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História Minha "Doce" Vizinha - Capítulo 5


Escrita por: Marcia91

Capítulo 5 - Capítulo 5


— Eu... eu... Eu estava falando de outra vizinha que também se chama Fernanda. – Digo, tentando pensar rápido.

— Que mentira amiga, nenhuma outra vizinha sua se chama Fernanda. Eu posso listar: tem a Dona Sandra, a Jaqueline, tem também a Su... – Olho para Carla fulminando-a com os olhos. — Hehe, deixa para lá. – Carla diz, voltando a prestar atenção em seu sanduíche.

— Quer dizer que você é a nova vizinha da Mel? – Diego pergunta para Fernanda.

— Sim. – Nanda responde, sorrindo para Diego e Carla.

— É... você é tudo e mais um pouco do que a Mel disse. – Diego fala. Dou um chute na canela dele, mas acabo chutando Carla.

— Ai. – Carla dá um pequeno gritinho, fazendo cara de dor.

— Ah é? E o que foi que a Mel disse de mim? – Nanda diz, como se nem tivesse escutado o gritinho de Carla.

— Eu disse que você é gente boa. – Falei depressa, antes de Diego abrir a boca. Sorrio para Fernanda.

Nanda me olha durante um tempo, abre um sorriso malicioso e diz.

— Melzinha, você já contou para... – Ela olha para Diego e Carla querendo saber seus nomes.

— Carla e Diego. – Eu falo apresentando os dois.

— Isso. Você já falou para a Carla e o Diego o que você costuma fazer quando olha pela janela? – Ela pergunta, me olhando nos olhos e com um sorriso travesso.

— Do que você está falan... – Começo dizendo, mas logo percebo que foi quando a vi trocando de roupa. Levanto de uma vez puxando ela pelo braço com delicadeza, para longe dos meus amigos.

— O que você pretende com essa chantagem? – Pergunto baixo para ela.

— Nada, só estava brincando com você. – Ela me responde ainda com o sorriso. Nossa, que boca que ela tem. O cheiro de morango impregna o meu nariz. Que vontade de passar a mão em seus cabelos.

— Eu preciso ir. – Ela diz, me olhando nos olhos. – Tenho um compromisso.

— É com o seu namorado? – Pergunto sem me controlar. — Quer dizer... – Passo a mão no meu cabelo, aparentando claramente nervosismo. Ela ri.

Ela se inclina e me dá um beijo na bochecha.

— Diz aos seus amigos que foi um prazer conhecê-los. Te vejo depois. – Ela diz e sai com um sorriso nos lábios.

Fico ali parada em pé, observando ela sair.

— Amiga, você quer um babador? – Carla diz, em alto e bom som, caindo na gargalhada com Diego. Vou até a mesa e me sento.

— É, você está bem ferrada Mel. Uma mulher dessa é só encrenca. – Diego diz.

— Porque? Quero dizer, eu não estou interessada nela. – Falo, tentando convercer os dois, mas nem mesmo eu estava me convencendo.

— Vai se enganar até quando? – Diego me pergunta.

Fico em silêncio. Sei que estou em desvantagem aqui. Estou tão confusa esses dias, a Nanda passou a povoar meus pensamentos. Ou eu estava ficando claramente doida ou infelizmente, estava sentido atração por ela. E podia ser até pior que isso, eu realmente podia estar me apaixonando. Não queria admitir isso nem pra mim mesma quanto mais para a Carla, Diego ou qualquer outra pessoa que dissesse isso. Negaria até o fim.

O final de semana chegou trazendo um dia maravilhoso de muito sol. Mais uma vez eu tinha sonhado com um belo par de olhos azuis. Não sabia mais o que fazer, eu queria descobrir a identidade da pessoa no meu sonho, mas esta jamais se revelava.

Desci para o café da manhã.

— Bom dia, dorminhoca. – Mamãe diz, sorrindo para mim.

— Bom dia. – Eu respondo. Um tempo depois e todos já tinham descido.

— A Carla e o Diego podem vir aqui hoje? – Pergunto para minha mãe.

— Podem sim. – Ela diz.

Minha mãe ainda continuava com seus sorrisos e enigmas para cima de mim, o que já estava me deixando irritada.

— Você também poderia convidar a Fernanda, filha. – Minha mãe diz. E lá está aquele sorriso em seus lábios.

— É, talvez. – Respondo.

— Quer dizer que a Carla vem também? – Rodrigo pergunta.

— Aham. – Eu respondo sem olhar para Rodrigo.

— Porque você quer saber se ela vem? Quando a Fernanda estava aqui você nem sequer pensou na Carla. – Ricardo fala, de um jeito maroto.

— Deixa ela saber que foi trocada pela vizinha? – Eu digo rindo da cara do Rodrigo. Ele já estava vermelho.

— O coração da Fernanda já pertence a alguém. – Mamãe diz, com um sorriso enigmático.

— Quem? – Rodrigo pergunta.

— Em breve vocês saberão. – Ela diz e me olha de uma forma analisadora.

— Seja quem for, vai se dar muito bem, porque aquela mulher sim é pra casar. – Rodrigo diz.

— A Carla vai ficar sabendo disso hein? – Ricardo diz, implicando com Rodrigo.

— Tá, parei. – Rodrigo diz, emburrado.

— Viu como você gosta dela? Acabou de se entregar. – Ricardo fala gargalhando.

Rodrigo se levanta bravo e sai, nem sequer terminou seu café.

— Que foi filha, ficou quieta de repente? – Mamãe me pergunta.

— Nada não. – Eu digo. Aquela história do coração da Nanda ter dono estava mexendo comigo. O que era estranho, já que eu nem deveria me importar com isso. — Bom, já terminei. Vou ligar para os meninos virem.

— Está bem. – Minha mãe fala.

Saio da cozinha e vou para o  meu quarto ligar para Carla e Diego. Temos planos para hoje a noite, vamos a uma boate. Não gosto muito de dançar, me acho desengonçada e sem coordenação motora. Infelizmente a Carla deu um ultimato, então não tinha para onde correr. Ela iria me arrastando pelos cabelos se fosse necessário.

Depois de ligar para os dois, fiquei ponderando se ligava para a Nanda ou não. A vontade de escutar a voz dela falou mais alto e liguei. Chamou duas vezes antes de eu escutar sua voz.

— Alô. – Ela diz.

— Oi. Sou eu a Mel. – Digo, me achando uma idiota por ter ligado.

— Eu vi o seu nome no visor. – Nanda diz. Percebo que está sorrindo.

— Eu... é... eu... queria te convidar para... ahn... – Acho que eu estava ficando lesada ou vai ver era nervosismo por falar com ela.

— Para? – Ela pergunta, já que eu não conseguia falar.

— Assistir filme hoje a tarde, aqui em casa? A Carla e o Diego vão vir. – Eu falo, tentando não gaguejar. — É claro, se você não tiver nenhum compromisso ou...

— Eu adoraria. – Ela fala, me cortando. Nossa, que alívio, achei que ela recusaria.

— Então está bem. Depois do almoço vamos começar assistindo os filmes. – Eu digo. — Fernanda?

— Oi? – Ela diz.

— Hum... é... você quer... ahn... almoçar comigo? – Pergunto. Meu nervosismo já chegou ao limite, pois me vejo quase arrancando os cabelos de tanto passar a mão neles.

— Claro. Vou adorar almoçar com você. – Ela diz.

— Te pego ao meio dia. – Falo, sentando na cama, aliviada. É tanta pressão falar com essa mulher.

Bom, agora eu só tinha que escapar sem ser vista.

Me arrumei, colocando uma calça jeans novinha, uma regata e um tênis que aparentava estar limpo. Passei perfume e até arrisquei passar um brilho nos lábios. Estava me emperiquetando toda só para ir almoçar com a vizinha. Realmente eu estava ficando doida. Se Carla e Diego vissem isso, iriam me sacanear pelo resto do ano.

Saí do meu quarto, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Como sempre estavam todos em seus quartos, menos mamãe que estava na cozinha.

Peguei as chaves do carro dela e saí. Fiquei espererando a Nanda em frente a casa dela por uns cinco minutos até que a vejo saindo de casa. Estava linda como sempre. Usava um vestidinho leve, azul, que combinava com seus olhos. Seus cabelos estavam soltos ao vento. Estava usando maquiagem. Diferente de mim, ela combinava com maquiagem.

— Oi. – Ela diz, depois de entrar no carro.

— Oi. – Digo. É só o que consigo dizer. Não conseguia desviar meus olhos dos dela. Vejo que ela está sorrindo e sigo meus olhos até sua boca. Ela passa a pontinha da língua nos lábios, o que me deixa em transe.

— Você vai demorar muito me olhando? – Ela diz com um sorriso maroto. — Estou morrendo de fome.

— Na... Não, desculpa. Você está linda. – Falo, tentando manter meu olhar para a frente.

— Obrigada. Até porque eu não esqueci que você me acha uma deusa. – Ela diz, soltando uma gargalhada. Sinto minhas bochechas queimarem. É claro que ela sabia que eu estava falando dela naquele dia do Mc Donalds.

Chegamos ao restaurante, que por sinal foi ela quem escolheu. Um restaurante chique, elegante. Fizemos nosso pedido, conversando amenidades. Meu olhar acompanhava cada movimento seu. Era uma loucura, um tormento. A conversa foi agradável.

Por incrível que pareça, quando saímos do restaurante, estava uma senhora vendendo rosas. Acabei comprando uma e dando a ela.

— Obrigada. – Ela disse, me dando um sorriso lindo e cheirando a rosa vermelha que lhe dei.

— De nada. – Digo, sorrindo feito uma besta.

— Ou você está me paquerando ou tentando ganhar pontos comigo. – Nanda diz, me olhando séria, depois abrindo um sorriso.

— Eu não. Só estou sendo legal. – Digo, passando a mão no meu cabelo. Ela dá um risinho entrando no carro.

No meio do caminho, pergunto se ela vai direto lá para casa ou se ela vai na casa dela trocar de roupa. Ela vai direto para a minha. Assim que nós voltamos, eu paro o carro na garagem lá de casa e antes de entrarmos, ela para na porta e fala:

— Adorei almoçar com você e obrigada pela rosa. – Ela diz, me dando um beijo no rosto. Meu coração resolve fazer uma batucada e tenho medo que ela possa escutá-lo.

— Eu tambêm. – Digo, com um sorriso pateta. — Quer dizer, eu tambêm gostei de almoçar com você. Ela dá uma risadinha, como se soubesse o estado em que me deixa.

Entramos na minha casa e me deparo com todos sentados na sala olhando para nós duas, inclusive Diego e Carla. Droga, esqueci que eu tinha convidado eles para almoçarem aqui.


Notas Finais


Espero que gostem galera.

Comentários são bem vindos :)


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