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História Minha Dona - Pesadelo


Escrita por: Entrophya_ e Gizze

Capítulo 4 - Pesadelo


~*~ 1:00 Hora / Sexta-Feira ~*~

Marinette rolava de um lado ao outro da cama na tentativa falha de esquecer o gato preto e dormir um sono tranquilo. Noite após noite ele invadia seus sonhos e como tudo o mais no gato, os sonhos eram intensos, por esse motivo geralmente ela acordava depois deles e não conseguia dormir bem.

Verificou a tela do celular e se irritou, tinha aula de manhã e ainda não tinha conseguido dormir nem por meia hora. Fechou os olhos se obrigando a sentir sono e depois do que pareceram cinco minutos ela ouviu uma leve batida na janela, pensou em ignorar, mas além da insistência de seu visitante que de muitas maneiras podia se considerar indesejado, pensou que talvez vê-lo ajudasse a se distrair. O sentido desse pensamento era nulo, mas ela precisava dar uma desculpa a si mesma.

Levantou da cama preguiçosamente, sentindo o pijama curto, de seda vermelha, deslizar por sua cintura e foi abrir a janela. O gato entrou num pulo a sem demoras a puxou para si, a prendendo entre seus braços e levando o rosto ao pescoço da azulada.

— Boa noite Marinette, — falou contra a pele dela, o hálito sempre cheirando a hortelã a fez sentir arrepios.

— O que faz aqui Chat? Pensei que viesse no sábado. Aconteceu alguma coisa?

— Eu sei que disse isso. Mas eu queria muito fazer uma coisa e queria fazer isso hoje... — Aproximou o rosto do dela. — Não ia aguentar mais esperar...

— O que era tão importante que não podia esperar pelo menos um horário decente?

Como resposta ele a beijou. Juntou os lábios nos dela de um jeito delicado e como já sabia, seu gesto foi retribuído. Ela colocou ambas as mãos no rosto dele, que pediu passagem com a língua, ela cedeu rapidamente e o beijo foi ficando cada vez mais profundo.

Precisavam de ar, precisavam mas não queriam. Depois de tanto o orgulho atrapalhar, finalmente eles estavam juntos, depois de tanta enrolação eles não queriam mais se separar. Mesmo assim foi necessário, então ele desceu os beijos para o pescoço da azulada, virou-a e pressionou o corpo quente contra o gelado da parede a fazendo estremecer, a puxou para seu colo e ela enlaçou as pernas em sua cintura firmando o abraço.

Beijavam-se com desejo, fios de cabelo enrolados entre os dedos e unhas cravadas contra pano e pele, ele caminhou a levando em passos curtos até tropeçar na cama. Tombaram ali sem se importar com a tontura resultante e retomaram os beijos. Cada vez mais desesperados, intensos e desejosos ficavam os beijos e os toques. Ela segurava firme nos cabelos dele e ele sem ter mais noção ou controle do que fazia subia a blusa do pijama dela acariciando e sentindo a pele quente e macia com uma mão enquanto o outro braço o sustentava sobre ela.

Quando a blusa já quase passava dos seios dela as cinturas se encaixaram e ela sentiu algo firme roçar contra seu corpo. Levou um susto e como se voltasse a realidade empurrou o gato se sentando na cama e abaixando a blusa logo em seguida. Olharam-se envergonhados e ele coçou a nuca.

— É. Eu. Me desculpa… Não pensei que fosse chegar a esse ponto… — Apesar da penumbra do quarto ela pode perceber que ele estava meio corado, ou pelo menos era o que parecia, tão envergonhado quanto ela.

Não podia pôr a culpa nele, afinal ela também tinha perdido o controle. E perder o controle assim com ele não havia sido uma coisa tão ruim. Não, não tinha sido nada ruim e ela queria mais. Sem responder ela se aproximou dele e o beijou com calma, ele demorou um pouco para corresponder mas então levou as mãos a cintura fina e a puxou para seu colo.

Ficaram assim por bastante tempo, alternando os beijos com mordidas e se apertando cada vez mais um contra o outro. Novamente as coisas começaram a esquentar e devagar eles foram deitando na cama, com ele por baixo dessa vez. As mãos em couro deslizaram para baixo pelo cetim e subiram o trazendo junto, deixando apenas a pele branca e imaculada da garota. Pararam o beijo quase eterno em que se encontravam e a blusa foi parar em algum lugar no chão.

Então ela acordou assustada com o despertador, sentou de súbito na cama e observou o quarto já claro pela luz do dia. Amaldiçoou o gato preto por mais uma vez ter invadido seus sonhos.

~*~

Por ter acordado quando o despertador começou tocar, o que era uma coisa rara, tinha chegado cedo na escola. E agora estava sozinha olhando para sua atividade de física que só conseguiu terminar por ter a ajuda do causador de sua insônia — e pesadelos — isso a fazia lembrar de seus sonhos, cada vez piores. 

Não queria, melhor, não podia admitir que tudo isso era sua vontade reprimida, que toda vez que ele a provocava e depois se afastava fazia com que ela quisesse mais aquilo. Como o mundo dava voltas, ela que sempre negou o gato agora sonhava com ele todas as noites e odiava esse fato. Fechou os olhos com força e grunhiu em desgosto.

Nesse momento um braço enlaçou seu pescoço, ela entreabriu os olhos e viu o brilho dourado dos cabelos dele. As palavras “noite com Chat Noir” pareceram brilhar como um letreiro — em neon amarelo — dentro de sua cabeça.

— Bom dia Mari, — falou animado.  — Quer ir dormir lá em casa hoje pra não ficar sozinha? Já que os seus pais vão sair… — Ela sabia muito bem quem era, ela e Adrien tornaram-se grandes amigos, mas tudo o que ela conseguiu foi pensar ainda mais em Chat Noir. Uma raiva inexplicável surgiu dentro de si. Ou talvez sua irritação não fosse exatamente raiva, só sabia que precisava sair dali e parar de pensar no gato preto.

Afastou o braço dele e saiu da sala correndo, o deixando completamente confuso. O menino se levantou para ir atrás dela, mas ela já havia desaparecido pelos corredores da escola.

Plagg colocou a cabeça para fora do casaco do loiro, rindo de maneira gozadora.

— Tudo bem, agora eu tenho certeza de que ela é a Ladybug. Quem mais te daria um fora desse jeito?! Fala se não foi igualzinho o que ela sempre faz!

— Cala a boca Plagg. — Falou empurrando o gatinho que ainda ria para dentro do casaco, suspirou e voltou para a sala pensando no motivo para a azulada estar tão chateada, nem sabia se ia aguentar até o dia seguinte para visitá-la, com isso a vontade de invadir a casa dela ainda nessa noite apenas aumentou e isso o preocupava. Por mais que não quisesse compromisso no momento parece que a garota tinha um ímã que estava apontando direto para ele.

~*~

A azulada sentou em um dos bancos semi-escondidos da escola e Tikki vendo que estavam sozinhas pousou no ombro da amiga.

— Mari, você está bem? Ta estranha desde que acordou… — A azulada suspirou tapando o rosto com as mãos.

— Tudo bem Tikki, não precisa se preocupar. Adrien me lembrou de um pesadelo, só um pesadelo! —  Falou com o rosto ainda escondido. Pensando no seu “pesadelo” e em como tinha gostado dele.





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