que deixou você vestir as minhas roupas?

— Que isso mona? Foi só para descontrair. – Diego diz, olhando para as roupas. — Sem contar que essa saia fica bem melhor em mim né? – Carla acaba rindo, o que nos leva a acompanhá-la na risada.

Depois do almoço, fomos para o clube. Estava quente e eu estava louca para cair na piscina. Carla ia tomar sol, disse que só sairía do clube depois de conseguir uma marquinha do biquini.

Chegando lá, vamos logo atrás de espreguiçadeiras. Colocamos nossas coisas perto e começamos a passar bronzeador. Diego ao contrário de nós, passa protetor.

Quando decido que já estou quase preta de tanto pegar sol, vamos até a piscina. Na verdade eu sou branquinha, então fico vermelha do sol. É meio difícil eu pegar uma corzinha. Assim que entramos, Diego fica de boca aberta olhando para algo fora da piscina. Seguimos seu olhar e vemos um salva vidas, só de sunga vermelha.

— Minha Nossa Senhora dos Gays, que homem lindo. – Diego fala, olhando para o homem e depois vira o olhar para nós duas com um sorriso malicioso. — Se aproximem meninas. – Nos aproximos e ele cochicha para nós. — Vou fingir que estou me afogando e uma de vocês grita chamando a atenção dele.

— Isso não vai dar certo. – Carla diz.

— Vai sim, Mon Amour. É só seguirem o plano. – Diz ele olhando nós duas.

— Tá. E depois de salvo, você vai fazer o que? – Eu pergunto.

— Vocês vão ver. – Diego diz, se afastando.

Diego é meio doido, então podemos esperar qualquer coisa. Quando há homens na jogada e tão bonitos quanto este salva vidas, Diego fica com fogo no rabo. Só sussega quando consegue o que quer. Nem Carla é assim. Mesmo ficando com vários carinhas, ela não é tão atirada igual a ele.

Acho que sou a mais equilibrada dos 



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