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História Minha Dona - Provocação


Escrita por: Entrophya_ e Gizze

Notas do Autor


Hey panquecas... ˆˆ

Tudo bem?

Ignoremos erros e boa leitura :3

Espero que gostem ˆˆ

Capítulo 2 - Provocação


~*~ 20:00 Horas / Segunda-Feira ~*~

 Os olhos esmeralda checaram a hora na tela de LED pela quinta vez. Muito cedo para poder encarnar seu verdadeiro eu por completo e dominar a noite parisiense.

Sentou-se à mesa do computador e pegou os cadernos para adiantar as lições que seriam ainda para a sexta-feira, um jeito de garantir que manteria as ótimas notas mesmo se os akumas resolvessem atrapalhar a vida. Estava concentrado no dever de física até que uma pequena anotação no canto da página feita numa letra graciosa chamou mais sua atenção. 

Ele lembrou-se de quando começou a reparar em Marinette. Eram amigos a tempos e um dia estudando juntos, melhor dizendo, enquanto tentava — tentava — ensinar a ela a matéria de física. Ele reparou no azul profundo dos olhos dela, no formato delicado e tentador dos lábios rosados, nas maçãs constantemente coradas de seu rosto e em como seu cabelo escorregava delicadamente de trás de sua orelha e caia sobre os olhos. 

Ela era linda e inexplicavelmente idêntica a heroína vermelha. Começou a reparar em tudo que ela fazia, em como falava e agia, chegando a duas conclusões: Marinette era fascinante e ela devia mesmo ser Ladybug.

Passaram algumas semanas e ele começou a observá-la a noite, apenas para ficar mais encantado com o jeito dela. Mas uma hora isso já não parecia mais ser o suficiente, ele não só estava corroído de curiosidade para saber se a azulada realmente escondia aquele segredo como também sentia vontade de se aproximar dela, de provocá-la e poder conversar com ela sem restrições de “identidade”. Não demorou muito e ele começou a visitá-la.


~*~


~*~ 23:00 Horas / Naquela mesma noite ~*~

A azulada desceu até a padaria na esperança de achar algo bem calórico para poder se recuperar da maratona de estudos que fez nesta noite. Pegou os croissants de chocolate e uma caneca de macchiato, isso seria suficiente para aplacar sua fome e ansiedade pós dever de química.

Assim que colocou os pés no penúltimo degrau da escada de seu quarto estreitou os olhos. Ela tinha certeza de que havia deixado a luz acesa. Passou rapidamente a mão pelos cabelos soltos desgrenhados e arrumou a blusa de seu habitual pijama púrpura imaginando já o motivo da falta de luz, mas rezando para que estivesse errada. Deu alguns passos tímidos para dentro do quarto e colocou a bandeja no que pensou ser uma penteadeira, se dirigiu ao interruptor, tateou a parede a procura do mesmo. Finalmente o sentiu sob seus dedos, mas foi impedida de acender a luz por uma mão coberta por couro e enfim sentiu o hálito quente e cheirando a hortelã batendo contra seu pescoço.

— Não faça isso, fazer as coisas no escuro é mais divertido. — Sentiu cada mínimo pelo de seu corpo se arrepiar pelo que a voz rouca sussurrou em seu pescoço e sua cintura esquentar quando uma mão a segurou forte, ainda na posição em que estavam ele levou os lábios ao pescoço dela e os roçou levemente ali. A girou pela cintura e a pressionou contra a parede, queria apenas provocá-la, talvez até deixá-la irritada. Ficou mais uma vez satisfeito ao ver como tinha efeito sobre ela. Marinette estava completamente indefesa naquele momento e teria continuado assim se não fosse uma risada convencida que escapou dos lábios do gato.

— Divertido para você que consegue enxergar! — Acendeu a luz e o empurrou, — se me der licença, meu café está esfriando.

Pegou a caneca e bebericou um pouco da bebida que ainda estava quente. Ele sentou na cama como se fosse o dono da casa e a olhou com falsa tristeza.

— Não vai me oferecer um pouco? É falta de educação comer na frente das visitas sem oferecer.

— Sim, mas você não é uma visita e eu nem sei. Por quê você está aqui? — Perguntou mais uma vez.

— Eu apenas, senti vontade de te visitar, gosto da sua companhia. — Deu de ombros e ela levantou as sobrancelhas, surpresa por ele finalmente responder. Sem brincadeiras, sem malícia.  — E sei que você gosta da minha nem adianta negar, — sorriu galante. Ela revirou os olhos respirando fundo, o olhou pensativa por um momento e se dirigiu ao alçapão.

— Espere aqui, e nem sequer pense em apagar a luz!

Logo ela voltou com uma bandeja que continha as mesmas coisas que a sua e entregou ao gato sem o olhar. Ele colocou a bandeja na cama e pegou a que ela trouxe antes sentando-se em seguida.

— Você toma esse ai. — Falou apontando para a bandeja que havia acabado de trazer. — Está mais quente que esse e foi por culpa minha. — Ela sentou e começaram a comer.

— Me diga, o que fazia acordada a essa hora?

— Estudando, sou péssima em química.

— Olha que coincidência, sou ótimo em química! Se quiser ajuda eu te ensino como seus átomos podem fazer ligação com os meus. — Falou dando uma piscadela e com um sorriso sexy. Essa ela se deu ao trabalho de ficar brava, foi tão ruim que ela começou a rir.

— Hum parece que você finalmente se rendeu às minhas cantadas. — Sorriu convencido.

— Não, é que essa foi tão ruim, mas tão ruim. Não teve como não rir.

Terminaram de comer enquanto conversavam e por mais que estivesse um tanto incomodada com a presença do gato tinha de admitir que gostava da companhia, que ele havia sido gentil e fofo ao deixá-la tomar o café quente e que ele ficava “bonitinho” no entusiasmo que estava ao comer os croissants. Afastou os pensamentos, Chat era só um cara extremamente convencido que provavelmente queria só se divertir às custas dela e estava começando a mostrar isso.

Já passava da 1 da manhã quando ele percebeu o tempo que havia passado e como estava tarde. Levantaram e ela o acompanhou até a varanda do telhado. Ele olhou para os pequenos pontos de luz que tornavam o breu da noite tão belo e indecifrável e tão rápido que ela nem identificou o que acontecia a puxou e a prendeu como na outra noite, não apenas por querer a provocar mas também por querer ela ali, entre seus braços.

— O que...? — Seus olhos expressavam receio, e um certo desejo reprimido.

Ele aproximou os lábios do pescoço dela como se fosse morder.

— Ah princesa, achou mesmo que eu iria embora sem me despedir a altura? Tenho uma reputação para manter. — Afastou-se do pescoço dela para poder olhar em seu rosto. Estava em seu tom escarlate, de olhos fechados, lábios entreabertos. Tão tentadora.

Ficou próximo o suficiente para que ela sentisse as respirações se cruzarem, ambos os corações acelerados, ambos tão quentes como se queimassem. Então ele soprou de leve os lábios dela fazendo com que por um momento ela sentisse um arrepio, antecipando o próximo movimento do gato.

— Deixe a janela sempre aberta princesa, qualquer dia eu apareço de novo. — A voz rouca sussurrou sobre seus lábios, a deixando com sabor de quero mais ele se afastou.

Ainda vermelha e um tanto entorpecida ela sentiu a irritação crescer quando ele fez isso, dizendo para si que era por ele a ter provocado e não por querer o beijo.

— Vai sonhando, — falou vermelha e com as bochechas infladas como sempre. Ele abriu aquele sorriso convencido que a tirava do sério.

— Sei que vai deixar. Boa noite princesa. — Deu um beijo estralado no pescoço dela sumindo na noite em seguida.

— Filho da puta! — E mais uma vez recebeu uma gargalhada distante como resposta.

Levou as bandejas para a cozinha e mais essa noite ela sonhou com o seu próprio gato de botas.

 ~*~

Assim que o garoto se destransformou o Kwami de gato cruzou as pequeninas patas e o olhou em tom emburrado.

— Não sei qual é o seu plano mas se você continuar com essas provocações é capaz da garota dar perda total e você nunca descobrir se ela realmente é a Ladybug.

— É mais forte que eu. Além disso quero me aproximar dela, assim fica até mais fácil de descobrir se realmente é ela.

— Não me importo com seus métodos só vê se anda logo com isso, chega a ser irritante essa situação se arrastando por tanto tempo.

— Calma Plagg não vai demorar muito… — Ele olhou desconfiado para o gatinho. — Você está interessado demais nesse assunto, nem foi comer seu queijo ainda. Anda fala!

— Só quero que essa chateação acabe logo, — falou indo até o criado-mudo onde estava seu queijo, — agora se arruma logo pra dormir que eu tô cansado.

O loiro apenas retirou a camiseta e se deitou, logo o pequenino de olhos verdes se aninhou no cabelo dele. Pensou em como tinha dificuldade de se abrir mesmo com todas as coisas que passaram juntos, mas quem sabe um dia ele pudesse admitir que o motivo de ter tanta pressa era a simples saudade que sentia da pequenina e sempre alegre Kwami da sorte.



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