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História Minha "Doce" Vizinha - Capítulo 20 (Penúltimo)


Escrita por: Marcia91

Capítulo 20 - Capítulo 20 (Penúltimo)


Pensaram que eu tinha morrido né? Pegadinha da Melissa!

            Acordei no hospital algumas horas depois de ter feito a cirurgia para a retirada da bala, ocorreu tudo bem. Eu estava grogue ainda por causa dos remédios e da anestesia.

            Eu estava na UTI sendo monitorada. Logo uma enfermeira veio e chamou o médico. Ele me fez algumas perguntas, colocou aquela luz em meus olhos, escreveu em sua prancheta e saiu.

            Alguns minutos depois minha mãe entra no quarto, ela já estava chorando.

— Oi mãe. – Eu falo, estava com a voz rouca e a garganta ardendo.

            Ela se abaixou e colocou seu rosto perto do meu, só chorava. Depois de alguns minutos foi que ela falou.

— Eu te amo tanto. Eu rezei tanto para você voltar para mim. – Ela diz ainda chorando. Eu lhe dou um sorriso.

— Eu também te amo mãe. Agora está tudo bem. – Eu falo, fazendo carinho em seu rosto.

— Tem um monte de gente lá fora querendo te ver, mas o horário de visita é só de 14h às 15h e de 18h às 18h30 e só duas pessoas podem entrar. – Ela diz enxugando as lágrimas.

— Quantas horas? – Eu pergunto.

— Onze e quarenta. – Mamãe diz, olhando o celular. — Eu vou ter que sair tá filhota, o médico me autorizou a entrar só para te tranquilizar. – Ela fala me dando um monte de beijinhos no rosto me fazendo sorrir.

— Você volta? – Eu pergunto. Não queria me afastar dela.

— Eu não vou sair desse hospital. Quando der duas horas eu venho tá? – Eu confirmo com a cabeça. Ela me dá um beijo na testa e sai.

Ao meio dia a enfermeira entra com o meu almoço, uma comida sem sal de tudo. Mas como sem reclamar. Poxa, eu nem tinha pressão alta, poderiam pelo menos colocar um salzinho na comida né?

Esperei até duas horas para as visitas, mamãe disse que só podia entrar duas pessoas, uma era ela e a outra quem seria?

— Oi meu bebê? – Mamãe diz. Eu sorrio.

— Oi mãe. – Eu falo.

— Olha quem eu trouxe para te ver. – Ela abre espaço e Rodrigo entra todo sem jeito.

— Oi. – Ele diz.

— Oi. – Eu falo também sem jeito. Mamãe me ajuda a sentar bem lentamente.

— Eu vou ali e já volto tá bom? – Ela diz me dando um beijo e saindo. Provavelmente queria nos deixar sozinhos. Rodrigo estava sentado em minha cama olhando para o chão.

— Me desculpa. – Ele fala e me olha com os olhos cheios de lágrimas. — Eu fui um estúpido naquele dia, um preconceituoso; – Ele agora desata a chorar. Puxo-o e ele me abraça apertado, ainda chorando. — Eu fiquei com tanto medo de te perder. – Rodrigo diz no meu pescoço.

— Está tudo bem agora. – Eu o abraço mais apertado.

— Me desculpa? – Ele pergunta agora olhando para mim. Eu sorrio para ele e enxugo suas lágrimas, eu também já estava chorando aquela hora.

— É claro que eu te desculpo. – Eu nunca tinha visto Rodrigo chorar antes. Dou mais um abraço nele.

            Mamãe volta e nos vê abraçados.

— Que bom que fizeram as pazes. – Ela diz sorrindo. Rodrigo me solta e limpa as lágrimas e eu também.

— Mas não vale usar isso contra mim não hein? – Ele diz e caímos na gargalhada.

— Cadê todo mundo, o Ricardo a Milena, Diego e Carla? – Eu pergunto.

— Estão todos aí fora filha menos a Milena, criança não pode entrar, eu deixei ela com sua tia Filó. Diego está deixando as enfermeiras doidas lá fora. – Ela fala e eu dou uma risada. – Só que só pode entrar duas pessoas em cada visita. Às seis outra pessoa entra comigo tá? – Eu concordo.

— E a Fernanda mãe? Cadê ela? – Eu pergunto.

— Ela...

— Quem disse que não pode entrar uma terceira pessoa? – Carla aparece.

— Quem deixou você entrar? – Mamãe pergunta.

— Aquela enfermeira disse que só mais uma pessoa poderia entrar se o Diego parasse de atormentá-la. Então eu entrei. – Ela diz sem deixar de me olhar.

— Menina, se o médico ver vamos todos ser expulsos daqui. – Mamãe fala balançando a cabeça.

— Vai nada. A enfermeira garantiu que ninguém saberia. – Carla fala e vem até a cama para me abraçar. Como eu estava com saudade dela, de todos na verdade. — Como você está? – Carla pergunta ainda abraçada comigo.

— Eu estou bem, me recuperando. – Eu falo com um sorriso enorme.

— Eu estava com tanta saudade. – Ela diz e me abraça novamente.

— Eu também.

— Conta a novidade Carla. – Rodrigo diz.

— Que novidade? – Eu pergunto olhando-os.

— Sabe amiga, por muito tempo eu achei que estava apaixonada por você mas a verdade é que era só uma paixonite, acho que ter ficado com você acabou mexendo comigo e confundi as coisas. Esse tempo que você estava sumida eu saí por aí perguntando e mostrando a sua foto para um monte de gente e foi quando eu conheci a Daniela. Foi amor a primeira vista Mel, você precisava ver. – Carla conta toda animada me fazendo rir. — Ela também gostou de mim e perguntou se eu queria ajuda e eu aceitei. Bom, foi um pouco rápido mas estamos namorando. Ela me faz tão bem, cuida de mim. – Ela diz sorrindo. — Espero que possamos voltar a ser só amigas.

— É claro. Eu fico muito feliz por você. – Eu falo fazendo carinho em seu rosto.

— Ah, mas não é só isso não. – Mamãe fala. — Ricardo e Diego também estão namorando. – Eu rio, lembrando aquela tarde em que Carla perguntou a Diego quando é que eles iam namorar.

— Eu disse, era só eles que não enxergavam isso. – Carla diz rindo também.

— E você Rodrigo, ainda está solteiro? – Eu pergunto. Ele fica todo sem graça.

— É, estou. – Ele fala acanhado.

— Em breve você também vai achar alguém para te fazer feliz. – Mamãe fala para ele.

Continuamos conversando mais um pouco e eles saíram. Dormi o restante da tarde. Às seis mamãe voltou e com ela veio o Ricardo.

— Oi minha princesa. – Ele veio e logo me deu um abraço e um beijo no rosto.

— Oi. – Eu falo sorrindo. Mamãe também vem e me dá um beijo.

— Dormiu a tarde filha? – Ela pergunta.

— Assim que vocês saíram eu dormi. – Ela checa os aparelhos.

— O médico disse que você vai ficar aqui só essa noite e amanhã vai para o quarto. – Ricardo fala animado. — Lá vai ser melhor porque no horário de visitas podem entrar três pessoas ao mesmo tempo e quando sair entra mais três e por aí vai.

— Mas logo a Mel vai sair desse hospital e voltar para casa. – Mamãe fala sorrindo.

— É, eu estou doida para dormir na minha cama. – Eu falo fazendo mamãe e Ricardo rirem. Um pouco antes deles saírem eu volto a perguntar:

— Cadê a Fernanda, mãe? – Mamãe sorri.

— Ela está morrendo de saudades de você. Não saiu um minuto desse hospital. – Mamãe fala com um sorriso enigmático. Eu diria que era o mesmo sorriso de quando ela já sabia que eu gostava da Nanda — Mas ela teve que ir para a empresa, parece que essa tal de Natália aprontou algumas coisas por lá. Eu devo muito a Fernanda, foi ela quem contratou dois detetives para seguir aquela mulher. – Ela fala segurando a minha mão.

— Porque demoraram tanto para me achar? – Eu pergunto.

— Acredita que a Natália contratou um monte de mulheres para se passar por ela? Eram idênticas. Então os detetives sempre seguiam a mulher errada até que conseguiram achar um padrão e conseguiram seguir a “verdadeira” Natália. – Ricardo fala. — A polícia mesmo nem estava fazendo um bom trabalho, já estava até desacreditando que você estivesse viva.

— E quem eram aqueles dois caras que estavam lá com a Fernanda? – Eu pergunto.

— Eram policiais. Tinham mais do lado de fora, você desmaiou e não viu. Eles cercaram o lugar inteiro. – Mamãe fala meio incomodada.

— A senhora estava lá? – Ela nega com a cabeça.

— Só a Fernanda que foi. Depois que os detetives descobriram onde você estava, a polícia arrumou uma armadilha para pegar aquela mulher mas não saiu como o esperado. – Mamãe fala.

— O que aconteceu? – Eu nem sabia o que tinha acontecido lá.

— A Natália viu que tinha gente do lado de fora e atirou, o tiro acertou um policial de raspão. – Agora é Ricardo quem fala. — Depois eles atiraram nela, um pegou também de raspão. Tinha um policial armado com mira telescópica e ele viu na hora que a Natália mirou a arma dela para a porta do quarto onde você estava e ele sabia que ela ia atirar em você, foi na hora que ele atirou mas ela também. – Ele diz meio triste. — Foi o tiro dela que te acertou.

— Ela disse que se eu gritasse ela ia me matar. – Eu falo, relembrando. — E o que aconteceu com a Natália? – Eu pergunto e minha mãe é quem responde.

— Ela morreu, filha. O tiro que o policial deu pegou no coração dela. – Eu não tinha reação. Tá certo que não precisava acabar assim, com a morte de alguém. Ela poderia ser presa e pagar na cadeia. Aquilo me abalou um pouco.

--- Porque você não me falou dessa mulher Mel? Que ela estava te perseguindo? – Mamãe me pergunta.

--- Eu não queria te preocupar. – Respondo triste.

--- Mas graças a Deus você está bem. – Ela fala com um sorriso me dando um beijo no rosto.

            Um pouco depois eles foram embora. Minha mãe só voltaria amanhã já que ninguém poderia passar a noite comigo na UTI. Dormi a noite toda e só acordei umas sete horas da manhã com um pouco de dor.

            O médico chegou e disse que iriam me transferir para o quarto. Agora que eu estava no quarto, alguém poderia ficar comigo o tempo todo. Como era um hospital particular, o quarto parecia de hotel, vocês tinha que ver o banheiro, as luzes tinham sensor de movimento. No quarto também tinha ar condicionado e uma televisão de LCD.

— Oi. – Fernanda entra no quarto. Eu fico sem reação olhando-a, tão linda.

— O... Oi. – Minha voz sai meio esganiçada o que a faz rir. Ela se senta na cama e me dá um abraço. Aproveito para sentir seu cheiro maravilhoso, rosas e morango e também aproveito para tirar uma casquinha dela. Coloco meu rosto em seu pescoço e sinto-a arrepiar. Por mim eu ficaria ali naquele abraço para sempre.

— Eu estava morrendo de vontade de te ver. – Ela ainda está me abraçando.

— Eu também. – Eu falo e dou um beijinho de leve em seu pescoço. Ela se afasta só o suficiente para me olhar nos olhos.

— Você me deu um belo susto. – Ela fala me olhando e passando a mão em meu rosto.

— Prometo não fazer mais isso. Você estava na empresa? – Eu pergunto.

— Sim. Parece que a Natália andou mexendo em umas continhas por lá antes de sumir de vez.

— Desviando dinheiro? – Eu pergunto e Fernanda concorda com a cabeça.

— Você disse que me ama. – Eu falo mudando de assunto e ela dá uma risada. Não consigo tirar os meus olhos dos dela, aquela imensidão azul.

— É, eu disse. – Ela diz se aproximando e encostando seus lábios nos meus. Meu coração já estava acelerado. Seguro sua nuca e aprofundo o beijo passando a sugar sua língua com vontade. Ficamos ali nos beijando por muito tempo e minha vontade era passar o resto da minha vida me perdendo em seus lábios, naquele beijo que me levava ao céu.

— Você me ama mesmo? – Eu pergunto depois de muito tempo beijando ela. Ela sorri.

— Sim, eu te amo. – Ela diz me olhando apaixonada e passando a mão em meu cabelo.

— Mas naquele dia você disse que não sentia a mesma coisa por mim. – Eu falo tentando entender.

— Eu falei aquilo porque a Natália já estava interessada em você. – Eu faço uma careta, continuo sem entender. — Naquele dia do barzinho, a Natália disse lá na mesa que faria tudo para ter você e lembra que eu te falei que ela já tinha feito coisas que me preocupava? – Eu concordo com a cabeça. — Então eu pensei bem e decidi romper qualquer laço com você, poderia ser a chance de pegá-la de uma vez.

— Romper laços? Pegá-la de uma vez? – Eu pergunto.

— Por mais que eu quisesse me envolver com você eu não podia. Eu inventei aquela viagem para Nova York, para ver se a Natália aprontaria alguma coisa. Então sua mãe me ligou e disse que você sumiu depois de ir a minha casa e eu voltei imediatamente. – Ela fala triste. — Eu descobri que a Natália fez uma cópia da chave da minha casa. Ela já tinha feito uma coisa antes com uma garota mas ninguém conseguiu provas contra ela.

— Então quer dizer que você... – Ela me cala com um bejo me deixando sem fôlego.

— Eu me apaixonei por você desde o segundo momento que eu te vi, digamos, caindo da escada. – Ela fala e ri me levando a rir junto. — Eu percebi também que você tinha gostado de mim, ficava me olhando feito boba. – Fernanda diz e me dá uma mordidinha na bochecha de leve me deixando arrepiada. — Eu não consegui tirar o seu beijo do cabeça depois daquele dia no barzinho.

— Se não fosse por isso com a Natália nós já estaríamos... – Eu nem consigo terminar de falar. Raiva me consome. Fernanda concorda.

— Sim, já era para estarmos quase casadas. – Ela diz rindo.

— Então você aceita namorar comigo? – Eu pergunto insegura.

— Aceito meu amor. – Ela me beija. — Quero ser sua para sempre.

            O restante do dia se passou assim, eu e ela nos curtindo bastante.

— Até que enfim. – Mamãe chega no quarto e nos surpreende aos beijos. Fernanda já estava quase deitada na minha cama de tanto que eu puxava ela. Ela e minha mãe se abraçam sorrindo. Um pouco depois a Nanda vai embora, antes ela se despede da minha mãe e me dá um beijo que me faz ir as núvens

            Minha mãe é quem vai passar a noite comigo no hospital.



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